30 de maio de 2012

Hoje acordei contente!

Hoje acordei contente!
E não sei bem o porquê?
Mas é algo que se sente
E que nem toda a gente vê.

Hoje acordei contente!
Já não acontecia a algum tempo
Talvez seja do momento
Ou de algum sentimento
Que apareceu de repente.

Hoje acordei contente!
Feliz, entusiasmado
Vejo alegria em todo o lado
Sonho com tudo, acordado
E desperto novamente.

Hoje acordei contente,
Assim vou adormecer.
Pois hoje como antigamente
Vi a vida não no presente
Mas no que poderá vir a ser.

E com os pés bem no chão
Mas seguindo o coração
Digo o que vai na mente
Eu AMO-TE, simplesmente
E essa é a razão
Que hoje acordei contente!

28 de maio de 2012

Cedências...

Cedo um beijo
Em troco de nada
Cresce em mim um desejo
Que me deixa transtornada.

Cedo um sorriso
Por cada palavra ouvida
Que me leva ao paraíso
E me deixa perdida.

Cedo um abraço
Que me conforta no escuro,
Escondo-me no teu regaço
Onde me sinto seguro.

Cedo um momento
Para estar ao teu lado
Partilho contigo um sentimento
Que me deixa animado.

Cedo às saudades
Que me deixam inquieta
Criando-me vontades
De ser, por ti, descoberta.

Cedo ao impulso feroz
De te encher de prazer
Quando oiço a tua voz
Sem te conseguir ver.

Neste bailar de cedências
Que entramos sem perceber
Construímos as essências
Do que queremos ter.

São as bases do pilar
As sementes que plantamos
Que nos ajudam a levar
Para a frente todos os planos.

25 de maio de 2012

Queda livre!

Liberto-me do peso
Que a vida tem
E salto dum penhasco
Para me levar mais alem.

Sigo consciente
Da descida que tenho pela frente
E saltando entre estados
Todos eles na minha mente.

Vou recordando
Locais e momentos
Pessoas que marcaram
Envolvidas em sentimentos.

Olho para baixo
Para ver o que falta cair
Entro em pânico irracional
Pois já não posso subir.

Vejo que já percorri
Metade do caminho
E ainda não esqueci
Dos momentos em que sofri.

Liberto-me de tudo
E de todos os que me fizeram mal
Torno-me num simples corpo em queda
Numa queda irracional.

Volto a rever
Os momentos em que fui feliz
E guardo o que não quero esquecer
Lembro-me do que ainda não fiz.

Estou perto
Sinto o fim chegar
Sinto tensão nos músculos
E a falta de ar.

Segundos antes de ficar-me no chão
Alguém puxa por mim
Foi apenas uma ilusão
Um sonho que não tem fim.

Acordei transpirado
A tremer de tanto medo
Vivo por esse sonho assombrado
Mas vivo-o em segredo.

Top 5 Bruno

Os poemas mais lidos de Bruno, nos primeiros 3 meses do Blog

1º - Politiquices!

2º - Perdido!

3º - Desejo!

4º - Compras!

5º - Orgulho!


Obrigado por continuarem presentes e a seguirem o Blog.

Sofro...

Sofro por não te ter,
Sofro por te ver assim...
Sofro por querer
O que não é certo para mim.

Sofro com a tua ausência
Que só me causa dor
Sofro com a existência
Deste proibido amor.

Sofro por te fazer sofrer
E não sei como mudar
Sofro porque te vou perder
Apesar de continuar a te amar.

Sofro por antecipação
De um futuro que já conheço
Sofro por uma ilusão
Que vem desde o começo.

Sofro por te ver partir
Sofro por te fazer ficar
Sofro por sentir
Que te estou a magoar.

Sofro...
E assim vou continuar
Enquanto existir
Enquanto lutar
Contra o que estou a sentir
Mas que quero evitar.

Reconciliação!

Hoje foi o momento
Assim parece ser
Que voltou o sentimento
Que te voltei a ter.

Tudo parece fazer sentido
Agora que estás ao meu lado.
Fica mais um bocado
E diz ao meu ouvido
O que me tem faltado
O que já tinha esquecido.

E aqui estou eu
Aninhada nos teus braços
Relembrando os abraços
Que moviam sentimentos,
Desejos e vontades
Que despertavam necessidades
De um gesto de carinho
No aconchego do nosso ninho
Onde sabemos amar,
Sabemos pedir, sabemos dar
Até um do outro precisar.

