31 de dezembro de 2014

Abismo interior

Deixa-te cair nesse abismo
Que te envolve num abraço
E no seu regaço
Te permite chorar
Sem medos, expressar
Todos os sentimentos
Que inundam teu coração
E que por alguma razão
Te fazem afundar
Numa tristeza sem fim.

Entrega-te às sombras
E ai permanece
Enquanto a tua mente esquece
Todas as dores do passado,
Cada amor, mal amado
Que criou cicatrizes
Impossíveis de sarar
E que continuam a minar
Teu coração de ódio.

Deixa-te consumir
Por toda a podridão
Que por alguma razão
Te foi possuindo
Sem que conseguisses encontrar
Uma forma de a travar
E te controlar por completo.
Deixa que desapareças
Que sejas despedaçado
Por todo o desespero
Que te tem controlado

Mente Vs Coração

Sou um ser ausente
Que tenta viver
Sem nunca se entregar
A um sentimento
Que não compreende
Nem sabe como tratar...

Fecho-me na mente
Sem a perceber
Como realmente sente
O que cada momento
Lhe tem para oferecer...

Tento estudar meu coração
Para justificar a emoção
Que se espalha no meu corpo
Quando simplesmente te toco
Mas uma vez mais
Sem perceber o que rodeia
Meu corpo tanto te ama
Como te odeia
Apenas por me deixares assim
Sem controlo sobre mim...

E revolto-me
Contra a mente o coração
Que sem uma simples razão
Não se conseguem entender
Não sabendo o que fazer
Perante uma paixão
Que teima em me aproximar
Para logo a seguir me odiar.

Já não sei quem seguir
Em quem devo acreditar
Se num coração que se entrega,
Ao sonho de amar
Se uma mente que procura
Mesmo sem haver razão
Num motivo forte
Para ao amor dizer que não.

Arrisca!

Deixa-te levar
Não olhes para trás
É altura de arriscar
E ver o que a vida te trás...

Para de te esconder
Num canto sombrio
Não sabendo o que é viver
Tendo o coração vazio...

Entrega-te!
Arrisca!

Procura os teus desafios
A tua meta final
Vai alcançando passo a passo
A tua experiência real.

Não tenhas medo de errar
Servirá para aprender
E quando a viagem terminar
Poderás para trás olhar
Sem teres nada para te arrepender.

Deixa-te guiar
Ao sabor dos sentimentos
E desfruta dos momentos
Sem pensares no que poderá vir.

Quando abrires os olhos,
E observares o tempo que passou
Não te lembrarás dos erros
Mas do que de bom ficou
E num canto escondido
Irás sempre te arrepender
Do que por medo ou falta de força
Deixaste de fazer...

29 de dezembro de 2014

Aquela musica!

Vagueando
Pelas notas da tua musica
Vou dedicando
A minha atenção
Na melodia da tua canção
E a forma, como a tua interpretação
Transforma cada palavra
Numa inesperada emoção.

Vou descobrindo
Sentimentos escondidos
Em cada verso cantado
Por um violino acompanhado
Como algo de divino
Que não pudesse ser inventado.

Deixo-me embalar
Fecho os olhos para sentir
Meu corpo a vibrar
A cada mudança de ritmo
A cada batida, pulsação
Faz palpitar meu coração
De uma forma que não imaginaria
Que uma musica conseguiria
Me atingir...

E assim, espantado
Sonho acordado
A ouvir novamente
A melodia crescente
Que nos meus ouvidos se perpetua
Como uma tela nua
Onde posso escrever
O que me leva a sentir
Quando a estou a ouvir.

26 de dezembro de 2014

Presa no passado

Presa no passado
Como uma lembrança qualquer
Esqueci-me de ti criança
Encontrei-te como mulher.

Nada o fazia prever
Já que tinha esquecido
Mas ao voltar a te ver
Veio um sentimento perdido.

São muitas as recordações
De um tempo que passou
E muitas emoções
Que o vento levou...

Mas voltar a falar contigo
Fez-me recordar
Dos tempos em que ser amigo
Era pouco, para mim...

E agora estás aqui
Tanto tempo que passou
E o que sinto é estranho
Mas algo desse tempo ficou.

Não sei o que penso
Nem o que quero para mim
Mas ver-te é um recomeço
De uma história que não sei o fim.

Se me deixar levar
E viver o que sentia
Não importa o tempo que durar
Uma vida, ou um dia...

Será o tempo que for
Um momento especial
Desde que o viva intensamente
E de uma forma natural.

Entregue às drogas!

Perdido
Sem rumo
Todas as noites me afundo
Em várias drogas
Acompanhadas de borgas
Que me deixam de rastos...

Sem amigos, abandonado
Consumo ecstasy, sou um drogado
E sem ter para onde ir
Só me quero fundir
Com o canto onde me deito
Como eu, desfeito,
Sem hipótese de remendos.

Camisa rasgada
Cada sapato diferente
Calças de gangas rasgadas
Em todo o lado, menos à frente
E um boné sujo
Que aproveito para estender
Para as pessoas que passam
Dêem dinheiro para a droga
E se der, para o comer...

De noite,
Nem ninguém por perto
Escondo-me num canto algures
E choro baixinho
Por ter escolhido este caminho
E ter enterrado meu coração
Substituindo por um preto carvão
Que me alimenta de ódio
E um ruim sentimento
Que a qualquer momento
Me fará parar
Num beco sem respirar.

Amor sombrio!

Sombrio o sentimento
Que me queima por dentro
E transforma esta paixão
Num outro sentimento
Que sem intenção
Me toma por completo.

Meu corpo
Já não o consigo controlar
Desde que nossos olhos
Se cruzaram naquele olhar
E mesmo calada
Te ouvi dizer
Que sofreria
Por não te ter...

Negro
O meu futuro revejo
Devido a um beijo
Que ousei te dar
E sem me importar
No que pudesse acontecer.

Agora sofro calado
Sem coração a bater
Por o teres arrancado
E a teu belo prazer
O usado
Para no fim colocares de lado.

Hoje,
Sem já saber quem sou
Quem fui no passado
Vejo o amor transformado
Num inferno privado
Onde tenho vivido.

23 de dezembro de 2014

Coração desfeito!

Rasga-me o peito
Arranca-me o coração desfeito
Consumido pelo ódio e o rancor
De um pérfido amor
Que o levou à exaustão.

Solta-me desta loucura
Que só me atormenta
E se alimenta
De todo o meu ser.

Destrói cada lembrança
Cada sorriso, cada abraço
E deixa-me ao acaso
Para sofrer em solidão
Essa maldita paixão
A que me entreguei.

Apaga da memória
Cada pedaço da história
Que vivi, que passei
Onde fui amado e amei
E deixa-me vazio
Um corpo inanimado e frio
Como o meu coração
Sem nenhum emoção
Para com a vida...

E deixa-me
Largado a canto qualquer
A afogar as minhas mágoas
E esquecer essa mulher
Que com todo o prazer
Me atirou do abismo
Para a sombria realidade
Que o amor de verdade
Não existe quando se quer.

És parte de mim

Nunca te vi
E já me fazes sorrir
Fazendo pensar 
No que está para surgir
Quando a hora chegar.

Sinto-te mexer
A crescer,
Lentamente a desenvolver
Toda a personalidade
Que com a idade
Te irá moldar
E te tornar
Cada vez mais perfeita.

És, 
Ainda que não o saibas
A minha eleita
Para cuidar do meu coração
Que salta de emoção
Quando te ouve bater
Ou te pode ver
Ainda que através de um ecrã.

E no dia
Em que te abraçar
Decerto vou chorar
Por te ter nos meus braços
E esquecer-me dos acasos
Que me trouxe até ti.

Nesse dia,
Iniciará um novo ciclo
Que nunca vai terminar
Onde serás o centro
De qualquer acontecimento
Leve ele onde te levar.

19 de dezembro de 2014

Morte do poeta!

Negra foi-se transformando
A minha poesia
Sem um rumo ou direcção
Esfumou-se a inspiração
Num sopro sombrio

A alegria
De escrever do coração
Perdeu-se num dia
Em que a escuridão
Tomou conta de mim
Que ditou o fim.

Coração esse
Que agora é pedra
E teima em se quebrar
Deixando em mil bocados
Os sentimentos passados
E que não hão-de voltar.

A caneta
Já teima em não escrever
Enterrando o pensamento
Que julgava não existir
Quando me queria exprimir
De um qualquer sentimento.

Enterro,
A caneta
O papel
Os versos
Os poemas
Por uns tempos apenas
Com um desgosto
De não poder continuar
A escrever o que sinto

Fúria em mim!

Preso
A correntes invisíveis
Na minha mente
Fico exposto
Com medo no rosto
Por não me conseguir mexer.

