31 de março de 2012

Os Sete Pecados Mortais

Um tema diferente,
Para variar
Um tema quente,
Que dá que falar.

São 7 e mortais
Que aos anos são falados.
Alguns mais banais
Mas todos eles pecados.

A Gula é a tentação
Um desejo insaciável de comer
É uma tentação
De sempre mais querer ter.

A Avareza é um apego
Excessivo e descontrolado
Onde o aconchego
Chega do que é comprado.

A Luxúria é desejo passional
Que torna a pessoa egoísta
Por todo o prazer sexual e material
Que ao longo da vida, conquista.

A Ira explica-se facilmente
Todos já puderam comprovar
A raiva e ódio tomam conta da mente
E passam elas a controlar.

A Inveja é muito feio
Já minha avó me dizia.
O que outros têm eu anseio
Muito feliz me fazia.

Não entendo a Preguiça,
O desejo de nada fazer
É uma perfeita injustiça
Aos 7 pecados mortais pertencer.

Segue o Orgulho ou Vaidade
Que hoje em dia é comum
Não escolhe idade
Acontece a qualquer um.

Expostos estão os pecados
É escolher o que mais aprecia.
De alguns tenho uns bocados
Mas a preguiça é que escolhia.

É o pecado mais acertado
Se alguns deles tiver que ter
Pois com o passo tão atrasado
Os outros pecados não vou cometer.

Escrever poemas!

Escrever poemas é uma aventura
Que eu gosto de enfrentar
Escrevendo na altura
O que se está a passar.

Não é preciso pensar,
É seguir o coração
E deixar-se levar
Pelo que diz a emoção.

É pôr em palavras, os sentimentos,
Que se estão a viver
E por escrito sentimentos
Que não se quer esquecer.

É dar azo à liberdade
Que só a escrita pode dar.
São momentos de verdade
Que não se pode controlar.

É deixar fluir
Enquanto houver inspiração
Enquanto o poema surgir
E nos despertar a paixão.

Enquanto valer a pena,
Cada desafio será vivido,
Transformando em poema
Para mais tarde poder ser lido.

30 de março de 2012

Rotina!

Uma semana a trabalhar
Com o horário a cumprir
Aproveita-se o marmitar
Para se conseguir descomprimir.

O almoço é uma brincadeira
Onde de tudo se pode falar
Acabando por ser uma maneira
De nos aproximar.

Como forma de relaxar
Logo após de comer
Uma volta vamos dar
Para o tempo de descanso fazer.

A ida ao Delta Q
É mais um momento para relaxar
Vamos lá fazer o quê?
Ver as meninas a passar.

E assim se começou a formar
Um grupo maravilha
Que se passou a denominar
O "Gangue da Bilha".

O nome tem uma causa
Vem das garrafas da água que utilizamos
E que enchemos na pausa
Que de manha e tarde inventamos.

Coração Dividido!

Perdi neste momento
Parte do meu coração
Em que guardava o sentimento
Do qual não queria abrir mão.

De uma forma egoísta
Tentava manter-te por perto
Esperando por uma pista
Que me indicasse o caminho certo.

Vivia em dois mundos
Em que não conseguia escolher
Onde vivia sentimentos profundos
Que não estava preparado para perder.

Uma escolha tinha que fazer
Tomar por fim uma decisão
Posso vir a me arrepender
Mas viver assim não era solução.

Agora sigo o caminho
Que de forma pensada escolhi
E com saudade e carinho
Penso às vezes em ti.

Nossa vida estará ligada
Pelo que foi nosso passado
Lembra-te que em tempos foste amada
Por este coração magoado.

Caminhos diferentes vamos seguir
Cada um na sua estrada
Novo amor irás sentir
Quando estiveres preparada.


De novo abandonado

Fecho os olhos desanimado
Oiço lá fora a chover
Não me sinto amado
Como pensei que iria ser.

Na cabeça bate a desilusão
De mais um tempo perdido
De entregar o meu coração
Quando ele não foi merecido.

Não consigo suportar
Ser mais uma vez rejeitado
Na solidão novamente ficar
Por não ter ninguém ao meu lado.

E caio assim em nova asneira
De procurar, sem perceber
Pois sem me conhecer
Sou um rato, atrás da ratoeira.

Preciso me fechar
Para o mundo em redor
E mais uma vez me encontrar
E blindar-me à dor.

Passe o tempo que passar
Sei que vou ficar curado
E deixar do amor procurar
Pois por ele serei encontrado.

29 de março de 2012

Pesadelo Constante

Em cada centímetro da minha pele
Em cada célula do meu ser
Impregna-se um fardo cruel
Com o qual não queria viver.

Vou crescendo naturalmente
E sem este segredo conhecer
Até que noite, na minha mente
Algo começa a acontecer.

Vejo o que nunca vi
Em pesadelos, tenho visões
De pessoas que nunca conheci
Dos seus desejos e emoções.

Tento, em desespero acordar
E sonhar com algo diferente
Tentando de alguma forma mudar
O destino que vi daquela gente.

Tento esquecer o que se passou
E remeter tudo para o esquecimento
Até ao dia que o alarme soou
E voltar tudo ao pensamento.

O que pensei ser uma ilusão
Estava agora a acontecer
Em directo na televisão
Não acreditava no que estava a ver.

Foi apenas o primeiro
Outros depois aconteceram
Pena ser sempre verdadeiro
Pois angústia, dor e azar trouxeram.

