8 de abril de 2014

Abandonada à sorte!

Abandonada,
À minha sorte
Fui deixada
À beira da morte...

Violentada
Meu corpo ressente
Da brutalidade
Com que fui tratada
Refugiando-me na mente...

Imagino
Que tudo foi um mau sonhar
Que a qualquer hora abro os olhos
E vejo-me a sorrir
Com o futuro que há-de vir
Com quem o quero partilhar...

Mas sinto dor!
E recolho-me repetidamente
Encolho-me involuntariamente
Para que tudo possa passar
Para que possa voltar
A ser inteira novamente.

Estou sozinha, abandonada
De rastos após violentada
E só quero morrer
Para esta vergonha desaparecer
E o meu corpo deixar de doer...