Indiferente
Ao perigo eminente
Que se aproxima
Forço a quebrar
O que me está a prender
Sem nunca perceber
Que não me querem forçar
Apenas proteger.

Galopante
Em fúria
Aproxima-se num negrume
Um ódio estampado
Impossível de conter
Promete-se vingar
E para sempre acabar
Que o fez sofrer...

Paralisado
Ao ver o meu destino
Sem poder fugir
Vou-me encolhendo
Sentindo o medo
Apoderar-se de mim
À medida que conto
O passar do tempo
Para o meu fim...

Desesperada
A fúria sente o meu cheiro
Percorre cada beco
Para me encurralar
Mas segue frustrada
Por de forma inesperada
Não me encontrar.

E então liberto-me
Sem perceber o que aconteceu
E de novo sou eu
Sem um pingo de remorsos
Ou de raiva crescente
Vivo de novo intensamente
Como se cada segundo já não fosse meu.

16 de dezembro de 2014

Beija-me!

Beija-me
Diz que me adoras
Mesmo que não estejas a sentir
Que eu preciso de o ouvir
Mesmo que estejas a mentir.

Beija-me
Faz-me recordar os momentos
Em que havia felicidade
E expunhamos sentimentos
Sem qualquer dificuldade.

Beija-me
Mostra-me o que é amar
Que apesar de te ter feito sofrer
Pior é me perder
Do que me odiar.

Beija-me
E abraça-me lentamente
Deixando o tempo passar
Levando a que a nossa mente
Se sinta indiferente
Ao que nos está a rodear.

Beija-me
Como se fosse a ultima vez
Pois quando acordar
E perceber que sonhei
Vou me lembrei
Que estupidamente te deixei

Não vai haver esse um beijo
Que me faz sentir melhor
E apague este desejo
Desejo que se transformou em amor.

9 de dezembro de 2014

A dor que nunca sentiu

Era uma vez
Um pequeno escritor
Que não sabendo o que escrever
Escrevia sobre a dor
Que não estava a sentir
Mas que sabia exprimir
Como se a estivesse a viver.

E vivendo na ilusão
De tudo o que escrevia
Por vezes sentia
A mágoa das palavras
Como se fossem reais
E as dores naturais
De quem, sem ter vivido
Tinha deveras sentido.

Sem conseguir separar
A escrita, da realidade
Amou de verdade
Sem nunca amar
E de coração partido
Magoado, enegrecido
Deixou de viver
Sem nunca se aperceber
Que apenas escrevia
E nada disso sentia.

E assim,
Quando o amor chegou
Não se apercebeu
Pois o coração parou
De querer se apaixonar
Não por já ter sofrido
Mas por ter sentido
O que o escritor escreveu
E assim morreu,
Sem ninguém entender,
Um amor, antes de nascer.

5 de dezembro de 2014

Perguntei ao tempo...

Perguntei ao tempo
Quanto tempo tinha para amar
Ele disse-me que um segundo
Deveria bastar...

Que nada é eterno
Nem poderia ser
Mas um amor bem vivido
É o melhor que se pode ter...

Voltei a perguntar ao tempo
O que precisava para ser feliz
Ele respondeu-me baixinho
Ficar satisfeito, com o que sempre quis...

Pensei no que me disse
Para então perceber
Que a felicidade estava ao meu lado
Mesmo sem eu a ver...

Questionei mais uma vez ao tempo
Quanto tempo tinha para aproveitar
Ele mostrou-me, sem esperar
Que tinha passado o momento...

Só então me apercebi
O tempo que perdi
Procurando o que não precisava
Perdendo o que sempre quis
E quem amava...

4 de dezembro de 2014

Vive sem limites!

Solta-te
E deixa o conforto
A que estás habituado!

Muda de lado
De local, 
De posição.
E deixa a razão
Ser afundada
Dando largas à vontade
De fazer a loucura desejada.

Quebra as amarras
Que prende o teu espírito
E deixa-te vaguear
Para onde o coração mandar
Sem ter medo do erro
Do fracasso
Do insucesso, 
Apenas te peço
Por uma vez, tentar!

E não te inibas
Nem te envergonhes
Com o que possam pensar.
És livre de seres quem és
Esteja ou não o mundo aos teus pés
És assim para ti
Não para te dizerem bem
E tenta ser feliz
A tal felicidade que ninguém tem.

Vive nas tuas regras
Sem ligares ao que te mandam fazer
E vive a tua viva
Como ninguém ousa viver.

E quando tudo parar
Teu coração parar de bater
Olha para trás,
Para recordar
Tudo o que a vida te permitiu fazer.

3 de dezembro de 2014

Vento, leva-me contigo!

Vento
Leva-me contigo
Para lá do pensamento
E encontra-me um abrigo
Onde, num abraço dum amigo
Me possa perder no tempo.

Deixa-me soltar
Deixar partir a minha mente
E ser indiferente
Ao mundo que me rodeia
Que me ama, que me odeia
Sem ter feito nada para isso.

Abraça-me e protege
Do que não consigo compreender
E faz-me entender
O que posso mudar
Sem ter que magoar
Quem me quer bem.

E no fim, 
Traz-me de volta
Para o mundo que vivo
E não sendo o paraíso
É onde quero estar
E aqui demonstrar
De que sou feito
Um ser imperfeito
Pronto para amar.

E se não for suficiente
Para os demais
Percebam neste instante
Que a única coisa importante
É viver livre,
Sem imposições irreais.

29 de novembro de 2014

O meu canto!

Respiro
Este ar puro
Que tanto procuro
E pelo qual me inspiro
Para escrever...

É o meu canto
Onde me resguardo
E nele aguardo
Pelo encanto
Que é te ver...

Um local secreto
Onde me posso expressar
Sem ninguém me julgar
E sem ter nada em concreto
Ter tudo o que quiser...

Uma paisagem
Um sorriso
Um pequeno paraíso
Que não seja miragem
E que possa reter...

Uma lembrança
Guardada no meu peito
Que ainda que desfeito
Renasce com a esperança
De te voltar a ter...

Respiro novamente
E volto ao mundo
Com um sentimento profundo
Que sei exatamente
O que devo fazer...

27 de novembro de 2014

Lento!

Lento!
Assim mexe meu corpo
Ao dançar junto ao teu
Ouvindo aquela musica
Que sem a conhecermos
Nos tocou
Nos ligou.

Lento!
O teu movimento de cintura
Que me prende o olhar
E na loucura
Me faz desejar
Ter-te colada a mim
Como um corpo só

Lento!
É o teu olhar
No meu...
Onde perco a respiração
Onde pára o meu coração
Com o desejo de te beijar.

Lento!
Os teus lábios nos meus
Procurando cada canto
Para tocar
Para provar
O sabor
Que recusavas partilhar.

Lento!
O tempo que passa
Sem te poder novamente tocar
O olhar no relógio
Que de alguma forma parado
Teima em não andar.

Lento!
E quebrado
O ritmo estragado
Sem musica,
Sem momento
Acabou-se o sentimento.

Acelerou o compasso
E sem saber qual o próximo passo
Ficamos parados
Sendo lentos a reagir.

26 de novembro de 2014

Dizem que não sinto...

Dizem que não sinto...
Que não sei o que é amar
Que finjo constantemente
Criando uma imagem na mente
Que não chegou a existir...

Dizem que não sinto
Que não me sei entregar
E que estrago no que toco
Que aperto e sufoco
Sem resistir...

Dizem que não sinto
Que não tenho coração
Apenas um pedra que endureceu
Que em algum momento morreu
E perdeu a paixão...

Dizem que não sinto
E só faço sofrer
Que no meio da viagem
Estrago tudo à minha passagem
Até o que crio, morrer...

Dizem que não sinto!!!
Mas que podem saber
Se estão demasiado ocupados
Para me conhecer?

Dizem que não sinto!!!
Mas não se deixam tocar
Afastando quem os procura
Sem uma hipótese dar...

Dizem que não sinto!!!
Mas estão enganados
E não tenho que provar
Que o que sinto por dentro
É um tal sentimento
Que nem sempre se consegue escrever
Nem mostrar, apenas viver.

Dizem que não sinto!!!
Mas não se permitem sentir
E serem amados
Ficam assustados
E resolvem partir.

22 de novembro de 2014

Luto por um objectivo

Tento me explicar ao mundo
Mas qual a intenção?
Sou quem sou com muito orgulho
Tenha ou não razão.

Luto pelo que quero
Sem pedir nada a ninguém
Não espero que nada seja dado
Nem agrado outros quando convém.

Posso parecer distante
Mas é pura ilusão
Apenas um visão diferente
Uma outra direcção.

