29 de julho de 2015

Fim da linha...

Está difícil de suportar
O amor desapareceu,
O fascínio morreu
Aquela cumplicidade
Desapareceu e a amizade
Deixou de nos ligar.

Entregamo-nos à rotina,
Ao ter o outro como garantido
E sem qualquer esforço
Fomos criando um fosso
Que se apoderou da nova vida,
Se colocou como nosso destino.

Tentei lutar,
Desesperado por te perder,
Para mais tarde perceber
Ser o único a remar
E querer salvar um relacionamento
Que tu já nem tinhas no pensamento.

Agora cada um no seu canto
Penso em ti vagamente
E vem um sorriso ao rosto
Lembrando o oposto
Que nos juntou lentamente
E que era o nosso encanto.

Seguimos nossa vida,
Sem nunca te esquecer,
Mas vim a perceber
Que também não me esqueceste,
Mas tiveste o que mereceste.

E quando pensares em mim
Vais recordar
Que foste quem pôs um fim
Nesta relação
E partiste um coração
Que apenas te queria amar.

27 de julho de 2015

Gravada em mim!

Não tem forma de te esquecer
Tu de mim não sais
Gravada no meu peito
A fogo, deixaste marca
Que não vai sarar
E a cicatriz que deixar
Irá sempre doer...

Minha vida sem ti
Não faz sentido,
Sinto-me perdido
E já não sei como encontrar,
Mas partiste
Levaste meu coração
E com ele a solução
Para este sofrimento.

Estarás para sempre em mim
Mesmo sem estares ao meu lado
E até ao fim
Sonharei acordado
Com o dia em que te terei aqui
Para viver este amor
Sem medos!

22 de julho de 2015

O jeito é...

O jeito é...
Te esquecer
Retirar do pensamento
Cada momento
Passado a teu lado
Onde, obcecado
Por um pouco de atenção
Entreguei meu coração
Sem fazeres nada para merecer.

O jeito é...
Passar um curativo
Com linha e adesivo
Para fechar a ferida
Que deixaste a sangrar
Mais uma nesta vida
Para meu coração coleccionar
E talvez aprender
Como não voltar a sofrer.

O jeito é...
Desaparecer,
Fechar-me para este mundo
E deixar o tempo passar
Sem que não volte amar
E esperar que noutra encarnação
Tenha a permissão
Para encontrar um amor para viver
Cada momento, cada segundo.

19 de julho de 2015

Teu lar!

Fui te encontrar
Sentada à beira mar
Vendo as ondas rebentar
Sob a luz do luar...

Sentei-me a teu lado
E aguardei um bocado
Para te conseguir falar
Sem me engasgar.

Passado o receio inicial
Lá disse que pretendia
Para o bem ou para o mal
És o melhor do meu dia.

Ficaste quieta, calada
A contemplar a luz do luar
Sem dar por isso, a mão dada
E um beijo sem esperar.

Surpreendido, sem reacção
Derreti-me no teu olhar
Conquistaste meu coração
E tomaste-o teu lar.

16 de julho de 2015

Sem ti...

Sem ti...
Fico desorientado,
Perdido no escuro,
Sigo um caminho atribulado
Sem presente nem futuro!

Sem ti...
Sou uma bussola sem norte,
Um sol sem calor,
Sou um trevo de quatro folha sem sorte,
Um coração sem amor.

Sem ti...
Sou um destino sem visão,
Do que é melhor para mim
Sou um produto de uma ilusão,
Prestes a chegar ao fim.

Sem ti...
Sou fraco, quebrado
Sem forças para me levantar.
Sou um romantico mal amado
Já com medo de amar.

Sem ti...
Sigo um futuro
Que não poderá existir.
Fico preso a um passado
De onde não quero sair.

Sem ti...
Não existo.
Sou um corpo vazio.
Sem alma, sem sentimentos
Apenas carne a apodrecer ao frio.

Sem ti...
Não há história
Nem sentimentos para contar.
Não existes nem na memória
Sem ti não um EU que valha cá ficar!

Teu corpo marcado!

Não consigo controlar
A forma como te desejo,
Passo o dia a sonhar,
A forma de te conquistar
E te "roubar" um beijo...

Teu corpo endiabrado
Que me deixa louco
Faz-me desejar o pecado
De te consumir pouco a pouco...

O toque por momentos, 
O calor do teu abraço
Faz esquecer temperamentos
Que no teu regaço
Elevam sentimentos
De loucura e cansaço,
Por uma breve paixão
Vivida de uma forma inocente
Que criou a ilusão
De estares cá, presente...

E não sais da minha mente,
Nem essa noite de prazer,
Mas chego a duvidar
Que tenha chegado a acontecer.

Não fosse teu corpo ficar marcado
Na minha pele, como tatuagem
Pensaria que tinha alucinado
E que terias sido apenas uma miragem.

10 de julho de 2015

Coração magoado!

Guardo meu coração magoado
Num recipiente fechado,
Trancado, protegido
Por um sentimento ferido,
Difícil de ultrapassar
Impossível de esquecer
Que em vez de me alegrar
Só me fez sofrer...

Escondo-o do mundo,
Afasto-o da minha razão
Para que caia no esquecimento
E passado algum tempo
Não se possam lembrar
Que tenho um coração,
Fácil de controlar.

No fundo do meu ser, resguardado
Acolho o sofrimento,
A dor da desilusão
E ligo a oxigénio um coração
Sem forças para continuar a bater
Desejando sarar,
Mas sem forças para lutar
Para uma recuperação eficiente
Que proteja a si e à mente
Para não cair em sonhos irreais
Em desejos carnais
Que o levem de novo ao abismo.

