15 de março de 2012

Última colónia

Escrevo este poema
Como forma de despedida.
Onde a colónia é o tema
O tema da minha vida...

Há muito tempo que sabia,
Mas evitava pensar.
Na chegada do dia
Em que a colónia iria acabar.

Bons momentos cá vivi
E serão para recordar
Amigos aqui conheci
Que para a vida vão ficar.

Comecei ainda criança
Com alegria, paixão e fervor
E cresci com a esperança
De um dia vir a ser monitor.

Consegui o que queria
E assim tenho continuado,
Mas hoje é o dia
De fechar o ciclo iniciado.

É por este sonho
Estar quase a terminar
Que o meu ar risonho
Tarda em se mostrar.

Cada grande momento
Não mais irei esquecer,
Ficará no pensamento
E no coração até morrer.

Nunca tinha pensado
Que neste dia iria chorar.
Por ser tão complicado
Ver o ciclo da colónia terminar.

Adorei cada momento
E a todos sem excepção
Aproveitem enquanto é tempo
Um beijo e abraço do monitor Bruno Paixão

(Obrigado à  Pokahontas  por ter guardado o original, escrito à tantos anos atrás)

Faz Sentido?

Numa tarde de verão
Ou numa noite de inverno
Qualquer dia é oportunidade
Para escrever mais um poema.

Com uma caneta na mão
E na outra o caderno
Escrevo com simplicidade
Sobre um novo tema.

Tem assuntos do coração
Que aquece como um inferno
Também tem amizade
Que resolve qualquer problema.

Este poema está uma confusão
Com um rimar ultramoderno
Vou deixar isto, antes que fique tarde
E ver um bom cinema.

Num mundo de faz de conta!

Num mundo de faz de conta!
Queria voltar a ser criança
Viver os dias com emoção
E sempre cheio de esperança.

Num mundo de faz de conta!
Queria poder me divertir
E não ter a ilusão
Que estão todos a mentir.

Num mundo de faz de conta!
Todos tinham direito à felicidade
Alguém a quem entregar o coração
Qualquer que fosse a sua idade.

Num mundo de faz de conta!
Ninguém era superior.
Governava-se com a razão,
Orgulho, inteligência e suor.

Num mundo de faz de conta!
Tudo isto deveria ser verdade.
Resta agora uma questão:
Conseguimos torná-lo realidade?

Dom

Se é um Dom que eu tenho
Então tenho que o preservar
Escrevendo com mais empenho
Para a mais gente chegar.


Tento sempre melhorar
Sempre que estou a escrever
Para uma experiência proporcionar
A quem os poemas estiver a  ler.


Rimar é um pouco complicado
A palavra certa à que encontrar
E manter o significado
Para o que estou a expressar.


Mas sem pressas nem pressões
Os poemas vão aparecendo
Exaltando emoções
Que outros vão esquecendo.


Frustração, raiva e dor
Nos momentos de inquietação
Alegria, sorrisos e amor
Quando vem do coração.


Cada um à sua maneira
Conseguem fazer um poema surgir
Basta abrir a torneira
Para a inspiração fluir.

Crise de inspiração

Ideias precisam-se urgentemente
Já não sei o que escrever
Por mais que tente recorrer
Às sugestões da minha mente.

Poemas ficam por acabar!
Entro em profunda frustração.
Pois não encontro inspiração
Para voltar a rimar.

Os versos saem forçados.
No chão folhas amachucadas.
Cheio de tentativas falhadas
De poemas que não serão usados.

Relaxo e paro de pensar
Como alguém me ensinou
E logo que a inspiração voltou
A caneta fui buscar.

Escrevo tudo num momento
E de uma forma inesperada
As quadras aparecem do nada
Formando o poema que vos apresento.