9 de abril de 2012

Beijo de Mel

Procuro-te de noite na cama
Pronto para uma aventura
Com alguém que me ama
E me leva à loucura.

Chego e não te vejo
Onde terás metido?
Logo sinto um beijo
Que tinha sido prometido.

Um beijo com sabor a mel
Daqueles que me fazem arrepiar
E lembrar-me como és cruel
Quando os queres recusar.

Os teus olhos têm um brilhar
Com tamanha intensidade
Que me fazem desejar
Os nossos momentos de liberdade.

Liberdade das confusões
De ficarmos apenas tu e eu
E ceder às tentações
Que o teu corpo prometeu.

Avanças sedutora e segura
Despindo-me a  teu belo prazer
Aproveitando a altura
Para deixares marca, ao me morder.

Fico pronto a ripostar
Agarro-te com todo o desejo
E após a tua roupa rasgar
Sinto o mel de um novo beijo.

Nossos corpos vão-se fundindo
Cheios de desejo, como por magia
Dando asas ao que vão sentindo
Soltando a nossa rebeldia.

Marcas ficam para a lembrança
Desta noite sem precedentes
Criando, a fogo, uma esperança
Alojada em nossas mentes.

Regresso do abismo

Numa noite, bem no escuro
Sem luz para me guiar
Não sinto o meu futuro
Não tenho nada para me agarrar.

Perdido nos pensamentos
Caio num abismo sem fim
Já não tenho sentimentos
A fluir dentro de mim.

Ao longe um som a me chamar
Que me quer trazer de volta
É belo, a lembrar o mar
Mas nas suas ondulações, há revolta.

Já ninguém me espera
Para todos eu morri
A vida foi para mim, severa
Maldito dia em que nasci.

E por dentro vou morrendo
O cheiro a podre já se sente
Não posso ir vivendo
Sem ter controlo da minha mente.

Surge então uma luz guia
Que me faz recordar
Os momentos de alegria
Que vivi, por aqui estar.

Momentos em que a amizade
Foram maior que a rejeição
Em que se falou com sinceridade
Que se falou de coração.

Aos poucos vou emergindo
Da escuridão que me prendia
Pois essa luz vou seguindo
Ao som de uma melodia.

Uma melodia que me faz lembrar
De uma voz que era a tua
Quando a costumavas cantar
Na praia, à luz da lua.

E assim solto-me da escuridão
Com um futuro planeado
Entregar a ti o meu coração,
Ter-te sempre ao meu lado

(Desafio proposto pela minha amiga Nikita)

Guerra!

Num mundo em mudança
Onde tudo muda num segundo
Existe um momento de esperança
Que o ódio não seja profundo.

Esse ódio vai aumentando
Uma e outra guerra
Onde homens vão lutando
Pelo controlo da terra.

Esquece-se o povo inocente
E quem se devia proteger
Matando-se gente
A seu belo prazer.

Tudo para conseguir
Controlar o que não era seu
Sem nunca admitir
O erro que se cometeu.

Promete-se prosperidade,
Nova vida com democracia
Mas a única verdade
É que é tudo hipocrisia.

Sofre quem é invadido
Sofre que nada pode fazer
Sofre quem faz um pedido
De isto não voltar a acontecer.

Os pedidos serão ouvidos
E tomados em atenção!
Medos antigos serão vividos
Criando assim uma organização

Uma organização que promete lutar
Para que a paz possa manter
E com a guerra terminar
Onde estiver a acontecer.

Fui feliz um dia!

Fecho os olhos e choro
Não consigo controlar
Pois quem eu adoro
Já não está para me amar.

A dor não desaparece
Segue sempre no meu peito
Uma imagem que permanece
Linda como era, um ser prefeito.

Não me sais do pensamento
Mas lembrar-te faz-me sofrer
Pois recordo cada momento
Em que procurei te ter.

E ardo de raiva, de rancor
Por ter sido descuidado
E não ter aproveitado melhor
O tempo que tinha ao teu lado.

Agora foste embora
E nada pude fazer
Não está na minha hora
Mas custa-me te perder.

Fecho os olhos novamente
E tu sorris para mim
És produto da minha mente
Mas no desespero, quero-te assim.

Dessa forma perduras
Um pouco mais no meu coração
E vivo feliz nas minha loucuras
Nos meus momentos de ilusão.

Assim irei viver
Enquanto eu me aguentar,
Até ao dia em que morrer
E a ti, me juntar.

Férias com amigos!

Páscoa na terra
Onde melhor para se estar
Em pleno cantinho da serra
Para se poder descansar.

Manhãs para dormir
E aproveitar as tardes
Para se passear e divertir,
E reunir-se com as amizades.

A noite chega, por fim
Com as saídas para o bar
Os amigos juntam-se assim
Para beber e falar.

Novo momento de brincadeira
E copos a esvaziar
Começa a bebedeira
Que se estava a adivinhar.

Saem copos de cerveja
Com groselha ou traçada
Um ou outro que boceja
Enquanto não nos fazemos à estrada.

Já são horas de fechar
Foi uma noite de emoções
Onde se esteve a recordar
Momentos passados, com as mesmas sensações.