29 de julho de 2013

Pesadelo sem ti!

Passageiro
Como uma brisa
Teu som
Suaviza
A minha dor...

Lembrar o teu sorriso
Trás de volta o paraíso
Que não quero esquecer
Que perdi por não te ter
Dado todo o meu amor...

Teus olhos brilhantes
Apaixonados por mim
Outrora penetrantes
Mostram um olhar triste
Desde o dia em que fugiste.

Não te mereço
Nunca o mereci!
Resolvi ficar
Em vez de juntar-me a ti.

E agora separados,
Algo me consome
Toda a alegria
E aquela energia
Que conseguias me transmitir
Que me fazias sentir
Através de um beijo.

Aquele nosso desejo
Vai morrendo a cada noite
Passado sozinho
No escuro, num cantinho
Que me escondo
Para esquecer
Que este pesadelo está a acontecer.

25 de julho de 2013

Até voltar a sentir!

Fugir...
Esconder
E não mais aparecer
Até voltar a sentir.

Sentir-me necessário
E não apenas mais um.
Sentir-me especial
E não um ser comum.

Desaparecer do mapa
Sem GPS activado
Não estar em lado nenhum
E contudo, estar em todo o lado.

Poder desaparecer
De corpo e de mente
Até conseguir aceder
A um estado diferente.

Por fim aparecer
E recomeçar do inicio
Fazendo um longo caminho
Em sentido contrário do precipício.

Se ao longo da caminhada
Voltar tudo ao começo
Deixo tudo para trás
E novamente desapareço.

24 de julho de 2013

Pequena Epopeia!

Exponho meu coração a nu
Para que todos possam conhecer
O que corre dentro de mim
O que faz meu coração bater.

Em tudo o que se vê
É impossível não reparar
Que estás em todo o lado
Que és quem faz tudo funcionar.

És a única que não vês?
Ou apenas não queres ver
Que tu és a razão
Para querer viver...

Porque tornas complicado
O que poderia ser tão simples
E mesmo estando ao meu lado
Pareces estar distante.

Liga-te a mim
Esquece o mundo que nos rodeia
Ou em breve será o fim
Desta pequena epopeia.

Ser errante...

Minha mente
Vagueia na escuridão
Sem encontrar o caminho
Da salvação...

Pensamentos turvos
Envoltos em dor
Fazem alimentar as reservas
Do ódio e do rancor.

Que mal fiz eu
Para me tornar tão frio?
Meu "Eu" morreu
E outro ser surgiu.

Deixei os sentimentos
Que antes idolatrava
Mas que a toda a hora
Apenas me magoava.

E agora de pedra
Transformou-se meu coração
Onde não entra luz
Onde não reina a razão.

Aos poucos e poucos
Sem nunca suspeitar
Fui criando um monstro
Que já mais irei controlar.

De agora em diante
Estarei para sempre aprisionado
Neste ser errante
Que nunca antes foi amado.

23 de julho de 2013

Frustração!

Frustração!
É tudo o que consigo
Quando tento escrever...

Onde anda a inspiração
Que me fez escrever poemas
Sobre os mais diversos temas
Que me chamaram a atenção?

Onde andam as palavras
Que já não as consigo encontrar
Como se a minha língua mãe
Me estivesse a atraiçoar...

Palavras básicas
É tudo o que consigo escrever
E nenhum sentimento
Já consigo descrever.

É tudo um vazio
Sem mais pequena ligação
A qualquer coisa que sinta
A qualquer emoção.

Porque me sinto impotente
De conseguir transformar
O que tenho em mente
Para que possam ler?

O que me prende?
Será que sou eu?

Terei que parar...
De pensar
Ou de escrever
Até perceber
Uma forma de acabar
Com este problema...

E assim que conseguir
Voltarei a escrever
Sobre qualquer tema
Que surgir!

19 de julho de 2013

Dor na tua ausência!

Esqueci,
Do que ia escrever.