Preciso de traçar um rumo
Pois o destino está marcado
E não tenho de passar por cima
Para chegar ao planeado,

Oiço o que me dizem
Mas não molda quem eu sou
Podem por todos os entraves
Que sei bem para onde vou.

Quando lá chegar
E essa meta atingir
Convido-vos para verem quem vos vê
Quem não perde tempo a fingir
Ou a fugir
Do que tem medo de alcançar.

20 de novembro de 2014

Chuva que cai!

Chuva
Que cai nos vidros
E faz sonhar...

Transporta
Para outra dimensão
Onde cada pingo que cai
Faz parte de uma canção.

Uma canção que embala
E me deixa a pensar
Que cada gota que toca
Uma verdade transporta
Que não sei decifrar.

Um mistério,
Um mundo de possibilidades
Onde cada verdade
Se mistura numa tempestade
E nos faz sentir
Que a musica que estamos a ouvir
É uma só realidade.

Chuva
Que me molha, delicada
Faz-me sentir acordada
Para o que a vida tem para dar.

E leva-me,
Como levas a água
A descobrir o mundo
E o sentimento profundo
Que ainda está para chegar.

Chuva
Que cai nos vidros
Deixa-me sonhar
Para esquecer a realidade
E a meia verdade
Que me fizeste acreditar
Enquanto teu som ouvia
E a musica se sentia
No carro a tocar...

17 de novembro de 2014

Nunca foste de verdade!

Nunca foste de verdade
E foste desaparecendo
O teu cheiro desvanecendo
Ao sabor do vento
Perdi o alento
De te encontrar
Não foste real
Porque haveria de tentar?

O teu sorriso brilhante
Que me prendia nesse instante
Não voltei a encontrar
Mas pensando no fundo
Perco mais que um segundo
Para me conseguir lembrar
Que esse brilhar
Não existiu realmente.

Os traços do teu rosto
Os olhos que me falavam
Não existiam,
Não me tocavam
Como pensei tocar.
E se é difícil não te falar
Começo a perceber
Falar com quem
Se esse alguém preferiu morrer
A se entregar ao amor.

Trouxe dor
A um ferido coração
Que se tornou de pedra
Sem perceber a razão
Que levou a se entrar
A quem não podia amar
Pois não eras real
Não eras a tal
Por quem deveria me entregar.

14 de novembro de 2014

O amor, Uma partilha a dois!

O amor
Uma partilha a dois
Que deverá ser constante
Sem nunca desistir
É um sentimento brilhante
O melhor que podia existir

Tem altos e baixos
Num conhecimento continuo
Sem nunca se dar por satisfeito.
Tende a ver o lado positivo
De cada pessoa
E tornar menos perceptível
Cada defeito.

Um caminho
Para ser caminhado de mãos dadas
Escolhendo as batalhas
Dia a dia
Para sempre manter
A chama arder
E fazer ver ao outro
Que o mundo é diferente
Quando ela não está presente.

E se algum dia
Te deixar partir
Não será por não te amar
Mas porque o teu sorrir
É mais importante
Que este sentimento constante
No meu coração.

Será por não termos sabido lutar
E não por não te amar
Por termos sucumbido à descrença
Nos que dizíamos sentir
E entrarmos pelo caminho
Que é mais fácil seguir
Mas que nos leva a um destino
Que não é o amor
O desejo, o calor
Que dizias partilhar
Comigo!

12 de novembro de 2014

Não partas!!!

Toca-me
Não partas!!!
Faz-me sentir
Que estás ao meu lado
Ainda que para isso
Não possa estar acordado...

Abraça-me
Não fujas do sentimento
E aperta-me como se o momento
Nunca mais fosse acontecer.

Olha-me
E sorri para mim
Mesmo que seja o fim
Do que temos vivido
Pois terás um amigo
Neste homem que te quer
Seja qual o futuro
Que a vida nos der.

Beija-me
E faz-me vibrar
Com cada beijo teu...

Leva-me ao céu
A cada encosto dos teus labios
A cada beijo partilhado
Como se fosse o primeiro
Como se nunca tivesse amado.

E não desapareças...
Não leves o meu coração
Que de olhos vendados te dei.

Não desistas...
E quebres esta paixão
Que nos faz cometer loucuras
Mas faz bater o coração
Que já não vive sem as tuas ternuras.

Tira-me o coração!

Tira-me o coração
Que se desfaz no meu peito
Já não ama, não tem emoção
É uma pedra com defeito.

É algo poço de amor
Sem ninguém para o receber
Uma caminhada de dor
Que já não quero fazer...

É um entregar por inteiro
Quando não merece metade
É acreditar que o que sente
É a única realidade...

Mas não és real
E talvez não tenhas sido
És um pedaço de mal
Que me tem entristecido.

Para que quero este coração
Se já não sabe amar
Tira-o de dentro do meu peito
Faz esta dor parar...

Fica com ele
Já não o quero mais para mim
Essa pedra, fria e dura
Essa pedra que foi o meu fim.

5 de novembro de 2014

Linha que nos une!

Sonhei ter-te perdido
Quando nao soube de ti
E algo em mim tinha morrido
Por algo ter chegado ao fim.

Desejei-te te falar
Mas não fui capaz
O orgulho ou o medo
Foi uma arma eficaz.

Ouvir-te fez-me sonhar
Sorrir novamente
Fez-me acreditar
Num futuro, num presente.

Pensar dia a dia
Para voltar a unir
Uma linha bonita
Que fiz destruir.

Uma linha que nos une
Sem qualquer explicação
Que nos permite trocar qualquer coisa,
Receio, angustia, alegria ou emoção

3 de novembro de 2014

Amor apagado!

Se gostas de mim
Como dizias gostar
Como foste esquecer
Como me amar?

Como é possível
Seguires em frente e sorrir
Sem te lembrar do meu nome
Do que me fizeste sentir?

Terei sido apenas
Uma doce ilusão
Ou estarei algures guardado
No teu coração?

Não consigo entender
Como tudo acabou
E ver nos teus olhos,
Que brilhavam,
Que algo mudou.

Já me esqueceste?
Ou vives a me esquecer?
Se é assim contigo
Ensina-me, por favor
Para parar de sofrer...

Penso todos os dias
No amor que partilhamos
Que sinto, como se fosse hoje
Os sorrisos que trocamos.

Mas parece tão distante
Esse sentimento passado
Como se uma amnésia se tratasse
E este amor tivesse apagado! 

29 de outubro de 2014

Toque do teu corpo

Encosto-me ao teu corpo
Sinto o teu calor
E sem saber o que sinto
Sinto uma especie de amor.

Um carinho especial
Que cresce com o tempo
Algo sem igual
Que me dá novo alento.

Uma alegria
Que me contagia
Durante o dia inteiro
Algo bom, verdadeiro.

E assim me perco
Encostado em tua pele
Deixando-me adormecer
Neste sonho de papel.

Que quero tornar real
Que quero poder tocar
Que continue especial
Em qualquer forma de te amar

28 de outubro de 2014

Continua a apertar o cinto!

Todos a apertar o cinto
Para um bem nacional
Mas no fim fazemos as contas
E vemos que está tudo igual.

A viver cada vez pior
Com os empregos em risco
No governo estão na maior
Não têm nada a ver com isso.

A vida vai degradando
Basta observar
Nas ruas, os pedintes
Não param de aumentar.

É hora de mudança
Por algum lado temos que começar
Precisamos de uma liderança
Que não nos queira aldrabar.

Encher os seus bolsos
E dos amigos também
E que vier, que se arranje
A culpa não é de ninguém..

E se se virem apertados
Há sempre uma solução
Vamos buscar ao Zé Povinho
O seu ultimo tostão.

27 de outubro de 2014

Fecha-te ao mundo!

Fecha teu coração
E deita fora a chave
Deixando-o encerrado
Cada vez mais isolado
Para desaprender de amar
E deixar de sofrer
Para por fim de soltar
Dessa rede de poder...

Fecha os olhos
E venda-os para sempre
Para que não possas admirar
E assim cobiçar
Algo que não te pertence
Nem te pode pertencer
Algo que nunca será teu
Por muito que possas merecer.

Fecha os lábios
E amordaça a vontade
De expressar opinião.
Deixa que essa sensação
Desapareça sem falares
Para não arriscares
A ser mal compreendido
E em vez de um ombro amigo
Ganhares onde desilusão.

Junta as mãos
E prende-as com uma corda
Para não tocares em nada
Nem caíres na tentação
De te aproximares demasiado
E ser arriscado
Tentares dar a mão.

No fim...
Fecha-te ao mundo
Ele esquecerá de ti
E tu esquecerás o sofrimento
Que te deu, em cada momento
E viverás isolado
Mas pelo menos, por ti amado
Até nem tu mesmo
Te conseguires aguentar.

Recorda sem te prenderes...

