29 de dezembro de 2015

Troca de olhares

Olho para ti, vidrado
E desvio lentamente
Sempre com o teu sorriso na mente
Para não ser apanhado.

Olho novamente,
Vejo teus olhos brilhantes
E sonho sermos amantes
Quem sabe, eternamente...

Arrisco só mais um bocado
Só para matar a saudade
E olho-te sem maldade
Mas a desejar-te a meu lado.

Nesta dança de olhar
Sou por fim descoberto
E começas a me chamar
Para chegar-me mais perto.

Sem saber o que dizer
Vou me aproximando de ti.
Sinto meu coração a correr
Algo que nunca senti.

Notas-me desconfortável
Abres um sorriso para me acalmar
E de uma forma afável
Aproximas-te para me beijar.

Um beijo à muito desejado
Desde o primeir momento
Finalmente foi dado
Soltando este novo sentimento.

28 de dezembro de 2015

Estarei errado?

Estarei errado?
Tal pode acontecer
Se sempre que olho para o lado
Vejo alguém apaixonado
Enquanto estou a sofrer...

Estarei errado,
Por sentir o que sinto?
Tento esconder, e então minto,
Para que não me ponhas de lado
Para que te possa ver.

Estarei errado
Por alimentar este amor
Que só me trouxe dor?
Mas se sonho ctg, acordado
Como posso estar errado
Se és tu quem me dá calor?

Posso sempre errar
Mas não posso ocultar
Esse sentimento que inunda
Meu coração e afunda
Qualquer tipo de juizo
Que só me traz prejuízo
Por te amar, sem ser amado
Porque ao te amar, estarei errado...

21 de dezembro de 2015

Entrego-me...

Entrego-me ao desconhecido
Abandonando a vontade
De viver,
De sonhar,
De estar em liberdade
Para um dia voltar a amar
E usufruir de um ombro amigo
Com que pudesse compartilhar
A vida,
Um sonho,
E também um caminho.

Entrego-me à escuridão
Pois a luz faz-me relembrar
A tua recusa em me amar
Quando era demais evidente
O que te ia pelo coração
E pela mente
Quando trocavamos um olhar
E tocavas em minha mão.

Entrego-me ao silêncio,
À solidão do momento
E penso neste sentimento
Que me está a queimar por dentro
Fazendo-me transformar
Num ser que não sou
E deixando o meu coração
Em pedra, que não voltará a amar
Como já amor...

Entrego-me ao mundo,
Sem me entregar a ti,
Pois nunca me aceitaste
Como sou, como sempre te vi
E por isso já não faz sentido
Lutar por algo que não conseguirei
Mas saberás que sempre te amei
E que foi um amor profundo.

18 de dezembro de 2015

Pequenos gestos...

Um brilho no olhar
Como há muito não via
Chegou para alegrar
O resto do meu dia.

Um sorriso sem aviso
Um abraço sem esperar
É mais do que preciso
Para me aconchegar.

São pequenas coisas
Que podes nem perceber
Que transformam o dia a dia
E o de continuar a te querer.

São pequenos gestos
Sem esperar que aconteça
Que faz girar o meu mundo
Dá a volta à minha cabeça.

Um sorriso, um beijo,
Um abraço, um toque com a mão
Faz acender a chama do desejo
Guardado em meu coração.

Um carinho, uma surpresa,
Uma noite especial,
Será como um doce à sobremesa,
Será como se fosse sempre natal.

17 de dezembro de 2015

Enterro-me na escuridão!

Algo negro,
Insano,
Impuro,
Mundano,
Cresce no meu interior
E suga todo o amor
Que tinha para dar.

Algo que tem envenenado
Alimentando de um passado
Intenso e sombrio
Inrompendo das chamas
Que o frio
Não conseguiu apagar
Transforma meu coração em pedra
Sem capacidade de amar.

Fui-me perdendo aos poucos
Atirado para um abismo interior,
Onde cinzento e escuro
Vivo isolado do mundo
Sem interessar o futuro
De quem me rodeia.

Já não quero saber,
Quero viver isolado
Neste inferno ancorado
Onde não preciso de amar
Onde não possa errar
Por me sentir preocupado.

4 de dezembro de 2015

Sorri...

Sorri...
Para ti!
Para o mundo!
Para quem amas!
Para quem te odeia!

Sorri apenas porque sim
Porque te apetece sorrir
E verás o que o teu sorriso
Poderá conseguir.

Sorri por estares contente,
Para afastar a tristeza...
Sorri para alegrares a mente
Que não te quer em baixo, de certeza.

Sorri porque o teu sorriso
É algo bonito de conhecer!
Sorri quanto não for preciso
Ou quando estiver tudo a ver...

Deixa a tristeza bem guardada
Não a alimentes desnecessariamente
E assim, sem dares por nada
Verás que foi embora de repente.

Então sorri para a Vida
E para o que ela tem para te dar.
Cada hora triste, é uma hora perdida
Que não voltas a recuperar.

Sorri,
Apenas sorri...
E quando esboçares o sorriso
Esquecerás a tristeza dentro de ti.

2 de dezembro de 2015

Porto seguro!

Abraço-te em desejo,
No calor do teu abraço,
Sinto a chama do teu beijo
No aconchego do teu regaço.

Em ti me aninho,
Procuro consolação
Quando me sinto sozinho
Neste mundo de escuridão.

És a luz que me ilumina,
Que me guia para um bem melhor
A mão que me aproxima
E me alimenta com amor.

O lugar seguro,
Para onde quero voltar,
O meu bem futuro
Que procuro bem guardar.

É assim que o teu conforto
Me faz sempre sentir a cada momento.
És "apenas" o meu porto
Com quem partilho cada sentimento.

1 de dezembro de 2015

Vagueio como um vagabundo

Vagueio pelo Mundo
Feito um vagabundo
Que passei a ser,
Imerso num sentimento
Corroído pelo tempo
Embrenhado num ódio profundo
Que me controla a cada segundo
E não me permite esquecer.

Cada passo soa a falsidade
Um ser que já não sou
Uma vida de verdade,
Que se vivi, já passou...
Uma sombra de mim mesmo
Que não consigo recuperar
Um fantasma, sem corpo nem vida
Sem algo de bom a se agarrar...

Caminho pela ruela
Sem destino ou direcção.
Em cada esquina, estou a vê-la
Numa qualquer recordação.
Já não me lembro do seu sorriso
Da expressão do  seu olhar
Apenas me lembro que precisei de pouco
Para a começar a amar.

Mas tudo isso desapareceu
Numa noite escura e sombria
E transformou-me para sempre
Numa casca rija e fria.
Algo nessa noite morreu,
Apesar do coração continuar a bater
Desliguei-me de alma e de mente
Até ao dia em que voltar a ver.

21 de novembro de 2015

Segue o teu caminho...

Segue o teu caminho...
Esquece que existo
Ou que um dia nos encontramos.
Esquece que nos amamos
E promessas foram trocadas
Para depois serem rasgadas,
Esquecidas ao vento
Assim como o sentimento
Que dizias sentir
Para no fim vir a parceber
Que estavas a mentir
Só para te entreter...

Segue o teu caminho...
E sai do meu coração,
Pois esquecerei que o tiveste
E não o mereceste.
Que um dia ele por ti bateu
E que aos poucos morreu
Por não lhe dares valor,
Por não lhe dares o amor
Noutros tempos prometido
E por agora esquecido.

Segue o teu caminho...
Que seguirei em sentido oposto
Esquecendo o desgosto
Que esse teu corpo me fez viver.
Pois de agora em diante
Serei uma sombra distante
De um amor passado
Nunca por ti desfrutado
E que não voltará a acontecer...

17 de novembro de 2015

Partiste!

Partiste!
Em mim um buraco no peito
Foi-se criando com o tempo
Até o ter desfeito
Com a saudade de cada momento.

Cada momento a teu lado
Que recordo como se ontem tivesse sido
Cada sorriso, cada beijo dado
Que já parecem não ter acontecido.

Partiste sem avisar,
Sem uma explicação,
Sem uma forma de contactar
E acalmar meu coração.

Nele criou-se um vazio
Sem teu amor nem amizade
Está oco, morto de frio
Perdeu a sua capacidade.

A capacidade de bater forte
Perdeu-se com a distância
Manter-me vivo é pura sorte
É manter minha mente na ignorância.

Fazê-la acreditar
Que ainda podes aparecer
E que isto ao terminar
Não volte a acontecer.
É fazê-la crer
Em não perder a confiança
Que enquanto o coração bater
Mesmo que fraço, à esperança.

Mas aos poucos sinto
Que não voltarás para mim
E em segredo, para mim minto
Para que não seja o meu fim.

Bate este coração fraco
Apenas pelo desejo de te voltar a ver
Partiste tu, agora sou eu que parto
Pois tanto tempo sem ti, já não vale a pena viver.

13 de novembro de 2015

Aquece-me por dentro!

Sinto-me diferente,
Fria, ausente
Sem conseguir me focar
E assim encontrar
Um ponto de equilíbrio
Onde possa voltar.

Distante,
Olhas-me nesse instante
Peço-te com o olhar
Para que possas me abraçar
E assim quebrar
Este gelo em mim.

Aquece-me,
Faz-me sentir viva
E acende esta luz adormecida
Que no meu peito, me guia.
Faz-me ganhar o meu dia
E assim esquecer
Qualquer tormento
Que me esteja a aborrecer.

Dá-me paciência,
Força, dedicação
Para passar esta provação
E assim recuperar
Para quando voltar
Vir com mais experiência,
Mais vontade de me ultrapassar,
Sabendo quais as barreiras
Que tenho de derrubar.