Cada palavra
Perdeu o sentido
Desde que foste embora.
Porque chegou a tua hora?

O que fiz
Para te perder
Desta maneira
E continuar a viver...

Palavras não chegam
Para descrever a dor
Que sufoca meu coração!

Lágrimas vão caindo
Chorando tua ausência
Aumentando este sofrimento
Esta minha penitência...

Leva-me desta vida
Não quero ficar cá sozinho
Diz-me onde andas...
Mostra-me o caminho!

9 de julho de 2013

Sonhei que te perdi

Sonhei que te perdi
E chorei...

Acordei
Com as lágrimas a cair
E mesmo vendo-te ao meu lado
Não consegui acalmar.

Algo no pesadelo
Tornava-o real
E o medo de te perder
Tornou-se irracional...

Tentei manter-me indiferente
Esquecer o sucedido
Mas ao fechar os olhos
Tinhas desaparecido.

Já não éramos um só
Estava numa casa vazia
Assim como a minha vida
Após tu partires...

Quis acordar
Mas não conseguia
E quanto mais te tentava agarrar,
Mais te perdia.

Pensei ser novo sonho
Só esperava ele acabar
E o tempo foi passando
Sem nada mudar.

Quando finalmente acordei
Tudo percebi
O que achava real, era mentira
E nos "sonhos" realmente te perdi.

4 de julho de 2013

Confusão!

Uma confusão
Assim está minha cabeça
Não sei do travão
Para parar...

Vou a abrir
Já nem vejo sinalização
Levo tudo à frente
Tipo furacão.

Estudo as opções
Que parecem existir
Mas são puras ilusões
Com que me estou a iludir

E vou me consumindo
A pouco e pouco
Transformando minha mente
Na de um louco.

Já não penso direito
Não consigo separar
Levo tudo a peito
Até arrebentar.

Não consigo continuar
Neste triste estado
Pois no fim de contas
Alguém sairá magoado.

Preciso de parar
Resfriar meu pensamento
Pensar com calma
Deixar passar o mau momento.

2 de julho de 2013

Escrever sem pensar...

Tenho de escrever
Sem ter que pensar
Se o texto vai rimar
Ou apenas dizer
Aquilo que eu quiser...

Apenas ficar sentado
Com papel e lápis
Ao meu lado
E após longas horas, acordado
Escrever, como sempre quis
Sem ficar incomodado.

Longo vai o tempo
Das folhas amarrotadas
Por tentativas falhadas
Ao me forçar a escrever
Esquecendo o sentimento
Que cada poema deve ter.

Por isso no quarto fechado
Regresso ao passado
E escrevo sem pressões
Libertando as emoções
Que apenas vou sentindo
E vos tento passar
Em cada linha escrita
De cada poema que vos faço chegar.

Quando chego ao fim
Paro para reler
O que escreveu minha mão
Directamente do coração
E que nem sempre consigo entender.

1 de julho de 2013

Nunca te mereci!

Chorei,
Por ti!
Não por te ter perdido
Mas porque nunca te mereci.

Não te dei o valor
Que tanto merecias
E fugi do compromisso
Que tanto me pedias.

Não tive coragem
De aceitar
Que eras a mulher certa
Por quem me estava a apaixonar.

Deixei-te à deriva
Sem nenhuma explicação
Apenas por ter medo
De abrir o meu coração.

Agora sozinho
Olho para o que perdi
E os gestos de carinho
Que nunca te devolvi.

Se de alguma forma pudesse
Voltar ao passado
Não te deixava fugir,
Não sem ter lutado.

Já não sei escrever...

Raiva
Frustração
É o que mora
No meu coração.

Já não sei escrever
Já não sei rimar
Escrevo poucas linhas
Para de novo apagar.

Perdi o jeito
Ou apenas a inspiração
Ou apenas o defeito
Está na minha mão.

Neste mão que treme
A cada palavra desenhada
E que apaga, que risca
A cada nova rima falhada.