Desculpa...

Desculpa...
Pela frustração
Que causei sem intenção
Por ter abandonado
A escrita por um bocado.

Desculpa...
Por te fazer esperar
E não deixar
Publicar os teus poemas
Que estavam escritos e apenas
Esperavas os meus para os colocar.

Desculpa...
Por desaparecer
Pois não estava nos planos
Mas não consegui net ter
E assim deixei de escrever
Por uns dias, que pareceram anos
Mas que não volta a acontecer.

23 de maio de 2012

Sentimentos, Paixões, Momentos...

Sentimentos...
Paixões...
Momentos...

Sentimentos
Partilhados contigo
Como namorado ou amigo
Que recuso-me esquecer
E que irei guardar
Em algum lugar
Para poder me lembrar
Sempre que quiser.

Paixões
Vividas intensamente
Ao sabor da corrente
Que já não quis seguir
De onde resolvi partir
Quando por ti fui encontrado.

Momentos
Em que me permiti viver
E nos teus braços me entregar
Onde aprendi a amar
Sem nunca me aperceber
Que o amor também faz sofrer
Quem resolve arriscar.

22 de maio de 2012

Marcas infinitas

Custa-me apagar
As imagens do terror
Que sofri por amor
Sem me importar.

Vezes sem conta percorri
Os corredores do hospital
Para "apagar" o mal
Que às tuas mãos sofri.

Marcas foram ficando
Das noites que de mim lembravas
Quando das bebedeiras chegavas
E vinhas frustrado.

Noites suportei por medo
Sem nunca falar
Até não conseguir suportar
O peso deste segredo.

E fugi do casamento
Mas não consegui esconder
Que o passado me faz sofrer
Quando penso por um momento.

E as marcas do corpo
Foram desaparecendo com o tempo
Apagando com elas o sentimento
Que me ligava a ti.

Mas por muito que tente
Não consigo apagar
As cicatrizes que fizeste criar
No coração e na mente.

Teu perfume!

Sinto o teu perfume
A penetrar na minha mente
Acordando-me deste transe
Onde vivo permanentemente.

Sinto o teu cheiro
Que desperta o desejo
De te ter por perto
E saborear o teu beijo.

Minha mente vagueia
Pelas lembranças do teu sabor
E lembra-se dos momentos
Em que só existiu dor.

Nova vaga do teu perfume
Faz-me voltar ao presente
E fazer-me acreditar
Que agora será diferente.

Entrego-me aos teus braços
Sem medos, nem receios
Beijo-te apaixonadamente
Como fazíamos nos recreios.

Volto a ser a criança
Que aguarda o teu amor
Sempre na esperança
Que seja eterno.

Deixo tudo para trás
O passado já passou
E se voltar a correr mal
Pelo menos saberei
Que um dia alguém me amou.

Conquistar o teu amor

No fim do dia
Ponho-me a pensar
Enquanto oiço na praia
O som do mar.

Observo as ondas
A bater na areia
Enquanto a mente reflecte
Sobre uma nova ideia.

De como te conquistar
E te fazer ver
Que faço o que for preciso
Para te poder ter.

Sigo desapontado,
Pela areia a passear
Não é te pressionando
Que te vou fazer amar.

Tomo uma decisão
De te dar espaço para pensar
E sentires se por algum momento
Tens saudades de me ter por perto.

Abandono a praia
Confiante da escolha certa
Estarei perto de ti
Esperando uma aberta.

Uma oportunidade
Para demonstrar sem reservas
Que é de verdade
O amor que por ti sinto.

E quando esse dia chegar
Não vou desperdiçar
Dando-te a conhecer
O amor que fizeste nascer.

21 de maio de 2012

Feliz!

Feliz!
Porque?
Não sei...
Mas sei que lutei
Para chegar a este momento.

Agora que alcancei
Não quero mais perder
E tudo irei fazer
Para que possa durar
E se conseguir
Aumentar.

É um sentimento
Que cresce dentro de mim
A cada momento
Que penso em ti
E que agora partilho
Para actuar como rastilho
E espalhar ao vento
Para que todos o possam conhecer.

Inauguração!

Uma casa para montar
Varias coisas para fazer
Mas a vontade de a mostrar
Acaba por vencer.

