3 de maio de 2012

Estarei por cá...

Não é pensado
Pelo menos penso assim
Mas saio magoado
Quando és má para mim.

Pode ser inocente
Mas é mesma real
Não é recorrente
Mas quando é, é fatal.

Sei que não chegas a perceber
E que tenho de aceitar
Que é a tua maneira de ser
Mas podias tentar suavizar.

Tento estar contigo
Sempre que precisas de companhia
É isso que faz um amigo,
Transforma tristeza, em alegria.

Se por vezes não queres aceitar
Ou preferes ficar no teu canto,
Arranja forma de avisar
Sem a dureza, que magoa tanto.

Neste poema de improviso
Digo-te que estarei sempre presente
Se algum dia for preciso
E se quiseres ajuda, finalmente...

Livre!

Quero partir
Mas obrigam-me a ficar
Tento resistir,
Mas não me consigo soltar.

Estou preso a mim
Divido em dois
Tenho medo que no fim
Não haja o depois...

Cria raízes esse medo
Controla mente e vontades
Destrói-me aos poucos, em segredo
Transforma mentiras em verdades.

Medo que me faz paralisar,
Faz sentir o que não acontece,
Faz sofrer, faz chorar,
Ao ver que a esperança desaparece.

Esperança de me libertar,
De poder livre viver
Esperança de conquistar
O direito de eu próprio ser.

Exorcismo

Preso ao passado
Não consigo de lá sair
Ao que sinto, amarrado
Sem hipótese de fugir.

Deito-me, adormeço
Para em ti não pensar
Escondo, mas não te esqueço
Estás cá para ficar.

Tento expulsar-te da mente
Mas vives forte no coração
Lembrando-me constantemente
Dos nossos momentos de paixão.

Luto para tudo desaparecer
Mas acabo por recuar
Mais força pareces ter
Quando contra ti estou a lutar.

Esvazio-me dos sentimentos,
Que me estão a causar dor
Fazendo-me relembrar os momentos
Onde ainda existia amor.

Após este exercício
Sinto-me vazio, sozinho
E com algum sacrifício
Tento seguir o meu caminho.

Tenho novas estradas a seguir
Novos caminhos a percorrer
Finalmente vi-te partir
Poderei novamente viver.