Faz-me sorrir,
Faz-me perder no teu abraço
Deixa-me deitar no teu regaço
E esquecer esta lesão
Que me gela o coração
E derrete ao te sentir.

12 de novembro de 2015

Amor desfeito!

És passado,
Marcado no meu peito
Como um sonho desfeito
Ainda antes de acontecer
Com uma vida para viver
Passada ao lado.

Invadiste meu coração
Com uma força invulgar
E fizeste-me apaixonar
Por esse ser desconhecido
Onde de ombro amigo
Passei a desejar
Numa chama de paixão.

Foste incerteza,
Foste loucura,
Um caminho de aventura
Que decidi percorrer,
Apenas para te conhecer
E estar ao teu lado
Sem me aperceber
Que tinha esse percurso contado.

Um amor fugaz
Que assoberbou meu desejo
Pelo toque de um beijo
Que me fizesse acreditar
Que eras mais algo que sonhar,
Um ser real
Que me libertou do mal
De não me voltar a apaixonar.

Foi um caminho intenso
Como o tempo contigo
Passei de amante, a amigo
E desaparecer a chama em nós
Calou-se a voz
Que nos fazia batalhar
Por um amor complicado de concretizar.

2 de novembro de 2015

Quebra essa concha!

Quebra essa concha
Fechada no teu peito
E mostra que está vivo
Esse coração imperfeito
Criado para amar
Para sofrer, sonhar.
Criado para existir,
Sem vergar, sem cair.

Quebra essa concha,
Manchada pelo tempo,
Onde te escondes da Vida
E esqueces que é o momento
Desta ser vivida
E apreciada pelos sentidos
Que precisam de ser ouvidos
Para que te entregues ao prazer
Que a Vida tem para oferecer.

Quebra essa concha,
Esse lugar onde tens vivido,
E acorda o teu ser,
Mostra-lhe o que tem perdido
Apenas por se esconder.
Exibe a cicatriz
Que não chegou a sarar
E descobre como ser feliz
Nessa viagem que não pode parar.

Quebra essa concha,
Deita-a fora para sempre
E liberta a acendalha
Que vive no teu olhar.
Verás que no teu lugar,
Já mais nada de atrapalha
Serás quem quiseres ser
Quem fizeres por acontecer
De uma forma diferente.

30 de outubro de 2015

Dúvidas

Dizes que me amas
Que farias tudo por mim,
Mas será mesmo assim?

Dizes que te faço bem
Que comigo tens a felicidade,
Mas será que dizes a verdade?

Dizes que me desejas
Hoje como no primeiro dia
Mas não será pura mentira?

Dizes que és minha
Até que a morte nos separe,
Mas não quererás que isto acabe?

Dúvidas que bailam no meu peito
Que enfurecem meu coração
Que o deixam desfeito
Por estes momentos de indefinição.

Dúvidas que vão minando
O amor que por ti sempre senti
E que vão alimentando
O ódio que nasceu em mim.

Dúvidas, agora minhas companheiras
A cada momento que estás ausente.
Dúvidas, certezas algo traiçoeiras
Neste momento mais presente.

Dúvidas que destroiem
O que juntos foi construido
E que não quebram mas moem
Este amor outrora nascido.

28 de outubro de 2015

Por um fio...

Estou por um fio...
A tua partida
Foi como uma bomba
No meu coração,
Deixando-o desfeito
Aberto, sangrando
Caminhando para o incerto,
Sozinho, definhando,
Sem interessa pela vida
Que passa a direito.

Estou por um fio...
Já não penso sensatamente,
Nem confio na razão
Dentro na minha mente
Está um enorme turbilhão
De sentimentos,
De sonhos criados,
De bons momentos,
Agora rasgados.

Estou por um fio...
Só me apetece fugir
Para um lugar sem retorno
Onde não possa sentir
Esta sensação de abandono
Que invade meu peito
E me deixa desfeito
Sem conseguir resistir
A querer desaparecer.

27 de outubro de 2015

Reflexo da alma!

Resguardo-me no interior,
Vejo o reflexo da minha alma
E nele um amor
Que depressa me acalma.

Um sentimento profundo
Que é maior que imaginava
Do tamanho do mundo
O mundo no qual morava...

É nele que me refugio
Nos dias mais cinzentos
E procuro o pavio
Que me acenda por momentos.

Que me faça perceber
Que não estou sozinho,
E consiga entender
Qual o meu caminho.

Para que te consiga dar
Tudo aquilo que desejo
E se possa transformar
Num meu mundo, a cada beijo.

Só tu importas ao meu lado
Diga o mundo o que disser
Quando este amor estiver acabado
Já estarei perto de morrer.

24 de outubro de 2015

Corpo inerte e frio!

Corpo inerte e frio,
Sem medo nem receio,
Sem vontade nem desejo,
Procura no consolo de um beijo
Um luz neste olhar alheio
Ao mundo vazio.

A viva voz grito,
Como forma de expressar
Todo o ódio que sinto
E que a mim próprio minto,
Pois ele está a me matar
Tanto de corpo como de espírito.

Perco-me no negro
De uma escuridão galopante
Que invade minha alma
E que nada me acalma
A não ser a dor dilacerante
Que sofro em segredo.

Que acabe a vida em mim
E leve este sofrimento
Que guardo dentro do meu peito
Agora ferido e desfeito
Degradando-se a cada momento
Que me aproximo do fim.

23 de outubro de 2015

Desafiando-me!

Preso num medo
Dificil de explicar
Não sinto o momento
Que procuro explorar
E sem me aperceber
Deixo o tempo passar
Sem ter a hipotese
De um dia tentar...

Refugio-me no refúgio
Que criei para mim
E em casa, isolado
Solto um grito amargurado
Pela falta de confiança
De fé, de esperança
De lutar por um fim
Que tenho aguardado.

Saio a correr,
Mesmo estando a chover
E atiro-me na lama
Limpando a alma
Suja de tanto fugir
E não conseguir enfrentar
Os desafios, que ao surgir
Soube sempre evitar...

Sou um homem sem rumo
Sem destino, sem solução
Separado por um riacho
Impossível de trespassar
Que me impede de melhorar
E explorar o melhor de mim
Guardado no interior,
Com ódio e rancor
Por não se conseguir soltar...

Quebro a garrafa,
Dos medos e receios
E estilhaço cada desafio
Com força e dedicação
Elevando cada padrão
Da minha forma de ser
Levando-me a perceber
Que posso melhor
E atingir a perfeição
No que me propuser criar.

22 de outubro de 2015

Prisioneiro em mim!

Fico dormente,
Preso na mente
De onde não consigo fugir,
Pensar, sentir
E me perco na imensidão
De um abismo de ilusão
Constuido no meu interior
Para me proteger do exterior.

Preso em mim
Não tenho como escapar
Sem antes me enfrentar
E enfrentar meus receios,
Meus medos e devaneios
Que me fazem vacilar
Me fazer recolher
E ter medo de errar
Em vez de lutar e vencer...

Solto-me da inércia
Que controla o meu corpo
E enfrento cada batalha
No fio da navalha
Sabendo que o futuro
Poderá ser decidido
Entre enfrentar as dificuldades
Ou ser um furagido
Aprisionado no seu proprio corpo
Sem nada poder fazer.

21 de outubro de 2015

Teu calor!

Procuro-te na noite fria,
Como forma de me aquecer
Sem me aperceber
Fico vidrado
Apaixonado
Pelo teu toque quente
Que me entorpece a mente.

Deixo-me ficar,
Rodeado do teu calor
Que me aquece por completo
Quebrando por completo
Todas as minhas resistências
E as falsas aparências
Que senti ao chegar...

Relaxo,
Abraço a tua forma de estar
De me levares ao inferno,
De tomares conta de mim.
De ficares ligada
Até a madeira chegar ao fim
E me aqueceres
Em cada noite de inverno!

16 de outubro de 2015

Meu coração!

Bate meu coração,
Forte,
Apaixonado,
Acelerado,
Com a sorte
De te encontrar,
De ter te deixado entrar
E o inundares de uma nova sensação...

Amor!
Que no calor do momento
Faz nascer esse sentimento
Que alimenta meu ser
E faz-me perceber
Que quero estar a teu lado
A sonhar ou acordado
Quero sentir esse teu calor.

Sem ti,
Cresce um vazio
De ausência!
Cria-se um frio
De indiferença!
Que não quero recordar
Nem voltar a sofrer,
Uma ferida por sarar
Ainda antes de te ter.

15 de outubro de 2015

Epifania

Agarro em palavras
Para escrever poemas,
Pensando em que temas
Poderei escrever...

Vou ficando bloqueado,
Sem saber o que dizer
Sinto-me desapontado
Por não o conseguir fazer...

Mas paro e reconheço
O quando estou errado,
Não são as palavras que escrevem
Quando estou inspirado.

São sentimentos vividos
Sensações experimentadas
Que têm de ser convertidos
Para serem partilhadas...

Escolhi a poesia
Para o conseguir fazer
E as palavras são um meio
Para o que tenho a dizer.

Não é fiel ao que sinto
Mas tento ao máximo descrever
Todas as coisas que me dão forma
E me fazem viver.

Vazio da Mente

Encaro a folha vazia,
Tremo, sem me aperceber
Pois a escrita que tive um dia
Parece desaparecer...

Fico parado, quieto,
Tentando um tema arranjar,
Não sei nada concreto
Mais uma folha para rasgar...

Rabisco uma e outra frase
Qualquer coisa sem sentido
Continuo neste impasse,
Em busca de um poema perdido.