Tive que me habituar
E no fundo, saber gerir
Que por vezes o mal que sonhar
Vai num futuro próximo surgir.

Tempo!

Tempo é uma invenção
E fez-nos acreditar
Que é uma razão
Muito boa para justificar.

Justificar a alteração de planos
Ou de estar atrasado
Mas atrasado para quê,
Se o tempo foi inventado?

O relógio não existia
O controlo de ponto também não
Vivia-se pela magia
Guiados pela nossa sensação.

Agora é tudo controlado,
Horas para isto e para aquilo
Não se vai a nenhum lado
Não se tem um dia tranquilo.

Pois há prazos para cumprir
Passamos a vida a correr
Para no fim disto sentir,
Que estivemos vivos, sem viver.

Deixem cair o horário imposto
E entreguem-se ao relógio interior
Façam aquilo de que têm gosto
Pois é isso que têm valor.

Sigam a vossa intuição
E o "tempo" irá se multiplicar
Fazendo o que de antemão
Parecia difícil de executar.

"O" Dia!

Hoje é dia de amar,
É dia de viver
É dia de esperar
Que o tempo não passe a correr.

É o dia que anseio
E que buscava a algum tempo
É o dia que me entrego sem receio
A este novo sentimento.

É "O" dia
Aquele que nunca se esquece
Aquele que nos dá alegria
E nada nos aborrece.

Foi neste dia que te vi
Com um olhar recatado
No momento me apercebi
Que te queria ao meu lado.

Esse dia é memorável
Ficará sempre na memória
É uma lembrança agradável
O inicio de uma história.

Fugir!

Fugir!
Não enfrentar os problemas
Pensando apenas,
Para outro lado seguir.

Fugir!
De todas as complicações
Anulando as emoções
Que não se quer sentir.

Fugir!
Sempre que não se encontra uma solução
Sempre que o impulso ganha à razão
E nos leva a isso decidir.

Fugir!
Quando a dor nos queima por dentro
Quando a solução para o sofrimento
É deixar de existir.

Fugir!
Numa opção desesperada
Por não se sentir amada
Para se fazer ouvir.

Fugir!
Para um lugar melhor
Onde se encontre o verdadeiro amor
E de lá já não querer partir.

Luta interior

Sinto dentro do meu peito
Uma dor que não me larga
Que me deixa desfeito
Como se fosse uma praga.

Um dor que arrasta
Algo de mim, do meu ser
Que de ti me afasta
Que faz te perder.

Corroí o meu corpo
Desfaz em pedaços o meu coração
Sem ti perco o meu porto
A minha tábua de salvação.

Esta dor que me consome
E me faz enlouquecer
Tem em ti o verdadeiro nome
O nome que não quero esquecer.

Rasgo todas as amarras
E entro numa luta interior
Solto as minhas garras
Para lutar pelo teu amor.

A dor que antes sentia
Pouco a pouco desapareceu
Trazendo a alegria
Ao coração, que agora é teu.

28 de março de 2012

Quadro

Num quadro imperfeito
De todas as cores eu te pinto
Onde cada defeito
Mostra-me porque me seduzes.

E continuo embriagado
Com o bailar das luzes
Que me deixa transtornado
Com a força do sentimento.

Volto ao quadro novamente
E em cada movimento
Transformo lentamente
A pintura original

Onde te vejo de uma maneira
Pouco ou nada tradicional
Mas que te torna verdadeira
Para quem te vai contemplar

Dou o quadro por terminado
Não o volto a retocar
Representa quando estou ao teu lado
E espelha tudo o que sinto.

Ser eu!

Não sei o que procuro
Mas procuro intensamente
Algo que me tire do escuro
E me ilumine a mente.

Vou escavando até achar
O meu eu mais profundo
E sinto-me a caminhar
Para um lugar cada vez mais fundo.

Vejo-me com atenção
Não me estou a reconhecer
Só pode ser ilusão
O que estou a ver.

Enfrento a realidade
Que até agora desconhecia
E transformo em liberdade
O que antes era agonia.

E de volta ao meu ser
Sinto-me algo diferente
Já me consigo perceber
Já nada me prende.

E de forma renovada
Sigo em frente com confiança
Por passar esta jornada.
Com renovada esperança.

Como vou dizer...

Como vou dizer
Para todo o mundo
Que acabei de perder
O meu amor mais profundo

Como vou dizer,
Que não há solução
Para o que está a acontecer
No meu coração.

Como vou dizer,
Tudo aquilo que sinto
Se já não me estou a conhecer
No meio deste labirinto.

Como vou dizer,
Se já não me sei expressar,
Se o não te ter
Me está a afectar.

Já não quero dizer!
Já não quero sentir!
Já não quero viver,
Após ver-te partir.

Ter uma casa!

Novo passo na vida
Uma casa para comprar.
Uma ideia divertida
Que se pretende concretizar.

Fins de semana a fio
Com várias casas para ver
Sendo um grande desafio
Escolher a certa para viver.

Longos meses passaram
Até haver uma decisão
Os pais também ajudaram
Dando a sua opinião.

Seguindo para a segunda etapa
Contar o dinheiro que é necessário
E em Lisboa, procurar no mapa
Todas as casas do sistema bancário.

Após muita procura
Um deles nos estendeu a mão
Ajudando nesta aventura
Tornando real, a ilusão.

Parecia ter chegado ao fim
Com a casa em nosso poder
Mas não foi bem assim
Obras ainda há para fazer.

