3 de maio de 2012

Exorcismo

Preso ao passado
Não consigo de lá sair
Ao que sinto, amarrado
Sem hipótese de fugir.

Deito-me, adormeço
Para em ti não pensar
Escondo, mas não te esqueço
Estás cá para ficar.

Tento expulsar-te da mente
Mas vives forte no coração
Lembrando-me constantemente
Dos nossos momentos de paixão.

Luto para tudo desaparecer
Mas acabo por recuar
Mais força pareces ter
Quando contra ti estou a lutar.

Esvazio-me dos sentimentos,
Que me estão a causar dor
Fazendo-me relembrar os momentos
Onde ainda existia amor.

Após este exercício
Sinto-me vazio, sozinho
E com algum sacrifício
Tento seguir o meu caminho.

Tenho novas estradas a seguir
Novos caminhos a percorrer
Finalmente vi-te partir
Poderei novamente viver.

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