Sorri
E deixa-te contagiar
Com as coisas boas
Que a vida pode te dar...

Não percas tempo
A pensar no passado
Nem um pensamento
No que não pode ser mudado.

Segue em frente,
Sem nunca olhar para trás
E abraça novos desafios
Que a vida te traz.

E se algum dia parares
E quiseres recordar
Faz isso de forma
A que não te possa magoar.

O passado é importante
Para te moldar
Mas não passa de história
Para um dia contar...

Te fazer sorrir
De tudo o que viveste
E no fundo sentir
Que em tudo, algo aprendeste.

Olha para o presente
Vive o dia a dia
E guarda na mente
O que te dá alegria.

22 de outubro de 2014

Falar sem pensar!

Digo coisas sem pensar
Mesmo que nao esteja a sentir
Acabo por te magoar,
Magoando-me a seguir.

Perco o que conquistei
Num segundo, num momento
E a amizade por qual lutei
Foi assim embora, com o vento.

Desculpa por ser assim
Meio tonto, meio infantil
Mas queria apenas no fim
Ser um pouco mais útil...

E não te consigo compreender
Ou pareço não tentar
E sem saber o que fazer
Acabo por te magoar...

Vou te dar o espaço
Que criei sem intenção
E esperar por uma aberta
Para ter de novo tua atenção.

E quando isso acontecer
Um sorriso vou abrir
Por voltar a te falar
E conseguir te fazer sorrir

21 de outubro de 2014

O Abismo

Preso no teu olhar 
Sem saber o que sentir
Pus-me a pensar
No que fazer a seguir.

Tentar te encontrar
Conhecer-te por fim
E tentar perceber
O efeito que tens em mim. 

Mas como isso é possível 
Se não te conheço bem
Será tudo imaginação?!
Já nem eu sei...

Sei que não és indiferente 
E sonho com o teu sorriso
Uma partida da mente 
Que não consigo explicar.

Mas por mais que caminhe,
Não consigo evitar 
O abismo que existe 
E teima em nos afastar

16 de outubro de 2014

Novos laços

Bate o coração
Ainda que não o possa ver
Bate acelerado
Na ansiedade de viver...

Vive, protegido
Ainda longe deste mundo
E mesmo assim,
Sem saber
De nós tem um amor profundo.

Vai crescendo, escondido
Sem que ninguém possa ver
E ficamos ansiosos
Para te poder conhecer...

Vamos vendo, de outras maneiras
Tentando te imaginar
Sonhado já com as brincadeiras
Quando a este mundo chegar...

Mas por agora é batimento
Que nos faz arrepiar
És tu, quem nós ouvimos
E queremos abraçar...

Cresce, com saúde
Nós por cá, esperaremos
Daqui a pouco,
Mais uns meses
Estás por cá, como queremos.

E nessa altura, sim
Poderemos te observar
Vendo como és lindo
Como já o és, quando estou a sonhar.

14 de outubro de 2014

Forçada a esta vida!

Tua respiração
A tocar no meu pescoço
Deixa-me sem reacção
Uma sensação que não gosto...

Teu sorriso provocante
Tentando me humilhar
Faz-me sentir raiva
Faz-me, por fim, chorar.

Sinto-me impotente
Sob o teu controlo
Fecho-me na minha mente
Tentando me sentir a salvo.

Abusa de mim
Uma e outra vez
E deixa-me ao abandono
Como sempre fez.

Já passaram anos
Desde que tudo terminou
Mas na minha mente insana
Foi como só agora começou.

Sinto-te a tocar-me todos os dias
Daquele jeito nojento
E choro uma vez mais
Lágrimas que deito ao vento...

E é ao vento
Que me entrego por fim
Caindo num abismo
Feito para mim.

Num abismo de dor
Que nunca vou esquecer
Um caminho saída
Que fui forçada a percorrer!

9 de outubro de 2014

Segue o teu caminho!

Entrega os machados
E acaba com a guerra interior
Olha para ambos os lados
E enterra a dor...

Segue em frente,
Desliga-te das distrações
E deixa as emoções
Toldarem a tua mente.

Deixa-te vaguear
Para o mundo que é teu
E deixa de viver uma paixão
Sem futuro, que já morreu.

Entrega-te ao presente
Sem esqueceres o futuro
Mas esquece o passado
Entregando-o ao escuro.

E deixa-o permanecer ai
Sem nunca olhares para trás
Segue o teu coração
Vendo o que ele te traz.

Une o pensamento
Com o que estás a seguir
E aproveita o momentos
Que estás a sentir.

Abraça a tua vida
E o que vem a caminho
Aproveitando cada momento
Com amor e carinho.

5 de outubro de 2014

Não percas tempo...

Abraça com força
E recorda...
Grava na tua mente
A força desse abraço
Que num acaso
Aconteceu...
E lembra-te
Que um dia pode partir
E nunca mais acontecer
O aconchego desses braços
Para te receber.

Aproveita
O sorriso, o carinho
E num tempo vizinho
Esforça-te para não o perderes.
Agarra com empenho
Todo e qualquer momento
Que possas desfrutar
Da companhia
Do apoio
Que esse alguém
Tem para te dar.

Um dia,
Sem que apercebas disso
Vais olhar para trás
E perceber que desapareceu
Que esse sorriso morreu
Os braços desapareceram
E os abraços reconfortantes
Não têm a força que tiveram
Para te fazer sentir seguro
Para te sentires em paz
Para te dar a força necessária
Para seres quem tu és capaz.

2 de outubro de 2014

Hiberna e renasce!

Fecha-te numa concha
E esquece o mundo
Concentra-te e emerge
Num nono profundo...

Deixa-te levar
Pela incerteza e a dor
Esquece o que te rodeia
A amizade e o amor.

Entrega-te à solidão
Faz dela tua amiga
E entrega-lhe o coração
Até cicatrizar a ferida...

Renasce!
Rompe com o passado
E deixa para trás
O que tem destroçado.

Imerge dessa latência
Onde tens vivido
E dá ouvido
À tua consciência.

Recomeça de novo
Com tudo para aprender
Mas não esqueças o passado
E o que ele teve para te oferecer.

Guarda os ensinamentos
Que te fizeram crescer
E cria novos momentos
Que te permitam viver.

Viver uma nova vida
Onde possas amar
E ser novamente amado
Sem ter nada que sacrificar.

1 de outubro de 2014

Solta tudo...

Solta tudo o que tens ai dentro
E deixa-te levar
Não importa o sentimento
O local ou o momento
Apenas relaxar.

Esvazia a tua mente
E mete tudo em pratos limpos
Seja a escrever ou a falar
Alguém vai te ouvir
E conseguir te aconselhar
Para onde deverás seguir.

Liberta-te dos medos
Dos receios, dos segredos
E limpa o pessimismo
Que tomou conta de ti
Levando-te para o abismo.

Limpa,
Clarifica os pensamentos
E entrega-te de coração
Sem pensar em mais nada
E dá, a essa alma apaixonada
Uma razão de viver
Uma razão de ser amada.

29 de setembro de 2014

Reencontro!

Olhei-te nos olhos
Que tudo pareciam dizer
E vi lá no fundo
Que estavas a sofrer.

Por não me teres contigo
Por estar ao pé de ti
Por apenas teu amigo
Não chegar para mim

Pediste um abraço
Respondi com um beijo
Mais forte do que eu
Cedendo ao desejo.

E vi-te sorrir
E chorar de seguida
Por fazer-te sentir
A dor que estava esquecida.

A dor de me amares
E de eu te amar também
Mas no fim não me teres
E seres de mim refém.

Desculpa ter aparecido
E voltado a te amar
Devia ter ficado escondido
Até a dor passar.

Mas não fui capaz
E continuo a te querer
Mesmo sabendo que tudo
Nos fará novamente sofrer...

24 de setembro de 2014

Sentimentos contrários

Sentimentos contrários
Habitam no meu coração
Fazendo-me perder a cabeça
E com ela a razão...

Faz-me sonhar
Com a total felicidade
Para momentos seguintes
A tristeza, ser a verdade...

Meu espirito vagueia
Sem encontrar o caminho certo
Sem seguir um unico rumo
Sem fazer o correcto.

E com isso,
Sofro sem ansiedade
Por não viver o presente
Sempre a pensar no futuro
Futuro esse, ausente.

Que caminho seguir?
Que decisão tomar?
São várias hipoteses
Que me fazem duvidar
Se alguma que eu escolha
Seja a correcta
Ou apenas mais uma porta aberta
Para eu me enganar.

Dá-me uma orientação
Ou deixa-me de vez
Para que triste ou feliz
Possa ser eu novamente.

11 de setembro de 2014

Sem te ver...

Fecho os olhos
Suspiro!
E recordo o teu cheiro
Que tende a desaparecer
Com a ausência ao meu lado.