São paredes para arranjar
Para a humidade sair
E toda a casa pintar
Uma casa "nova" vai surgir.

Começa ai a confusão
E forma de arranjar
Tempo para a arrumação
Que toda a casa vai precisar.

No fim deste caminho
Olha-se para trás e pode-se dizer
Que se criou mais um ninho
Onde dá vontade de viver.

27 de março de 2012

Coração magoado

Várias noites a sonhar
Não te consigo esquecer
Apareces junto ao mar
O que isto quererá dizer?

Não consigo te esquecer
Não sei onde te procurar
Apesar de não te conhecer
Não te vou deixar escapar

Procuro intensamente
Forma de reproduzir
O que vagueia na minha mente
Quando estou a tentar dormir.

Encontro algo familiar
Num local que não conheço
Devo estar a alucinar
Mas é um começo.

Arrisco e sigo em frente
E caminho junto ao mar
Apareces de repente
Não queria acreditar.

Aproximo e cumprimento
Não és nenhuma ilusão
Nasce logo um sentimento,
Que inflama meu coração.

Meio tímido dou mais um passo,
Com o desejo de te tocar
Com confiança dou-te um abraço
E apenas em mim estou a tocar.

Desfazes-te em pó
Mais uma vez fui enganado
Estou novamente só
Sem ninguém ao meu lado.

Ter alguém tornou-se um vicio
Minha mente já me atraiçoa
E faz-me correr para o precipício
Que ainda mais me magoa.

Minha mente vou isolar
Meu coração será fechado
E este vinculo irá durar
Até ser verdadeiramente amado.

Avaliação!

Porquê trabalhar
E dar créditos ao patrão
Se nos estão sempre a lixar
Quando é a avaliação.

Notas mal dadas
Sem qualquer justificação
São quase sempre combinadas
Sem a tua opinião.

A auto-avaliação não conta
Não sei porque se faz
A nota é uma afronta
É dar o rótulo de incapaz.

Os que são "roubados"
Não podem evoluir
Para que outros afortunados
Possam ver a nota subir.

Não interessa o trabalho
Nem a tua dedicação
És mais um no baralho
Que não merece a atenção.

E assim vais ficando
Cada vez mais desmotivado,
Continuamente procurando
Mudar-te para outro lado.

No teu olhar...

No teu olhar me afundo
E me perco no teu ser
Um ser que é profundo
E que anseio conhecer.

No teu olhar me guio
E encontro o caminho
Nele choro e riu
E nunca estou sozinho.

No teu olhar me abrigo
Quando a tristeza me atinge
Ele é meu companheiro e amigo
Ele não me mente, nem finge.

No teu olhar me conheço
E começo a acreditar
Que no fundo eu mereço
Alguém que eu possa amar.

No teu olhar acredito
Que és tu a razão
Da mudança de estado de espírito
Que se faz sentir no meu coração.

Amizade!

Foi já à muitos anos
Que um dia te conheci
Não estaria nos meu planos
Chegar ao que temos aqui.

O inicio foi diferente
Muito fora do normal
Que de uma forma surpreendente
Tornou-se algo especial.

Cresceu uma amizade
Que ainda hoje perdura
Com 11 anos de idade
Tem sido uma aventura

Com feitios semelhantes
E gostos iguais em vários temas
Voltamos a estar como antes
Criamos um blog com os nossos poemas.

Tens sido uma amiga presente
E precisa nos maus momentos
Espero que estejas consciente
Que contigo partilho os meus sentimentos

E espero que reconheças
Quando na altura for preciso
Que mesmo ao vivo não me conheças
Terás sempre aqui um amigo.

Tudo e Nada

De poemas não sou escritor
E também não sou engenheiro.
Sou um pouco de nada
E de tudo, o tempo inteiro.

Sigo a minha própria estrada
Tento não cair em rotina
Em cada curva uma aventura,
Um dissabor em cada esquina.

A vida é feita de loucura
É um projecto inacabado
Só me arrependo do que não fiz
Detesto tempo mal aproveitado.

Por isso tudo sou feliz
Faço o que deveras sinto
Coloco em tudo, uma dose de humor
Vivo a vida por instinto.

Sonho!

No fundo do teu olhar,
No teu cabelo ondulado
Baila, meio acelerado
O desejo de te amar.

Um desejo controlado
Que me mantém o sorriso
E que sem aviso,
Me faz estar ao teu lado.

Tudo o que eu desejo
E me fazes sentir
Faz-me querer conseguir
Dar-te um beijo.

Abraço-te com cuidado
E roubo-te um beijo profundo
Que acaba num segundo
Por estar a sonhar, acordado.

25 de março de 2012

Orgulho!

Embrulhado no meu orgulho
Caminho sem razão
Esquecendo de ouvir
O que me dizia o coração.

Não sabia o que sentir
Muito menos o que fazer,
Mas estava pouco a pouco
Sem ti, a te perder.

Fui me tornando um louco
Na ânsia de provar
Que o orgulho demonstrado
Era a razão a falar.

O tempo do meu lado
Pensava eu que teria
Mas vim a comprovar
Que o fui perdendo, dia a dia.

Não sei como te compensar
E dizer-te frente a frente
És tu quem eu amo
Quem eu quero realmente.

E no meu novo plano
Passarei à acção
Tirando-nos deste embrulho
Desta minha/nossa confusão.

Sonho ou Realidade

Acordo triste
E um pouco baralhado
Não sei quando saíste
Não estás ao meu lado.