Concentro-me no vazio
Para focar a atenção,
Mas deve estar frio
Pois congelou minha inspiração.

Sou um vazio da mente
Sem nada para escrever.
Um poeta sem semente
Para o poema florescer.

Mas logo me recordo
Que a escrita vem de coração,
E assim acordo
Com vários poemas escritos na mão.

13 de outubro de 2015

Percorre...

Percorre o meu ser
Com o teu toque,
Deixa que o prazer te sufoque
E solte a chama inibida
De uma paixão esquecida
Que se deixou morrer...

Percorre o meu corpo
Com cada beijo,
Desperta este desejo
Que guardo no interior.
Solta este amor
Que por ti tenho guardado,
Faz este corpo ser desejado
Faz-me ser o teu porto...

Percorre cada recanto
Satisfaz minhas loucuras,
Faz-me viver as aventuras
Que tenho no pensamento
Transforma-as num momento
Que possa recordar
E voltar a experienciar
Sozinho no meu canto.

Percorre...
Não deixes nada por descobrir!
Faz-me apenas sentir
Que pertences a mim
E desejar no fim
Que este momento seja eterno.
Se o pensamento for efémero,
Ficará gravado na alma,
Que este fogo não acalma
Até que esta morra...

Queres-me?

Se te mostrar os meus medos,
Meus receios e fraquezas,
Será que continuarás a me querer?

Se souberes os meus segredos,
Se não tiveres certezas,
Estarás ao meu lado enquanto viver?

Se quiser ir embora,
Para um local distante,
Irias querer ir comigo?

Se achares que não está na hora,
E duvidares por algum instante,
Quererás apenas como amigo?

Mostro-me sem nenhum plano
À espera da tua aprovação,
Sem medo do teu olhar,
Sem dúvidas que me façam duvidar
Que quero estar ao teu lado
Ser teu futuro e presente,
Esquecer o nosso passado
Para que possamos seguir em frente
E sem nenhuma hesitação
Mostrar como te amo.

Amarás da mesma forma?

Acreditarei que sim
Estarei a aguardar por ti
E se no fim
Decidires que não te mereço
Espero que guardes o que te ofereço
Pois já não preciso para mim.

12 de outubro de 2015

Entrego-te a alma!

Entrego-te a alma,
Com a calma
Que me soubeste dar
Sem nunca procurar
Tirar partido
De um coração sofrido.

Entrego-te a alma,
Pois o coração já é teu
Aquele que já sofreu
E que agora bate descompensado
Por se sentir amado
De forma especial.

Entrego-te a alma,
Faz dela o que entenderes
Mas se me fizeres
Sofrer,
Regista o que te disser:
Te causarei sofrimento,
Mesmo que mostres arrependimento
E pedirás ajoelhado
Que sejas perdoado
E que te deixe viver...

Mas já não terei alma,
Nem alguma compaixão
Pois a alma foi-te entregue
Assim como meu coração
Por isso podes pedir,
Podes até implorar
Que o que virá a seguir
Nada poderá travar...

4 de outubro de 2015

Labirinto!

Sinto-me perdido!
Procuro uma saída,
Corro em várias direções
Mas só encontro ruelas
Sem nenhumas soluções.

Tento desesperado
Encontrar um caminho
Que me permita sair
Desta confusão onde me meti
Deste presente sem ti
Sem amor e carinho.

Viro para um lado
Novo caminho sem saída
Volto para o outro
E vejo a minha vida
Numa encruzilhada sem resolução
Onde cada movimentação
Parece ser antecipada
Criando uma barreira
Que não pode ser ultrapassada...

Subo bem alto,
Para o muro que me prende
E algo me surpreende
Por perceber
Que me estou a perder
Num Labirinto da minha mente
Que não existe sequer.

2 de outubro de 2015

Desejo Negro

Deixas-me louco!
Por ti esqueço do que prometi
Do que quero para mim,
De onde quero chegar,
Ficando apenas cego,
Para te ter
E te poder tocar,
Saborear o teu prazer
Que me faz perder o controlo.

Deixas-me ansioso!
Por sentir o teu toque
O teu sabor intenso,
Que me faz viajar
Por um mundo de sensações
Apagando um desejo
Guardado dentro de mim
Que graças a ti
Chegou ao fim...

Abuso da tua companhia
Mato essa vontade
Dissipando a ansiedade
De te ter novamente
Mas após te largar,
Não consigo evitar
Que na minha mente
Já te esteja  a desejar...

Quero manter-te longe...
Quero manter-te por perto
Mas neste momento incerto
Apenas consigo dizer
Que és a minha tentação
És quem me leva ao desespero
Por ti acelera meu coração
Meu pecado... Chocolate Negro!

1 de outubro de 2015

Tento esquecer-te...

Tento esquecer-te!
Tirar-te do pensamento
Onde por um momento
Pensei que pudesses viver,
E no meu coração mandar
Para que conseguisse dizer
Que um dia soube o que era amar...

Tento ignorar-te!
Não me lembrar que existes,
Esquecer recordações
De dias passados ao teu lado
Ocultar sentimentos
Que me deixam acordado
Por não te ter por perto...

Tento apagar-te
De cada pedaço do meu passado
Que conseguiste deixar marcado
Mas que faz doer
Apenas por recordar
Que por não te ter
Não consigo evitar
Que já fui feliz
E não soube aproveitar...

Tento não te ter,
Mas será que tento de verdade?
É que na realidade
Queria ter-te por perto
E num suave aperto
Dizer-te ao ouvido
Que é apenas contigo
Que quero partilhar um futuro.

28 de setembro de 2015

Um amor do passado!

Esperei por ti,
Não apareceste...
E então esqueci
Segui em frente
Para poder viver
Sem nunca esquecer
Que ficaste uma lembrança,
E uma réstia de esperança.

Tornaste-te passado,
Guardada sem me lembrar
E eu um coração magoado
Sem coragem para amar.
Com medo de sofrer
Uma nova desilusão
Ou medo de viver
Uma simples paixão...

Mas eis que o presente
Me apanha desprevenido
E apareces de repente
Através de um amigo
E voltas a comandar
Este coração adormecido
Que já não sabe controlar
Este amor antigo...

És um passado gravado
A fogo no meu peito
Um presente não realizado
Um futuro desfeito...
Mas és quem desejo
Com quem quero estar
És a promessa de um beijo
Para meu coração se acalmar...

8 de setembro de 2015

Partiste faz tempo!

Verto uma lágrima,
Ao pensar em ti
E reparo no tempo
Que este sofrimento,
Se apoderou de mim...

Partiste inesperadamente,
Apesar do desfecho anunciado,
Criou-se um vazio cá dentro
Que continua aberto
Sem ti ao meu lado...

Vejo-te nos sonhos,
Procuro-te em pensamentos
E tenho momentos
Em que te procuro para me orientar
Pedir os teus conselhos
Para de alguma forma de ajudar
E seguir o meu caminho.

Partiste,
Levaste parte de mim,
E com o passar do tempo
Atraiçoa minha memória
Que confunde a história
E os traços do teu rosto,
Do teu sorriso cativante,
Da tua forma de estar,
Do teu olhar motivante
Para que me pudesse superar.

Faz tempo que não te vejo
Que não te posso tocar
Mas terás em mim um porto seguro
Onde sempre que quiseres
Podes por uns tempos voltar
E estares disponível para me ouvir,
Para me veres sorrir e a chorar.

3 de setembro de 2015

Ácido em mim!

Ecoa em mim
O som do silêncio,
Que me queima por dentro
Como um ácido raro.

A cada pensamento,
Uma brecha vai-se abrindo
Evapora-se um sentimento
Que no seu devido momento
Teve uma importância fulcral
E agora se tornou banal
Neste vazio vai surgindo.

Peito aberto,
Coração despedaçado
Assim fico, nesse estado
Com a acidez da minha forma de ser
Com o meu jeito de viver
Que te vai afastando
E a todos que me rodeiam
Atirando-me para um abismo
Que todos odeiam...

Mas é onde me sinto bem,
Isolado do mundo,
Sem prestar contas a ninguém,
Vendo-me desaparecer
Como se fosse água a correr
De um rio a secar
Que sem querer acabar
Se vai movimentando para o fim.

É nesse ácido que me afogo
E afogo minhas frustrações
Fazendo a contagem
Para o fim desta viagem
Onde as grandes emoções
Foram apenas uma miragem. 

2 de setembro de 2015

Descobre-me...

Descobre-me...
Envolve-me num abraço
E devora cada barreira
Criada para me proteger
De uma paixão ardente
De um fogo incandescente
Que me faça perder o norte,
Que faça bater meu coração mais forte
Sem controlo, nem suporte.

Percorre,
Cada pedaço da minha alma,
Cada centímetro do meu corpo,
Conhece o toque certo que me acalma,
Sê o meu seguro porto
E faz-me te desejar
Querer o melhor de ti
Faz-me tua vida abraçar
E caminhar ao teu lado até ao fim.

Arrisca,
Sem medo do ridículo
Pois amar não tem limites
Para o que se pode fazer
Deixa teu corpo ceder
Aos desejos de demonstrar
Que está pronto para amar
E ser amado
Sem um plano programado
Criado para falhar,
Pois o amor não é para pensar
É para viver intensamente
Até quando der, diariamente.

Descobre-me!!!
Procura mais um bocado
Bem perto de onde estás
E vê que estou ao teu lado
Vás tu para onde vás
E ai permanecerei
Até tu me quereres
Pois descobriste o meu mundo
E é nesse mundo que devemos viver.

