Rasga-me o peito
Arranca-me o coração desfeito
Consumido pelo ódio e o rancor
De um pérfido amor
Que o levou à exaustão.
Solta-me desta loucura
Que só me atormenta
E se alimenta
De todo o meu ser.
Destrói cada lembrança
Cada sorriso, cada abraço
E deixa-me ao acaso
Para sofrer em solidão
Essa maldita paixão
A que me entreguei.
Apaga da memória
Cada pedaço da história
Que vivi, que passei
Onde fui amado e amei
E deixa-me vazio
Um corpo inanimado e frio
Como o meu coração
Sem nenhum emoção
Para com a vida...
E deixa-me
Largado a canto qualquer
A afogar as minhas mágoas
E esquecer essa mulher
Que com todo o prazer
Me atirou do abismo
Para a sombria realidade
Que o amor de verdade
Não existe quando se quer.
23 de dezembro de 2014
És parte de mim
Nunca te vi
E já me fazes sorrir
Fazendo pensar
No que está para surgir
Quando a hora chegar.
Sinto-te mexer
A crescer,
Lentamente a desenvolver
Toda a personalidade
Que com a idade
Te irá moldar
E te tornar
Cada vez mais perfeita.
És,
Ainda que não o saibas
A minha eleita
Para cuidar do meu coração
Que salta de emoção
Quando te ouve bater
Ou te pode ver
Ainda que através de um ecrã.
E no dia
Em que te abraçar
Decerto vou chorar
Por te ter nos meus braços
E esquecer-me dos acasos
Que me trouxe até ti.
Nesse dia,
Iniciará um novo ciclo
Que nunca vai terminar
Onde serás o centro
De qualquer acontecimento
Leve ele onde te levar.
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