Não sei quem és tu
Foste apenas de uma ilusão?
Descobri o teu corpo nu
Com o toque da minha mão.

Não posso ter sonhado,
Tu tens que ser real
Quero ter-te ao meu lado
Fazes-me sentir normal.

Os sonhos, tornam-se desejos
Os medos, uma fantasia
Pois o calor dos teus beijos
Transformam tudo em alegria.

Não estás aqui presente
Mas de ti não vou desistir
Enquanto estiveres na minha mente
Saberei por onde ir.

Traço um caminho,direcção
E locais para procurar.
Sigo o meu coração
Que contigo deve estar.

Numa outra noite a chover
Sozinha no escuro, fui-te encontrar.
Dou-te a mão, faço-te ver
Que é ao meu lado o teu lugar

23 de março de 2012

Dietas!

A Primavera está a chegar,
Não percebo como pode ser
Não estou a acreditar
No que a balança está a dizer.

E assim começa de novo
O frenesim de Verão
Onde todo o povo.
Faz a dieta de ocasião.

No ginásio é a passadeira,
Os steps e a bicicleta
O PT tenta arranjar maneira
De nos tornar um atleta.

Ao almoço ao ligeiro,
Corta-se no frito e no doce
Bebe-se água o dia inteiro
E álcool acabou-se.

São meses numa correria,
Muito esforço para conseguir
Chegar o dia de ter a alegria
De ter o peso que se queria atingir.

Abre-se um sorriso, lentamente
Com a imagem que o espelho reflete
E não engordar novamente
Logo na hora se promete.

Acabou-se o calor,
E a roupa curta para usar
Ir ao ginásio já provoca dor
Mesmo que seja só pensar.

O esforço já não vale a pena
Pode-se de novo relaxar
Voltam as pipocas do cinema,
Chocolates e batatas fritas, para variar.

E assim se volta ao que era
Sem se ter na lembrança
Que ao chegar a Primavera
Enfrenta-se novamente a balança.

Destino Incerto

Numa tarde ao vento
Oiço-te a chorar
Recordo-te no pensamento
A única forma de te chegar.

Já passaram alguns anos
Em que vi-te chegar
E não sabia dos planos
Que entre os dois estavam-se a formar.

Fomos crescendo, namoriscando
Mas novos ainda para pensar
Que os passos que íamos dando
Me faria te magoar.

Aos poucos te afastaste
Para não voltar, assim pensei
Mas anos depois voltaste
E nessa noite contigo sonhei.

Mas a vida estava diferente
Novos caminhos, separados
O sentimento estava presente,
Nos corações abandonados.

Agora volvido o tempo
Custa-me aquele tempo lembrar
Pois relembro-me ao ouvido
A tua voz a sussurrar.

A pedir para não partir
A querer uma hipótese para nós
Fazendo questão de se ouvir
Gritas ao céu, em alta voz .

Olho nos teus olhos, triste
Compreendes a minha decisão
E nesse instante partiste
Levando o meu coração.

Poema Simples

Tenho uma ideia na mente
De fazer algo diferente
Que não sei se vai resultar.

Mas sou teimoso e persistente
E também irreverente,
Por isso lá vou tentar.

Escrevo poemas subtilmente
Da mesma forma, recorrente
Que não chego a pensar.

Escrevendo livremente
Às vezes um pouco incoerente,
Mas sempre, sempre a rimar.

E de forma inteligente
Mudo o que tinha actualmente
Para o que estou a falar.

Conseguindo finalmente
Escolhendo bem cada ingrediente
Para este poema poder acabar.

Perdido!

Perdido no pensamento
Não sinto o tempo passar
Não dou valor ao momento
Que contigo estou a partilhar

Perdido na ilusão
De te ter garantida
Esqueço-me de te dar atenção
Perco-te da minha vida

Perdido na saudade
De te ter ao pé de mim
Da sensação de liberdade
Quando estava abraçado a ti.

Não sei como aconteceu
Como pude ser incompetente
De ver que teu coração já não era meu
Que eras minha, na minha mente.

Acordei demasiado tarde
Será que vale a pena lutar?
Não suporto a realidade
Com que me estou a deparar.

Sufoco-me na solidão
Em que a minha vida caiu
Pois dei-te meu coração
E agora ele se partiu.

Estou perdido, sem rumo
Já não sei porque viver
Vejo longe, é o fumo
Do meu corpo a arder.

Vejo meu corpo, ali deitado
E sinto uma sensação amarga
A este mundo já não estou ligado
Serei o teu anjo da guarda.

Quando pude, não estive contigo
Daqui para a frente será diferente
Quando precisares de um ombro amigo
Estarei ao teu lado, presente.

Atrasado!


Acordo atrasado,
Algo se passou.
Ou deixei-me ficar deitado
Ou o despertador não tocou.

Levanto-me a correr,
Ainda meio a bocejar
Ponho torradas a fazer
Enquanto me vou despachar.

Com o tempo de torrar o pão
Vou tomar um banho à pressa
Visto a roupa que vem à mão
Será que combina? Não interessa.

Oiço a torradeira a tocar,
Está na hora de comer,
Ficam os sapatos por calçar
O que mais irei me esquecer?

Desligo o esquentador, faço a cama
Olho o relógio, saio a correr
Chego ao carro com toda a gana
Não tenho mais tempo a perder.

Sigo a toda velocidade
30 minutos depois do habitual
Apanho transito na cidade
Hoje corre tudo mal.

Para lição isto serve
Poder demonstrar
Que parece uma bola de neve
Quando nos estamos a atrasar.