31 de agosto de 2015

Navio sem porto!

Quero ser livre,
Poder soltar as amarras
Que me prendem ao corpo
E vaguear sem receios,
Por um universo desconhecido,
Que responda aos meus anseios
De ser um navio sem porto.

Quero a liberdade,
O dizer a verdade,
Sem medo da consequência.
Viver a vida como quero
Sem manter a aparência,
Do errado ou do certo,
Do abstracto ou do concreto,
Que não me fazem ser Eu.

Quero partir,
Voltar quando quiser,
Poisar onde me der,
Vontade de poisar
E ai desbravar
Um mundo novo,
Repleto de novas sensações
De sonhos e desilusões
Que possas experimentar
E com elas aprender.
Que possa crescer,
Sem ter o medo de errar.

Serei um navio sem bandeira
Sem porto fixo para poisar,
Deixando as ondas me levarem
Para parte incerta,
Para que a cada descoberta,
Me possa conhecer
E assim entender
A que porto retornar.

28 de agosto de 2015

Viver na demência

Entrego-me ao abismo,
À escuridão...
E vejo com tal realismo
A pérfida razão
Da minha existência...

Nasci para sofrer,
Para causar sofrimento,
Para ver o mundo morrer,
Sem dor, nem sentimento,
Apenas contemplando a ausência...

Sou um ser errático
Vivendo em agonia
Cada noite, cada dia,
Mostrando o lado prático
De uma sociedade em decadência...

Alimento-me do rancor
Do desprezo, da solidão
Abomino a compaixão,
A amizade, o amor
E qualquer tipo de carência...

Sou o caminho para o fim,
Nascido para morrer,
Alguém que não escolheu ser assim
Mas assim gosta de ser,
Vivendo na sua demência.

27 de agosto de 2015

Perdi-te!

Perdi-te...
Após mentir,
Para não magoar,
Após fugir
Para não te encarar...
Perdi-te!!!

Meti o pé pela mão,
E na ânsia de te recuperar
Segui meu coração,
Em vez de aguardar.
Deixar o ódio arrefecer
E a chama voltar
Para que pudesses perceber
Que  não te faço sofrer
Que apenas te quero amar.

Mas fiz tudo errado
E perdi-te para sempre
Num amor condenado
À extinção permanente,
Onde qualquer recordação
Deste amor ultrapassado
Será uma inglória ilusão
De um qualquer momento imaginado.

7 de agosto de 2015

Despedaçado!

Despedaçado,
Meu coração,
Fragilizado
É atirado ao chão...

Objecto vulgar
Usaste em teu prazer
E sem novo uso para dar
Deixaste-o a morrer...

Abres golpes profundos,
Sangra até ao fim
Leva horas, talvez segundos
Até não te lembrares de mim.

E fico num negro vazio
Onde choro tua ausência
Sacudindo-me de dor e frio
Entregando-me à demência.

Sou uma alma sem ser,
Sem amor nem coração
Sou um corpo a morrer
De uma grande desilusão...

29 de julho de 2015

Fim da linha...

Está difícil de suportar
O amor desapareceu,
O fascínio morreu
Aquela cumplicidade
Desapareceu e a amizade
Deixou de nos ligar.

Entregamo-nos à rotina,
Ao ter o outro como garantido
E sem qualquer esforço
Fomos criando um fosso
Que se apoderou da nova vida,
Se colocou como nosso destino.

Tentei lutar,
Desesperado por te perder,
Para mais tarde perceber
Ser o único a remar
E querer salvar um relacionamento
Que tu já nem tinhas no pensamento.

Agora cada um no seu canto
Penso em ti vagamente
E vem um sorriso ao rosto
Lembrando o oposto
Que nos juntou lentamente
E que era o nosso encanto.

Seguimos nossa vida,
Sem nunca te esquecer,
Mas vim a perceber
Que também não me esqueceste,
Mas tiveste o que mereceste.

E quando pensares em mim
Vais recordar
Que foste quem pôs um fim
Nesta relação
E partiste um coração
Que apenas te queria amar.

27 de julho de 2015

Gravada em mim!

Não tem forma de te esquecer
Tu de mim não sais
Gravada no meu peito
A fogo, deixaste marca
Que não vai sarar
E a cicatriz que deixar
Irá sempre doer...

Minha vida sem ti
Não faz sentido,
Sinto-me perdido
E já não sei como encontrar,
Mas partiste
Levaste meu coração
E com ele a solução
Para este sofrimento.

Estarás para sempre em mim
Mesmo sem estares ao meu lado
E até ao fim
Sonharei acordado
Com o dia em que te terei aqui
Para viver este amor
Sem medos!

22 de julho de 2015

O jeito é...

O jeito é...
Te esquecer
Retirar do pensamento
Cada momento
Passado a teu lado
Onde, obcecado
Por um pouco de atenção
Entreguei meu coração
Sem fazeres nada para merecer.

O jeito é...
Passar um curativo
Com linha e adesivo
Para fechar a ferida
Que deixaste a sangrar
Mais uma nesta vida
Para meu coração coleccionar
E talvez aprender
Como não voltar a sofrer.

O jeito é...
Desaparecer,
Fechar-me para este mundo
E deixar o tempo passar
Sem que não volte amar
E esperar que noutra encarnação
Tenha a permissão
Para encontrar um amor para viver
Cada momento, cada segundo.

19 de julho de 2015

Teu lar!

Fui te encontrar
Sentada à beira mar
Vendo as ondas rebentar
Sob a luz do luar...

Sentei-me a teu lado
E aguardei um bocado
Para te conseguir falar
Sem me engasgar.

Passado o receio inicial
Lá disse que pretendia
Para o bem ou para o mal
És o melhor do meu dia.

Ficaste quieta, calada
A contemplar a luz do luar
Sem dar por isso, a mão dada
E um beijo sem esperar.

Surpreendido, sem reacção
Derreti-me no teu olhar
Conquistaste meu coração
E tomaste-o teu lar.

16 de julho de 2015

Sem ti...

Sem ti...
Fico desorientado,
Perdido no escuro,
Sigo um caminho atribulado
Sem presente nem futuro!

Sem ti...
Sou uma bussola sem norte,
Um sol sem calor,
Sou um trevo de quatro folha sem sorte,
Um coração sem amor.

Sem ti...
Sou um destino sem visão,
Do que é melhor para mim
Sou um produto de uma ilusão,
Prestes a chegar ao fim.

Sem ti...
Sou fraco, quebrado
Sem forças para me levantar.
Sou um romantico mal amado
Já com medo de amar.

Sem ti...
Sigo um futuro
Que não poderá existir.
Fico preso a um passado
De onde não quero sair.

Sem ti...
Não existo.
Sou um corpo vazio.
Sem alma, sem sentimentos
Apenas carne a apodrecer ao frio.

Sem ti...
Não há história
Nem sentimentos para contar.
Não existes nem na memória
Sem ti não um EU que valha cá ficar!

Teu corpo marcado!

Não consigo controlar
A forma como te desejo,
Passo o dia a sonhar,
A forma de te conquistar
E te "roubar" um beijo...

Teu corpo endiabrado
Que me deixa louco
Faz-me desejar o pecado
De te consumir pouco a pouco...

O toque por momentos, 
O calor do teu abraço
Faz esquecer temperamentos
Que no teu regaço
Elevam sentimentos
De loucura e cansaço,
Por uma breve paixão
Vivida de uma forma inocente
Que criou a ilusão
De estares cá, presente...

E não sais da minha mente,
Nem essa noite de prazer,
Mas chego a duvidar
Que tenha chegado a acontecer.

Não fosse teu corpo ficar marcado
Na minha pele, como tatuagem
Pensaria que tinha alucinado
E que terias sido apenas uma miragem.

10 de julho de 2015

Coração magoado!

Guardo meu coração magoado
Num recipiente fechado,
Trancado, protegido
Por um sentimento ferido,
Difícil de ultrapassar
Impossível de esquecer
Que em vez de me alegrar
Só me fez sofrer...

Escondo-o do mundo,
Afasto-o da minha razão
Para que caia no esquecimento
E passado algum tempo
Não se possam lembrar
Que tenho um coração,
Fácil de controlar.

No fundo do meu ser, resguardado
Acolho o sofrimento,
A dor da desilusão
E ligo a oxigénio um coração
Sem forças para continuar a bater
Desejando sarar,
Mas sem forças para lutar
Para uma recuperação eficiente
Que proteja a si e à mente
Para não cair em sonhos irreais
Em desejos carnais
Que o levem de novo ao abismo.

Apago a existência da lembrança,
Enterro a esperança
De um coração totalmente recuperado
E vivo com ele magoado
Aprendendo a fugir,
Lutando por não sucumbir
A uma nova tentação,
A uma nova ilusão
Que crie feridas mortais
Num coração fraco demais...

9 de julho de 2015

Deixo-te um bilhete!

Deixo-te um bilhete,
De despedida...
Quero partir,
Mas não te consegui enfrentar
Com medo de ceder
E voltar a ficar...

Deixo-te um bilhete,
A explicar os motivos
Desta inesperada partida
Para uma nova Vida
Longe desta pressão,
Desta grande confusão,
Que se tornou meu dia-a dia.

Deixo-te um bilhete,
Não espero que entendas,
Mas precisava de respirar,
Ir para longe, apanhar ar
E clarificar meus pensamentos,
Perceber meus sentimentos
E assim decidir
Que caminho tomar...

Deixo-te um bilhete,
E deixo o meu carinho,
Meu amor, minha amizade
Que é a única verdade
Que levo comigo,
Neste novo caminho
Que decidi percorrer,
Talvez para me conhecer
Ou perceber onde me perdi...