Apago a existência da lembrança,
Enterro a esperança
De um coração totalmente recuperado
E vivo com ele magoado
Aprendendo a fugir,
Lutando por não sucumbir
A uma nova tentação,
A uma nova ilusão
Que crie feridas mortais
Num coração fraco demais...

9 de julho de 2015

Deixo-te um bilhete!

Deixo-te um bilhete,
De despedida...
Quero partir,
Mas não te consegui enfrentar
Com medo de ceder
E voltar a ficar...

Deixo-te um bilhete,
A explicar os motivos
Desta inesperada partida
Para uma nova Vida
Longe desta pressão,
Desta grande confusão,
Que se tornou meu dia-a dia.

Deixo-te um bilhete,
Não espero que entendas,
Mas precisava de respirar,
Ir para longe, apanhar ar
E clarificar meus pensamentos,
Perceber meus sentimentos
E assim decidir
Que caminho tomar...

Deixo-te um bilhete,
E deixo o meu carinho,
Meu amor, minha amizade
Que é a única verdade
Que levo comigo,
Neste novo caminho
Que decidi percorrer,
Talvez para me conhecer
Ou perceber onde me perdi...

Deixo-te um bilhete,
Porque não conseguia imaginar
Teus olhos a chorar,
Teu olhar a suplicar,
Para não desistir,
Para esquecer o partir
E tentar uma vez mais reparar
O que se tem vindo a degradar
E não soubemos corrigir...

Deixo-te um bilhete!
E nele, a minha Vida
Que espero recuperar
Quando mais tarde voltar
Para teus braços
E renascido,
Recomeçar
O que agora perece perdido!

7 de julho de 2015

Uma aventura impossível!

Percorro teu corpo com um beijo
Desnudado e quente
Mostrando o desejo
De uma alma carente...

Percorro com ferocidade
Tento não escapar um pedaço
Que não meio da ansiedade
Acabam num percalço...

Desejo-te como não percebia
Nunca tinha tomado atenção.
Vejo-te como não te via
Incendiaste-me a alma e coração...

Teu corpo baila no meu olhar
Despertando todos os sentidos
Fazendo-me apenas sonhar
Viver todos os pecados conhecidos.

Percorrer-te por inteiro
E mesmo assim não me cansar
Fazer de ti o meu mundo inteiro
O qual gostaria de desbravar...

Conhecer cada recanto
De ti, do teu ser
E saborear cada encanto,
Cada fonte de prazer.

É levares-me ao céu e à loucura
E descer à terra e desaparecer
É viver contigo uma aventura
Que nunca poderá acontecer.

Abraça-me!

Abraça-me!
Com força para não me perder,
Para me manter quieto,
Num aperto
Onde todo o sentimento
Que dizes sentir por mim
Me faça perceber por fim
Que é ao teu lado que devo ficar
Em vez de duvidar
Cada segundo, cada momento
Que estou a viver...

Abraça-me!
Empresta-me teu ombro para chorar,
Desabafar minhas mágoas.
Deixa cair minhas lágrimas
Que se misturam nestas águas
Que me afundam o pensamento
E me toldam a razão
Onde confundo este sentimento
Entre amor e paixão
E entrego-me e me perco
Sem sentido de orientação...

Abraça-me!
Ou deixa-me cair...
Quero apenas fugir
Desta vida sem sentido
Deste amor já vivido
Que não foi criado para mim
No qual eu nunca senti
Ser um ser desejado
Ser alguém amado
Por que entreguei tudo de mim
E que agora chego ao fim
No calor do teu abraço
Vazio,
Oco,
Só espaço
Onde já não quero estar,
Onde não quero permanecer
Onde se me deixar ficar
Significa que escolhi morrer...

2 de julho de 2015

Longe vai o tempo!

Longe vai o tempo
Onde ao observar uma rosa
Saía um verso, 
Uma prosa
Uma rima destinada
A uma pessoa amada
Que por efeitos de magia
Mantinha a energia
Necessária para escrever,
Para assim encher
Folhas brancas de um caderno
Agora aberto
E deserto
De palavras, de sentimentos
Partilhados em momentos
Que não vou esquecer...

Longe vai o tempo
Em que o teu sorriso
E um toque no rosto
Significava um esboço
De mais um poema
Inspirado num tema 
Onde eras a inspiração,
Palavras directas do coração
Que batia por ti,
E pela atenção
Que dedicavas a mim
Sem o mínimo de medo,
Namorando em segredo
Sem ninguém se aperceber...

Longe vai o tempo
Em que eu era assim
Por estares perto de mim!
Mas agora que já não estás
Apenas vives no pensamento
Sinto que a inspiração
Para te colocar em palavras
Se tornaram frias,
Escassas,
Criando um livro em branco
Cheio de folhas vazias
Onde à pouco mais de míseros dias
Vivias cheia de emoção
E fazias bater meu coração!

1 de julho de 2015

Enterra meu coração!

Sinto meu coração a bater,
Mas já não é meu
Bate por outro ser
Que nenhum valor lhe deu.

Bate descompensado
Por um amor arrebatador
Mas sem ti ao meu lado,
Bate de raiva e de dor...

Arranca meu coração
Enterra-o onde te apetecer,
E rasga o mapa que assinala
O local onde foi deixado,
Para que não possa ser encontrado,
Para que não volte a sofrer.

Tirei-me esta dor do peito
Este brilho do olhar
E enterra esse coração desfeito
Onde o único pecado foi te amar.

Liberta desse destino
Desse carinho sem amor
E segue por outro caminho
Onde eu fique sozinho
Enterrado nesta dor

Deixa-o abandonado
Enterrado, amarrado
Até parar de bater
E suspirar para o ar gelado
Que por não te ter ao meu lado
Mais vale parar e morrer...