Tudo nos acontece nesse dia
E nada parece do acaso
Transformando por magia
Minutos em horas de atraso.

22 de março de 2012

Piscina!

Piscina!
Tu que permites a reflexão
Fazendo algo que me fascina
Como é a natação.

Permites por momentos respirar
Dos momentos de agonia
Não deixando pensar
Que a vida é alegria.

Transportas-me para outro mundo
Que me faz relaxar
Um local secreto e profundo
Onde posso em mim pensar.

Colocar os pensamentos
No seu devido lugar
Aproveitando os momentos
Que em ti estou a nadar.

Tua água me acalma
E me ilumina no escuro
Me aquecendo a alma
A cada dia que te procuro.

21 de março de 2012

Compras!

Chegou a Primavera,
Soa o alarme
Está a chegar o Verão
E altura de lançar o charme
À nova colecção.

É grande a atmosfera
De alegria e tensão
Por as novas peças
E escolher de antemão
As roupas para as festas.

É um frenesim irracional
De sair e entrar
Nas lojas com nomes mais conhecidos
Onde se tem de experimentar
Várias camisolas, saias e vestidos.

Segue-se o período normal
Onde dores de cabeça costuma dar
De tantas quais escolher
Para já hoje levar
E não se arrepender.

Até ao fim da colecção
As montras tornam-se viciantes
Chamam todos os dias para as novidades
Tornando deslumbrantes
Peças de roupa para todas as idades

Por fim um pouco de razão
Não se pode tudo comprar
Mas no pensamento fica anotado
Que os descontos vão chegar
E vão buscar o que puseram agora de lado.

Um Sopro de Esperança

( Ler o poema Instável em primeiro lugar, pois este serve como resposta! )

Para onde o vento te levar
Apenas posso garantir
Que ficaram a ganhar
Por terem lá a bulir.

És dedicada, inteligente,
Sempre com um grande humor
Não serás indiferente
Ao trabalho feito com rigor.

Mas como dizes e muito bem,
Um mês ainda tens de esperar
Vais ver que ao teu patrão ainda convém
Que fiques ai a ajudar.

Pois tens vendido material
E posto dinheiro a entrar
Num contexto atual
Que a ordem é cortar, cortar, cortar...

Daqui a um mês a gente vê
E estejas onde estiveres
Espero pelo menos que tenhas PC
Para mais poemas meteres.

Marmita!

Chegou a era da Marmita
Para o trabalhador do presente
Aquele que não tem "guita"
Para ir ao restaurante decente.

É um novo desporto
A nível nacional
Que aumenta o conforto
Da poupança mensal.

Criam-se novas receitas
Para no trabalho se poder comer
Ao comidas já feitas
Quando não há tempo para as fazer.

É um novo mundo
Que se pode explorar
Sendo um convívio, no fundo
Com quem se costuma trabalhar,

Trocam-se conversas, emoções
E das receitas, os segredos
De marmitas com apresentações
De fazer lamber os dedos.

Assim esta nova moda
Veio para com o tempo ficar
Sentando numa roda
Quem veio Marmitar.

Irmãos

Irmão!
Esta palavra cujo significado
É haver alguém que de coração
Nos entende em qualquer lado.

É uma estreita relação
Que não se consegue explicar,
Onde uma breve expressão
Sobrepõem a necessidade de falar.

É um ombro amigo
Que temos para desabafar
Quando existe o perigo
Do nosso mundo desabar.

É o companheiro de festas,
De saídas e bebedeira
É quem nos lima as arestas
Sempre em tom de brincadeira.

No meu caso pessoal
Não podia melhor esperar,
Tenho um gémeo quase igual
E uma irmã pronta a ajudar.

Entre nós uma união
Que devemos preservar.
O que significa ser irmão?
É ter sempre alguém para nos apoiar.

20 de março de 2012

Pass(e)adeira

Vou falar da passadeira
Que foi criada com a razão
De arranjar uma maneira
De facilitar a vida ao peão.

De lhe dar uma forma
De poder atravessar
A estrada que se transforma
Num obstáculo a ultrapassar.

Mas os peões não compreendem
Que aquilo não serve para passear
Vão ao passo que entendem
Fazendo o automobilista desesperar.

O peão ganhou poder
Ao atravessar sem sequer olhar
Já nem quer saber
Se está algum carro a chegar.

Confiam que eles vão travar
Pois têm prioridade
Tem dias que isso dá azar
Não sendo sempre verdade.

Munidos de confiança
Atravessam em qualquer lado
Sempre na velha esperança
Do condutor vir com cuidado.

O preço da combustível

O preço do combustível
Não pára de crescer
Sendo o método falível
Que nos querem vender.

É porque sobe o crude
No mercado internacional
Causando um golpe rude
No lucro abismal.

Mas nas descidas dos valores
Não se segue a forma de pensar
Vem pregar esse senhores
Que do valor antigo se está a gastar.

E assim nos têm enganado
Com o produto cada vez mais caro
Ter o depósito atestado
É um cenário já muito raro.

Só queria que dessem explicações
Como o preço não podem baixar
Se no fim de semana com as promoções
Alguns cêntimos pode-se poupar.

Com a vinda de outras opções
No futuro isto vai mudar
Veremos em que condições
As gasolineiras vão ficar.

Melhores amigos!

Por vezes passa despercebido
E parece que desaparece
Mas o verdadeiro amigo
Nunca nos esquece.

