7 de julho de 2015

Abraça-me!

Abraça-me!
Com força para não me perder,
Para me manter quieto,
Num aperto
Onde todo o sentimento
Que dizes sentir por mim
Me faça perceber por fim
Que é ao teu lado que devo ficar
Em vez de duvidar
Cada segundo, cada momento
Que estou a viver...

Abraça-me!
Empresta-me teu ombro para chorar,
Desabafar minhas mágoas.
Deixa cair minhas lágrimas
Que se misturam nestas águas
Que me afundam o pensamento
E me toldam a razão
Onde confundo este sentimento
Entre amor e paixão
E entrego-me e me perco
Sem sentido de orientação...

Abraça-me!
Ou deixa-me cair...
Quero apenas fugir
Desta vida sem sentido
Deste amor já vivido
Que não foi criado para mim
No qual eu nunca senti
Ser um ser desejado
Ser alguém amado
Por que entreguei tudo de mim
E que agora chego ao fim
No calor do teu abraço
Vazio,
Oco,
Só espaço
Onde já não quero estar,
Onde não quero permanecer
Onde se me deixar ficar
Significa que escolhi morrer...

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