Deixo-te um bilhete,
Porque não conseguia imaginar
Teus olhos a chorar,
Teu olhar a suplicar,
Para não desistir,
Para esquecer o partir
E tentar uma vez mais reparar
O que se tem vindo a degradar
E não soubemos corrigir...

Deixo-te um bilhete!
E nele, a minha Vida
Que espero recuperar
Quando mais tarde voltar
Para teus braços
E renascido,
Recomeçar
O que agora perece perdido!

7 de julho de 2015

Uma aventura impossível!

Percorro teu corpo com um beijo
Desnudado e quente
Mostrando o desejo
De uma alma carente...

Percorro com ferocidade
Tento não escapar um pedaço
Que não meio da ansiedade
Acabam num percalço...

Desejo-te como não percebia
Nunca tinha tomado atenção.
Vejo-te como não te via
Incendiaste-me a alma e coração...

Teu corpo baila no meu olhar
Despertando todos os sentidos
Fazendo-me apenas sonhar
Viver todos os pecados conhecidos.

Percorrer-te por inteiro
E mesmo assim não me cansar
Fazer de ti o meu mundo inteiro
O qual gostaria de desbravar...

Conhecer cada recanto
De ti, do teu ser
E saborear cada encanto,
Cada fonte de prazer.

É levares-me ao céu e à loucura
E descer à terra e desaparecer
É viver contigo uma aventura
Que nunca poderá acontecer.

Abraça-me!

Abraça-me!
Com força para não me perder,
Para me manter quieto,
Num aperto
Onde todo o sentimento
Que dizes sentir por mim
Me faça perceber por fim
Que é ao teu lado que devo ficar
Em vez de duvidar
Cada segundo, cada momento
Que estou a viver...

Abraça-me!
Empresta-me teu ombro para chorar,
Desabafar minhas mágoas.
Deixa cair minhas lágrimas
Que se misturam nestas águas
Que me afundam o pensamento
E me toldam a razão
Onde confundo este sentimento
Entre amor e paixão
E entrego-me e me perco
Sem sentido de orientação...

Abraça-me!
Ou deixa-me cair...
Quero apenas fugir
Desta vida sem sentido
Deste amor já vivido
Que não foi criado para mim
No qual eu nunca senti
Ser um ser desejado
Ser alguém amado
Por que entreguei tudo de mim
E que agora chego ao fim
No calor do teu abraço
Vazio,
Oco,
Só espaço
Onde já não quero estar,
Onde não quero permanecer
Onde se me deixar ficar
Significa que escolhi morrer...

2 de julho de 2015

Longe vai o tempo!

Longe vai o tempo
Onde ao observar uma rosa
Saía um verso, 
Uma prosa
Uma rima destinada
A uma pessoa amada
Que por efeitos de magia
Mantinha a energia
Necessária para escrever,
Para assim encher
Folhas brancas de um caderno
Agora aberto
E deserto
De palavras, de sentimentos
Partilhados em momentos
Que não vou esquecer...

Longe vai o tempo
Em que o teu sorriso
E um toque no rosto
Significava um esboço
De mais um poema
Inspirado num tema 
Onde eras a inspiração,
Palavras directas do coração
Que batia por ti,
E pela atenção
Que dedicavas a mim
Sem o mínimo de medo,
Namorando em segredo
Sem ninguém se aperceber...

Longe vai o tempo
Em que eu era assim
Por estares perto de mim!
Mas agora que já não estás
Apenas vives no pensamento
Sinto que a inspiração
Para te colocar em palavras
Se tornaram frias,
Escassas,
Criando um livro em branco
Cheio de folhas vazias
Onde à pouco mais de míseros dias
Vivias cheia de emoção
E fazias bater meu coração!

1 de julho de 2015

Enterra meu coração!

Sinto meu coração a bater,
Mas já não é meu
Bate por outro ser
Que nenhum valor lhe deu.

Bate descompensado
Por um amor arrebatador
Mas sem ti ao meu lado,
Bate de raiva e de dor...

Arranca meu coração
Enterra-o onde te apetecer,
E rasga o mapa que assinala
O local onde foi deixado,
Para que não possa ser encontrado,
Para que não volte a sofrer.

Tirei-me esta dor do peito
Este brilho do olhar
E enterra esse coração desfeito
Onde o único pecado foi te amar.

Liberta desse destino
Desse carinho sem amor
E segue por outro caminho
Onde eu fique sozinho
Enterrado nesta dor

Deixa-o abandonado
Enterrado, amarrado
Até parar de bater
E suspirar para o ar gelado
Que por não te ter ao meu lado
Mais vale parar e morrer...

26 de junho de 2015

Mudança de mentalidade!

Não me sinto eu mesmo
Não consigo explicar
Mas algo na minha mente 
Está a me mudar...

Algo de quebrou
Mudou minha forma de ver
Minha maneira de pensar
Até a forma de viver...

Sinto-me mais solto
Sem querer saber da opinião
Que sem te conhecer
Te atiram ao chão
Apenas para ser superior
E se rirem com a dor
Que provocam noutro ser.

Sinto-me mais imune
Aos solavancos que a vida
Me tem dado a conhecer
E já não deixo que ela me pune
A seu belo prazer
Pois não me deixo vergar
Sem me debater
E sei que quando terminar
Apenas posso vencer...

Sinto-me um outro ser
Não sei se para melhor
Mas venha o que vier
Estarei mais preparado
E já não serei o fraco
Que se encolhe a esperar
De ser saco de pancada
Até o outro acabar
De descarregar a frustração acumulada

Encanto envenenado

Rasga esse encanto
Que tenho por ti,
Liberta-me desse desejo
Que a promessa de um beijo
Cravou em mim...

Quebra o fascínio
Com que o teu olhar me seduz
E deixa-me entrar em declínio
Num canto sombrio
Onde não haja luz...

Deixa-me mergulhar na escuridão
Percorrer meus sentimentos
E queimá-los um a um
Até não restar nenhum
Que me faça sofrer
E assim possa esquecer
A marca que deixaste em mim.

Deixa me recolher
E inspeccionar minha mente
À procura de vestígios
Guardados neste pobre coração
Para apagar para sempre
Cada recordação
Que causou uma ferida
Impossível de sarar

24 de junho de 2015

Rasga o preconceito!

Rasga esse preconceito
Não tens esse direito
De julgar os outros
Para te sentires superiorizado
A um semelhante magoado
Por agressões baratas
Que atiras como facas
E que vão deixando marcas
Difíceis de sarar.

Quebra a injustiça
Praticada pelo prazer
Que tens de tratar mal
Um outro ser igual
Que nada fez por merecer
Esse tratamento racial
Que te transforma num monstro
Que apenas tem um gosto
De pisar quem o rodeia
E que só o sofrimento saboreia.

Deixa essa vida
E para de magoar
Os outros só porque sim
Pois isso um dia terá um fim
E se virará do avesso
Transformando-te a ti no indefeso
Que ninguém se vai preocupar
Pois só soubeste maltratar
Quem na sua inocência
Ou na forma de estar
Deixou-se ficar calado
Apesar de apanhar
De qualquer lado
Onde pudesses atacar...

Deixa esse lado negro
Vê o mal que praticas
E o quanto sacrificas
No futuro de alguém
Que nunca mereceu teu desrespeito
Nem o teu desdém
Para ser tratado desse jeito
Como se não fosse ninguém.

Escreve sem pensar...

Fecha os olhos
Deixa os sentimentos fluírem
E pára de pensar!

Deixa as emoções
Guiarem a tua mão,
O teu pensamento
E deixa-te ir no momento
Sem pensar em rimas
Ou poemas.

Fecha os olhos
Vê o teu mundo interior
Encontra o teu centro
E a partir desse momento
Deixa a mão escrever
E quando abrires os olhos vais ver
Que o texto escrito
Não foi pensado,
Nem tão pouco estruturado
Mas tudo parece encaixar
E quem sabe rimar...

Mas mais importante,
É que é um espelho do que se sente
E paira, inerte, na mente
À espera de ser descrito
Ainda que de uma forma rudimentar
Pois o que estás a sentir
Nunca o consegues explicar
Mas consegues transmitir
Para outro alguém ler
E assim experimentar
O que estás a viver!

Fecha os olhos...
Abre-os sem pensar
Escreve ser querer
Saber o que estás a escrever
E quando releres
Irás te surpreender
Com o que o inconsciente
Que levou a contar.

22 de junho de 2015

Coração desenhado!

Faz um esboço do meu coração
Desenha-o com cuidado,
Com toda a atenção
Para ter espaço para os sentimentos
E para todos os momentos
Que aos poucos crescerão,
Tendo a ti a meu lado
De papel e lápis na mão...

Desenha, faz rascunho
Tenta as vezes que for necessário
E deixa-te levar
Pela inspiração
De encontrares um local
Para o coração
Que estás a desenhar
Com o traço do teu punho
Para um dia te amar.

Deixa o lápis correr
E desenhar a seu gosto.
Não procures a perfeição,
Permitindo errar
E assim descobrir
Como se superar
E recuperar
De uma desilusão
E entregar-se sem medos
Sem recorrer a segredos
A quem o amar
Com os defeitos que tiver
E as marcas que houver.

Deixa-o viver...
Liberta-o desse caderno
Agora já pequeno
Para tanto sentimento
Nascido dentro de si
Que deseja viver
E assim conhecer
O verdadeiro significado
De estar ao teu lado
E amar cada momento
Em que bate, acordado
Pelo teu desejo de o ter.