Fecho os olhos
E sinto-te ao meu lado
Sonho, acordado
Como se não tivesses partido
Como se a vida não te tivesse fugido
Por entre os dedos
Naquele dia.

Fecho os olhos
E vejo o teu sorriso
Minha fonte de força
Que agora perdi
Mas que nunca esqueci.

Fecho os olhos
E quero mante-los assim
Para te ter perto de mim.

Fecho os olhos
E que fiquem assim fechados
Por mais um momento
Para todo o tempo
Para me juntar a teu lado.

4 de setembro de 2014

Das cinzas faço-me gente...

Das cinzas
Onde me fui encontrar
Encontro o que necessito
Para me levantar.

Junto o básico
Que trazia do passado
Mais amigos e família
Que sei que tenho ao meu lado.

Aos poucos,
Vou-me aos poucos descobrindo.
Crescendo,
Arriscando
E ao mundo, me abrindo.

Volto a confiar,
A entregar-me por inteiro
Volto a amar
E a desafiar-me sem receio.

Aprendo a ser Eu
Como um Eu que nunca quis ser.
E aprendo a errar, aprendendo
Finalmente o que é viver.

3 de setembro de 2014

Ponto final!

Ponto final!
Assim fico decidido
Serei um amigo
Como outro qualquer.
Um que bem te quer
Sem te voltar a magoar
Que estará presente
Sempre que estiveres
A precisar.

Ponto final!
Para o que dizias sentir
Sem estar a mentir
Ou achar o que dizer.
É tempo de viver
Sem receio de falar
Sem receio de magoar
Quem não quero fazer
Nenhum mal.

Ponto final!
Para o que mais houver
O que se possa dizer
Para quem quiser
Ou que possa escrever.

Ponto final!
Para tudo
E para nada em especial

Ponto final!
Para este poema.
Acabou.
Ponto final!

1 de setembro de 2014

Desilusão!

Julguei te conhecer
Mas estava enganada
Sem nunca me perceber
Tinhas outra namorada...

Sem nunca desconfiar
Sorria pelo teu amor
Repartido, agora eu sei
Fingido, sem valor.

Pensava que eras o tal
O destinado para mim
Mas és um homem banal
Que me desiludiste por fim.

Alguém que me usou
Como um brinquedo qualquer
Em vez de me tratar
Como uma pessoa, uma mulher.

Sinto-me traída
Em vários os sentidos
E nunca te vou perdoar
Não é justo o que me fizeste
Não sei como pudeste
Algum dia me amar.

Quero acordar
Deste pesadelo infernal
E verificar que era um sonho
Que nunca te amei
Que eras um sonho, afinal.

29 de agosto de 2014

Rasga com o passado

Rasga o teu peito
Deixa o ar entrar
E permite ao teu coração desfeito
Uma forma de recuperar.

Rasga com o passado
E abraça o presente
Esquece quem está ausente
Segue o caminho não traçado.

Desafia as leis impostas
Segue o teu instinto
E deixa-te guiar
Pelo improvável...

Quebra as regras
Sê tu mesmo,
Diferente
E segue em frente
Sem olhar para trás...

Deixa o coração cicatrizar
Afogar as mágoas anteriores
E de novo despertar
Para novos romances,
Novos amores.

Sangro por ti!

Sangro por dentro
Com a tua ausência
Pois tu és a única razão
Para a minha existência.

Sinto-me a padecer
De uma doença sem cura
Um destino cruel
Que jamais alguém procura.

Onde estás tu?
Preciso de um beijo
Que acabe com esta dor
Com este sofrimento.

Acalma meu coração
E diz que não desististe.
Chama-me à razão
Mostra-me que não partiste!

Afogo-me em solidão
Neste sangue que escorre
Deste corpo que era teu
E que aos poucos morre.

Vou por fim a esta loucura
A esta vida sem razão
Deixo a corpo,
Fico com a alma
E a ti deixo
O meu coração!

Desajeitado!

Tento te falar
Mas não consigo
Sequer pensar
No que digo!

Consigo articular
Uma ou outra palavra
E começo a gaguejar
Sem conseguir continuar.

Fico envergonhado
Com a situação
E chego-me perto de ti
Tentando pegar-te a mão.

Sorris para mim
Com a minha atrapalhação
E dizes por fim
Que gostas da atenção.

A atenção que te dou
Mesmo que atrapalhado
Que gostas como sou
Um bom desajeitado!

27 de agosto de 2014

Chama Invisível

Queima por dento
Uma chama invisível
Pelo toque do corpo
Quase imperceptível.

Chegas mais perto
Sinto meu coração disparar
No meu peito, um aperto
Por não te poder tocar...

Dizes-me ao ouvido
O que sempre quis ouvir
E viras costas,
Desapareces
E pedes para não te seguir.

Fico estático
Sem reação
A pensar no que fazer
Vejo-te ao longe
Abre em chamas, meu coração
E corro para te seguir.

Mais um toque
Um novo desejo
Abraço-te para não fugires.
Trocamos um sorriso
Um longo beijo
E a promessa de não partires.

Mentir a mim mesmo!

Hoje acordei
A pensar no que sinto
E dei-me conta
Que a mim próprio minto.

Ando a ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo de agir
E sem querer arriscar
Arrisco-me a ver-te partir.

Mas sinto-me confuso
Nervoso, com a decisão
E assim, recuso
A seguir o coração.

Deixo-me à escuta
Para perceber o que quer
E enquanto a vontade não muda
Não muda o que estou a viver.

Adormeço
Ou tento adormecer
Mas o sentimento de mentira
Custa a desaparecer.

Acordo
Decidido
A viver a verdade
Mas chego tarde
Já partiu
Já não existe
A minha cara metade!

26 de agosto de 2014

Deixas-me nervoso!

Não sei o que te dizer
Fico gago ao teu lado
E se não consegues acreditar
Vou explicar-te, um bocado.

Tento-me aproximar
Dizer-te o que sinto
Mas começo a gaguejar
Tal, que parece que minto.

Tento novamente
Sem nenhuma inspiração
E fico envergonhado
Quando te toco na mão.

Deixo para outro momento
Quando a coragem chegar
Um em que o sentimento
Que sinto, não esteja a atrapalhar.

Tremo ao te ver
Quando chego ao pé de ti
Fico com um sorriso sem jeito
Quando falas para mim...

Esqueço tudo,
Digo o que sinto
Sem te deixar interromper.

Aproximas-te,
Calas-me com um beijo.
A melhor resposta que podia ter.

20 de agosto de 2014

Entrego-me ao amor

Entrego-me ao amor
O sincero
Sem preconceitos
Sem apontar os defeitos
Que parecem não existir
Quando se ama de verdade
Quando nos entregamos à realidade
Que ter alguém
Que nos dá o devido valor.

Entrego-me a esse sentimento
A todo e qualquer momento
Sem nunca me esconder
Ou arriscar a perder
Um segundo que seja
De ter ter ao meu lado
Pois um dia, acordado
Posso ver que te perdi
E que sonhei que estiveste aqui
Sem nunca teres estado.

E vivo
Como nunca antes vivi
Por saber que sou amado
E que soube o que é amar
Por transformar um coração magoado
Num que quer aproveitar
Tudo o que se pode viver,
Sentir, conhecer
Até que um dia seja terminado.

18 de agosto de 2014

Deixa-me entender!

Um segundo,
Para perceber
Que chegou o momento
De te perder...

Apenas mais um pouco
Para acalmar meu coração
Para perder o sentido
Da tua decisão.

Tento te entender
Mas não consigo justificar
Qual a razão
Para o que estás a abdicar...

Tento manter-me racional
Não chorar à tua frente
E olho-te nos olhos
Pareces indiferente...

Indiferente à dor
Que me estás a infligir
Indiferente ao amor
Que me fizeste sentir
Por ti.

Parte,
Se é o que desejas
E deixa-me sofrer
Pois amo-te
Odeio-te
Já não te quero ver...

Desaparece
E não olhes para trás
Leva meu coração contigo
Que magoado como está
Não o quero mais.

Dá-me mais um segundo
Para morrer
E renascer
Esquecer tudo o que sentia
E voltar a viver
Como antes fazia.

14 de agosto de 2014

Uma pausa, um momento

Uma pausa
No pensamento
Um silêncio
Que procuro
Para me encontrar

Um momento
Um segundo
Para sentir algo profundo
Que já não consigo sentir
Para atingir um objectivo
Que teima em fugir

Uma pausa
Na rotina
Que se avizinha
Sem que nada saia do lugar
Sem fazer algo diferente
Arriscar
E viver intensamente
Pelo menos um dia

Um momento
É tudo o que procuro
Para voltar a ser eu
Para sentir que nada morreu
No que sinto pelo que rodeia
Pela vida
Pela ideia
De continuar aqui por um motivo

8 de agosto de 2014

Pobre de ti!

