14 de dezembro de 2016

Mudança do "Ser"

Sofri...
Aprendi a sofrer
Para não me destruir,
Para que pudesse existir
Neste mundo de dor,
De ódio, de rancor
Onde a cada esperança,
Perdida numa lembrança
Faz perceber, nesse instante
Que a vida é inconstante
E que se deve viver
Como não a vivi.

Sorri...
A quem o merecer
E faz essa pessoa sorrir,
E entenda que o teu partir
É um acto de amor.
Num ultimo fulgor,
Uma lembrança de um momento
Um reviver de um sentimento
Que perdurará na mente
Que viverá eternamente
Gravado a fogo nesse ser
Que já não existe aqui.

12 de dezembro de 2016

Espírito Transformado

Vagueia minha mente
No tempo e no espaço
E sinto uma chama ardente
Em tudo o que digo, o que faço.

Tento me recolher
Resguardar em meu recanto
Mas não consigo conter
Esta chama, este pranto...

Choro sem saber
E em chamas vou-me transformando
Para poder esconder
Esta dor que me vai moldando.

Sinto-me a partir
De tudo e todos me soltar
Um mundo novo para descobrir
Onde me perco, para não voltar.

Sinto-me leve, renovado
Uma chama oculta, por arder
Um espírito novo, transformado
Para um novo renascer.

9 de dezembro de 2016

Fogo e Luz!

És Luz em mim
Sem o saber
O principio do fim
Deste meu ser.

Um prenuncio de amor
Que não pode existir
Uma existência de cor
Em cada sorrir.

É uma fusão
De elementos naturais
Que causa no coração
Sensações brutais.

É Fogo e Luz
Numa combinação de intensidade
Que sem controlar, me seduz,
Que me eleva à plena realidade.

É o unir de dois seres
Na sua forma original
Sem o medo de perderes
O que não é teu afinal.

É o viver o momento
Sem mais nada para pensar
E deixar crescer o sentimento
Este sentimento de amar.

5 de dezembro de 2016

Romper o casulo!

Rompo este casulo
Onde me tenho resguardado
E vejo o mundo
A cada segundo
Como me é apresentado.

Sem filtros,
Sem receios
Apenas com olhos de ver
Fugindo às carapaças
Às mentiras, às trapaças
De quem se quer esconder.

Saio para um mundo novo
De alma livre e lavada
Sem esperar algo dos outros
Nem de mim,
Nem de nada...

Saio completamente vazio
Na esperança de reaprender
Os conhecimentos antigos
Agora e outraora esquecidos
Presos apenas por um fio.

É o caminho a seguir
De corpo, de coração
De mente
Mas sem colocar a pressão
Nem do tempo, nem da gente
Para que possa desfrutar
Do caminho a percorrer
E quando lá chegar
Possa simplesmente dizer
Este sou eu, mesmo após morrer.

29 de novembro de 2016

Nova luz!

Perdi o sentido da vida,
A razão do meu viver
Deambulava na rua, perdida
Até te conhecer.

Deste um novo sentido
Com a tua atenção
Aos poucos fui sentindo
De novo o bater do coração.

Deste-me um novo caminho
Uma razão para lutar
Uma luz interior, alimentada por carinho
Que soubeste partilhar.

Criamos momentos,
Sonhos para descobrir
Alimentamos sentimentos
Que juntos vimos surgir.

E de todos que habitam em meu ser
Sinto de novo o amor
Que por teres sido tu a fazê-lo nascer
Tem muito mais sabor.

25 de novembro de 2016

Centelha Intensa!

Fecho os olhos e sinto
Uma força em mim
Que não consigo explicar
Não tem inicio nem fim.

É algo que pressinto
Dentro do meu ser
Esteja eu a sonhar
Ou acordado a "viver".

É uma luz intensa
Que ilumina o meu caminho,
Uma força, uma mão
Que nunca me deixa sozinho.

É alguém que me compensa
Que me faz ver o melhor
Preparando meu coração
Para receber este tipo de amor.

Uma alma gemea que procurava
Sem saber onde encontrar
E ao mesmo tempo ela rondava
Sem conseguir identificar.

Finalmente nos cruzamos
Falta apenas perceber
Esta energia que trocamos
Esta forma de viver...

22 de novembro de 2016

Raiva acumulada

Dois murros na mesa
Um grito para o ar
E levo tudo atrás
Sem ninguém me parar.

Solto a raiva acumulada
Por dias, meses, anos passados
Que apodreceram minha alma
E os sentimentos guardados.

Expludo de uma vez
Sem controlo no que faço
Treme o meu corpo,
Atiro-me ao saco
E a cada murro o desfaço.

Solto este sentimento
Que, em silencio guardei em mim
E agora por um click
Libertei-o por fim.

Uma forma de limpeza,
Novo ponto para começar
Sabendo já, de certeza
Que nos próximos tempos
Voltarei a acumular...