O tempo parou...

Quebra-se um momento
Um olhar silencioso
Gela-me a alma
Enquanto te vejo desaparecer
Afastando a calma
Que queria transparecer
Ao estar contigo.

O tempo parou
Assim como meu coração
Ao ver que o amor
Que pensava sentir
É uma ilusão
Que deixei surgir
E inundar o meu dia
Com uma alegria
Que pensava já não existir
Sem te ter por perto...

Agora, sombrios são os tempos
Em que acordo sobressaltado
Pensado no passado
Onde teus braços dormiam
Abraçados aos meus,
Agora gelados
Por não serem abraçados
Por um carinho teu...

Negras são as horas
Os dias, as semanas
Desde que tu partiste
E levaste minha alma
Meu coração
Meus sentimentos
E com eles os momentos
Onde tudo era real
Onde a minha vivência total
A ti se resumiu
E assim se consumiu
Até já nada restar...

19 de junho de 2015

Foi uma ilusão

Foi uma ilusão
Que tomou conta do meu coração
E me deixou apaixonado,
No fim, abandonado
A este sentimento voraz
A um desejo mordaz
Que cresceu sem consentimento
Devido a um pequeno momento...

Agora vejo uma miragem
Do que pensei existir
E não esqueço a viagem
Que sem nunca pensar
Estava a embarcar
E que queria seguir...

Mas terminou o caminho
A ilusão teve o fim
E agora dou por mim
Sem saber o que faço
Procurando em cada espaço
Essa acendalha de desejo
Que se perdeu com um beijo
Que confundi com carinho.

Fecho os olhos e estar presente
Exclusivamente na minha mente
Pois tento te abraçar
A apenas apanho o ar,
Que ocupa o lugar do teu corpo
O qual nunca percorri
Mas que por breves momentos desejei!
O qual nunca senti
Mas que com ele sonharei...

17 de junho de 2015

Uma vida de ilusão!

Um corpo sem chama,
Vazio
Abandonado,
Entregou-se ao desconhecido
Ficando ferido
Queimando por dentro
Transformando o fogo existente
Num vulcão extinto...

Um fogo sem alma,
Destruindo sem hesitar
Sonhos,
Pensamentos,
Desejos,
Sentimentos,
Que me permitiam conhecer
Quem era o meu ser
E me fez ficar
Oco.

Um olhar sem vida,
Uma expressão sem desejo
Levado num beijo
Que me levou a vontade
Não deixando nem a saudade
Do ser que fui antigamente
Que vagueia perdido na mente
E já não sabe como comunicar
Através do olhar.

Um sonho sem brilho,
Apagado em silêncio
Mergulhado na escuridão
De um recipiente antigo
De pedra dura,
Fechada numa armadura
Em que ficou meu coração,
Frio, sem a percepção
De ter existido
De ter conhecido
O que era viver livre...

15 de junho de 2015

Sentir Açores!

Mistérios por descobrir
Natureza por desbravar
Uma beleza a surgir
Por entre as brumas do mar...

Uma pérola no oceano
Espalhada por várias ilhas
Um arquipélago que tanto amo
Devido às suas maravilhas.

Campos a perder de vista
Com a natureza no seu esplendor
É uma tela, para qualquer artista
Seja ele poeta, musico ou pintor.

Seus trilhos para caminhadas,
Seus lagos de azul profundo
Conseguem criar tardes bem passadas
Como em nenhum lugar do mundo.

Das regatas de baleeiros,
Que chamam centenas para as ver
Às festas dos santos padroeiros,
Que ninguém as quer perder.

Açores é magia
No mais puro estado de ebulição
É um brilho no dia-a-dia
De se guardar no coração.

É mistério,
É saudade,
É um poço de inspiração...
É natureza,
É liberdade
É um cantinho no meu coração!




12 de junho de 2015

Era um corpo vazio...

Pegaste no meu corpo vazio
E encheste-o de paixão
Tornando algo que era frio
Num ardente caldeirão...

Fizeste desaparecer o rancor,
A raiva, o ódio, a desilusão,
Trocando por amor,
Por carinho e compreensão.

Deixei de ser transparente
Para o que a vida tinha para me dar
Fundi meu corpo à mente
Para um dia conseguir amar.

E da tua amizade
Nasceu a minha atração
Eras a realidade
Nascida da ficção...

Quero apenas ter-te por perto
Mais não te posso pedir
Não te quero num aperto
Em que possa fugir...

Estarei sempre ligado a ti
E espero ter-te a meu lado
Quando esta luta chegar ao fim
Espero deste sonho não ter acordado.

Arranco-te...

Arranco-te...
Da minha alma, 
Que sem pudor
Fizeste abanar
Retirando a calma
Que com tanto ardor
Demorou a montar!

Arranco-te...
Do meu pensamento
Que por instinto
Só pensa em ti
E nutre um sentimento
Que nem sei como o sinto
Mas que tem de ter um fim!

Arranco-te...
Do meu peito
Onde em silêncio
Te alojaste
E o deixaste desfeito
Por um desejo imenso
Que lá plantaste!

Arranco-te...
Das memórias
Onde vagueias em liberdade
Sem a mínima preocupação
Escrevendo historias
De uma vontade
No meu coração!

Arranco-te e apago
Cada lembrança de ti
E fecho o olhar
Para uma vez mais recordar
O teu corpo refinado
O teu beijo desejado
Que para sempre eu trago
Gravado dentro de mim.

Desejo incontrolável!

Tento acalmar meu espírito
Que baila sem controlo,
Desafogado por um desejo
Que tomou conta da minha vida!

Apareceu,
Sem dar conta que existia
E sem qualquer respeito
Alojou-se no meu peito
Fazendo-o acelerar
Tanto de noite como de dia.

Um desejo louco
Que me acelera o batimento
E me deixa num sufoco
Por não controlar um sentimento
Que me tolda a razão
E desperta a mente
Para toda a tensão
Acumulada...

Quero desbravar caminho
Quebrar muros e barreiras,
Tentar atingir o pretendido
De qualquer uma das maneiras.
Quero viver intensamente
O desejo descoberto
Quero grita-lo bem alto,
A todo o mundo, a céu aberto...

Quero perder a vergonha
E descobrir novas limitações
Quero viver o que a mente sonha
Sem contemplações...
Quero o que tenho direito
E o que não me for permitido
Que este desejo realizado
Intenso, real, vivido...

5 de junho de 2015

Quero-me apaixonar...

Quero-me apaixonar,
Entregar-me ao amor,
Sem medo de sofrer
E de me arrepender
De entregar o coração
A uma ilusão
Sem a reconhecer...

Quero ser feliz,
Viver sem medos,
Simplesmente ao teu lado,
Apaixonado,
Sem importar o dia-a-dia
Apenas a tua alegria
A alimentar o meu ser
E o prazer de te ter...

Mas porque é tão difícil?
Porque um simples amor
Não pode ser vivido
Quando, de ambos os lados,
É mais que apetecido?

Porque não se pode
Esquecer o mundo lá fora
E durante uma hora,
Um ano, uma vida
Passar despercebida
E viver intensamente
Este sentimento?

4 de junho de 2015

Grito atroz!

Grita cá dentro de mim,
Uma voz que não reconheço
Um som que me arrepia
Que me causa agonia
E que não consigo apagar,
Muito menos ignorar...

Um grito constante
Que me tolda a mente
Me destrói por dentro,
Plantando sentimentos
Que nunca ousei sentir
Tendo pensamentos
De um ser diferente...

Uma voz que mexe comigo
Com o meu poder de decisão
Que brinca com a minha alma
Que comanda o meu coração,
Transformando-o num brinquedo
Sem valor nenhum
Não tendo qualquer medo
De o entregar a qualquer um.

Um grito dilacerante
Que eu quero esquecer,
Que desapareça da minha mente
Nem que tenha de morrer...

Um grito de raiva,
De ódio, de rancor...
Um grito de alguém magoado
Por um antigo amor!

1 de junho de 2015

Quebra as amarras!

Quebra as correntes
Que sem te aperceberes
Te prendem a mente
Controla o coração
E nada do que ele sente
Te serve de inspiração...

Quebra a rotina
Deixa-te levar
Sem qualquer hesitação...
Escreve para te libertares
Desse maldição
De quereres escrever
Sem escrever a emoção.

Deixa-te ir...
Não penses nas palavras
Solta-te das amarras
Do teu pensamento
E liberta,
Todo o conhecimento
Toda a forma de sentimento
Que espera pelo dia
Onde serão transmitidos
Ao serem lidos ou ouvidos...

Mostra quem controla
O poder da tua mente
E quebra definitivamente a corrente
Que te impede de escrever
O que estás a viver
E mostrá-lo a toda a gente...

Desejo-te...

Desejo-te...
Com tantas forças
Que não consigo esconder
Que nos momentos que estou contigo
Não paro de tremer...

Tremo de nervosismo
Tremo por antecipação
De ao querer-te ao meu lado
Leve com uma rejeição.

Desejo-te
Desde que te conheço
Sei que posso exagerar
Mas desde esse dia
És tu quem eu vejo, 
Ao sonhar...

E quero tornar
Esse sonho em algo real
Basta que digas que sim
Ao meu pedido informal...

Desejo-te!
Por um momento
Que espero não terminar...
Desejo-te,
Por todo o tempo
Que me permitires te amar!

31 de maio de 2015

Fecho os olhos a esta vida!

