14 de fevereiro de 2015

Efémera existência

Vazio
De corpo e de mente
Fico dormente
Num escuro sombrio.

Quieto
Sem qualquer reacção
Desacelera meu coração
Desfeito...

E afundo-me
Nas profundezas da escuridão
Marcadas por ódio e dor
Onde qualquer réstia de amor
É usada como "carvão"
Neste fogo que me queima por dentro
E deixa o meu ser cinzento
Sem ar para respirar,
Sem forças para viver.

Um último suspiro de luta
Um esforço para manter-me à tona
Lúcido de quem sou
Conhecedor de quem me amou
E continua a amar
Sejam as escolhas que fizer
Dê as voltas que a vida der
Em qualquer lado onde morar...

Mas não é suficiente
Para quebrar a corrente
Que me vai atirando ao fundo
Para um vazio sem retorno
Sem qualquer iluminação
Deixando negra a minha essência
Tornando efémera a minha existência.