18 de novembro de 2016

Acaba hoje o desatino

Acaba hoje o desatino
Que baila em meu coração,
Sem saber quando que vejo
Quando sinto o calor do teu beijo
O simples toque da tua mão.

Acaba hoje o desatino
De amar sem ser amado
De sonhar tantas vezes acordado
Por um sorriso teu
Que afinal nunca foi meu.

Acaba hoje o desatino
De deixar de viver consciente
De viver na esperança
De que não vivas só na minha mente
De que não passes de uma breve lembrança.

Acaba hoje o desatino
Esta forma de viver
Em constante sofrimento profundo
Que apenas te quer ter
Esquecendo o resto do mundo.

Acaba hoje o desatino
Acaba hoje o meu ser
Entrego minha alma à escuridão
Onde não possa sobreviver
E assim escapar
A esta estúpida forma de estar
Sem controlar mente nem coração.

Acaba hoje o desatino
Acaba hoje minha presença aqui
É esse o meu destino
Soube-o agora, sinto-o em mim.

17 de novembro de 2016

Sina

Nasci com um sina
Neste mundo infame
Que aos poucos vem ao de cima
Impedindo que ame.

Fui concebido para ajudar
Para fazer o mundo feliz
Sem nunca em causa colocar
O que para mim quis.

Tentei fugir ao destino traçado
Dar-me a mim mesmo uma razão
A cada tentativa, perdia mais um bocado
Deste triste e vazio coração.

Sonhava poder ter
O que sou suposto criar
Mas a vida fez-me ver
Que não adianta tentar...

A cada tentativa de amar
O sentimento de perda vai multiplicando
Até não aguentar
A dor que vai causando.

Acabou-se a esperança
A força que me fez lutar
Dentro de mim nasceu uma mudança
Que por fora se vai notar.

Transformei em pedra fria,
Num buraco profundo e vazio
Este orgão que antes batia
E que para mim nunca existiu.

11 de novembro de 2016

Em pedaços...

Parto-me em pedaços
Sem um fio condutor
Perco-me por entre passos
Dados entre a raiva e o amor.

Parto-me aos poucos
Sem ter forma de travar
Estes sentimentos loucos
Que teimam em me tomar...

Tomam de assalto o pensamento
Toldam o bom senso e a razão
Esvaziam a mente de sentimento
Transformam em pedra, meu coração.

Tomam de assalto a vontade
De respirar, de viver
Tirando-me toda a liberdade
De recomeçar, de renascer...

Vou caindo, sem travar
Cada pedaço do meu ser
E vendo o chão se aproximar
Já não me sinto a sofrer.

Vejo a vida a passar
Pelos meus olhos, agora molhados
Não tenho muito porque chorar
Foram anos vazios, mal aproveitados.

Termino em pedaços, sem alma, vazio
Como pelos vistos tenho vivido
Abandonado, à chuva e ao frio
Até que da Terra seja banido!

3 de novembro de 2016

Resolveste partir!

Afastaste-te aos poucos
Para teres o teu espaço
E a ver-te ao longe
Sem reconhecer o teu contorno
Vejo-te indiferente
Uma pessoa diferente
Da que me fez acreditar
Ser possível amar
De uma forma inocente.

Longe do meu olhar
Fora do meu coração
Deixaste de o fazer palpitar
De causar a emoção
Que me fazia tremer
Apenas por saber
Que nesse dia, a hora incerta
Haveria uma aberta
Para poder tocar no teu rosto
Para saborear o gosto
De um amor a nascer...

Mas partiste...
Levaste contigo a esperança
Neste amor endiabrado
E a cada noite, a lembrança
De cada dia passado
Sem pensar no restante mundo
Fechado num casulo profundo
Onde viviamos apenas os dois
Este sentimento que não devia existir
Mas que nos fazia sorrir
Por nos calhar viver
Por termos sorte de conhecer
A entrega incondicional
De um amor especial.

31 de outubro de 2016

Primeiros passos...

Sinto-me a apaixonar
Não sei se se passa contigo.
Tenho medo de errar
E apenas me veres como amigo.

Mas convido-te para saída
Um passeio à beira mar
Algo simples, divertida
Onde possamos falar.

Sentado, a te observar
Sorris para mim envergonhada
Por não conseguires disfarçar
Que também estás apaixonada.

Aproximo de ti
Protegendo da brisa do mar
E não sei explicar o que senti
Apenas por te tocar.

Uma energia diferente,
Percorreu nossos corpos gelados
Soltando a nossa mente
De medos criados.

Sorrimos para disfarçar
O nervosismo que apareceu
E logo, sem pensar
Dei-te o beijo, que já era teu.

Nossos lábios colados
Num beijo já prometido
Fez-nos ficar abraçados
Para que não fosse interrompido.

E foi nessa noite que começou
O que pensei nunca viver
Este amor que me marcou,
Naquela praia, ao anoitecer...

20 de outubro de 2016

O teu egoísmo...

Não conseguiste perceber,
No meio do teu egoísmo
Que todo o meu ser
Sucumbia ao abismo.

