24 de setembro de 2013

Desejo em forma de sonho

Sonhei
E pedi um desejo
De te voltar a ver
E te roubar um beijo.

Sorri
Por sentir o teu sabor
E nele o teu amor
Que pensei não existir mais.

Acordei
E triste fiquei
Por ter sido ilusão
Um sonho do meu coração
Que não aconteceu

Chorei
Por não te ter aqui
E novamente sofri
Com a tua ausência.

Percebi
Que nada mais importa
Se não passares por aquela porta
E estiveres aqui novamente.

E lutei
Para que isso acontecesse
Nem que fosse a ultima coisa que fizesse
Antes de voltar a dormir.

13 de setembro de 2013

Sombrio

Sombrio,
No negrume da madrugada
Meu coração chora
E em surdina, implora
Que o deixe sarar
Que o pare de magoar
Em troco de quase nada.

Doentio,
Este amor que me prende
Não me deixando pensar
Cortando a razão
À minha forma de estar
Deixando minha mente
Sem ter forma de controlar
Esta louca emoção.

Desafio,
Tudo o que é racional
Por um amor envenenado.
Entre o bem e o mal
Já não consigo distinguir
O ser equilibrado
Deixou de existir.

Frio,
Me tornarei com o tempo
Como consequência do sofrimento
Que este amor me causou
Pois amei, quem não me amou
E me feriu sem piedade
Trazendo à superfície a humilde verdade
Que este amor não existiu.

12 de setembro de 2013

À beira do abismo

À beira do abismo
Dos meus sentimentos
Penso na vida
Na mistura de sentimentos.

Peso numa balança
Cada lembrança bem passada
Vendo do outro lado
As noites tristes, abandonada.

Pouco me segura aqui
Me faz querer ficar
Continuando esta vida
Que em vez de ser vivida
Apenas se está a arrastar...

Sinto-me a consumir
Toda a força no meu interior
A alegria, o meu amor
Para mais nada restar
Para vazia ficar
Até algo me partir.

Agarro a momentos felizes
Que parecem não ter existido
Momentos fugazes
Que tenho dúvidas ter merecido.

Olho em frente
E vejo um vazio de alma
Que de certo modo
Me acalma
E me puxa para si.

No vazio à minha frente
Corre a liberdade, indiferente
Com a certeza da mudança
Com a morte da esperança
De ter uma diva melhor.

À beira do abismo
Dou mais um passo adiante
E da vida que fui amante
Me despeço sem hesitar.

Coração despedaçado

Onde está meu coração
Que não o sinto a bater no peito
Desde a desilusão
Que o deixaste desfeito.

Acreditei em ti
E no que dizias sentir
Até que descobri
Que me estavas a mentir.

A tua vida um mistério
Que não sonhava existir
Já tinhas outra vida
Com a qual estava a competir.

Uma família formada
Com filhos incluídos
A todos os que me avisavam
Devia ter dado ouvidos.

Mas o medo de estar sozinha
Foi mais forte que a razão
E apesar de ir vendo as coisas
Não conseguia tomar a decisão.

A decisão de te deixar
E fazer sofrer novamente
Este coração que só sangra,
Que leva pancada, que está doente.

Minha cabeça não tem controlo
Sobre um coração despedaçado
Que tenta a ferro e fogo
Ser novamente amado.

E com tanta procura
Sem estar recuperado
Entrego-o sem pensar
Para ser novamente magoado.

É um destino que me segue
Do qual não consigo fugir
Até encontrar alguém que o leve
E que não o deixe partir.

Alguém que me ame
E não queira apenas brincar
Que queira uma vidas a dois
Dure o tempo que durar.

10 de setembro de 2013

Ferido de morte

Refugio-me no meu mundo
Rodeada de solidão
Para resolver uma vez mais
A dor de uma desilusão.

Como pude acreditar
Em tudo o que dizias
Quando da tua boca
Apenas saíram mentiras.

Feriste-me de morte
Meu orgulho foi ferido
Atirei meu coração à sorte
Numa batalha
Que não podia ter perdido.

O sentido da vida
Deixou de existir
A partir do momento
Que te vi partir.

Neste enigma do amor
Saio sempre a perder
E sempre que me entrego
Acabo uma vez mais a sofrer.

Até ter o coração curado
Serei gelo, duro de quebrar
Fechando-me em qualquer lado
Para que nunca mais volte a amar.

(Desafio lançado por uma amiga)

4 de setembro de 2013

Perdi-te quando te tive...

Perdi-te quando não te tinha
Por nunca te ter encontrado
Tive-te quando não mereci
Por nunca ter amado.

Perdi-te por não saber
Como expressar o meu amor
Tive-te quando não queria
Quando meu coração era só dor.

Perdi-te sem querer
Por ter sido impotente
Tive-te sem o saber
Quando era para ti, indiferente.

Perdi-te quando mais precisei
Mas já te tinha afastado
Tive-te como ninguém
Nunca esteve ao meu lado.

Perdi-te por fim
Quando te queria por perto
Tive-te por pouco
Quando não o sabia ao certo.

Perdi-te...
Até quando?
É o que vamos ver
Pois se alguma vez já foste minha
Minha voltarás a ser.

Não te dei valor
E tarde percebi estar errado.
Agora quero-te, meu amor
Desculpa por tudo, pelo meu pecado.

Pecado por não ter visto
O valor que tinhas para mim
Pecado por ter-te deixado ir
Quando sem ti, é o meu fim.
Pecado por amar-te
Apenas quando te perdi
Pecado por só agora
Dar valor a ter-te aqui.