Rasga-me o peito
Arranca-me o coração desfeito
Consumido pelo ódio e o rancor
De um pérfido amor
Que o levou à exaustão.
Solta-me desta loucura
Que só me atormenta
E se alimenta
De todo o meu ser.
Destrói cada lembrança
Cada sorriso, cada abraço
E deixa-me ao acaso
Para sofrer em solidão
Essa maldita paixão
A que me entreguei.
Apaga da memória
Cada pedaço da história
Que vivi, que passei
Onde fui amado e amei
E deixa-me vazio
Um corpo inanimado e frio
Como o meu coração
Sem nenhum emoção
Para com a vida...
E deixa-me
Largado a canto qualquer
A afogar as minhas mágoas
E esquecer essa mulher
Que com todo o prazer
Me atirou do abismo
Para a sombria realidade
Que o amor de verdade
Não existe quando se quer.
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