Focada nos teus problemas
Não vias em teu redor
Querendo apenas os poemas
Que te escrevi com amor.

Não conseguiste ver
A necessidade do meu afastamento
Apenas não não desaparecer
Nas mágoas do meu sofrimento.

Deixei de viver,
Sempre a pensar em ti
E quando não mais me quiseste ver,
Sem me aperceber, morri.

Escolheste o caminho a seguir
Tive, à força, de talhar o meu
Para do buraco conseguir sair,
Buraco onde o teu afastamento, me meteu.

Tive coragem de lutar
Forças para me reerguer
Determinação para te retirar
De onde não mereceste conhecer.

Limpei meu coração
De cada sentimento vivido
E do meio da escuridão,
Saí eu, renascido.

19 de outubro de 2016

Livro Queimado!

Rasgo folhas, cadernos
Cheios de palavras que te escrevi
Poemas que seriam eternos
Se não fossem para ti...

Palavras escritas,
Que pudessem comprovar
Sensações que não podiam ser ditas
Que só em papel conseguia mostrar...

Palavras vazias,
Cada sentimento desprezado
Em minutos, horas, dias
Passados ao teu lado.

Um livro escrito
Pelo calor do sentimento
Que não deveria ter dito
A ti, em nenhum momento.

Um livro que seria eterno
Deitado ao fogo para arder,
Queimando um sentimento ingénuo
Que nunca pôde viver.

Entreguei...

Abraço o negro profundo
O desgosto, a desilusão
E grito, em silêncio, ao mundo
Que fiquei sem coração.

Entreguei-o para ser amado
Sem sentido, sem pensar
E não só foi magoado
Como foi algo para brincar.

Entreguei-o por amor,
Certo da escolha que fazia
Sem saber, só veio dor
E aos poucos ele morria.

Entrego-me ao vazio
Agora sem vida, sem paixão
Com um coração agora frio
Sem réstia de emoção.

Entrego-me ao submundo
Onde possa definhar
Agora que bati no fundo
Agora que já não posso amar.

17 de outubro de 2016

Tudo tem um fim!

Pensei ser diferente,
Ser algo especial
Apesar de a mente
Me dizer constantemente
Que teria um final...

Recusei-me a ver,
Não quis acreditar
E vivia sem querer saber
O que me estavam a dizer
O que não quis escutar.

E fui-me entregando a ti
Aos poucos, a cada momento,
Sem me lembrar como já sofri
Do desgosto que já senti
Por partilhar este sentimento.

Entreguei-me de corpo e alma
Sem pensar na consequência
E agora nada me acalma
O Vazio da tua ausência.

Deixaste um buraco aberto
Uma ferida por sarar
Estiveste outrora tão perto
Já não te sinto, mesmo ao tocar.

Tudo dizia ser assim
Apenas eu não quis ver,
Que tudo tem um fim
E esse fim, é eu sofrer...

4 de outubro de 2016

Raiva Silenciosa

Raiva silenciosa
Toma conta do meu ser
Tremo toda, por estar nervosa
Não consigo conter...

A cada chamada, sem falar
A raiva cresce, dentro do peito
Até por ti esperar
Para ver isto desfeito.

Este abuso de poder
Que tens sobre mim
O que teimas em me fazer
Acabou, chegou ao fim.

Tomo as rédeas a partir de agora
Solto a raiva acumulada
Sinto é hoje, é a hora
Que a minha vida será mudada.

Desapareço sem saberes
Levo os filhos comigo
Deste-me aos poucos estes poderes
Para um dia poder acabar contigo.

Hoje é o momento
Nada me vai controlar
Solto esta raiva, este sentimento
Que lentamente te vai matar

29 de setembro de 2016

Respiro fundo...

Respiro fundo...
Fecho os olhos
E tento me acalmar,
Encontrar o ponto de equilíbrio
Para me encontrar
E recuperar a confiança
Que por agora se perdeu
Restaurando o sorriso
Que nos últimos tempos desapareceu...

Respiro fundo...
Foco-me no que me guia,
Na razão desta batalha
Nas forças de quem me apoia,
Esquecendo quem me atrapalha
E vejo uma meta,
Um objectivo,
Uma missão
E entrego-me com força e garra
Para cumprir essa missão...

Respiro fundo...
Percorro os passos mentalmente
Sabendo que será sempre diferente
Mas que uma base terá de existir
E a partir dai, 
Escolher o caminho a seguir
Conforme nos forem guiando
Conforme me for ajustando
Para chegar ao final
Com o objectivo cumprido
E assim conseguir,
Ser por uma vez sucedido...

Respiro fundo...
E esqueço os problemas
Transformo em força, as fraquezas,
Em desafios, as incertezas,
E crio motivação
Levanto a minha paixão
Por o desafio abraçado
Por um problema superado
Até ao sucesso garantido
Até ao sabor de ter conseguido
Vencer os meus receios.

20 de setembro de 2016

Muro Mortal!

