15 de outubro de 2015

Epifania

Agarro em palavras
Para escrever poemas,
Pensando em que temas
Poderei escrever...

Vou ficando bloqueado,
Sem saber o que dizer
Sinto-me desapontado
Por não o conseguir fazer...

Mas paro e reconheço
O quando estou errado,
Não são as palavras que escrevem
Quando estou inspirado.

São sentimentos vividos
Sensações experimentadas
Que têm de ser convertidos
Para serem partilhadas...

Escolhi a poesia
Para o conseguir fazer
E as palavras são um meio
Para o que tenho a dizer.

Não é fiel ao que sinto
Mas tento ao máximo descrever
Todas as coisas que me dão forma
E me fazem viver.

Vazio da Mente

Encaro a folha vazia,
Tremo, sem me aperceber
Pois a escrita que tive um dia
Parece desaparecer...

Fico parado, quieto,
Tentando um tema arranjar,
Não sei nada concreto
Mais uma folha para rasgar...

Rabisco uma e outra frase
Qualquer coisa sem sentido
Continuo neste impasse,
Em busca de um poema perdido.

Concentro-me no vazio
Para focar a atenção,
Mas deve estar frio
Pois congelou minha inspiração.

Sou um vazio da mente
Sem nada para escrever.
Um poeta sem semente
Para o poema florescer.

Mas logo me recordo
Que a escrita vem de coração,
E assim acordo
Com vários poemas escritos na mão.