13 de fevereiro de 2014

Negro interior...

Dor
Enegrece o meu coração
Desprovido de paixão.

Aos poucos
Sucumbindo ao ódio
Desprezo o que outrora amei
E entrego-me ao desdém
Por tudo em meu redor.

Renasço
Numa mente sombria
Escondida na escuridão
Alimentando-se da solidão.

Sem amor
Vou destruindo pelo caminho
Tudo o que há de bom
Tornando o negro, o tom
Predominante.

Nessa nova realidade
Vejo no que me transformei
E sem onde me esconder
Enfrento o demónio que criei
Até um dos dois morrer.