Entrego-me à escuridão
Ao ódio, à solidão
E renuncio ao presente,
Enterro passado,
Esqueço o futuro
Erguendo assim um muro
Que não seja ultrapassado
Nem física, nem mentalmente
Em torno do meu coração
Para proteger minha decisão.

Entrego-me a liberdade
Das acções, da realidade
E crio um mundo de ilusão
Onde consiga viver
Sem receio de ser magoado
Pois não te tendo ao meu lado
Passaria a vida a sofrer
Consumido pela frustração
De perder tua amizade
De perder a tua cumplicidade.

Antecipando ao destino fatal
Escolhi este caminho
Sem amor, nem fracasso
Isolado dos desejos
E do que me poderia prender
Vejo-me a morrer,
Sem o sabor dos teus beijos,
Sem o calor do teu abraço,
Por evitar o teu carinho
Ao ter erguido este muro mortal.

19 de setembro de 2016

Perdido num abraço!

Perdido em cada braço
Perco noção do tempo
Sentindo em casa abraço
Um despertar de sentimento.

De saudades, de desejo
De amor, de paixão
Comaltadas num beijo
Directamente ao coração.

Minha vontade mais pedia
E nos teus olhos via fogo ardente
E aos mimos que te fazia
Respondias que estavas carente.

Entregava-me a ti
De corpo e alma sem receio
E este amor vivi
Minutos, horas, o dia inteiro.

E na despedida anunciada
Vejo uma lágrima a cair
Não é um Adeus, é ate mais manda
Que agora que te tenho, nao te deixo fugir

7 de setembro de 2016

Desde que apareceste...

De olhos fechados
Observo teu rosto
E teus lábios, rosados
De quem tomei-lhes o gosto.

Sinto o teu toque ardente
A queimar minha pele nua
E um desejo a despertar na mente
Mente essa que já é tua...

Tu controlas o meu desejo
Moldas meu juízo, minha razão
E na magia de um beijo
Aceleras meu coração.

Fazes-me tremer, de nervoso
Quando estás bem perto
Fazes-me ficar ansioso
Quando ver-te é incerto.

Assim tenho vivido
Desde que apareceste, indiferente.
E aos poucos aprendido
Que és volátil, mas presente

2 de setembro de 2016

Aquela sensação!

Sinto um arrepio,
Uma sensação na barriga
Que não consigo esquecer
Que não quer desaparecer
Por mais que passe o tempo
Desse acontecimento.

Um mal estar,
Uma revolta no meu interior
Que diz que algo está errado
Que poderei me ter enganado
Num acto,
Numa acção,
Por tomar ou não uma decisão
Errada...

Algo me atormenta,
Toma conta do meus pensamentos
E me não me consigo libertar
Até perceber
O que se está a passar,,,
O que me está a prender...
O que me leva a sentir
Esta sensação de perda e vazio.

E do nada desaparece
A sensação de perda
De que algo não está bem
E sinto alguém
Aproximar-se lentamente
E abraçar-me suavemente
A dizer-me, baixinho,
Foi apenas um pesadelo.

30 de agosto de 2016

Um toque...

Toquei-te na mão
Queimaste-me com o olhar
Sentimentos, em turbilhão
Vieram-me assaltar...

Assaltar os pensamentos
Que queria esconder...
Assaltar todos os momentos
Que estava a viver.

Só penso em ti
Em cada precioso segundo
Desde o dia em que senti
O teu beijo, no meu mundo.

E nele vives guardada
De recordação, na minha mente
Lembrando a chegada
De algo diferente.

Assim me marcaste
E continuas a marcar
Desde que chegaste
Até a magia acabar.

Mas o mágico sou eu
Dito as regras desta aventura
Essa magia não morreu
Vive acesa, desde essa altura.

29 de agosto de 2016

Pressentimento!

Sinto um aperto
Dentro do meu peito
Um prenuncio de desastre
Um sentimento de angustia
Que não pode ser desfeito.

Tento relaxar,
Abstrair-me
Não dar muita atenção.
Mas esta sensação 
Controla-me a mente
Meus pensamentos,
Cada acção.

Não consigo ignorar
Algo não está bem
Sinto-me dentro de mim
Que se passa algo com alguém

Não consigo explicar
Impossível de ignorar
Este aperto que me sufoca
E desta forma toca
Ao de leve, noutro ser.

Sinto finalmente
O que está errado
E corro para ajudar
Para poder apagar,
O desastre anunciado
E acabo por eu ficar
Num vazio,
Frio,
Inanimado...

26 de agosto de 2016

Sem amor...

Sozinho e abandonado
No escuro,
Desesperado,
Não sei o que faço,
Não sei o que procuro,
Mas aos poucos me desfaço
Em pedaços sem valor.

Esquecido e ignorado
Numa ruela imunda
Por ninguém, já amado
Para todos, uma lembrança,
Minha alma se afunda
E com ela a esperança
De um pouco de calor.

Calor humano, real
É o pouco que preciso
Para voltar ao normal
E sair desta solidão
Que me toldou o juízo
E me gelou o coração
Nesta vida sem amor...