Está sempre lá presente
Para os momentos de emoção
Sempre alegre e sorridente
Bem junto ao coração.

Mas aquele que é especial
Não importa a distância
Aparece quando algo está mal
Mostrando a sua importância.

Apoiando-nos quando é preciso
Tentando nos alegrar
E transformar num sorriso
As lágrimas que estamos a chorar.

São eles o maior bem
Que se pode conquistar
E que nada nem ninguém
Consegue retirar.

1000

Pouco tempo passou
E estaria longe de imaginar
Que o blog que se criou
Rápido iria se espalhar.

Foram já 60 poemas
Cheios de imaginação
E diversos temas
Que surgiram da inspiração.

Este poema é para lembrar
Que vale a pena escrever
E fazer-nos acreditar
Que mais o blog irá crescer.

As já 1000 visualizações
Mostram o vosso afecto
Dando-nos ainda mais razões
Para continuar com o projecto.

Desta forma agradeço
Por estarem a acompanhar
Mostrando o meu apreço
Neste poema que vou postar.

19 de março de 2012

Uma tarde...

Numa tarde de Março
Uma surpresa quis fazer
Dar-te um abraço
E com amor te faço
Simplesmente perceber.

Então veio a ideia
De à praia te levar
E por os pés na areia
Que de alguma forma semeia
O desejo de te beijar.

Embrenhados nesse momento
Virados para o mar
Acompanhados com o vento
Que levou o sentimento
Para o todos espalhar.

O sentimento do amor
Quando te dou um beijo
Que me enche de calor
E me faz saber de cor
O quanto te desejo.

Ida ao Zoo

Algum tempo planeado
Foi dia de realizar
Uma ida ao Zoo renovado
E o sobrinho levar.

Foi grande a correria
Para a tempo chegar
E entrar na alegria
De ver os golfinhos a mergulhar

Saídos desta experiência
O resto fomos explorar
Sem muita urgência,
Pois havia muito para andar.

Girafas, Rinocerontes
Répteis e até Leões
Animais havia aos montes
Despertando várias emoções.

Uma pausa para comer
Fez-se num bar lá do espaço
Sandes para satisfazer
Alguns momentos de cansaço.

Uma foto com o pinguim
Para mais tarde recordar.
E uma resposta: Simmmmmmmmm!
Se o teleférico queria experimentar.

O dia foi-se arrastando
E sem mais nada para ver
Para saída fomos andando
Sem antes prometer.

Que daqui a uns aninhos
O tornaríamos a trazer
Para ver os amiguinhos
Que acabara de conhecer

Pedido de casamento

Os ciclos da nossa vida são
Muitos para se contar,
Quando um deles termina
Está logo outro a começar.

Iniciaste-o como menina,
Fazendo um percurso brilhante.
Terminas como mulher
Que inicia a sua vida restante.

Escolheste o que queres ser
E nessa escolha tens triunfado.
Vais começar um ciclo diferente
Comigo sempre a teu lado.

Muitas alegrias pela frente
Estão-se a aproximar,
O trabalho foi o começo
A casa é outra a se juntar.

Tens o meu orgulho, amor e apreço
Como namorado e amigo,
Pergunto-te assim de coração
Queres casar-te comigo?

16 de março de 2012

Transportes Públicos

No dia a dia da poupança
Andar de carro é ilusão
Que nos vem à lembrança
No meio desta confusão.

É sempre com pressa, a correr
Para poder o metro apanhar
E rezar para um lugar ter
Neste que já está a chegar.

Sardinha em conserva
É o que isto faz lembrar
Dá saudades do carro que está na reserva
Mas não há dinheiro para atestar.

Mas engane-se quem está a ler
Que a carris esteja melhor.
Pois às vezes enche até caber,
Noutros dias apenas o condutor.

Seja de carro ou de transportes
Tenho sempre que movimentar
Se continuarem com estes cortes
Resta-me a bicicleta... ou andar.

Emprego

Procuro dentro de mim
O sentido que quero tomar
Pois a paixão que senti
Está quase a apagar.

Sinto-me triste, frustrado
Por o trabalho não estar a ser
O que tinha imaginado,
Aquilo que eu queria fazer.

No curso fui atirado
Para ramo de energia
Algo que sinto esperançado
De poder exercer um dia.

Mas a vida tem coisas imprevistas
Que não se pode explicar
Após várias entrevistas
A Telecomunicações fui parar.

No inicio foi interessante
Algo novo para aprender
Mas no coração, sempre pulsante
Estava Energia a bater.

Fui deixando o tempo passar
Para ver como me sentia
E começou-se a transformar
Numa grande alegria.

Acaba-se o tempo das fantasias
E já começo a acusar
O levantar-me todos os dias
E vir para aqui trabalhar.

Já parece uma obrigação
Passo o dia cansado
Vou bater o pé à razão
E mudar-me para outro lado.

15 de março de 2012

Última colónia

Escrevo este poema
Como forma de despedida.
Onde a colónia é o tema
O tema da minha vida...

Há muito tempo que sabia,
Mas evitava pensar.
Na chegada do dia
Em que a colónia iria acabar.

Bons momentos cá vivi
E serão para recordar
Amigos aqui conheci
Que para a vida vão ficar.

Comecei ainda criança
Com alegria, paixão e fervor
E cresci com a esperança
De um dia vir a ser monitor.

Consegui o que queria
E assim tenho continuado,
Mas hoje é o dia
De fechar o ciclo iniciado.

