26 de junho de 2015

Mudança de mentalidade!

Não me sinto eu mesmo
Não consigo explicar
Mas algo na minha mente 
Está a me mudar...

Algo de quebrou
Mudou minha forma de ver
Minha maneira de pensar
Até a forma de viver...

Sinto-me mais solto
Sem querer saber da opinião
Que sem te conhecer
Te atiram ao chão
Apenas para ser superior
E se rirem com a dor
Que provocam noutro ser.

Sinto-me mais imune
Aos solavancos que a vida
Me tem dado a conhecer
E já não deixo que ela me pune
A seu belo prazer
Pois não me deixo vergar
Sem me debater
E sei que quando terminar
Apenas posso vencer...

Sinto-me um outro ser
Não sei se para melhor
Mas venha o que vier
Estarei mais preparado
E já não serei o fraco
Que se encolhe a esperar
De ser saco de pancada
Até o outro acabar
De descarregar a frustração acumulada

Encanto envenenado

Rasga esse encanto
Que tenho por ti,
Liberta-me desse desejo
Que a promessa de um beijo
Cravou em mim...

Quebra o fascínio
Com que o teu olhar me seduz
E deixa-me entrar em declínio
Num canto sombrio
Onde não haja luz...

Deixa-me mergulhar na escuridão
Percorrer meus sentimentos
E queimá-los um a um
Até não restar nenhum
Que me faça sofrer
E assim possa esquecer
A marca que deixaste em mim.

Deixa me recolher
E inspeccionar minha mente
À procura de vestígios
Guardados neste pobre coração
Para apagar para sempre
Cada recordação
Que causou uma ferida
Impossível de sarar

24 de junho de 2015

Rasga o preconceito!

Rasga esse preconceito
Não tens esse direito
De julgar os outros
Para te sentires superiorizado
A um semelhante magoado
Por agressões baratas
Que atiras como facas
E que vão deixando marcas
Difíceis de sarar.

Quebra a injustiça
Praticada pelo prazer
Que tens de tratar mal
Um outro ser igual
Que nada fez por merecer
Esse tratamento racial
Que te transforma num monstro
Que apenas tem um gosto
De pisar quem o rodeia
E que só o sofrimento saboreia.

Deixa essa vida
E para de magoar
Os outros só porque sim
Pois isso um dia terá um fim
E se virará do avesso
Transformando-te a ti no indefeso
Que ninguém se vai preocupar
Pois só soubeste maltratar
Quem na sua inocência
Ou na forma de estar
Deixou-se ficar calado
Apesar de apanhar
De qualquer lado
Onde pudesses atacar...

Deixa esse lado negro
Vê o mal que praticas
E o quanto sacrificas
No futuro de alguém
Que nunca mereceu teu desrespeito
Nem o teu desdém
Para ser tratado desse jeito
Como se não fosse ninguém.

Escreve sem pensar...

Fecha os olhos
Deixa os sentimentos fluírem
E pára de pensar!

Deixa as emoções
Guiarem a tua mão,
O teu pensamento
E deixa-te ir no momento
Sem pensar em rimas
Ou poemas.

Fecha os olhos
Vê o teu mundo interior
Encontra o teu centro
E a partir desse momento
Deixa a mão escrever
E quando abrires os olhos vais ver
Que o texto escrito
Não foi pensado,
Nem tão pouco estruturado
Mas tudo parece encaixar
E quem sabe rimar...

Mas mais importante,
É que é um espelho do que se sente
E paira, inerte, na mente
À espera de ser descrito
Ainda que de uma forma rudimentar
Pois o que estás a sentir
Nunca o consegues explicar
Mas consegues transmitir
Para outro alguém ler
E assim experimentar
O que estás a viver!

Fecha os olhos...
Abre-os sem pensar
Escreve ser querer
Saber o que estás a escrever
E quando releres
Irás te surpreender
Com o que o inconsciente
Que levou a contar.

22 de junho de 2015

Coração desenhado!

Faz um esboço do meu coração
Desenha-o com cuidado,
Com toda a atenção
Para ter espaço para os sentimentos
E para todos os momentos
Que aos poucos crescerão,
Tendo a ti a meu lado
De papel e lápis na mão...

Desenha, faz rascunho
Tenta as vezes que for necessário
E deixa-te levar
Pela inspiração
De encontrares um local
Para o coração
Que estás a desenhar
Com o traço do teu punho
Para um dia te amar.

Deixa o lápis correr
E desenhar a seu gosto.
Não procures a perfeição,
Permitindo errar
E assim descobrir
Como se superar
E recuperar
De uma desilusão
E entregar-se sem medos
Sem recorrer a segredos
A quem o amar
Com os defeitos que tiver
E as marcas que houver.