Fecho os olhos!
Não quero ver mais o mundo que me rodeia
A desgraça alheia
Que me faz ficar doente
Enojado com a gente
Que sem escrúpulos
Nem arrependimentos
Manda e desmanda nos despedimentos
No que se deve cortar
Enviando para a pobreza
Para uma vida de tristeza
Quem passou uma vida a trabalhar
Mas que não conseguiu poupar
Num mundo de indiferença.

Fecho os olhos!
Não por não querer ver
Ou por me fazer sofrer
Mas por não acreditar
Como é possível acontecer
Ver gente a morrer
De fome ou desidratação,
Sozinhos, a viver no chão.

Fecho os olhos!
E apenas quero desaparecer
Deste país de hipocrisia
Onde a democracia
Apenas protege os amigos
De quem está no poder
Dando aos desprotegidos
Duas formas de viver:
Sem dinheiro,
Sem comida,
Sem lugar para morar;
Com dinheiro,
Mas sem vida
Devido aos impostos que tens de pagar.

12 de maio de 2015

Deixa-me respirar!

Deixa-me respirar!
Dá-me espaço
Para que possa errar
Para que no meu embaraço
Consiga descobrir
O que melhor eu faço
Sem ser o fugir.

Deixa-me respirar!
Deixa-me ser livre
Para escolher um caminho
E seguir esse destino
Sem nada a me prender
Sem saber que te faço sofrer
Sem me arrepender.

Deixa-me respirar!
Aos poucos, devagar
Para não sufocar de vontade
Para não morrer de saudade
Dos tempos que já partiram
E que não vou recuperar
Dos sonhos que fugiram
Por ter medo de falhar.

Deixa-me respirar!
Ou não o faças sequer
Pois dê por onde der
Sei que irei perder
O espaço que necessito
Para não me sentir aflito
Por apenas cá estar.

29 de abril de 2015

Teu dia-a-dia

Um sorriso,
Um bocejo,
Uma promessa de beijo
A cada vez que te vejo
E te abraço
Encostada no meu peito.

Um choro,
De alguém esfomeado
Deixam-me de sorriso rasgado
Por te ver a crescer
E perceber
Que vais crescendo
E aprendendo
A avisar os pais,
Quando queres comer.

Um bocejar
Após barriga cheia
Dá-te a ideia errada
Que vamos desaparecer
E lutas desesperada
Para os olhos abertos manter
E não perderes nada deste mundo
Que espera então o segundo
Em que voltas a acordar
Para te dar os bons dias.

Um desafio,
A toda a hora
Indiferente ao cansaço,
Que enfrentamos de frente
E nos faz crescer
Enquanto pessoas.

Casca sem vida!

Persigo uma sombra
Que sem me aperceber
Se alojou no meu peito
E nele começou a "viver".

Alimenta-se dos meus medos
Dos meus recentes receios
E os meus pesadelos
São os seus alegres recreios.

Tento lutar
Fazer frente aos desafios
Mas com medo de falhar
Acabo por tornar mais sombrios
Os recantos do meu ser.

Enegrecendo meu espirito
Vou-me tornando sombrio
Alimentado a ódio e raiva
O buraco criado no meu coração
Agora de pedra,
Negro como carvão,
Onde qualquer amor existente
Foi consumido e apagado para sempre.

Fui-me tornando vazio,
Oco de mim mesmo,
Uma casca sem vida
Que rastejava pelo mundo
À espera da escuridão
Para se sentir vivo
Mais uma vez.

24 de abril de 2015

Enterrar meus pesadelos!

Sombria,
Vagueio na noite vazia
À procura de um destino
Que me atormenta a alma
E tão pouco me acalma
Em cada passo do caminho.

Negro,
Vai permanecendo meu coração
Que procura no desafio
Uma luz que ilumine
E desapareça com o ódio
Que o consome, dia a dia.

Revoltado,
Com o mundo que me rodeia
Pego na chama que ateia
Todo a raiva acumulada
E parto para a vingança
Como mote de esperança
Para deixar meu coração descansar
Para voltar a acreditar
Que um dia serei novamente eu.

Entrego-me à luta
Enterrando quezílias e pesadelos
Restaurando confiança
Suplantando o medo
Para poder renascer
E queimar o lado mais sombrio
Que alguma vez existiu
Dentro de mim.

Desculpa pelo passado...

Desculpa...
Não sei como explicar
Todo o mal que te fiz sentir,
Mas meu coração enegrecido
Deixou de fazer sentido
Ao ver quanto te fiz sofrer
Ao sentir que para te merecer
Preciso te contar a verdade...

Desculpa...
Todas noites passadas
Sozinha sem saber de mim
As desculpas esfarrapadas
Que te contei sem fim.

Desculpa
Fazer ter-te ignorado
Quando não o merecias.
De não estar ao teu lado
Quando era tudo o que querias.

Preciso de continuar
E manter-te a meu lado
Por isso desculpa
Por deixar teu coração quebrado.

Mas acredita que aprendi
Que te quero a ti e mais ninguém
Mas se o nosso amor chegou ao fim
Sabe que sempre te amei.

Novos sonos!

Tento fechar os olhos
Descansar um pouco, 
Mas sinto o sufoco
De não te ouvir respirar...
E sem ninguém notar
Abeiro-me a teu lado
Ouvindo um pouco
O doce som da respiração
O batimento do teu coração
Fazendo-me acalmar.

Tento adormecer,
Recuperar do cansaço
Que se apodera do meu corpo,
Após a tua nascença,
Mas não consigo resistir
A aguentar mais uns minutos
Para poder olhar para ti
E ver-te a sonhar.

Sem forças,
Adormeço a teu lado
Contigo bem aninhado
Junto ao meu peito
E num abraço imperfeito
Protejo-te dos pesadelos
E descansamos juntos
Para mais um novo dia.

2 de abril de 2015

Estás perto!

Sorrio,
E o sorriso não me deixa o rosto
Ao pensar em ti,
Tão perto,
A cada segundo que passa...

Sem te sentir,
Sinto-te a aproximar,
Mais perto dos meus braços
Anseio pelos abraços
Que sonho em te dar.

Sorrio,
E pareço uma criança
Ao receber um brinquedo.
Se bem que o medo,
Também ande presente
Lembrando-me a mente
Da responsabilidade.

Está perto!
Já te sinto aqui.
Ainda que não tenhas nascido
E o teu choro não tenha ouvido
Estás perto,
E em breve,
Perto de mim.

1 de abril de 2015

Vives numa lembrança!

Anseio o teu beijo,
Quente de paixão,
Que reflicta o desejo
Que arde em meu coração.

Anseio o toque
Suave da tua mão
E que ela invoque
Os termos da rendição.

Pois estar ao teu lado
E sentir o teu amor,
É render-me ao sabor
De sonhar acordado.

De viver uma experiência
Que só conseguia imaginar
E conseguir aproveitar
Cada segundo dessa existência.

Pois a cada amanhecer
Tudo desaparece sem esperança.
Vives quando não estou a viver.
Vives guardada numa lembrança.

Lembrança que só possuo
Quando estou a dormir,
Que faz com que não vivas
Continues a existir.

26 de março de 2015

Estendo a mão...

Estendo a mão
Para obter ajuda!
Sair desta solidão,
Onde sem se aperceberem
Me vou afundando.

Estendo a mão
E chamo baixinho!
Não pela vergonha
De pedir ajuda
Mas por já não ter forças
Para gritar ao mundo
Que me estou a afundar
Num escuro profundo.

Estendo a mão
E suplico por atenção!
Que me possa ouvir
E ajudar a sair
Deste buraco, onde sem me aperceber
Acabei por cair.
Sem forças para lutar
Para trepar
Os meus medos
E surgir como antigamente
Afundo-me na minha mente
Para um canto.

Estendo a mão...
Sem saber ao certo
Se desta solidão quero sair
E assim enfrentar
Um mundo de desafios,
De olhares rancorosos e frios,
Que teimam em julgar
Sem ao menos conhecer,
Quem estão a mal tratar,
Quem estão a fazer desaparecer.

23 de março de 2015

Odeio-te...

Odeio-te...
Não consigo explicar!
Mas meu peito arde
Com a vontade de gritar:
Que és uma ilusão
Te espalhas um vírus
E atacas o coração
Para que ao fim de um tempo
Pare de bater
Ao ritmo de uma paixão
Para o ritmo do sofrimento.

Odeio-te...
Como nunca pensei odiar.
E odeio-me por dentro
Por me ter deixado apaixonar
Por te ter deixado entrar
Na minha vida.

Odeio-te...
Ao ponto de já não me conhecer
Quando olho ao espelho
E o ódio que te tenho,
Cobre o meu reflexo
Transformando o meu ser
Numa chama ardente
Que só pensa em desfazer
O mal que plantaste
Dentro de mim.

Odeio-te...
Quando ainda te julgava amar!
Quando pensei já nada sentir!
Quando apenas eras ar,
Que suspirei ao ver-te partir.

Odeio-te...
E odeio-me por te odiar!

20 de março de 2015

Medo!

Medo!
É o que guardo em segredo
No meu subconsciente.

Medo de errar,
De não saber o que fazer.
Medo de falhar
E acabares tu por sofrer.

Medo de não ser
O que esperam de mim.
Medo de ser uma farsa
Sem principio nem fim.

Medo de perder
O que para mim é importante.
Medo de não viver
Cada minuto, cada instante.

16 de março de 2015

Amo-te simplesmente!

Vejo-te num sonho
E abraço...
E nesse embaraço
De mostrar o que sinto
Quase que te minto
Ao dizer que o sentimento
Que me invade por dentro
Não é o que estou a sentir
Mas o que quero fingir
Que não acontece...