É por este sonho
Estar quase a terminar
Que o meu ar risonho
Tarda em se mostrar.

Cada grande momento
Não mais irei esquecer,
Ficará no pensamento
E no coração até morrer.

Nunca tinha pensado
Que neste dia iria chorar.
Por ser tão complicado
Ver o ciclo da colónia terminar.

Adorei cada momento
E a todos sem excepção
Aproveitem enquanto é tempo
Um beijo e abraço do monitor Bruno Paixão

(Obrigado à  Pokahontas  por ter guardado o original, escrito à tantos anos atrás)

Faz Sentido?

Numa tarde de verão
Ou numa noite de inverno
Qualquer dia é oportunidade
Para escrever mais um poema.

Com uma caneta na mão
E na outra o caderno
Escrevo com simplicidade
Sobre um novo tema.

Tem assuntos do coração
Que aquece como um inferno
Também tem amizade
Que resolve qualquer problema.

Este poema está uma confusão
Com um rimar ultramoderno
Vou deixar isto, antes que fique tarde
E ver um bom cinema.

Num mundo de faz de conta!

Num mundo de faz de conta!
Queria voltar a ser criança
Viver os dias com emoção
E sempre cheio de esperança.

Num mundo de faz de conta!
Queria poder me divertir
E não ter a ilusão
Que estão todos a mentir.

Num mundo de faz de conta!
Todos tinham direito à felicidade
Alguém a quem entregar o coração
Qualquer que fosse a sua idade.

Num mundo de faz de conta!
Ninguém era superior.
Governava-se com a razão,
Orgulho, inteligência e suor.

Num mundo de faz de conta!
Tudo isto deveria ser verdade.
Resta agora uma questão:
Conseguimos torná-lo realidade?

Dom

Se é um Dom que eu tenho
Então tenho que o preservar
Escrevendo com mais empenho
Para a mais gente chegar.


Tento sempre melhorar
Sempre que estou a escrever
Para uma experiência proporcionar
A quem os poemas estiver a  ler.


Rimar é um pouco complicado
A palavra certa à que encontrar
E manter o significado
Para o que estou a expressar.


Mas sem pressas nem pressões
Os poemas vão aparecendo
Exaltando emoções
Que outros vão esquecendo.


Frustração, raiva e dor
Nos momentos de inquietação
Alegria, sorrisos e amor
Quando vem do coração.


Cada um à sua maneira
Conseguem fazer um poema surgir
Basta abrir a torneira
Para a inspiração fluir.

Crise de inspiração

Ideias precisam-se urgentemente
Já não sei o que escrever
Por mais que tente recorrer
Às sugestões da minha mente.

Poemas ficam por acabar!
Entro em profunda frustração.
Pois não encontro inspiração
Para voltar a rimar.

Os versos saem forçados.
No chão folhas amachucadas.
Cheio de tentativas falhadas
De poemas que não serão usados.

Relaxo e paro de pensar
Como alguém me ensinou
E logo que a inspiração voltou
A caneta fui buscar.

Escrevo tudo num momento
E de uma forma inesperada
As quadras aparecem do nada
Formando o poema que vos apresento.

14 de março de 2012

Chave!

Como um pássaro sem ninho
Ando sem rumo, sem direcção,
Pois não conheço o caminho
De volta ao teu coração.

Perdi o mapa, foi-se com o vento
Com ele a calma e a razão.
Sinto um profundo sentimento
De dor, raiva e frustração.

Procuro apenas um sinal
Que me faça recordar,
O caminho especial
Que me faça a ti chegar.

Retrocedo mentalmente
Até ao dia que te conheci
E vejo à minha frente
Como teu coração abri.

Agarro nesse conhecimento
E transporto para o presente
Espero ainda ir a tempo
De abri-lo novamente.

13 de março de 2012

25 anos!

A  nossa vida, Amor, que fomos criando,
No presente agora a vejo
Foi-se unindo, melhorando!
À  imagem desse nosso desejo.

Vontade essa construída,
Já se passaram 25 anos!
É ainda uma pequena vida,
Para o que nos amamos.

Sonho... que imaginámos jovenzinhos,
De mãos dadas, pelos caminhos,
O fomos desbravando.

Teve sempre uma magia,
Que transformámos em alegria
E que estamos hoje comemorando.


(Dedicado aos meus pais)

Ilusão

De mãos atadas
Começo a tremer.
Das horas passadas
Não me consigo esquecer.

Fecho os olhos e recordo
Os momentos de aflição.
Deste pesadelo não acordo,
Solto um grito de frustração.

Encontro-me abandonado
Cheio de suor e a sangrar.
Lembro-me de ser torturado
Choro sem conseguir parar.

Não controlo minha mente
Perdendo a noção do real.
Debato-me esforçadamente
Para ter controlo emocional.

Reúno pouco a pouco
Forças para poder lutar.
Transformo-me num louco
Fazendo tudo para me soltar.

As barreiras vão caindo
Batendo forte contra o chão.
Meus olhos vão-se abrindo
Não passou de uma ilusão.

És Tu!

Foi numa noite diferente
Que acabei por encontrar
A mulher que daí para a frente
Me iria conquistar.

Fomos saindo, falando,
O natural ao começar
E a vontade foi chegando
De um beijo lhe dar.

A oportunidade surgiu
Num momento inesperado
E nessa noite, à beira rio,
Passei a ser seu namorado.

No inicio foi complicado,
Com as dúvidas inerentes,
Mas o tempo como aliado,
As coisas ficaram diferentes.