Cortar a relva
Que já parece mato
Enquanto o tempo deixa
Que a chuva promete.

Pausas para ir despejar
O reservatório cheio
Servem para descansar
E pensar no que ainda falta.

Após relva cortada
Ainda que inacabada
Pela chegada da água.
Vem a parte interessante
Muito mais stressante
Que foi por candeeiros.

Foi furos não aproveitados
Falta de buchas e parafusos
Foram momentos complicados
E esquemas confusos.

Após 1 dia inteiro
Não me orgulho de dizer
Que apenas um candeeiro
Consegui lá meter.

Mas a parte importante
Deste fim de semana estava a chegar
Apresentar a casa a alguns amigos
E um lancha lá dar.

Notou-se a novidade
Com a falta de material
Como por exemplo guardanapos
Uma coisa tão banal.

No fim do dia
Foram boas as impressões
Do que já colocado
E dos outros planos e opções.

Foi feita a inauguração
Agora é para continuar
Com o resto da iluminação
E dos moveis que vão chegar.

Teu perdão...

Espero o teu perdão...
Pelo que fiz no passado
Por te ter magoado
Sem ter essa intenção.

Peço o teu perdão...
E estou arrependido
Por ter fugido
Do que dizia o coração.

Preciso do teu perdão...
Para seguir em frente
Para tirar da minha mente
Toda a frustração!

Quero o teu perdão...
Será que o vou ter?
Esperarei para ver
Sem criar essa ilusão.

Mas ficas a saber
Que é importante ter
O perdão que peço
Mesmo sabendo que não mereço.

18 de maio de 2012

Controlar o destino

Entrego-me ao destino
Sem nunca esquecer
Qual o meu caminho,
O que quero ser.

Sigo passos delineados
Por alguém que não conheço
Escolhem todos os meus passos
O que acham que mereço.

E assim vou vivendo
Sem controlo do que se passa
Até que um dia acordo
E arranco-me desta farsa.

Tomo rédeas  da minha vida
Faço dela o que quiser
Pois tenho muito tempo
Não posso em vão o gastar.

Faço novos planos
Traço novos trajectos
Para todos os anos
Em que serei mais que um objecto.

Permito-me viver
Errar e descobrir
Para poder um dia dizer
Que soube chorar e sorrir.

E começo de novo
Em que tudo é diferente
Onde só existe o passado
E o futuro é o presente.

Não sei para onde vou
Pois sou livre de escolher
Mas agora que me libertei
Serei livre até morrer.

Morte!

O tempo passou
Não soube aproveitar
Tenho medo de pensar
Mas o meu tempo terminou.

Sinto o corpo a parar
A não querer reagir
Tento lutar
Para não sucumbir.

Vejo um escuro sombrio
O medo apodera-se de mim
O que vai ser de mim?
Para onde estou a caminhar?
Ninguem me consegue avisar
E gelo de frio.

Lágrimas caem sem parar
Ao ver-vos chegar
Com um semblante carregado
Como que a carregar o fardo
Da minha partida.

E ainda mais desanimado
Desvio a cara para o lado
Não quero ver-vos sofrer
Estou prestes a morrer
E quero comigo levar
A lembrar de vos ver sorrir
E do brilho do vosso olhar.

Primeiras semanas de vida...

Sinto-me perdido
Onde estou, quem sou eu
Que espaço é este desconhecido
Em que me encontro?

Abro os olhos,
Vejo vultos,
Mas não consigo perceber
As cores do que estou a ver
Nem o que me está a rodear.

Estou num espaço novo
A tentar-me habituar
Há mais barulho em meu redor
Novas coisas para fazer
Que ainda estou a aprender
E não sei se estou a errar.

Sinto-me por muitos acarinhado
Apesar de não estar quieto
De andar sempre acordado
Quando queriam dormir.

Mas ainda bem que estou aqui
Pois sinto agora, alem de ti
O meu papa que abraça
Enquanto o choro não passa
E me faz sentir protegido
Enquanto tento adormecer.

(Dedicado ao meu sobrinho Gonçalo)

Separação...

Esperei por ti,
Já não espero mais.
Não interessa o que senti
Nem para onde vais.

Quero-te longe de mim
Já me magoaste demasiado
Isto chegou ao fim
Já te tinha avisado.

