24 de junho de 2015

Rasga o preconceito!

Rasga esse preconceito
Não tens esse direito
De julgar os outros
Para te sentires superiorizado
A um semelhante magoado
Por agressões baratas
Que atiras como facas
E que vão deixando marcas
Difíceis de sarar.

Quebra a injustiça
Praticada pelo prazer
Que tens de tratar mal
Um outro ser igual
Que nada fez por merecer
Esse tratamento racial
Que te transforma num monstro
Que apenas tem um gosto
De pisar quem o rodeia
E que só o sofrimento saboreia.

Deixa essa vida
E para de magoar
Os outros só porque sim
Pois isso um dia terá um fim
E se virará do avesso
Transformando-te a ti no indefeso
Que ninguém se vai preocupar
Pois só soubeste maltratar
Quem na sua inocência
Ou na forma de estar
Deixou-se ficar calado
Apesar de apanhar
De qualquer lado
Onde pudesses atacar...

Deixa esse lado negro
Vê o mal que praticas
E o quanto sacrificas
No futuro de alguém
Que nunca mereceu teu desrespeito
Nem o teu desdém
Para ser tratado desse jeito
Como se não fosse ninguém.

Escreve sem pensar...

Fecha os olhos
Deixa os sentimentos fluírem
E pára de pensar!

Deixa as emoções
Guiarem a tua mão,
O teu pensamento
E deixa-te ir no momento
Sem pensar em rimas
Ou poemas.

Fecha os olhos
Vê o teu mundo interior
Encontra o teu centro
E a partir desse momento
Deixa a mão escrever
E quando abrires os olhos vais ver
Que o texto escrito
Não foi pensado,
Nem tão pouco estruturado
Mas tudo parece encaixar
E quem sabe rimar...

Mas mais importante,
É que é um espelho do que se sente
E paira, inerte, na mente
À espera de ser descrito
Ainda que de uma forma rudimentar
Pois o que estás a sentir
Nunca o consegues explicar
Mas consegues transmitir
Para outro alguém ler
E assim experimentar
O que estás a viver!

Fecha os olhos...
Abre-os sem pensar
Escreve ser querer
Saber o que estás a escrever
E quando releres
Irás te surpreender
Com o que o inconsciente
Que levou a contar.