As duvidas desapareceram
E deram lugar à confiança
Os sentimentos cresceram
Nasceu com eles uma esperança.

O tempo tem passado
Estamos juntos a toda a hora
A esperança é continuar ao seu lado
No futuro como agora.

Como te conheci...

Num sono profundo
Contemplando a lua,
Vejo um brilho ao fundo
Duma cara que é a tua.

Tento te alcançar,
Mas vejo-me impotente
Pois ao me aproximar
Tu ficas mais ausente.

Fico triste, conformado
E desisto da aproximação
Quando alguém ao meu lado
Me beija e dá a mão.

Nesse instante acordo!
Não passou de uma ilusão,
Mas desde esse dia que recordo
A dona do meu Coração.

12 de março de 2012

Mundo Baralhado

Rápido os meus olhos abria
Para depressa adormecer.
Ao fim da tarde, o romper do dia
Com a lua cheia a nascer.

Levantei-me com sono
E já vestido para sair,
Chovia, era Outono
E o sol estava a sorrir.

Para mim o mundo
Anda todo baralhado
E para ficar bom num segundo
Preciso de te ter ao meu lado.

Com o teu amor me oriento
E tudo volta ao normal
Os teus beijos dão-me alento
Fazendo-me sentir especial.

11 de março de 2012

Minha Luz

Num dia chuvoso
Vagueio pela rua
E um brilho misterioso
Vem a partir da lua.

A Luz ia indicando
Um caminho a percorrer
E sem o meu comando
Meu corpo começou a mexer.

Não percebendo o que se passava
Deixei-me levar
E a medida que eu andava
A Luz parecia aumentar.

Fui seguindo o trilho
Com alguma inquietação
Pois tal era o brilho
Que queimava o coração.

Sentei-me por um momento
E comigo a Luz parou
Quando, ao som do vento
A tua voz se juntou.

Tinhas chegado,
Através da Luz que me guiava
E eu percebia, admirado,
Porque a Luz me queimava.

Percebi de seguida
O que o "passeio" me quis mostrar:
És a Luz da minha vida
E que sem ti não me consigo guiar.

9 de março de 2012

O Significado de Amar

Num livro deixo escrito
Como aprendi a amar,
Pois no fundo acredito
Que isso me irá ajudar.

E ao ir escrevendo
Começo a perceber
Os erros que fui cometendo
Que quase fariam te perder.

Leio e releio
O que acabo de escrever
E descubro lá no meio
A razão do meu viver.

És tu que me animas,
Que fazes ser quem eu sou
Que com calma me ensinas
A amar como ninguém me amou.

No futuro ou no presente
A quem este livro calhar
Que o leia atentamente
E aprenda o significado de amar.

Obrigado

Não sei como começar
Este poema para ti
As palavras não conseguem espelhar
O significado que tens para mim.

Um ano e pouco mais
Passa do dia que nos conhecemos
Mas parece bem mais
Pelo momentos que tivemos.

Já me ri muito contigo
E pudeste comprovar
Mas só agora te digo
Que também já me fizeste chorar.

És uma pessoa especial
Queria que ficasses a saber
Um sorriso teu é ideal
Para bem o dia correr.

A ideia de te escrever
É para te dar uma recordação
Do chato que cheguei a ser,
Mas que te adora de coração.

Inspiração

Numa tarde, não sei ao certo
Fecho os olhos um bocado
E vejo-me em local incerto
Que pertence ao meu passado

Oiço músicas, relembro sons
Sinto cheiros já esquecidos
Nos meus olhos aparecem os tons
Dos teus lábios humedecidos.

A lembrança dos nossos beijos
Fazem-me voltar ao presente
Trazendo os desejos
Que ambos tínhamos em mente.

No passado fico inspirado
Para mudar o meu futuro
Acordando ao teu lado deitado
No nosso ninho, no escuro.

Raiva!

De olhos vidrados
Uma lágrima vai caindo
Caindo num labirinto
Que me parte em bocados.

Dentro de mim cresce um sentimento
Um misto de raiva e frustração
Que num grito sem razão
Me retira todo o discernimento.

Fico cego, fico louco
Não consigo me controlar
Apenas consigo pensar
Em desfazer-te pouco a pouco.

Acabar com a agonia
Que tens causado nos últimos tempos
E voltar aos momentos
Onde tudo era alegria.

Quem sou eu?

Acordo…
Quem sou eu?
Alguém que não me recordo.
Desde o momento que te perdeu.

Sinto-me estranho, diferente
Meu corpo já não é meu
Com os meus olhos vejo-me de frente
O corpo que alguém me deu.

Procuro-te desesperado
Para que me faças acordar
E ao meu corpo regressar
Como se não o tivesse largado.

Oiço-te bem ao fundo
E sigo a voz com atenção
Com um respirar profundo
Sinto de novo o meu coração.

Abro os olhos assustado,
O meu corpo já é meu
Estás de novo ao meu lado
Um lugar que será sempre teu.

Exploração!

Acordo saturado
Desta vida sem razão,
Num trabalho estagnado
Onde não pagam um tostão.


Onde o teu valor não importa,
Onde o que conta é o fator “C”,
Onde te fecham a porta
Sem se saber bem porquê.


A ser sempre avaliado
Sem parâmetros definidos,
Em que se é rebaixado
Para se sobressair os amigos.


O que fazes não entra em conta!
O teu empenho também não!
Ter ideias é uma afronta
Para o chefe e o patrão.