28 de abril de 2016

Demónio Provocante!

Preso na solidão,
Que habita em meu ser
Não encontro solução
Para quebrar esta prisão
Que me impede de viver.

Que me prende a respiração,
E me impele a continuar neste sofrimento,
Sentindo esta fraca emoção,
Que não permanece no pensamento,
Nem me pede perdão.

Tento lutar,
Não cair em declínio,
Mas sinto algo a me agarrar
A aos poucos a me empurrar
Para o teu abraço de domínio.

Para o sufoco da carência,
Da loucura e da demência,
No longínquo obscuro abismo,
Que ataca meu cepticismo,
Com amargura e irreverência.

E me deixa desarmado,
A cada investida
Sabendo que sou usado,
Um brinquedo maltratado,
Para te manter entretida.

Demónio provocante,
Insatisfeita, possante,
Que vagueias nesse submundo,
Como um ser vagabundo,
Que me prende dilacerante.

Não me irei render
Tentarei lutar
E assim reivindicar
A vida que me tens tirado
Neste asilo forçado.

Em participação com a Ana Goulart!