Deixa-o viver...
Liberta-o desse caderno
Agora já pequeno
Para tanto sentimento
Nascido dentro de si
Que deseja viver
E assim conhecer
O verdadeiro significado
De estar ao teu lado
E amar cada momento
Em que bate, acordado
Pelo teu desejo de o ter.

O tempo parou...

Quebra-se um momento
Um olhar silencioso
Gela-me a alma
Enquanto te vejo desaparecer
Afastando a calma
Que queria transparecer
Ao estar contigo.

O tempo parou
Assim como meu coração
Ao ver que o amor
Que pensava sentir
É uma ilusão
Que deixei surgir
E inundar o meu dia
Com uma alegria
Que pensava já não existir
Sem te ter por perto...

Agora, sombrios são os tempos
Em que acordo sobressaltado
Pensado no passado
Onde teus braços dormiam
Abraçados aos meus,
Agora gelados
Por não serem abraçados
Por um carinho teu...

Negras são as horas
Os dias, as semanas
Desde que tu partiste
E levaste minha alma
Meu coração
Meus sentimentos
E com eles os momentos
Onde tudo era real
Onde a minha vivência total
A ti se resumiu
E assim se consumiu
Até já nada restar...

19 de junho de 2015

Foi uma ilusão

Foi uma ilusão
Que tomou conta do meu coração
E me deixou apaixonado,
No fim, abandonado
A este sentimento voraz
A um desejo mordaz
Que cresceu sem consentimento
Devido a um pequeno momento...

Agora vejo uma miragem
Do que pensei existir
E não esqueço a viagem
Que sem nunca pensar
Estava a embarcar
E que queria seguir...

Mas terminou o caminho
A ilusão teve o fim
E agora dou por mim
Sem saber o que faço
Procurando em cada espaço
Essa acendalha de desejo
Que se perdeu com um beijo
Que confundi com carinho.

Fecho os olhos e estar presente
Exclusivamente na minha mente
Pois tento te abraçar
A apenas apanho o ar,
Que ocupa o lugar do teu corpo
O qual nunca percorri
Mas que por breves momentos desejei!
O qual nunca senti
Mas que com ele sonharei...

17 de junho de 2015

Uma vida de ilusão!

Um corpo sem chama,
Vazio
Abandonado,
Entregou-se ao desconhecido
Ficando ferido
Queimando por dentro
Transformando o fogo existente
Num vulcão extinto...

Um fogo sem alma,
Destruindo sem hesitar
Sonhos,
Pensamentos,
Desejos,
Sentimentos,
Que me permitiam conhecer
Quem era o meu ser
E me fez ficar
Oco.

Um olhar sem vida,
Uma expressão sem desejo
Levado num beijo
Que me levou a vontade
Não deixando nem a saudade
Do ser que fui antigamente
Que vagueia perdido na mente
E já não sabe como comunicar
Através do olhar.

Um sonho sem brilho,
Apagado em silêncio
Mergulhado na escuridão
De um recipiente antigo
De pedra dura,
Fechada numa armadura
Em que ficou meu coração,
Frio, sem a percepção
De ter existido
De ter conhecido
O que era viver livre...

15 de junho de 2015

Sentir Açores!

Mistérios por descobrir
Natureza por desbravar
Uma beleza a surgir
Por entre as brumas do mar...

Uma pérola no oceano
Espalhada por várias ilhas
Um arquipélago que tanto amo
Devido às suas maravilhas.

Campos a perder de vista
Com a natureza no seu esplendor
É uma tela, para qualquer artista
Seja ele poeta, musico ou pintor.

Seus trilhos para caminhadas,
Seus lagos de azul profundo
Conseguem criar tardes bem passadas
Como em nenhum lugar do mundo.

Das regatas de baleeiros,
Que chamam centenas para as ver
Às festas dos santos padroeiros,
Que ninguém as quer perder.

Açores é magia
No mais puro estado de ebulição
É um brilho no dia-a-dia
De se guardar no coração.

É mistério,
É saudade,
É um poço de inspiração...
É natureza,
É liberdade
É um cantinho no meu coração!




12 de junho de 2015

Era um corpo vazio...

Pegaste no meu corpo vazio
E encheste-o de paixão
Tornando algo que era frio
Num ardente caldeirão...

Fizeste desaparecer o rancor,
A raiva, o ódio, a desilusão,
Trocando por amor,
Por carinho e compreensão.

Deixei de ser transparente
Para o que a vida tinha para me dar
Fundi meu corpo à mente
Para um dia conseguir amar.

E da tua amizade
Nasceu a minha atração
Eras a realidade
Nascida da ficção...

Quero apenas ter-te por perto
Mais não te posso pedir
Não te quero num aperto
Em que possa fugir...

Estarei sempre ligado a ti
E espero ter-te a meu lado
Quando esta luta chegar ao fim
Espero deste sonho não ter acordado.

Arranco-te...

