21 de novembro de 2015

Segue o teu caminho...

Segue o teu caminho...
Esquece que existo
Ou que um dia nos encontramos.
Esquece que nos amamos
E promessas foram trocadas
Para depois serem rasgadas,
Esquecidas ao vento
Assim como o sentimento
Que dizias sentir
Para no fim vir a parceber
Que estavas a mentir
Só para te entreter...

Segue o teu caminho...
E sai do meu coração,
Pois esquecerei que o tiveste
E não o mereceste.
Que um dia ele por ti bateu
E que aos poucos morreu
Por não lhe dares valor,
Por não lhe dares o amor
Noutros tempos prometido
E por agora esquecido.

Segue o teu caminho...
Que seguirei em sentido oposto
Esquecendo o desgosto
Que esse teu corpo me fez viver.
Pois de agora em diante
Serei uma sombra distante
De um amor passado
Nunca por ti desfrutado
E que não voltará a acontecer...

17 de novembro de 2015

Partiste!

Partiste!
Em mim um buraco no peito
Foi-se criando com o tempo
Até o ter desfeito
Com a saudade de cada momento.

Cada momento a teu lado
Que recordo como se ontem tivesse sido
Cada sorriso, cada beijo dado
Que já parecem não ter acontecido.

Partiste sem avisar,
Sem uma explicação,
Sem uma forma de contactar
E acalmar meu coração.

Nele criou-se um vazio
Sem teu amor nem amizade
Está oco, morto de frio
Perdeu a sua capacidade.

A capacidade de bater forte
Perdeu-se com a distância
Manter-me vivo é pura sorte
É manter minha mente na ignorância.

Fazê-la acreditar
Que ainda podes aparecer
E que isto ao terminar
Não volte a acontecer.
É fazê-la crer
Em não perder a confiança
Que enquanto o coração bater
Mesmo que fraço, à esperança.

Mas aos poucos sinto
Que não voltarás para mim
E em segredo, para mim minto
Para que não seja o meu fim.

Bate este coração fraco
Apenas pelo desejo de te voltar a ver
Partiste tu, agora sou eu que parto
Pois tanto tempo sem ti, já não vale a pena viver.

13 de novembro de 2015

Aquece-me por dentro!

Sinto-me diferente,
Fria, ausente
Sem conseguir me focar
E assim encontrar
Um ponto de equilíbrio
Onde possa voltar.

Distante,
Olhas-me nesse instante
Peço-te com o olhar
Para que possas me abraçar
E assim quebrar
Este gelo em mim.

Aquece-me,
Faz-me sentir viva
E acende esta luz adormecida
Que no meu peito, me guia.
Faz-me ganhar o meu dia
E assim esquecer
Qualquer tormento
Que me esteja a aborrecer.

Dá-me paciência,
Força, dedicação
Para passar esta provação
E assim recuperar
Para quando voltar
Vir com mais experiência,
Mais vontade de me ultrapassar,
Sabendo quais as barreiras
Que tenho de derrubar.

Faz-me sorrir,
Faz-me perder no teu abraço
Deixa-me deitar no teu regaço
E esquecer esta lesão
Que me gela o coração
E derrete ao te sentir.

12 de novembro de 2015

Amor desfeito!

És passado,
Marcado no meu peito
Como um sonho desfeito
Ainda antes de acontecer
Com uma vida para viver
Passada ao lado.

Invadiste meu coração
Com uma força invulgar
E fizeste-me apaixonar
Por esse ser desconhecido
Onde de ombro amigo
Passei a desejar
Numa chama de paixão.

Foste incerteza,
Foste loucura,
Um caminho de aventura
Que decidi percorrer,
Apenas para te conhecer
E estar ao teu lado
Sem me aperceber
Que tinha esse percurso contado.

Um amor fugaz
Que assoberbou meu desejo
Pelo toque de um beijo
Que me fizesse acreditar
Que eras mais algo que sonhar,
Um ser real
Que me libertou do mal
De não me voltar a apaixonar.

Foi um caminho intenso
Como o tempo contigo
Passei de amante, a amigo
E desaparecer a chama em nós
Calou-se a voz
Que nos fazia batalhar
Por um amor complicado de concretizar.

2 de novembro de 2015

Quebra essa concha!

Quebra essa concha
Fechada no teu peito
E mostra que está vivo
Esse coração imperfeito
Criado para amar
Para sofrer, sonhar.
Criado para existir,
Sem vergar, sem cair.

Quebra essa concha,
Manchada pelo tempo,
Onde te escondes da Vida
E esqueces que é o momento
Desta ser vivida
E apreciada pelos sentidos
Que precisam de ser ouvidos
Para que te entregues ao prazer
Que a Vida tem para oferecer.

Quebra essa concha,
Esse lugar onde tens vivido,
E acorda o teu ser,
Mostra-lhe o que tem perdido
Apenas por se esconder.
Exibe a cicatriz
Que não chegou a sarar
E descobre como ser feliz
Nessa viagem que não pode parar.

Quebra essa concha,
Deita-a fora para sempre
E liberta a acendalha
Que vive no teu olhar.
Verás que no teu lugar,
Já mais nada de atrapalha
Serás quem quiseres ser
Quem fizeres por acontecer
De uma forma diferente.