17 de novembro de 2015

Partiste!

Partiste!
Em mim um buraco no peito
Foi-se criando com o tempo
Até o ter desfeito
Com a saudade de cada momento.

Cada momento a teu lado
Que recordo como se ontem tivesse sido
Cada sorriso, cada beijo dado
Que já parecem não ter acontecido.

Partiste sem avisar,
Sem uma explicação,
Sem uma forma de contactar
E acalmar meu coração.

Nele criou-se um vazio
Sem teu amor nem amizade
Está oco, morto de frio
Perdeu a sua capacidade.

A capacidade de bater forte
Perdeu-se com a distância
Manter-me vivo é pura sorte
É manter minha mente na ignorância.

Fazê-la acreditar
Que ainda podes aparecer
E que isto ao terminar
Não volte a acontecer.
É fazê-la crer
Em não perder a confiança
Que enquanto o coração bater
Mesmo que fraço, à esperança.

Mas aos poucos sinto
Que não voltarás para mim
E em segredo, para mim minto
Para que não seja o meu fim.

Bate este coração fraco
Apenas pelo desejo de te voltar a ver
Partiste tu, agora sou eu que parto
Pois tanto tempo sem ti, já não vale a pena viver.