19 de fevereiro de 2015

Morto por dentro!

Destroçado,
Pisado
Magoado
Com o passado
Que o consumiu
E lhe retirou o amor
Que sem pudor
O fez definhar
E assim mirrar
Para algo insignificante.

Quebrado
Como um galho seco
Que sem afecto
Mergulhou na escuridão
De uma louca solidão
Que se alimentou da angustia
Da tristeza
Da amargura
Pela ideia da aventura
Nunca concretizada.

Rasgado
Por fora e por dentro
Esvaziou-se de sentimento
Sendo apenas algo oco
Onde me prendo num sufoco
Sem conseguir respirar,
Me soltar,
Gritar
O quanto me sinto preso aqui
O quanto, em silêncio, sofri
Que sem saber como viver
Já por dentro morri.