25 de agosto de 2016

Marcado!

Teu corpo marcado
No meu corpo ardente
Fez nascer um desejo
A tempo inteiro na minha mente.

Nas tuas mãos, o pecado
Que, sedento, quis provar
Ficou preso num beijo
Que, à força, te quis roubar.

O beijo não te roubei
Pois também o desejavas
E sem perceber, te marquei
Com algo mais que palavras.

Nasceu um sentimento
Que te todo fugíamos
Mas naquele breve momento
Percebemos que já o sentíamos.

Foi difícil me despedir,
Agora que te tinha encontrado
Mas o presente resolveu intervir
No nosso mundo, agora criado.

E assim nos separamos
Até quando não sei
Sei apenas que nos marcamos
E que não te esquecerei.

18 de agosto de 2016

Esquecer o importante!

Perdido em pensamentos
Sinto que me perdi a mim
E deixei passar momentos
Onde a minha presença
Seria importante para ti.

Mas fechei-me ao mundo
Sem dar conta do que fazia
E a cada segundo
Aumentava a indiferença
E assim, te perdia.

Concentrei-me nos problemas
Que afectavam minha forma de ser
Eram diversos os temas
Que depois os estudar
Consegui resolver.

Mas ao sair para o mundo real
Percebi que algo estava errado
Não te encontrei onde era habitual
Algo se estava a passar,
Tudo tinha mudado.

E foi então que percebi
Que me concentrei no que não era importante
E assim te perdi
Sem sequer ter reparado
Como já estavas distante.

Tentei te recuperar
Dar atenção ao meu bem maior
Mas já não consegui lutar
O estrago fora elevado
E fiquei sem o teu amor.

30 de junho de 2016

Guerra destruidora!

Acaba com essa guerra insana
Que habita em teu peito
E que te tolda a razão
Endurece teu coração
Até o deixar desfeito.

Perderás quem te ama
Apenas por não perceberes
Que a tua teimosia
Cega-te mais a cada dia
Até não mais veres.

Atirando-te para a solidão
Esquecido no momento
Em que tudo termina
Sem que nada te anima
Ou te dê um sentimento.

Transformando-te em escuridão,
Onde niguém te reconhece
E que parece não teres existido
Por fim, por todos, esquecido
Preso a uma lembrança que se esquece.

27 de maio de 2016

Naquelas tardes...

Naquelas tardes perdidas
Contemplando o mar
Perco-me nas horas passadas
A ver velas içadas
Por mim a passar.

Naquelas tardes esquecidas
Que não consigo relembrar
Oiço a tua voz ao vento
E sinto um alento
De que estás por perto, a me guardar.

Naquelas tardes vividas
Que não se vão repetir
Sinto o coração bater-me no peito
Ao ver o teu ar satisfeito
Perder-me no teu leve sorrir.

Naquelas tardes sentidas
Sentados a observar o mundo
Lembro-me do amor que nos unia
De uma esperança, agora vazia
De que este amor profundo
Fosse maior que um segundo
Fosse maior que este dia.

19 de maio de 2016

Carta de despedida!

Escrevo esta carta de despedida
A quem possa interessar
Antes de por termo à vida
Pois já não há volta a dar...

Deixo mulher e filho
Que espero que possam me perdoar
Mas também alguns sarilhos
Que só assim posso escapar.

Não estou certo do caminho
Que decidi tomar
Pois não foi falta de carinho
Que me decidi matar.

Odeio esta vida com tamanha energia
Que me doí só de respirar
Não sabia qual seria o dia
Mas hoje decidi avançar.

Parto deste mundo
Com uma dor no peito
E um ódio profundo
Que aos poucos me tem desfeito.

Deixei de ser aquele ser
Capaz de lutar por quem ama
Vi esse homem desaparecer
Qual fogo sem chama...

E com uma lágrima no rosto
Por antedipar o vosso sufoco.
Desculpa causar-vos este desgosto
Assinado por este ser já oco.

11 de maio de 2016

Liga-te à vida!

Desliga do mundo,
Inspira...
Faz parar o coração por um segundo
E observa o que te rodeia...

Absorve cada movimento,
Que acontece ao teu lado
E sente cada sentimento
Que lhe está associado.

Liga-te à vida,
Expira...
Encontra um ponto de partida
Uma nova ideia...

Traça metas virtuais,
Torna-as objectivos para realizar
Sê diferente dos demais
Não tenhas medo de arriscar.

Respira...
E entre cada respiração
Sente as coisas à tua maneira
Coloca um pouco do teu coração.

Faz a vida valer a pena
Não estejas apenas de passagem
A vida não se define pelo destino
Mas antes o que levas da viagem.

28 de abril de 2016

Demónio Provocante!

Preso na solidão,
Que habita em meu ser
Não encontro solução
Para quebrar esta prisão
Que me impede de viver.

