28 de agosto de 2012

Segue veloz
Como quem corre sem destino
Quem se engana no caminho
Ou quem perde a voz.

Segue, não se sabe para onde
Qual o mal que lhe aflige?
Do quê ou de quem se esconde?
Qual o medo que lhe atinge?

Ninguém poderá dizer,
Pois não pára para falar
Segue em roda viva até parar,
Até ficar sem forças.

E quando isso acontecer
Já ninguém a quererá ver
Pelo desprezo demonstrado
No presente e no passado.

Que lhe levaram à solidão
A um caminho sem razão,
A um caminho de sofrimento
Que a destrói por dentro...