Não me deste ouvidos
E fizeste-me sofrer
Destruíste todos os meus sentidos
Fizeste-me aos poucos, morrer.

Não vou deixar
Que brinques com meus sentimentos
Vou da minha mente apagar
Todos os nossos bons momentos.

És agora uma ilusão
Do marido que chegaste a ser
Mas terás o lugar no meu coração
Até este amor desaparecer.

Até lá vou te esperar
Sem atrás de ti correr
Mas pode ser que ao voltar
Já não seja quem penses ser.

Pode ser que o amor tenha acabado
Que já não é teu, o meu coração
E não podes dizer que não foste avisado
Desde o momento da separação.

16 de maio de 2012

Livro aberto

Abraço-me a ti...
Não preciso de falar
Pareces-me conhecer
Através do meu olhar.

Sou um livro aberto
Que já conheces de cor.
O meu medo, meu receio,
Minha alegria, minha dor.

Em ti encontro repouso
Minha paz interior
Em ti arranjo baterias
Para suportar o mundo exterior.

A ti devo o que sou
Pela força que tens dado
Pelos momentos difíceis
Que passaste ao meu lado.

Neste momento de tristeza
Sei com quem posso contar
Estás novamente ao meu lado
Para uma vez mais me acalmar.

Nova pagina escrita
Num livro que não para de crescer
Onde espero ter-te ao meu lado
Cada ano que envelhecer...

Destruido!

Loucura!
Após ser abandonado
Por ti, antes adorado
Antes da tua aventura.

Saudade!
Dos dias de antigamente
Que recordo em minha mente
Onde não sabia a verdade.

Dor!
Que rasga violenta o meu peito
Deixando um buraco, desfeito
Onde já não existe amor.

Cruel!
Por ser novamente usado
Por me ter de novo apaixonado
Quando não soubeste ser fiel.

Escuridão!
Onde me encontro de momento
Vazio de cada sentimento
No meu coração.

Falar!

Falar!
Algo que custa fazer
Mas não devia custar
Pois serve para perceber
O que o outro quer expressar.

Falar!
Sem arranjar confusão,
Sem ser para picar
Utilizar em prol da razão
E não do criticar.

Falar!
Quando um olhar não basta
Quando um gesto parece afastar
E como ele nos arrasta
Para não mais voltar.

Falar!
Para evitar mal entendidos
Que nos levam a afirmar
Sentimentos não sentidos
Fazendo o outro chorar.

Falar!
Enquanto é livre de se fazer
Enquanto não for a cobrar
Para te fazer perceber
Que se resolve as coisas a conversar.

15 de maio de 2012

Cidade esquecida!

Numa rua esquecida
Desta Lisboa sem igual
Existe um brilho de vida
Esquecida pelo público em geral.

Tem milhares de recantos
Para explorar
Escondendo encantos
Para recordar.

Uma cidade de magia
Para todos os visitantes
De noite ou de dia
Por semanas ou instantes.

Cidade à beira mar
Cheia de vida e cultura
Dá vontade de voltar
Atrás de uma nova aventura.

Sobreviver!

Ausente!
Daqui, de mim, do mundo!
Um sentimento profundo
Que teima em ficar
E no coração se alojar
Permanentemente.

Um sentimento de dor
De raiva, frustração
Por ter sido uma ilusão
O que passei ao teu lado
E ter ficado marcado
Pelo que pensava ser amor.

E vivo agora escondido
Para que não me vejam sofrer
Por já não querer viver
Carregado com esta lembrança
Que me vai dando uma esperança
Apesar de ter sofrido.

Quero por isso desaparecer
Deixar tudo para trás
De uma forma eficaz
Para que possa continuar
De alguma forma, em algum lugar
Simplesmente viver... ou sobreviver.

14 de maio de 2012

Tarde na praia!

Numa tarde sigo contente
A passear à beira mar
Inspirado pela corrente
Sinto o meu coração bailar.

Fecho os olhos, por um momento
Sinto o cheiro de uma flor
Que me lembra o sentimento
Nascido do teu amor.

Continuo na minha paz
E lembro-me do teu beijo
Que tenho me satisfaz
Que me causa tanto desejo.

Como um pequeno farol
Vejo-te perto de mim
És o meu brilho, o meu sol
És o meu céu sem fim.

És a minha alegria
No passado, futuro e presente
És a minha melodia
Que eu escuto, atentamente.