Que me prende a respiração,
E me impele a continuar neste sofrimento,
Sentindo esta fraca emoção,
Que não permanece no pensamento,
Nem me pede perdão.

Tento lutar,
Não cair em declínio,
Mas sinto algo a me agarrar
A aos poucos a me empurrar
Para o teu abraço de domínio.

Para o sufoco da carência,
Da loucura e da demência,
No longínquo obscuro abismo,
Que ataca meu cepticismo,
Com amargura e irreverência.

E me deixa desarmado,
A cada investida
Sabendo que sou usado,
Um brinquedo maltratado,
Para te manter entretida.

Demónio provocante,
Insatisfeita, possante,
Que vagueias nesse submundo,
Como um ser vagabundo,
Que me prende dilacerante.

Não me irei render
Tentarei lutar
E assim reivindicar
A vida que me tens tirado
Neste asilo forçado.

Em participação com a Ana Goulart!

27 de abril de 2016

Ilusão permanente

Tentei lutar...
Tirar-te do meu pensamento
Mas era nesse momento
Que te tornavas permanente
E o teu corpo ardente
Queimava o meu de desejo
Pedindo um beijo
Que ansiava te entregar.

Tentei apagar
Da minha mente,
Mas era indiferente
A cada esforço, vinhas reforçada
No papel de mulher amada
Pedindo a atenção
Que o meu pobre coração
Queria te dar,
Mas não podia nem sequer te tocar.

Eras feita de ilusão
Criação dos meus sonhos proibidos
Juntando desejos antigos
Impossíveis de concretizar
Encarnados no teu ser
Prometendo-me oferecer
O que sabia não alcançar
Mas que não parava de tentar.

21 de abril de 2016

Lisboa, és a cidade...

Lisboa,
Cidade à beira mar deitada
De braços abertos ao Mundo
Excitas e és contagiada
Por um sentimento profundo.

Lisboa,
Sete colinas tens para oferecer,
Parques, jardins e monumentos
És bela de madrugada até ao anoitecer
Despertas um turbilhão de sentimentos.

És a cidade menina,
Que todos viram crescer
És a saudosa alfacinha
Que todos querem conhecer.

És o porto de abrigo,
Para noitadas e petiscos
És o ombro amigo,
Quando se acabam os namoricos.

És o fado de alfama
Que todos param para escutar
És a cidade que o povo ama
Que se conhece a caminhar.

15 de abril de 2016

A minha música...

Agarrado à tua melodia
Sinto a energia
A fluir no meu corpo
Como se de um sufoco
Me libertasse
E assim me inspirasse
A escrever...

Preso a cada nota
Do teu violino
Sinto o seu som cristalino
A percorrer minha alma
E a trazer de volta
Esta sensação que me acalma
Que só ele o pode fazer.

Cada batida,
Da bateria que te acompanha
É o bater do meu coração
Entregue à tua canção,
Onde jamais alguém me apanha,
Solto, em cada nota perdida
Tocada com emoção.

É neste embalar,
Que a inspiração vai crescendo
E assim aparecendo
Um poema a ti,
À musica que me fez vibrar,
Rir, sonhar e chorar
E perceber que te escrevendo
Me fazes ver o que vivi.

8 de abril de 2016

Mendigo

Noites ao relento,
Protegendo-se do frio
É uma sopa quente, que dá alento
A mais um dia vazio.

Casa de mantas e cartão
Numa esquina qualquer
É o canto protegido,
Onde em caso de perigo
Se procura proteger.

Mendiga por um pão,
Algo com que se possa alimentar
E assim sobreviver
A mais um dia abandonado
A uma triste realidade
Que existe mesmo ao nosso lado
Se que seja vista de verdade.

Dias a deambular,
Sem um caminho traçado
Sendo que o destino final
Para mais um dia banal
É o canto gelado,
Irregular, molhado
Onde acaba por se deitar
E dormir "acordado".

Uma vida de solidão
Onde se é olhado com desdém
E um gesto amigo,
Que seria sempre bem vindo
Tarda ou não vem.

4 de abril de 2016

Vou partir...

Vou partir...
Sem rumo, nem direcção
Parto sem qualquer razão
Que queira vos dizer.
Parto para me conhecer
Ou conhecer o meu passado
Onde, sem nunca dizer adeus
Fiquei acorrentado.

Preso, nas lembranças
Nos sonhos de crianças
Vive o meu ser,
Esquecendo de viver
O presente,
O momento,
Apagando para sempre
Cada sensação e sentimento.

Parto para me soltar,
Para regressar ao dia-a dia
Para o passado enterrar
E sentir a alegria
De viver o hoje,
O que o mundo tem para oferecer
Em vez de me refugiar no passado
Que não quero esquecer.

Quebro as amarras
Soltando um barco à deriva
De novos desafios,
De desejos, de aventuras.
Parto sem rumo, às escuras
Aberto ao que poderá acontecer
Pronto para finalmente viver
Cada experiência que surgir.

31 de março de 2016

Amor desfeito!

