12 de janeiro de 2015

Acolhe-me em teus braços!

Acolhe-me nos teus braços
E deixa-me ai morar
Enquanto precisar
De me esconder do mundo
E me proteger
Deste ódio profundo.

Protege-me como antes
Quando éramos crianças
E nas nossas andanças
Me fazias arriscar
Em dar mais um passo
Mesmo que no embaraço
Me fizesses cair
E desatasses a rir
Das coisas que faço.

Mantém-me longe
Deste mundo cruel
Que já não sabe amar
Onde crianças inocentes
São obrigadas a lutar
Sem ter tempo nem vontade
De brincar, próprio da idade
Como costumávamos fazer.

Faz-me esquecer
Dos horrores que já vivi
Das más experiências que vi
Nos jornais, na televisão
Onde homens sem razão
Matam em seu belo prazer
Apenas por querer...

Acolhe-me no teu peito
E arranca o coração desfeito
De cada homem possuído
Por um negro ódio antigo
Onde um "irmão" é um alvo
Para abater ao acaso.

E se nada puder por fim
A esta vida ruim
Então acaba comigo
Tira a vida a este amigo
Que já não quer viver
Num mundo onde só querem sofrer
E causar sofrimento
A cada hora, em cada momento.

Aquela musica!!!

Finas cordas
Do teu violino
Vão-me embalando, baixinho
No teu som, sem igual
E de tal forma, natural
Que choro, em segredo
Esvaziando o medo
E enchendo-o de amor
Que vem de cor
Através da tua música.

Deixo-me levar,
pela letra da canção
E parte-me o coração
As notas falhadas
De uma corta partida,
Assim é a vida
Sem controlo
Ou moderação
E sem ter a intenção
Perde-se a melodia.

Vazio
Como o som que restou
Meu peito ficou
Por não te ouvir cantar
E assim encantar
Que te ouvia
Quem de longe te sorria
Por a alma nos tocar
Com a tua voz a vibrar
Nos nossos pensamentos...

E foram esses breves momentos
Que me fizeram perceber
O quanto posso perder
Se não ouvir mais
A musica que me mudou
E ao êxtase me levou.