13 de julho de 2012

Fotografias do passado...

Vi fotografias
De um passado que era meu
Mas as imagens de alegrias
Minha mente esqueceu...

Não reconheço as paisagens
Naquelas fotos representadas
Nem as viagens
Por nós partilhadas...

Quem és, já não sei
Foste apagada do passado
Do pouco que recordei
Não te encontro ao meu lado...

És uma pequena miragem
De algo que já esqueci
Uma espécie de tatuagem
Que no presente já me arrependi
De a ter feito...

Já segui outra direcção
Completamente diferente
Onde cada emoção
Me reconstroi a mente
E o coração desfeito...

10 de julho de 2012

Renascer...

Pouco a pouco
Recuperei o caminho
Que tinha perdido
Ao afastar-me sozinho.

Aproximei-me de mim
Aproximei-me de quem me quer
Aproximei-me dos pais e amigos
De irmãos e futura mulher.

Voltei à alegria
À minha espontaneidade
Voltei a ter energia
Para me rir, com vontade.


Voltei a ser quem sou,
Divertido, contagiante
Sem sombras do que passou
Sem estar hesitante.

Desbravar novas oportunidades
Sair da zona de conforto
Não me esquecendo das realidades
Nem do meu fiel porto.

Mas ainda assim arriscar
A ser cada vez melhor
Em não deixar-me ficar
Onde o que faço, não tem valor.

Sinto-me em paz
E isso vai-se reflectindo
Tanto no que sou agora capaz
Como no que vou conseguindo.

E sigo o caminho traçado
Por mim diariamente
Sem esquecer quem está ao meu lado
A apoiar-me constantemente.

9 de julho de 2012

Esqueci-te!

Não estava preparado
Nada fazia prever
Que após estar ao teu lado
Te iria perder.

Não contava ser assim
O final de nossa história
Guardarei para mim
Num cantinho da memória.

Caiu como uma bomba,
Um murro no meu peito
Bem no meu coração
Deixando-o desfeito.

Já devia imaginar
Que isto iria acontecer
Era apenas recordar
O que já me tinhas feito sofrer.

Já sabia com que contar
Mesmo assim arrisquei
Tentar me aproximar
De quem sempre amei.

Mas porquê esse sentimento
Se só me fizeste mal?
Chegou o tal momento
Do ponto final...

Uma página passada
Uma página esquecida
Uma página arrancada
Para sempre da minha vida.

Não quero mais
Saber de ti
Nem para onde vais
Pois para ti, morri.

Não sobrou a amizade
Pois nem disso cuidaste
Já nem sei se é verdade
Quando dizias que me amaste.

Podes me esquecer
Pois de ti já me esqueci
Apenas fica a marca para ver
A dor que por ti sofri.

(Dedicado a quem tem alguém que quer esquecer...)

8 de julho de 2012

Qual a solução?

Não sei onde isto vai parar
Não consigo perceber
O trabalho é a aumentar
E diminui o dinheiro a receber.

Caminha-se a passos largos
Para os níveis do terceiro Mundo
Criando, na sociedade, estragos
A um nível mais profundo.

Muda-se o pensamento
A forma de se estar
Cria-se num momento
Uma geração para queimar.

Fomos mal habituados
Disso não posso negar
Que tínhamos direito a tudo
Que se podia gastar, sem poupar.

Criou-se um problema
Para o qual não têm solução.
Vão testando alternativas
Que não são opção.

A vida está complicada
Dizem a quem quer ouvir
Complicada para quem,
Se passam a vida a fugir?

Fugir das responsabilidade
Fugir dos cortes necessários
Que lhes tirem as regalias
Em vez dos jovens ou da 3ª idade.

Nisso não se toca
Pois não há qualquer motivo
E querem que o povo
Tenha pensamento positivo.

Sem uma mudança geral
Nada mais há a fazer
Que vender Portugal
A quem mais oferecer.

5 de julho de 2012

Inicio Envergonhado!

No embaraço do momento
Tento-me explicar
Qual o sentimento
Que fez vir te falar.

Mas sinto-me envergonhado
Não consigo articular
Palavras com significado
Sem ser a gaguejar.

Fujo de ti
Com as lágrimas a escorrer
Nesse momento senti
Que já não ia ter.

Escondo-me num canto
Até parar de chorar
Quando para meu espanto
Te vejo a chegar.

Meia tímida, a medo
Numa conversa acelerada
Dizes-me em segredo
Que também estás apaixonada.

Fico espantado
Fico sem reacção
Dispara no peito, acelerado
O meu coração.

Levantamo-nos de mão dada
Foi o que sempre quis
És a minha namorada
Quem eu quero fazer feliz.

3 de julho de 2012

Afundo-me na pobreza!

O tempo passa
Mas não acaba o sufoco
Cai na lama
Bem no fundo do esgoto.

Já não tenho utilidade
Para nada nem ninguém
Não restou uma amizade,
Antes eram mais de cem...


Só,
Abandonado,
Na miséria,
Marginalizado!


Deixei de ser pessoa
Passei a ser objecto
Que já não se lembra
Quando teve o último afecto.


Filhos que não me falam
Netos que não conheço
Tornei-me um parasita
Neste mundo em que apodreço.

Não sei quanto tempo me resta
Mas ainda tenho uma esperança
Que esta triste vida
Se transforme numa lembrança.

Para isso tenho que me esforçar
Pois não posso acabar assim
No dia em que parar de lutar
Será o dia do meu fim.