29 de março de 2012

Pesadelo Constante

Em cada centímetro da minha pele
Em cada célula do meu ser
Impregna-se um fardo cruel
Com o qual não queria viver.

Vou crescendo naturalmente
E sem este segredo conhecer
Até que noite, na minha mente
Algo começa a acontecer.

Vejo o que nunca vi
Em pesadelos, tenho visões
De pessoas que nunca conheci
Dos seus desejos e emoções.

Tento, em desespero acordar
E sonhar com algo diferente
Tentando de alguma forma mudar
O destino que vi daquela gente.

Tento esquecer o que se passou
E remeter tudo para o esquecimento
Até ao dia que o alarme soou
E voltar tudo ao pensamento.

O que pensei ser uma ilusão
Estava agora a acontecer
Em directo na televisão
Não acreditava no que estava a ver.

Foi apenas o primeiro
Outros depois aconteceram
Pena ser sempre verdadeiro
Pois angústia, dor e azar trouxeram.

Tive que me habituar
E no fundo, saber gerir
Que por vezes o mal que sonhar
Vai num futuro próximo surgir.

2 comentários:

Marina disse...

Gostoo ;)

Bruno Paixão disse...

Continua a ler o blog e se quiser, dê ideias para mais poemas que possa gostar :)