Vejo-te partir...
Agarro a tua mão,
Mas sinto-a a fugir
Sem tempo para pensar
Sem forma de a agarrar
Leva o meu coração.

A distância vai aumentando
Ao ritmo de cada estação
Sem que a dor vá passando
Por me teres abandonado
Nesta vida, desamparado,
Sozinho, em solidão.

Já não te vejo no meu olhar
Estarás gravada na minha mente
Que terá de chegar
Para que possa viver
Ou melhor, sobreviver,
Sem ficar demente.

És uma ferida por sarar
Aberta em meu peito
Desde que escolheste me deixar
Por um orgulho em demasia
Quebrando um laço que existia
E que para sempre ficou desfeito.

22 de março de 2016

Lembra-te de mim...

Lembra-te de mim...
Faz de mim uma recordação
Daqueles dias de Verão
Que não voltarão a acontecer
Nesta vida passageira
Onde a felicidade é matreira
E não nos deixa escolher
O que se quer no fim!

Lembra-te de mim...
Dos sorrisos ao luar,
Dos beijos às escondidas
Das longas noites a caminhar
Sem destinos, só partidas.
Dos afectos partilhados
Que nunca vou esquecer.
Dos desejos sonhados
Que não vamos ter!

Lembra-te de mim...
Como se não tivesse partido,
Como mais que um amigo
Que sempre quis o teu bem.

Lembra-te de mim...
Como se não tivesse morrido,
Como se estivesse sempre contigo
Mas noutra dimensão mais alem.

Lembra-te de mim,
Pois vou lembrar-me sempre de ti
E agora que morri,
Estarei sempre a vigiar-te
Dessa forma, guiar-te
Para que possas viver
O que juntos, quisemos prometer
E eu, por azar na vida, não cumpri!

14 de março de 2016

Quis agradar-te...

Quis agradar-te...
Ser o que pretendias!
Atender teus desejos
E tuas manias...

Quis agradar-te...
Mudar quem eu sempre fui
Ver a vida pelos teus olhos
E como ela flui...

Quis agradar-te...
Mudar cada defeito
Fazendo o que fazia,
Mas agora a teu jeito...

Quis agradar-te...
E mudei para o que pensava
Que era o que desejava,
Mas estava errado
E por ter mudado
Perdi-te.

Deixei de ser eu,
Por quem te apaixonaste,
E assim me abandonaste
Quando apenas tentei
No pouco que mudei
Estar ao teu lado
Como tinhas imaginado.

Queria apenas de agradar
E sozinho fiquei,
Porque abandonei
A pessoa que quiseste amar.

Monstro escondido!

Vives em mim
Em silêncio,
Adormecido,
Aguardando um motivo
Para te apoderares do meu ser
E assim satisfazer
A teu desejo de vingança.

És parte de mim,
Por muito que o queira esconder
Que tenta abafar,
És parte integrante
Deste ser vivo e errante
Que de forma a te ocultar
Não para de errar
Para parecer normal,
O que é irreal.

Encontras-te nas sombras,
A esperar o momento certo,
Uma altura de aperto,
Para tomares o controlo
E assim soltar
O desejo de lutar
Sem ter atenção
Quem se põe no teu caminho,
Levantando tudo do chão
Matando amor e carinho,
Havendo apenas ódio e destruição
Na tua maneira de ser,
No teu pensamento,
Em que fazer sofrer
É o que te dá alento.

É um monstro dentro de mim,
Acorrentado,
Escondido,
Um segredo protegido
Para que não seja revelado,
Mas se continuar a ser pressionado
Vai-se soltando a prisão
E a cada abanão
Solta-se o mostro enraivecido.

9 de março de 2016

Refúgio Mortal!

Desapareci...
Refugiei-me na profundeza
Do meu ser,
E na solidão sofrer,
Com a minha desilusão
De um mundo sem razão
Que não me soube compreender.

Fugi...
Duvidei de toda a minha certeza
Da força que outrora possuía
E no silêncio fingia
Conseguir me regenerar,
Ter forma de lutar
Contra o que não conhecia.

Desisti...
Entreguei-me à natureza
A aguardar a morte,
Como a melhor sorte
De prosseguir a minha existência
Sem esta espécie de demência
Que me fez perder o norte.

Morri...
Digo-o com toda a certeza!
Pois na minha solidão,
Endureceu meu coração
E sem forma de amar,
Não consegui evitar
Cair neste sono de escuridão...

2 de fevereiro de 2016

Entrego presente para ter um futuro!

Entrego...
Meu coração despedaçado,
Minha esperança vazia,
Meu mundo desabado,
Já sem força, sem energia.

Entrego...
Minha alma imortal,
Meus sonhos por concretizar
Meu ser carnal
Já sem vontade de lutar.

Recebe o que te ofereço
Em troca de um desejo
Não peço amor,
Nem um beijo
Apenas liberta-me desta dor
Que já não aguento, não a mereço.

Fica com tudo que não preciso
Mas liberta-me desta prisão
Que me afunda num pensamento,
Onde me altera o juízo
E cria uma reacção
Sem critério nem sentimento.

