24 de outubro de 2015

Corpo inerte e frio!

Corpo inerte e frio,
Sem medo nem receio,
Sem vontade nem desejo,
Procura no consolo de um beijo
Um luz neste olhar alheio
Ao mundo vazio.

A viva voz grito,
Como forma de expressar
Todo o ódio que sinto
E que a mim próprio minto,
Pois ele está a me matar
Tanto de corpo como de espírito.

Perco-me no negro
De uma escuridão galopante
Que invade minha alma
E que nada me acalma
A não ser a dor dilacerante
Que sofro em segredo.

Que acabe a vida em mim
E leve este sofrimento
Que guardo dentro do meu peito
Agora ferido e desfeito
Degradando-se a cada momento
Que me aproximo do fim.