Sigo contigo de mão dada
Pelo resto do passeio
Numa tarde bem passada
Que novamente anseio.

( N@kas - Obrigado pelas palavras de partida ao poema )

13 de maio de 2012

Serra da Estrela

Uma promessa cumprida
A quem por certo merece.
Uma viagem duma vida
Que por pouco não desvanece.

Ida à neve estava marcada
E estava na hora de acontecer
Mas com a temperatura elevada
Será que há algo para ver?

Um pouco de sorte, finalmente!
Havia neve ao chegar
A alegria foi evidente
Pois significava poder brincar.

Uma pausa para vestir
A roupa comprada para o efeito
A partir dai foi curtir
Até ficar satisfeito.

Foram bolas a voar
Bonecos de neve a surgir
Fotografias para gravar
Os momentos que se conseguir.

Foi um dia bem passado
Deu para ficar satisfeito
Um dia que ficará guardado
Bem dentro do seu peito.

Nova vinda ficou prometida
Para quando o Inverno chegar
E ver a neve caída
Para a sério poder brincar.

11 de maio de 2012

Sem ar...

Não sei porque ando assim
Custa-me a respirar
Não sinto o ar dentro de mim
Parece que vou desmaiar.

Pancadas fortes no peito
Sem razão aparente
Provocam esse efeito
De uma forma recorrente.

Tendo de alguma forma relaxar,
Respirar fundo, calmamente,
Mas não está a resultar
Sinto a dor, novamente.

Começo a entrar em ansiedade
Para que pare de doer
E perceber se tem gravidade
O que me está a acontecer.

Tento me abstrair
Com a ajuda de um amigo
Que está pronto a intervir
Se houver algum perigo.

Nada parece resultar
A dor continua presente
Só me resta esperar
Pacientemente.

10 de maio de 2012

Vou partir...

É tempo de me despedir
Sem avisar,
Vou partir,
Para não mais voltar.

Deixo cá os sentimentos
Que me fizeram sofrer
Com eles, os momentos
Que não voltam a acontecer.

Deixo tudo para trás
Peço desculpa, teve de ser.
Vou provar que sou capaz
De noutro mundo, vencer.

Num misto de emoções
Que não consigo esconder
Parto em busca de ilusões
Que me façam crescer.

Sem caminho traçado
Vou seguindo sem olhar
Para trás, para que o passado
Não dê vontade de regressar.

9 de maio de 2012

Folha em branco!

Numa folha em branco
Escrevo o que vai surgindo
Não gosto do que vejo
Risco, amachuco e deito no lixo.

Faço nova tentativa
Parece que esta corre melhor
Mas chego a um beco
Sem hipótese de continuar.

Os minutos vão passando
Várias quadras já foram escritas
Todas elas rasgadas
Por não fazerem sentido.

Estou prestes a desistir
Não consigo me inspirar.
O que estou a sentir,
Não o consigo expressar.

E assim vou tentando
Sem o sucesso esperado
Novas folhas vou rasgando
De bolas de papel estou rodeado.

Tenho que relaxar
Algo irá aparecer
E quando menos esperar
Voltarei a escrever.

Azares...

Mais uma desilusão
Quando é que tudo termina?
Não aguento mais
Não parece ter fim.

Porquê tudo acontece a mim?
Nada parece bater certo!
Será que fiz por merecer
O que me está a acontecer?

Tento pensar no assunto
Mas não chego a uma conclusão
Talvez mereça sem o saber
Ou não o mereça, mas tenha que ser.

Espero que melhores momentos
Possam em breve chegar
Pois não sei por mais quanto tempo
Assim irei aguentar.

Que amanhã seja melhor
E não aconteça  nada errado
Já seria suficiente
Para não andar desanimado.

8 de maio de 2012

Enlouquecerei?

Acho que vou enlouquecer
Se é que já não sou louco
Já não consigo viver
No meio deste sufoco.

A cada dia que passar
Vou-me tornando mais instável
Não sei como me tratar
No meio de tanta variável.

São tantas as razões
Que me levaram a esta loucura
Quebrando sentimentos, emoções
Transformando em raiva, a ternura.

Deixei de ser o ser amável
Brincalhão, divertido.
Sou agora um ser odiável
O meu próprio inimigo.

