23 de março de 2015

Odeio-te...

Odeio-te...
Não consigo explicar!
Mas meu peito arde
Com a vontade de gritar:
Que és uma ilusão
Te espalhas um vírus
E atacas o coração
Para que ao fim de um tempo
Pare de bater
Ao ritmo de uma paixão
Para o ritmo do sofrimento.

Odeio-te...
Como nunca pensei odiar.
E odeio-me por dentro
Por me ter deixado apaixonar
Por te ter deixado entrar
Na minha vida.

Odeio-te...
Ao ponto de já não me conhecer
Quando olho ao espelho
E o ódio que te tenho,
Cobre o meu reflexo
Transformando o meu ser
Numa chama ardente
Que só pensa em desfazer
O mal que plantaste
Dentro de mim.

Odeio-te...
Quando ainda te julgava amar!
Quando pensei já nada sentir!
Quando apenas eras ar,
Que suspirei ao ver-te partir.

Odeio-te...
E odeio-me por te odiar!