15 de novembro de 2012

Acidente terrível!

Vou estrada fora
Sem pensar no destino
Só interessa o caminho
Que ainda falta percorrer.

Já vou atrasado
Acelero sem pensar
Só quero é chegar
Sem medir consequências.

Acelero bem a fundo
Chego ao máximo num segundo
E vejo a paisagem a passar
Sem me preocupar

E sem me aperceber
Sem dar por ela a acontecer
Só vejo um carro a embater
E tudo escurece...

Minha alma adormece
Meu corpo, parado permanece
Já não sei onde estou
Só me lembro que o carro captou!

Não percebo a situação
É tudo uma confusão
Apagou-se a minha mente
Fiquei "preso" no acidente.

Sinto alguém me tocar
Mas custa-me a "acordar"
Estou dormente, sem saber
O que se passa em meu redor
De onde vem este odor
Que me chega ao nariz...

Tento-me me mexer
E sou obrigado a parar
Alguém me diz para me acalmar
Com lágrimas a cair.

Quando tento perceber
A razão do sofrimento
Vejo, sem querer
Que estou sem me mexer
Não por estar amarrado
Mas por ter ficado impossibilitado
De fazer qualquer movimento.

Vida planeada...

Projectos!
Planos!
Nada mais são
Que guias para a vida
Que deve ser vivida
Em vez de planeada.

Muito fica no papel
Ou simplesmente
No pensamento
Não aproveitando o momento
Que se deve viver.

E tudo para quê?
Para não arriscar?
Por ter medo de falhar!

A vida deve ser vivida
Por vezes pensar
Noutras, atirar
De cabeça, por impulso
E ir de encontro à novidade
Para ter a intensidade
Que se vai perdendo.

Rasga os projectos
Que não vais realizar
E passa a te concentrar
No que é importante
No dia-a-dia, no instante.

E quando olhares para trás
Sem a vida planeada
Verás uma vida recheada
De planos vividos
Que nunca foram escritos
E não ficaram por fazer.