3 de setembro de 2015

Ácido em mim!

Ecoa em mim
O som do silêncio,
Que me queima por dentro
Como um ácido raro.

A cada pensamento,
Uma brecha vai-se abrindo
Evapora-se um sentimento
Que no seu devido momento
Teve uma importância fulcral
E agora se tornou banal
Neste vazio vai surgindo.

Peito aberto,
Coração despedaçado
Assim fico, nesse estado
Com a acidez da minha forma de ser
Com o meu jeito de viver
Que te vai afastando
E a todos que me rodeiam
Atirando-me para um abismo
Que todos odeiam...

Mas é onde me sinto bem,
Isolado do mundo,
Sem prestar contas a ninguém,
Vendo-me desaparecer
Como se fosse água a correr
De um rio a secar
Que sem querer acabar
Se vai movimentando para o fim.

É nesse ácido que me afogo
E afogo minhas frustrações
Fazendo a contagem
Para o fim desta viagem
Onde as grandes emoções
Foram apenas uma miragem.