Pobreza,
De espírito e de mente
Fazem seres indiferente
Ao que se passa ao teu redor.

Ao mundo,
Não perdes um segundo
A sentir o que te rodeia, 
À tristeza que te é alheia
E que não tomas como tua, 
Mesmo que pudesses solucionar
Parte da existência crua
De quem te costuma rondar.

Ignoras o óbvio
Que se expõe à tua frente
E segues pelo teu caminho
Por uma estrada independente.

Alimentas o ódio
de todos os que recusaste a mão
Alimentando o buraco
Onde cresce a solidão. 

6 de agosto de 2014

Bifurcação!

Sigo o meu coração
Já não consigo pensar
Perdi a razão
Ou deixei de a usar...

Entrego-me ao momento
Sem nenhum receio
E arrisco um sentimento
A que me entrego por inteiro...

Sinto-me melhor
Ligeiramente diferente
Sinto a nascer um amor
De uma nova nascente.

Sinto uma libertação
Que não sabia existir
Uma fonte de inspiração
Que me faz prosseguir.

Qual o caminho
Nesta bifurcação
Encaminharei meu destino
Entregarei meu coração?

Não consigo responder
Que caminho seguir
Escolha o que escolher
Metade de mim vai sucumbir.

4 de agosto de 2014

Saída difícil!

Num abismo
Espreito...
E com um sonho desfeito
Dou passos largos,
Sem saber o destino
Que a descida me dará.
Ou para onde me levará.

Abro os olhos
A receio
E vejo o vale inteiro
A abrir-se à minha frente
Desafiando a minha mente
A dar mais um passo
Que me leve, em câmara lenta
Numa descida infinita
Para um abraço final.

Recuo...
Dou um salto para trás
Como se um momento de lucidez
Me fizesse pensar melhor
No caminho a seguir...

Já não quero cair
Sentir-me vivo por um momento
Escolhendo o sofrimento
De tudo isto acabar,
Apenas por fugir
Em vez de enfrentar
Tudo o que estou a sentir...

Volto as costas
À saída mais directa
A mais fácil de suportar
E ganho nova coragem
Para conseguir lutar
Esquecer quem me fez sofrer
E dedicar-me, em paz, a viver!

1 de agosto de 2014

Rasga teu peito

Rasga teu peito
E devolve-me o coração
Mesmo que desfeito
Após esta humilhação.

Deixa-me sozinho
A sonhar com a vida que escolhi
Faz-te à tua vida
Pois para ti, morri...

Rasga a saudade
Que dizias te corromper
E diz-me agora a verdade
Que nunca ousaste dizer.

Deixa-me te perguntar
Qual é a sensação
De ter e partir
Um simples coração?

Deixa-me em sofrimento
Mas deixa-me viver
Apenas preciso de um momento
Para recuperar e esquecer...

Deixa-me quieto
A limpar a ferida
Vestir-me de preto
Para o luto da minha vida...

31 de julho de 2014

Saber explicar!

Gostaria de explicar
O que estou a sentir
Mas é algo profundo
Que não consigo transmitir.

Palavras parecem pouco
Para o que sinto em mim
Vou desistir de o escrever
De o dizer, por fim...

É algo que me queima
Por dentro, no meu peito
Uma luz, uma chama
Que sem ela, fico desfeito.

É algo que me liga
Ao mundo, que agora é teu
Um abraço, um beijo
Que alguém num dia, meu deu...

É uma forma de energia
Que me deixou viciado
É a grande alegria
Que me tem guiado.

É um tudo
E um nada
Que não consigo transmitir
A minha alma espelhada
Que não sabia existir.

É a minha razão de ser,
Dos meus projectos,
E aventuras,
É a razão do meu viver
Sem ter medo
De cometer loucuras.

21 de julho de 2014

Confiar no quê?

Confia...
Disseste-me em segredo
Para que eu perdesse o medo
E me entregasse por inteiro
A um amor derradeiro
Que me estavas a oferecer.

Sentia...
Que seria o caminho certo
Que esse amor era o correcto
Para abraçar
Por ele lutar
Mas algo continuava a me prender.

Fugia...
De todas as decisões
Somando as opções
Para ter o impossível
Sendo imprevisível
O que iria acontecer.

E cedia...
Como quem cede ao vento
Por já ter passado o momento
De me entregar ao teu amor
Sem causar nenhuma dor
A quem me estiver a perder.

Sem expectativa

Já não consigo dormir
Custa-me respirar
Devido à expectativa
De te voltar a tocar.

Sentir-me no teu abraço
O cheiro do teu perfume
Sentir a tua voz
Numa espécie de queixume.

Por não me teres mais
Quando a saudade vem
Por não se dar um jeito
De estarmos sem mais ninguém

Cada dia um sofrimento
Por te ter, sem seres meu
Cada dia, o sentimento
De medo, porque um dos dois perdeu.

Cada dia um sufoco
Ao te ver ir embora
Sabendo que soube a pouco
Cada minuto, cada hora.

O desejo me consome
De apenas te ver
Já não desliga, já não dorme
Já me sufoca e faz doer.

E nem os teus beijos
Com sabor a mel e paixão
Fazem acalmar meus receios
De nova ferida no coração.


18 de julho de 2014

Obsessão por ti!

Pediste-me para te amar
Como se fosse a ultima vontade
Mas não disseste que me ia apegar
Com tamanha vulnerabilidade...

Passaste a ser meu mundo
Minha fonte de oxigénio
Sem ti, caio num negro profundo
Num abismo, num inferno.

Passaste a ser o meu dia
Com quem quero partilhar
A minha fonte de alegria
Que me faz acreditar.

Passaste a ser minha alma
Minha razão de viver
Ao teu lado sinto-me calma
Enquanto te puder ter...

Passaste a ser minha obsessão
Meu apoio em cada momento
És quem controla meu coração
Minha dor e sofrimento.

Estou agarrada ao teu ser
E por isso agora de peço
Não me faças sofrer
Pois se o fizeres, eu desapareço.

11 de julho de 2014

Soneto

Oh vida! O que te fiz
Para merecer tanto tormento?
Para poder eu ser feliz
Tenho que esquecer este momento?

Que mal fiz eu, oh vida
Para viver de forma tão desgraçada
E sentir-me tão humilhada
Por ser apenas uma aventura vivida.

Vós, que me fizeste sentir amada
Agora deixaste-me nestes prantos
Sem caminho nem direcção.

Digo-te que também serás usada
E atirada para sombrios recantos
Sem amor, carinho e atenção!

7 de julho de 2014

Sofrer por amor!

Permitiste-me sonhar
Mesmo sem saber
Que o teu objectivo
Era ver-me sofrer...

Alimentaste esperanças
Encheste meu coração
Com momentos e lembranças
De um futuro em vão.

Brincaste comigo
E com o que por ti sentia
Apenas para dizeres
Que por ti tudo eu fazia.

Fui uma marioneta
Pelas tuas mãos, orientada
Foste um caminho, sem meta
Sem um futuro, sem nada...

Partilhei sonhos, vivências
Construí um futuro ao teu lado
Para descobrir aos poucos
Que fui sempre enganado...

Nada me resta agora
Nem um pouco de amor
Apenas um coração ferido
Ferido de morte, já sem dor.

Resta-me sobreviver
A esta nova provação
E esquecer este amor
Que apenas me trouxe desilusão.

2 de julho de 2014

Prendes-me ao passado!

Preso ao passado
Não consigo esconder
Que o coração magoado
Por ter estado ao teu lado
Nunca foi sarado
Após por ti sofrer...

Mas preso
Continuo a me sentir
Sem saber como fugir
A este amor
Que me causou dor
Mas mantém meu coração aceso.

Porque terá de ser assim,
Tudo tão complicado?

Se já não estás ao meu lado
Deixa de me controlar
Deixa-me voltar a amar
E sarar meu coração.
Deixa procurar uma nova paixão
Alguém que goste de mim...

Preso ao passado
Já não quero ficar
Quebrem-me as algemas
Rasguem-se os poemas
Que me fazem recordar
Os momentos passados
Os sonhos partilhados
Que não se conseguiram aproveitar.

1 de julho de 2014

Deixem-me partir!!!

Chorei a tua ausência
Mais do que podia suportar
E fui-me abaixo, contigo
Sem ter algo a me agarrar.

Afundei-me num abismo
Onde não me reconheci
Morri uma e outra vez
E em nenhuma renasci...

Sou um homem amargurado
Sem razão de viver
Tropeçando na vida
Que teima em fazer sofrer...

Sou um homem esquecido
Que se fez esquecer
Alguém que morreu
Ao ter sobrevivido
Aquele momento que te viu morrer.