Deixa-me em paz!
Dei-te o que era importante
Mesmo que viva como um ser errante
Liberto-me das tuas teias
Que me moldam a mente
Tornando minha existência indiferente.

Quebra com este pesadelo,
Deixa seguir minha vida em frente
Liberta-me dos compromissos
Que obrigaste a aceitar
E permite-me que viva sem medo
De arriscar, de ser diferente
De ser feliz ao tentar...

26 de janeiro de 2016

Amor em cinzas...

Sorri-te a medo
E contei-te um segredo
Do medo que me invade
Em cada momento
Que bate a saudade
Por aquele sentimento.

O que dizias sentir
O que deixaste partir
Parece ter desaparecido
Para não mais voltar
Ou então nunca foi sentido
E estiveste-me a enganar.

Algo em nós
Perdeu a sua voz
E já não consegue falar
Nem tão pouco exprimir
O sentimento de amar
Que estávamos a sentir.

Duas conchas vazias
No limite das energias
Para juntos lutar
Pela chama deste amor
Que teima em se apagar
E tornar-se em cinzas, sem calor...

19 de janeiro de 2016

Plano desenhado!

Um plano desenhado
Pronto para ser seguido
É um plano entranhado
Num espírito combativo
Que se deixa corromper
Pelo desespero e ansiedade
Esquecendo-se de viver
A Vida que tem de verdade...

Um plano guardado
Num recanto da mente
Aguardando o momento esperado
Para seguir em frente.
Mas o tempo teima em não chegar
Vais perdendo a esperança
E quando o futuro se apresentar
Nem o presente será lembrança.

Pois deixas o tempo correr
Sem perceberes onde podes estar
Percebendo que o que queres ter
Poderás não alcançar,
Mas focado nesse objectivo
Perdes o presente
E vês o futuro destruído
O que tens agora e na tua mente.

18 de janeiro de 2016

Espelha o futuro!

Olho para o espelho vazio
E no reflexo vejo
A sombra de um beijo
Que no esquecimento caiu...

Olho para a imagem
Não me consigo reconhecer
E volto a me ver
Parecendo uma miragem...

Sou apenas um esboço,
Uma casca sem recheio
Talvez pelo receio
De cair num fosso...

Mas já me encontro tão fundo
Tão longe do que posso ser
Que já não tenho nada a perder
Neste existir imundo...

Sou um ser vulgar
Numa vivência cruel
Em que repito o mesmo papel
Vezes e vezes sem parar...

Sem medo do que vou encontrar
Encaro-me no espelho, de frente
E vejo, simplesmente
O meu futuro, se não mudar...

E tomo uma decisão,
Sem medos de errar
É altura de arriscar
De tomar a vida pela mão...

Não quero voltar a ver
Num espelho uma vazio
Um ser amorfo e frio
Sem força nem vontade de viver!

13 de janeiro de 2016

Preso à rotina!

Quero sair...
Procurar novos caminhos
Sem pensar em fugir
Pretendo novos trilhos
Onde possa percorrer
Onde me possa conhecer
Sem pensar em quem possa criticar
Nem ter medo de errar.

Quero partir...
Sem destino ou direcção
Ser levado pelo vento
Ou pelo bater do coração.
Apenas aproveitar o momento
Onde esqueço a razão
E deixo-me levar pelo impulso
Sem saber onde termino
Mas sabendo o que pretendo.

Quero ir...
Apenas ir!
Sem olhar para trás
Sem lembrar-me do teu olhar
Que sem querer me magoar
Dizem-me que estou errado
Que devia ficar parado
Satisfeito com o que consegui atingir
Em vez de me sentir
Impotente,
Desesperado,
Insistentemente
Desolado
Pelo que faço diariamente
Por me sentir parado no tempo
Pela vida que vejo à frente
Não ser o que quero de momento.

Quero quebrar com a rotina,
Esta vida oca
Mas enquanto vejo a vida a correr
Sinto o frio da corrente
Que me continua a prender
E não me permite fugir
A esta rotina que me sufoca.

7 de janeiro de 2016

Queria!

Queria ouvir-te!
Sentir o doce da tua voz
Percorrendo os meus ouvidos
E na multidão, estarmos sós
Cada vez mais unidos.

Queria tocar-te!
Sentir o calor pele
Quando lhe toco suavemente
E liberto o cheiro a mel
Que fica a bailar na mente.

Queria olhar-te!
Receber um sorriso de volta
Com a tua expressão divertida
Mas nasce em mim uma revolta
Com a sorte da minha vida.

Queria isto tudo,
Mas nada disto posso ter
Pois a vida levou-te do mundo
Não deixando este amor viver.

Queria só mais uma vez
Relembrar como era te abraçar
Pois na lembrança começas a desaparecer
E já não tenho nada a que agarrar.

Queria ter-te!
Mas já nada disto é permitido
De que serve amar-te
Se viver este amor foi proibido?