16 de março de 2015

Amo-te simplesmente!

Vejo-te num sonho
E abraço...
E nesse embaraço
De mostrar o que sinto
Quase que te minto
Ao dizer que o sentimento
Que me invade por dentro
Não é o que estou a sentir
Mas o que quero fingir
Que não acontece...

O desejo de te ter
E o medo de te perder
De mãos dadas frequentemente
Enganam minha mente
No que deve fazer.

Arriscar
E contar
O que sinto por ti
Esperando ver a reacção
Dando-me razão
Que devia esperar
E talvez não te contar
Para continuar ao teu lado?

Ou guardar para mim
E continuar contigo
Como simples amigo
Ficando satisfeito
Por partilhares os teus sonhos
Objectivos e receios
E quais os meios
Para atingires as tuas metas?

Não sei como agir
Sem correr o risco de te perder
Mas já não sei quem engano
Ao não te contar
Que simplesmente te amo
E é contigo que quero estar.

Negro silêncio

Afundo-me
Num negro silêncio
Que invade a minha alma
E me acalma.

Sombrio
Assim fica o meu olhar
Onde me vejo a pairar
Nalgum pensamento
Em que algum momento
Se tornou vazio.

Adormecido
De calor e paixão
Rasgo a desilusão
De cada sentimento
Que me deixa cinzento
Louco, perdido
Desse amor vivido
Amargo e doentio.

Essa lembrança
Corroí-me a mente
Qual ácido que acende
O pior de mim
E leva-me ao fim
Dos meus piores medos
Que guardo em segredos
Espalhados pelo peito
Entretanto desfeito
Pelo teu sofrimento...

Meu coração apodrecido
Bate lentamente
Relembrando justamente
Como se sente magoado
Por o teres trocado
Abandonado
A um destino cruel.