Vejo-te à minha frente
Sem nunca a ti chegar
Doi-me o corpo, meio dormente
De tanto carregar...

Carregar o sofrimento
Que desde esse dia me inunda
Carregar este ódio
De mim próprio, que me afunda!

Só peço um fim
Para acabar com esta dor
Deixem-me partir deste mundo
E ir para o lado do meu amor.

23 de junho de 2014

A vossa inspiração!

Cresço enquanto pessoa
A cada dia que passa
Absorvendo cada experiência
Como parte da minha aprendizagem
Para me tornar alguém melhor...

Olho no espelho
E já não em consigo reconhecer
Pois o que tenho mudado
Tem-me transformado
Em algo que não sabia existir
Dentro de mim...

Nem sempre fui assim
Nem saberia que poderia vir a ser
Mas agradeço a todos vocês
E cada um em especial
Por me permitirem
Me conhecer!

Obrigado pelos sermões
Pela companhia nas noitadas.
Obrigado pelos serões
E histórias partilhadas.

Obrigado pelo carinho
Que sempre foi demonstrado.
Obrigado por não mostrarem o caminho
E este ter sido por mim trilhado.

Tenho mudado
E continuarei a mudar
Enquanto as vossas experiências
Continuarem a me inspirar.

28 de maio de 2014

Amar-te!

Amar-te
Não foi uma loucura
Nem tão pouco uma desilusão
Mas foi uma aventura
Que partiu meu coração.

Amar-te
Como te amei
Só podia acabar assim.
Depois de tudo o que te dei
Do que abdiquei
Não quiseste saber mais de mim.

Amar-te
Apenas fez antecipar
O meu mundo ruir
E nele não mais sentir
A capacidade de amar.

Amar-te
Não deveria ter acontecido
Era um amor proibido
Que não quis acreditar
E assim forçar
Algo que sabia não poder ser vivido.

11 de maio de 2014

Quais as palavras certas?!?

Palavras...
O que fazer com elas
Quando não se consegue exprimir
O que se está a sentir
Apenas por te olhar.

Palavras...
Não transmitem sentimentos
Que vivo nos momentos
Vividos a tua lado.

Como te poderei dizer
O que significas para mim
Se tudo o que falar
Irá decerto pecar
Pelo valor que tens no fim.

Como te poderei dizer
Que te quero na minha vida
Até quando o amor durar
Sem por mais voltas que dê
Não sei que palavras usar.

9 de maio de 2014

Caminhar sem vendas!

Caminhamos vendados
Sem conhecer a direcção
Que molda nosso caminho
Após cada decisão.

Caminhamos conformados
Sem vontade de mudar
Cada um por si, sozinho
Sem saber o que esperar.

Caminhamos derrotados
Por opções que não tomamos
E desaparece a força
Com que sempre lutamos...

E vamos caminhando
Para onde nos querem levar
Sem confiança,
Sem vontade,
Para voltarmos a lutar.

Soltemo-nos das vendas
Que nos prendem os pensamentos
E lutemos pelo país
Desde agora, em todos os momentos.

Lutar por uma mudança
Que nos faça recuperar
O caminho, a direcção
Que queríamos alcançar.

Fazei perceber
Que a força de Portugal
Não está nos políticos
Mas no povo em geral...

2 de maio de 2014

Um sorriso!

Um sorriso
Difícil de alcançar
É o maior tesouro
Que me poderias dar.

Ver a felicidade
A espalhar-se pela tua cara
É, infelizmente
Uma experiência rara...

Transportas a tristeza
Enraizada no teu ser
E deixas o pessimismo
Apoderar-se do teu viver...

Solta essa dor
Liberta-te dessa mascara
Que não te permite desfrutar
O que a vida tem de melhor.

Mostra teu sorriso ao mundo
Toma as rédeas da tua disposição
Abre-te para a alegria da vida
E deixa-a preencher teu coração.

Deixa cair as dúvidas
Começa a pensar positivo
Sorri a quem te sorri
Faz disso um novo objectivo.

Segue um rumo diferente
Percorre um caminho ousado
Com um sorriso presente
A quem estiver ao teu lado.

29 de abril de 2014

Renascido do amor!

Inspiro
Como se fosse a primeira vez...

Sinto-me novo,
Vivo
Renascido
Das cinzas
Em que eu próprio me transformei.

Sorrio,
Estou vivo novamente
E desperto a mente
Para esse novo feito
Fazendo-me acreditar
Que é tempo de mudar
E derreter este frio...

Meu coração
Outrora de pedra
Quebrou a barreira de gelo
E bate agora pelo teu amor
Criando o calor
Que acende meu peito.

Expiro
E sinto-me viver
Sinto o sangue nas veias
A palpitar de excitação
Por ser dono novamente
Dos desejos do meu coração.

E sigo-o cegamente
Até onde me levar
Para que viva intensamente
Esta sensação de te amar.

22 de abril de 2014

Solta-te

Solta
Essa dor
Essa mágoa que te atraiçoa
Esse rancor que te magoa
E te faz vacilar.

Solta
Esse grito de vingança
Que te mata a esperança
De um dia recuperar
A vontade de amar...

Deixa o teu coração sarar
E solta as lágrimas
Escondidas no teu olhar.

Deixa a tua mente vaguear
E encontrar um porto seguro
Para que possas descansar.

E volta...
Mais segura de ti
Mais forte do que antes
E verás que no fim
Serás a única triunfante.

Solta-te de tudo
O que faz duvidar
E parte à conquista dos sonhos
E decerto irás conquistar.

8 de abril de 2014

Abandonada à sorte!

Abandonada,
À minha sorte
Fui deixada
À beira da morte...

Violentada
Meu corpo ressente
Da brutalidade
Com que fui tratada
Refugiando-me na mente...

Imagino
Que tudo foi um mau sonhar
Que a qualquer hora abro os olhos
E vejo-me a sorrir
Com o futuro que há-de vir
Com quem o quero partilhar...

Mas sinto dor!
E recolho-me repetidamente
Encolho-me involuntariamente
Para que tudo possa passar
Para que possa voltar
A ser inteira novamente.

Estou sozinha, abandonada
De rastos após violentada
E só quero morrer
Para esta vergonha desaparecer
E o meu corpo deixar de doer...

27 de março de 2014

Força de vontade...

De madrugada
A lua no alto
Saio para a rua
E ponho-me a correr...

A loucura
Por ser tão cedo
Junta-se ao frio
Que se faz sentir...

E começo
Sem nunca olhar para trás
Deixando as minhas pegadas
Mostrar-me do que sou capaz.

Afasto os pensamentos
Que bloqueiam a minha vontade
E entrego-me de verdade
À estrada que tenho pela frente.

E vou correndo
Aquecendo-me por dentro
Soltando os pensamentos
Esquecendo-me dos momentos
Em que duvidava conseguir
Levantar e ir.

Vou seguindo
No silêncio da rua
Sem ninguém com quem falar
Sem ninguém para ver
Apenas eu para me inspirar
A continuar a correr.

24 de março de 2014

Dá-me um abraço

Dá-me um abraço
Chega-te perto
E nesse aperto
Deixa-me sonhar.

Dá-me um abraço
Sem me apertar
Apenas o suficiente
Para saber que vais ficar.

Dá-me um abraço
E deixa o silêncio falar
Ouvindo apenas o coração
De ambos a acelerar.

Dá-me um abraço,
Um beijo, um sorriso
E leva-me ao paraíso
Por te poder amar.

21 de março de 2014

Quebrar com o passado...

Fecho os olhos
Desperto desta prisão
Onde sem controlo
Ficou preso meu coração.

Fecho os olhos
E esqueço-me desse amor
Louco e extasiante
Que só me fez sofrer.

Fecho os olhos
E entrego-me à dor
Para que mais facilmente
Possa recuperar!

Então mudo...
Termina o "luto"
Que a mim me impus
Até meu coração
Poder cicatrizar.

Abro os olhos
E vejo uma nova vida
Onde possa recomeçar
E com o tempo reencontrar
Um novo amor.

Abro os olhos
E esqueço o passado
Deixando-o bem guardado
Para que possa recordar
Os erros que fiz
E que me permitiu crescer.

18 de março de 2014

Foste-me tirada...

Imagino
Tudo o que desejo
E num doce beijo
Vejo tudo a acontecer.

Fecho os olhos
E torno tudo permanente
E sem o teu beijo ausente
Volta tudo a acontecer.

Suspiro
Ao recordar-me do teu olhar
Que tinha o dom de me contagiar
Com a alegria do momento.

Mas tudo desapareceu...
Sem que pudesse controlar
Esse amor que era meu
Vieram-no roubar.

Levaram-te de mim
Para longe do meu coração
E o fogo desta paixão
Extinguiu-se por fim.

