4 de abril de 2016

Vou partir...

Vou partir...
Sem rumo, nem direcção
Parto sem qualquer razão
Que queira vos dizer.
Parto para me conhecer
Ou conhecer o meu passado
Onde, sem nunca dizer adeus
Fiquei acorrentado.

Preso, nas lembranças
Nos sonhos de crianças
Vive o meu ser,
Esquecendo de viver
O presente,
O momento,
Apagando para sempre
Cada sensação e sentimento.

Parto para me soltar,
Para regressar ao dia-a dia
Para o passado enterrar
E sentir a alegria
De viver o hoje,
O que o mundo tem para oferecer
Em vez de me refugiar no passado
Que não quero esquecer.

Quebro as amarras
Soltando um barco à deriva
De novos desafios,
De desejos, de aventuras.
Parto sem rumo, às escuras
Aberto ao que poderá acontecer
Pronto para finalmente viver
Cada experiência que surgir.