23 de outubro de 2015

Desafiando-me!

Preso num medo
Dificil de explicar
Não sinto o momento
Que procuro explorar
E sem me aperceber
Deixo o tempo passar
Sem ter a hipotese
De um dia tentar...

Refugio-me no refúgio
Que criei para mim
E em casa, isolado
Solto um grito amargurado
Pela falta de confiança
De fé, de esperança
De lutar por um fim
Que tenho aguardado.

Saio a correr,
Mesmo estando a chover
E atiro-me na lama
Limpando a alma
Suja de tanto fugir
E não conseguir enfrentar
Os desafios, que ao surgir
Soube sempre evitar...

Sou um homem sem rumo
Sem destino, sem solução
Separado por um riacho
Impossível de trespassar
Que me impede de melhorar
E explorar o melhor de mim
Guardado no interior,
Com ódio e rancor
Por não se conseguir soltar...

Quebro a garrafa,
Dos medos e receios
E estilhaço cada desafio
Com força e dedicação
Elevando cada padrão
Da minha forma de ser
Levando-me a perceber
Que posso melhor
E atingir a perfeição
No que me propuser criar.