Não sei como me soltar
Deste monstro que me aprisionou
Quando me sinto a recuperar
Acordo e vejo que ele voltou.

Já perdi meus amigos
Minha família me afasta
Vivo com medos antigos
Que para o escuro me arrasta.

Não sei se algum dia vou conseguir
Deste inferno libertar
Tenho que lutar, não desistir
Tenho quem me esteja a esperar.

Agarro-me a essas recordações
E ganho forças no meu interior
Para rasgar com as ilusões
Que me causam tanta dor.

Se irei recuperar?
Não sei responder
Mas espero melhorar
Para voltar a viver!

Iludi-me!

Ouvi-te!
Acreditei!
Iludi-me!
E errei...

Errei ao acreditar
Cegamente no que falavas
Para depois verificar
Que não era eu quem amavas.

Sofri nesse dia
Sofri dai adiante
Desapareceu toda a alegria
Nesse momento, nesse instante.

E olho para o passado
Vejo o tempo que perdi,
Num amor condenado
Aquele que senti por ti.

Sinto raiva a crescer
E pelo meu corpo se espalhar
Sinto um desejo de morrer
Para esta dor terminar.

Não suporto ter-te perdido
Foi tudo mentira, ilusão
Mas tudo o que foi vivido
Está marcado no coração

Tenho que te esquecer
Hoje é o dia, o momento
Hoje de noite já não quero ter
Nenhuma lembrança, sentimento.

Quero que sejas uma miragem
Algo que não me lembre que vivi
Hoje é o dia de viragem
O dia que eu te esqueci.

7 de maio de 2012

Vagueio pela rua...

Sombrio...
Vagueio pela rua, sozinho
E sinto um estranho vazio
Ao longo de todo o caminho.

Não estou só, por onde passo
Mas não sinto ninguém
Sinto o peso do fracasso
Por tentar ser alguém.

Tento ser eu, naturalmente
Mas sou sempre barrado
Por quase toda a gente
Que tenho encontrado.

Não sei se é por querer
Ou se é sem intenção
Não quero nem saber
Pois não aceito um simples não
Sem razão para o ser
Sem uma justificação.

Mas só a força e determinação
Nem sempre é suficiente
Após várias vezes atirado ao chão
Adio o sonho, permanentemente.

Tento arranjar novo alento
Que me faça despertar
Lanço meus pensamentos, ao vento
Para que ele possa ajudar.

Recebo de volta incentivo,
Força para não desistir,
Lembrando qual o motivo
Para continuar a seguir.

Volto para casa motivado
Para a luta continuar
Posso continuar a ser vaiado
Mas irei um dia triunfar.

Cansado...

Cansado...
De lutar!
De querer mudar o mundo
E de nada mudar.
Ver tudo imundo
E sem volta a dar.

Cansado...
De me mexer
E não ver surgir,
Não ver aparecer
O que se luta para conseguir
E que não se consegue ter.

Cansado...
E sem esperança,
Que isto alguma vez possa melhorar.
De conseguir ter confiança
E achar
Que pode haver uma mudança
Que ponha tudo no lugar.

Estou cansado...
De me sentir usado!
De ver o trabalho feito
E não ter nenhum proveito
A não ser um ordenado
Que parecem esmolas a um condenado.

Estou cansado...
Mas não acabado
E sei que não posso desistir
Pois é tempo de agir
E mostrar com unhas e dentes
As provocações, são sementes
Que levam tempo a crescer
Mas que irão aparecer
E quando isso se passar
Muita coisa irá mudar...

Encontro-me pelo caminho...

Procuro ser eu,
Não me consigo encontrar
Já me perdi, no tempo
Onde estarei?

Parto em viagem
Para um lugar inacessível
Onde a única paragem
Parece ser o impossível.

Parto para o meu interior
Para o que sou, o que fui
E parto cheio de medo
Do que irei conhecer
E se irei reconhecer
O eu que lá estou a guardar.

Sigo a medo
Passo a passo
E vou em segredo
Ninguém sabe que o faço.

E assim vou-me conhecendo
Encontrando-me novamente
Vendo versões diferentes
Do que sou na realidade
Sendo todas elas verdade
Mas que não dou a conhecer
Ao Mundo...

Volto da viagem mudado
Mas continuo a ser eu
Apenas foi encontrado
O que nunca se perdeu.

5 de maio de 2012

Gonçalo!