Não quero abrir os olhos
E ver a realidade
Que foste levada de mim
Ao final daquela tarde...

15 de março de 2014

Correr...

Liberta-te...
Sai para a rua
E deixa-te levar
Por cada quilometro percorrido
Haverá outro para alcançar.

Junta o ritmo
Do bater do coração
Ao som das passadas
Que vais dando no alcatrão.

Obriga-te a conhecer
O teu limite
O teus medo
Os desejos em segredo
De sempre superar
O que antes conquistaste
Para que possas provar
Que o impossível pode-se alcançar.

Abre o teu horizonte
Descobre novos caminhos
Possíveis de conhecer
Disponíveis para se percorrer
A sós ou acompanhado.

Liberta-te
E aperta as sapatilhas
É hora de correr!

5 de março de 2014

Coração Desfeito

Já não sinto o meu bater
Já não sinto nada em mim
Não sei o que é viver
Desde que colocaste um fim.

Abriste-me uma ferida
Difícil de sarar
E por muitos remendos feitos
Nunca parará de sangrar.

Deixei de conseguir sentir
Perdi a capacidade de amar
Quero fechar-me eternamente
Até esta dor passar.

Estou a perder a força
Com que batia no teu peito
Pois todas as pancadas que sofri
Transformaram-me num coração desfeito.

Já não guardo sentimentos
Por não me querer magoar
Nem tão pouco os momentos
Para não ter que recordar.

Sou um coração de pedra
Frio, sem emoção
Um coração morto
Após uma grande paixão.

Continuarei a bater
Mas não como antigamente
Fechei portas até teu corpo morrer
Sem amar ninguem novamente.

21 de fevereiro de 2014

Inspira, Expira!

Inspira,
Expira
Tenho que me lembrar
A ver se desta forma
Me consigo acalmar.

Meu coração acelera
Respiração fica ofegante
E perco o meu controlo
Nesse breve instante.

Inspira,
Expira
E controla a tua mente
Para que sigas a razão
E não o instinto novamente.

Controla a tua raiva,
A tua desilusão
E transforma em novas forças
Para te mostrar a direcção.

O caminho a seguir
Nesses momentos de escuridão
Os objectivos a atingir
Em cada opção.

Inspira,
Expira
Para que possas respirar
Acalma,
Controla
Para que na vida que se desenrola
Possas ser tu a ganhar.

18 de fevereiro de 2014

Tenho-te finalmente!

Sem pressão,
Oiço alguém dizer
Mas é impossível conter
O desejo do meu coração
Em te poder ter.

Tento não pensar
Mas já não consigo
E basta os olhos fechar
Para sonhar estar contigo
E perder-me no teu olhar.

Forço-me por esquecer
Mas a tua imagem não desaparece
O seu sorriso me aquece
E faz-me estremecer
Por finalmente te ter.

É um desejo cumprido
Um sonho finalmente vivido
Por te poder agora abraçar
E te poder amar
Como nunca tinha acontecido.

Se soubesses todo o tempo
Que esperei por ti
Percebias o sentimento
Que o brilho dos meus olhos
Têm ao te olhar por fim.

15 de fevereiro de 2014

Porque te amo!

Tento-me explicar
Não me faço perceber
E o medo de errar
Põe meu corpo a tremer.

Quero-te ao meu lado
Mas não sei como te dizer
Pois sinto que se não sentires o mesmo
Te posso para sempre perder.

És a minha luz,
Minha fonte de energia
A tua maneira de ser me seduz
E alegra o meu dia.

És o meu bater de coração
Que me mantém a viver
És a minha inspiração
Para poder continuar a escrever.

És tudo o que preciso
Alimento-me deste sentimento
E se existe o paraíso
É quando estou contigo, esse momento.

Por ti já chorei
Já sorri vezes demais para contar
Por tudo isto te amei
E pela mesma razão, continuarei a te amar.

13 de fevereiro de 2014

Negro interior...

Dor
Enegrece o meu coração
Desprovido de paixão.

Aos poucos
Sucumbindo ao ódio
Desprezo o que outrora amei
E entrego-me ao desdém
Por tudo em meu redor.

Renasço
Numa mente sombria
Escondida na escuridão
Alimentando-se da solidão.

Sem amor
Vou destruindo pelo caminho
Tudo o que há de bom
Tornando o negro, o tom
Predominante.

Nessa nova realidade
Vejo no que me transformei
E sem onde me esconder
Enfrento o demónio que criei
Até um dos dois morrer.

3 de fevereiro de 2014

Vagabundo

Atirado para a rua
Como um vagabundo qualquer
Perdi o meu trabalho,
O meu rumo,
A minha mulher...

Minha família não me fala
Quando me vê, olha-me de lado
Estou sem forças para reagir
Estou visivelmente cansado.

Já não sei o que é comer
Uma refeição normal
E passo as noites a dormir
Num banco, sobre o jornal.

O frio é meu amigo
Aconchegando-me ao anoitecer
Fazendo-me pensar por vezes
Se o melhor não será morrer.

Fui perdendo tudo
Sem ter forças para a reacção
Fiquei chato, desequilibrado
Violento, rezingão.

Vi a vida abandonar-me
Sem ter forças para lutar
Fui arrastando-me para algum lado
Onde pudesse apenas ficar.

Estou teso, sem dinheiro,
Sem família para amar.
Sou vagabundo a tempo inteiro
E a rua é agora o meu lar.

1 de fevereiro de 2014

Incondicionalmente!

Incondicionalmente
Entrego-me ao teu amor
Sem nenhum receio
Do que poderá vir.

Entrego-me nos teus braços
Certo que serei feliz
Partilhar uma vida contigo
Foi o que sempre quis.

Abre o teu coração
E deixa-me entrar
Pois é nessa divisão
O meu verdadeiro lugar.

Desliga a razão
Entrega-te ao sentimento
Abraça-te no meu abraço
E aproveita o momento.

Durará para sempre?
Não saberei certamente
Mas prometo amar-te
Incondicionalmente.

21 de janeiro de 2014

Noite em transe!

Noite escura,
Noite calma
Cometo uma loucura
Que no fundo me acalma...

Sinto-me liberto
Sinto-me distante
Cada sentido desperto
De uma forma errante.

Sinto-me poderoso
De olhos enraivecidos
Um ódio ansioso
Para encontrar velhos inimigos.

De uma forma invulgar
Sinto-me invencível
E sinto-me a definhar
Como um ser desprezível.

Estou a ser engolido
Por uma força qualquer
Deixando algures esquecido
O sentido de viver.

Só penso em destruir
O que outrora foi criado
E no fim sucumbir
Quando o trabalho estiver terminado.

10 de janeiro de 2014

Ao teu lado!

Um sorriso
Um olhar
Aquele momento
Tão fácil de recordar.

Uma expressão
Uma lembrança
E uma vida cheia
De esperança.

Um beijo
A tua atenção
Que fazem derreter
O meu coração.

Um desejo,
Um abraço
E uma felicidade
Sempre que por ti eu passo.

É tudo o que tenho,
Tudo o que adquiri
Desde que estás comigo,
Ao meu lado, aqui.

É o que quero manter
Até quando for capaz
Sem nunca me esquecer
Do bem que te ter me faz.

Esteja eu sempre presente
Ou por vezes mais afastado
Estarás viva na minha mente
Como se tivesses ao meu lado.

8 de janeiro de 2014

Fuga possível

Silêncio profundo
Neste momento de pesar
Perdi-me neste mundo
Ao qual não sei voltar.

Parti sem avisar
Com remorsos do passado
Sem caminho para regressar
Ao cantinho do teu lado.

Vejo-vos chorando
Por ter partido tão cedo
Mas uma voz foi-me chamando
Nestes dias de desassossego.

Deixei-me levar
Pelo que a voz me dizia
E acreditei nas suas palavras
Deixando a mente vazia.

Vazio ficou também o meu coração
Sem lembranças ou sentimentos
E chorando sem parar
Assim foram meus últimos momentos.

Desculpa por partir
E ter-vos deixado sem mim
Mas era altura de "fugir"
E a minha fuga foi assim...

6 de janeiro de 2014

Pantera Negra

És Rei...
Neste ou noutro local
És uma força natural
Que vimos agora desaparecer.

Nunca irás morrer
E serás recordado
Pelas glórias do passado.

Teus feitos
Nunca serão esquecidos
E por todos reconhecidos
És cada minuto lembrado
Cada minuto chorado
Para que sejas eterno.

Partiste
Mas a tua marca ficará
E para sempre marcará
Uma história,
Uma nação,
Os momentos de glória
Que perdurarão.

Adeus Pantera Negra
Partilhamos todos esta dor
Serás para sempre lembrado
Como o Rei,
Como um Senhor...