O desejo de te ter
E o medo de te perder
De mãos dadas frequentemente
Enganam minha mente
No que deve fazer.

Arriscar
E contar
O que sinto por ti
Esperando ver a reacção
Dando-me razão
Que devia esperar
E talvez não te contar
Para continuar ao teu lado?

Ou guardar para mim
E continuar contigo
Como simples amigo
Ficando satisfeito
Por partilhares os teus sonhos
Objectivos e receios
E quais os meios
Para atingires as tuas metas?

Não sei como agir
Sem correr o risco de te perder
Mas já não sei quem engano
Ao não te contar
Que simplesmente te amo
E é contigo que quero estar.

Negro silêncio

Afundo-me
Num negro silêncio
Que invade a minha alma
E me acalma.

Sombrio
Assim fica o meu olhar
Onde me vejo a pairar
Nalgum pensamento
Em que algum momento
Se tornou vazio.

Adormecido
De calor e paixão
Rasgo a desilusão
De cada sentimento
Que me deixa cinzento
Louco, perdido
Desse amor vivido
Amargo e doentio.

Essa lembrança
Corroí-me a mente
Qual ácido que acende
O pior de mim
E leva-me ao fim
Dos meus piores medos
Que guardo em segredos
Espalhados pelo peito
Entretanto desfeito
Pelo teu sofrimento...

Meu coração apodrecido
Bate lentamente
Relembrando justamente
Como se sente magoado
Por o teres trocado
Abandonado
A um destino cruel.

10 de março de 2015

Paro um pouco

Paro um pouco
Deixo cair a caneta
Com que escrevo lentamente
Tudo o que me afecta
O corpo ou a mente...

Paro um pouco
E respiro
Tentado encontrar
A pessoa que eu aspiro
Chegar.

Paro um pouco
Dou descanso à mão
Que não para de escrever
Indo atrás da inspiração
Que teima em desaparecer...

Paro um pouco
Desligo-me da folha de papel
Que, em branco, me desafia
A não duvidar
Do que posso fazer
E assim escrever
O que o coração ditar...

Paro um pouco
Sem intenção de recomeçar
O poema incompleto!

Reescrever a história!

Tentei esquecer
Apagar minha memória
E voltar a viver
Reescrevendo a história.

Deixar no esquecimento
Tão pérfida vivência
Aproveitar o momento
Para uma nova experiência...

Mas não consegui...
Algo me prendeu
E trouxe-me de volta
A um mundo só meu
Onde dor e ilusão
Andam de mãos dadas
Onde a cabeça e a razão
Seguem vias separadas.

Luto,
No meu interior
E imploro
Para que possa redimir
Para que consiga começar
Uma vida sem fugir
Dos segredos, do rancor
Que me levaram a destruir
Uma vida, por amor...

Algo em mim desapareceu
E pretendo recuperar
Deixem-me soltar
E viver novamente
Uma vida diferente
Sem relembrar o passado
E um amor acabado
Tragicamente...

6 de março de 2015

Assim ficou minha vida!

Sujo
Arruinado
Sem abrigo
Desempregado
Faminto
Desesperado
Assaltante
Algemado

Assim se resume uma vida
Desmoronada em semanas
Após roubarem-lhe um trabalho
Um tecto, e as camas...

Assim levei uma vida
Já sem saber para onde seguia
Querendo comer alguma coisa
Com dinheiro que já não via...

Assim estraguei várias vidas
Por ser empurrado para a pobreza
Sem saber o que me acontecia
Aninhando-me na tristeza.

Assim acabei com várias vidas
Que devia proteger
E sem saber o que fazer
Tornei as semanas vazias.

Assim deixei de viver
Sem saber como lutar
Assim prefiro eu morrer
Do que voltar a roubar.

3 de março de 2015

Invisível

Escuridão
Inunda-me os sentidos
Atirando-me ao chão
Frio,
Sombrio,
Que me prende
Com uma força sobrenatural.

Solto um grito animal
De raiva,
Frustração
Para chamar a atenção
De quem me possa ouvir.

Invisível,
Ninguém me vê
Mesmo que passem ao meu lado
E nem um cuidado prestam
Nem um estender de mão
Para me retirar do chão
Onde me encontro abandonado
Isolado do mundo
Num silêncio ensurdecedor
Profundo...

Tento-me levantar
Sair desta agonia
E retomar o meu caminho
Mas sem forças para o conseguir
Deixo-me ficar onde me encontro
E desligo-me da vida
Sendo pisado
Por quem não me ajudou.

2 de março de 2015

Ouves-me?

Ouves-me?
Quando falo baixinho
Perdido num canto
Pedindo um carinho
Que apenas pelo seu encanto
Me fazem acalmar
E sossegar meus pensamentos
Delirantes
Dilacerantes
Da alma
E de sentimentos.

Ouves-me?
Quando grito bem alto
Em plenos pulmões
Quando grito ao ouvido
O que me atormenta o espírito
E me causa sensações
De vazio
De solidão
De um amor doentio
Que me tolda a razão.

Ouves-me?
Quando fico calado
E num silêncio exprimo
Toda a minha dor
E sofrimento
Todo o meu amor
E ressentimento
Por não te poder dar mais
Por já não saber para onde vais
Por não caminharmos como um só.

Ouves-me?
Receio bem que não...

Pois já não me consigo ouvir
Já não consigo sentir
Mais do que a solidão
E a dor de apenas existir...

25 de fevereiro de 2015

Ritmo acelerado!

Fecha os olhos
Sente a batida do teu coração
Que acelera sem quereres
Apenas com o meu toque.

Foca-te na minha mão
E sente a tua respiração
A acelerar
Enquanto te toco
Enquanto te procuro
Num abraço, num beijo
Num aumento de desejo
Que não consigo evitar.

Beija meus lábios
Sedentos do teu sabor
Dá-me o teu amor
E a tua paixão desmedida.
Deixa-me perdida
Nos teus braços.

Controla o meu ser
E faz-me esquecer
Os últimos momentos
Dá-me novos sentimentos
Para que possa desfrutar
Do teu toque
Da tua vontade
Que esta noite seja uma realidade
Que eu possa recordar.

19 de fevereiro de 2015

Morto por dentro!

Destroçado,
Pisado
Magoado
Com o passado
Que o consumiu
E lhe retirou o amor
Que sem pudor
O fez definhar
E assim mirrar
Para algo insignificante.

Quebrado
Como um galho seco
Que sem afecto
Mergulhou na escuridão
De uma louca solidão
Que se alimentou da angustia
Da tristeza
Da amargura
Pela ideia da aventura
Nunca concretizada.

Rasgado
Por fora e por dentro
Esvaziou-se de sentimento
Sendo apenas algo oco
Onde me prendo num sufoco
Sem conseguir respirar,
Me soltar,
Gritar
O quanto me sinto preso aqui
O quanto, em silêncio, sofri
Que sem saber como viver
Já por dentro morri.

14 de fevereiro de 2015

Efémera existência

Vazio
De corpo e de mente
Fico dormente
Num escuro sombrio.

Quieto
Sem qualquer reacção
Desacelera meu coração
Desfeito...

E afundo-me
Nas profundezas da escuridão
Marcadas por ódio e dor
Onde qualquer réstia de amor
É usada como "carvão"
Neste fogo que me queima por dentro
E deixa o meu ser cinzento
Sem ar para respirar,
Sem forças para viver.

Um último suspiro de luta
Um esforço para manter-me à tona
Lúcido de quem sou
Conhecedor de quem me amou
E continua a amar
Sejam as escolhas que fizer
Dê as voltas que a vida der
Em qualquer lado onde morar...

Mas não é suficiente
Para quebrar a corrente
Que me vai atirando ao fundo
Para um vazio sem retorno
Sem qualquer iluminação
Deixando negra a minha essência
Tornando efémera a minha existência.

12 de fevereiro de 2015

E era eu...

E era eu desaparecer
Esquecer tudo
E partir...
Sem nenhum plano
Sem nenhum destino
Meter-me ao caminho
Ano após ano
Até parar de fugir.

E era a noite chegar
Para me abraçar ao dormir
E ver a ideia surgir
E coloca-la em acção
Transformando um plano em carvão
Numa forma de estar.

E fosse eu mais confiante
Estaria num outro local
Quem sabe, distante
Onde pudesse experimentar
Desenvolver, errar
E ir crescendo pessoalmente
Ser ser travado constantemente
E chamado à realidade.

E fosse um mundo diferente
Sem regras instaladas
E pressuposto errados
Estaríamos mais determinados
Em mudar de rumo
Em encontrar uma orientação
Para a vida que desejamos
E não apenas sujeitarmo-nos
Ao que nos dão.

10 de fevereiro de 2015

Barreira Fictícia

Abre os olhos,
Desperta!
E liberta
Os demónios
Que habitam o teu ser
Deixando teu corpo habitado
De um sentimento carregado
De ódio e vingança
Que corroí a esperança.

Solta os receios
Enfrenta os devaneios
Que bailam no teu pensamento
E aproveita o momento
Para te livrares do ser ruim
Que habita em ti
E colocar um fim
A todo o sofrimento
Que tem causado.

É hora de reagir
De tomar conta do corpo
Que é teu por direito!
Tempo das tuas emoções
Controlarem as tuas acções
E mostrares à tua mente
Que não te pode conter
E que jogos psicológicos
Já não te farão temer.

Hora de trilhar o caminho
Para não voltares a ficar preso
Num mundo de escuridão
Onde a força e a razão
A vontade e a garra
Se esfuma,
Se esbarra
Numa barreira de ficção.