Uma nova luz
Apareceu para guiar
É ela que agora conduz
Nossa atenção, nosso olhar.

É ainda pequenino,
Mas em breve irá crescer
Saiu outro menino!
Que mais poderia ser?

Foram longos momentos
De espera e ansiedade
Uma mistura de sentimentos
Até ao momento da verdade.

Foi preciso ir embora
Pela hora e o cansaço
Para ele vir cá para fora
E causar logo um embaraço.

Brindou a enfermeira
Com um sorriso bem rasgado
E abriu logo a torneira
Ficando tudo molhado.

Assim foi passado
Primeiros minutos do meu novo sobrinho
Que hoje será rodeado
De mimos, amor e carinho.

4 de maio de 2012

Sobrinho(a)

Vem ai mais um bebé
Uma sobrinha ou sobrinho
Não se sabe de que sexo é
Mas vem já a caminho.

Hoje é o dia
Para o nascimento
Uma explosão de alegria
Quando chegar esse momento.

Está tudo ansioso
Mais um membro está a chegar
O pai já está nervoso
Apesar de não o confessar.

A mãe prefere não pensar
Diz que ajuda na altura
Mas quando a dor começar,
Será uma grande aventura.

O telefone teima em não tocar
Vai-se tentando abstrair
Mas não se consegue desligar
Do bebé que está para vir.

É esperar pelo sinal
Que acabou de nascer
O bebé que afinal
Todos querem conhecer.

3 de maio de 2012

Estarei por cá...

Não é pensado
Pelo menos penso assim
Mas saio magoado
Quando és má para mim.

Pode ser inocente
Mas é mesma real
Não é recorrente
Mas quando é, é fatal.

Sei que não chegas a perceber
E que tenho de aceitar
Que é a tua maneira de ser
Mas podias tentar suavizar.

Tento estar contigo
Sempre que precisas de companhia
É isso que faz um amigo,
Transforma tristeza, em alegria.

Se por vezes não queres aceitar
Ou preferes ficar no teu canto,
Arranja forma de avisar
Sem a dureza, que magoa tanto.

Neste poema de improviso
Digo-te que estarei sempre presente
Se algum dia for preciso
E se quiseres ajuda, finalmente...

Livre!

Quero partir
Mas obrigam-me a ficar
Tento resistir,
Mas não me consigo soltar.

Estou preso a mim
Divido em dois
Tenho medo que no fim
Não haja o depois...

Cria raízes esse medo
Controla mente e vontades
Destrói-me aos poucos, em segredo
Transforma mentiras em verdades.

Medo que me faz paralisar,
Faz sentir o que não acontece,
Faz sofrer, faz chorar,
Ao ver que a esperança desaparece.

Esperança de me libertar,
De poder livre viver
Esperança de conquistar
O direito de eu próprio ser.

Exorcismo

Preso ao passado
Não consigo de lá sair
Ao que sinto, amarrado
Sem hipótese de fugir.

Deito-me, adormeço
Para em ti não pensar
Escondo, mas não te esqueço
Estás cá para ficar.

Tento expulsar-te da mente
Mas vives forte no coração
Lembrando-me constantemente
Dos nossos momentos de paixão.

Luto para tudo desaparecer
Mas acabo por recuar
Mais força pareces ter
Quando contra ti estou a lutar.

Esvazio-me dos sentimentos,
Que me estão a causar dor
Fazendo-me relembrar os momentos
Onde ainda existia amor.

Após este exercício
Sinto-me vazio, sozinho
E com algum sacrifício
Tento seguir o meu caminho.

Tenho novas estradas a seguir
Novos caminhos a percorrer
Finalmente vi-te partir
Poderei novamente viver.

2 de maio de 2012

Foste embora...

Sinto frio...
Não paro de tremer
Dentro de mim, um vazio
Que já não consigo esconder.

Tento disfarçar
Mas meu olhar não engana
Não consigo ultrapassar
A dor de dizer adeus a quem se ama.

Porque tem de ser assim?
Porque a vida é tão cruel?
Eras tudo para mim
Eras o meu pote de mel.

E agora estou sozinho
Mais amargo que consigo ser
Pois não tenho o teu carinho
E os teus beijos de prazer.

Não podia desistir
Mas não tive forças para lutar
Não devia ter-te deixado partir
Quando continuo a te amar.