Arranco-te...
Da minha alma, 
Que sem pudor
Fizeste abanar
Retirando a calma
Que com tanto ardor
Demorou a montar!

Arranco-te...
Do meu pensamento
Que por instinto
Só pensa em ti
E nutre um sentimento
Que nem sei como o sinto
Mas que tem de ter um fim!

Arranco-te...
Do meu peito
Onde em silêncio
Te alojaste
E o deixaste desfeito
Por um desejo imenso
Que lá plantaste!

Arranco-te...
Das memórias
Onde vagueias em liberdade
Sem a mínima preocupação
Escrevendo historias
De uma vontade
No meu coração!

Arranco-te e apago
Cada lembrança de ti
E fecho o olhar
Para uma vez mais recordar
O teu corpo refinado
O teu beijo desejado
Que para sempre eu trago
Gravado dentro de mim.

Desejo incontrolável!

Tento acalmar meu espírito
Que baila sem controlo,
Desafogado por um desejo
Que tomou conta da minha vida!

Apareceu,
Sem dar conta que existia
E sem qualquer respeito
Alojou-se no meu peito
Fazendo-o acelerar
Tanto de noite como de dia.

Um desejo louco
Que me acelera o batimento
E me deixa num sufoco
Por não controlar um sentimento
Que me tolda a razão
E desperta a mente
Para toda a tensão
Acumulada...

Quero desbravar caminho
Quebrar muros e barreiras,
Tentar atingir o pretendido
De qualquer uma das maneiras.
Quero viver intensamente
O desejo descoberto
Quero grita-lo bem alto,
A todo o mundo, a céu aberto...

Quero perder a vergonha
E descobrir novas limitações
Quero viver o que a mente sonha
Sem contemplações...
Quero o que tenho direito
E o que não me for permitido
Que este desejo realizado
Intenso, real, vivido...

5 de junho de 2015

Quero-me apaixonar...

Quero-me apaixonar,
Entregar-me ao amor,
Sem medo de sofrer
E de me arrepender
De entregar o coração
A uma ilusão
Sem a reconhecer...

Quero ser feliz,
Viver sem medos,
Simplesmente ao teu lado,
Apaixonado,
Sem importar o dia-a-dia
Apenas a tua alegria
A alimentar o meu ser
E o prazer de te ter...

Mas porque é tão difícil?
Porque um simples amor
Não pode ser vivido
Quando, de ambos os lados,
É mais que apetecido?

Porque não se pode
Esquecer o mundo lá fora
E durante uma hora,
Um ano, uma vida
Passar despercebida
E viver intensamente
Este sentimento?

4 de junho de 2015

Grito atroz!

Grita cá dentro de mim,
Uma voz que não reconheço
Um som que me arrepia
Que me causa agonia
E que não consigo apagar,
Muito menos ignorar...

Um grito constante
Que me tolda a mente
Me destrói por dentro,
Plantando sentimentos
Que nunca ousei sentir
Tendo pensamentos
De um ser diferente...

Uma voz que mexe comigo
Com o meu poder de decisão
Que brinca com a minha alma
Que comanda o meu coração,
Transformando-o num brinquedo
Sem valor nenhum
Não tendo qualquer medo
De o entregar a qualquer um.

Um grito dilacerante
Que eu quero esquecer,
Que desapareça da minha mente
Nem que tenha de morrer...

Um grito de raiva,
De ódio, de rancor...
Um grito de alguém magoado
Por um antigo amor!

1 de junho de 2015

Quebra as amarras!

Quebra as correntes
Que sem te aperceberes
Te prendem a mente
Controla o coração
E nada do que ele sente
Te serve de inspiração...

Quebra a rotina
Deixa-te levar
Sem qualquer hesitação...
Escreve para te libertares
Desse maldição
De quereres escrever
Sem escrever a emoção.

Deixa-te ir...
Não penses nas palavras
Solta-te das amarras
Do teu pensamento
E liberta,
Todo o conhecimento
Toda a forma de sentimento
Que espera pelo dia
Onde serão transmitidos
Ao serem lidos ou ouvidos...

Mostra quem controla
O poder da tua mente
E quebra definitivamente a corrente
Que te impede de escrever
O que estás a viver
E mostrá-lo a toda a gente...

Desejo-te...

Desejo-te...
Com tantas forças
Que não consigo esconder
Que nos momentos que estou contigo
Não paro de tremer...

Tremo de nervosismo
Tremo por antecipação
De ao querer-te ao meu lado
Leve com uma rejeição.

Desejo-te
Desde que te conheço
Sei que posso exagerar
Mas desde esse dia
És tu quem eu vejo, 
Ao sonhar...

E quero tornar
Esse sonho em algo real
Basta que digas que sim
Ao meu pedido informal...

Desejo-te!
Por um momento
Que espero não terminar...
Desejo-te,
Por todo o tempo
Que me permitires te amar!