16 de março de 2012

Transportes Públicos

No dia a dia da poupança
Andar de carro é ilusão
Que nos vem à lembrança
No meio desta confusão.

É sempre com pressa, a correr
Para poder o metro apanhar
E rezar para um lugar ter
Neste que já está a chegar.

Sardinha em conserva
É o que isto faz lembrar
Dá saudades do carro que está na reserva
Mas não há dinheiro para atestar.

Mas engane-se quem está a ler
Que a carris esteja melhor.
Pois às vezes enche até caber,
Noutros dias apenas o condutor.

Seja de carro ou de transportes
Tenho sempre que movimentar
Se continuarem com estes cortes
Resta-me a bicicleta... ou andar.

Emprego

Procuro dentro de mim
O sentido que quero tomar
Pois a paixão que senti
Está quase a apagar.

Sinto-me triste, frustrado
Por o trabalho não estar a ser
O que tinha imaginado,
Aquilo que eu queria fazer.

No curso fui atirado
Para ramo de energia
Algo que sinto esperançado
De poder exercer um dia.

Mas a vida tem coisas imprevistas
Que não se pode explicar
Após várias entrevistas
A Telecomunicações fui parar.

No inicio foi interessante
Algo novo para aprender
Mas no coração, sempre pulsante
Estava Energia a bater.

Fui deixando o tempo passar
Para ver como me sentia
E começou-se a transformar
Numa grande alegria.

Acaba-se o tempo das fantasias
E já começo a acusar
O levantar-me todos os dias
E vir para aqui trabalhar.

Já parece uma obrigação
Passo o dia cansado
Vou bater o pé à razão
E mudar-me para outro lado.