6 de fevereiro de 2015

Desiste...

Desiste...
Oferece teu corpo ao mundo
E entrega-te a um sono profundo
Que te faça esquecer
Esse sentimento
Que te corroí por dentro
Como um parasita vulgar
Que te acabará por matar
Sem que tenhas noção.

Desiste...
Entrega o teu coração
Que parará de bater
E deixará de sofrer
Num mundo egoísta
Onde ninguém olha por ninguém
Onde se venderia a própria mãe
Para se ser protagonista
Num ou noutro momento
Sem qualquer ressentimento
Da dor que possam causar.

Desiste...
Desliga a tua mente
Para que não possa sonhar
Para que não possa pensar
E assim sentir dor
De perder um grande amor
Ou de não saber o que é amar
E sozinho acabar.

Desiste...
Despede-te da Vida
E da felicidade prometida
Por alguém que não soube viver
Não soube experimentar
E sem querer arriscar
Foi-se deixando magoar
Sem nunca se aperceber
Que o tempo estava a passar
E que se desligou de tudo
Sem nada conseguir mudar.