31 de outubro de 2016

Primeiros passos...

Sinto-me a apaixonar
Não sei se se passa contigo.
Tenho medo de errar
E apenas me veres como amigo.

Mas convido-te para saída
Um passeio à beira mar
Algo simples, divertida
Onde possamos falar.

Sentado, a te observar
Sorris para mim envergonhada
Por não conseguires disfarçar
Que também estás apaixonada.

Aproximo de ti
Protegendo da brisa do mar
E não sei explicar o que senti
Apenas por te tocar.

Uma energia diferente,
Percorreu nossos corpos gelados
Soltando a nossa mente
De medos criados.

Sorrimos para disfarçar
O nervosismo que apareceu
E logo, sem pensar
Dei-te o beijo, que já era teu.

Nossos lábios colados
Num beijo já prometido
Fez-nos ficar abraçados
Para que não fosse interrompido.

E foi nessa noite que começou
O que pensei nunca viver
Este amor que me marcou,
Naquela praia, ao anoitecer...

20 de outubro de 2016

O teu egoísmo...

Não conseguiste perceber,
No meio do teu egoísmo
Que todo o meu ser
Sucumbia ao abismo.

Focada nos teus problemas
Não vias em teu redor
Querendo apenas os poemas
Que te escrevi com amor.

Não conseguiste ver
A necessidade do meu afastamento
Apenas não não desaparecer
Nas mágoas do meu sofrimento.

Deixei de viver,
Sempre a pensar em ti
E quando não mais me quiseste ver,
Sem me aperceber, morri.

Escolheste o caminho a seguir
Tive, à força, de talhar o meu
Para do buraco conseguir sair,
Buraco onde o teu afastamento, me meteu.

Tive coragem de lutar
Forças para me reerguer
Determinação para te retirar
De onde não mereceste conhecer.

Limpei meu coração
De cada sentimento vivido
E do meio da escuridão,
Saí eu, renascido.

19 de outubro de 2016

Livro Queimado!

Rasgo folhas, cadernos
Cheios de palavras que te escrevi
Poemas que seriam eternos
Se não fossem para ti...

Palavras escritas,
Que pudessem comprovar
Sensações que não podiam ser ditas
Que só em papel conseguia mostrar...

Palavras vazias,
Cada sentimento desprezado
Em minutos, horas, dias
Passados ao teu lado.

Um livro escrito
Pelo calor do sentimento
Que não deveria ter dito
A ti, em nenhum momento.

Um livro que seria eterno
Deitado ao fogo para arder,
Queimando um sentimento ingénuo
Que nunca pôde viver.

Entreguei...

Abraço o negro profundo
O desgosto, a desilusão
E grito, em silêncio, ao mundo
Que fiquei sem coração.

Entreguei-o para ser amado
Sem sentido, sem pensar
E não só foi magoado
Como foi algo para brincar.

Entreguei-o por amor,
Certo da escolha que fazia
Sem saber, só veio dor
E aos poucos ele morria.

Entrego-me ao vazio
Agora sem vida, sem paixão
Com um coração agora frio
Sem réstia de emoção.

Entrego-me ao submundo
Onde possa definhar
Agora que bati no fundo
Agora que já não posso amar.

17 de outubro de 2016

Tudo tem um fim!

Pensei ser diferente,
Ser algo especial
Apesar de a mente
Me dizer constantemente
Que teria um final...

Recusei-me a ver,
Não quis acreditar
E vivia sem querer saber
O que me estavam a dizer
O que não quis escutar.

E fui-me entregando a ti
Aos poucos, a cada momento,
Sem me lembrar como já sofri
Do desgosto que já senti
Por partilhar este sentimento.

Entreguei-me de corpo e alma
Sem pensar na consequência
E agora nada me acalma
O Vazio da tua ausência.

Deixaste um buraco aberto
Uma ferida por sarar
Estiveste outrora tão perto
Já não te sinto, mesmo ao tocar.

Tudo dizia ser assim
Apenas eu não quis ver,
Que tudo tem um fim
E esse fim, é eu sofrer...

4 de outubro de 2016

Raiva Silenciosa

Raiva silenciosa
Toma conta do meu ser
Tremo toda, por estar nervosa
Não consigo conter...

A cada chamada, sem falar
A raiva cresce, dentro do peito
Até por ti esperar
Para ver isto desfeito.

Este abuso de poder
Que tens sobre mim
O que teimas em me fazer
Acabou, chegou ao fim.

Tomo as rédeas a partir de agora
Solto a raiva acumulada
Sinto é hoje, é a hora
Que a minha vida será mudada.

Desapareço sem saberes
Levo os filhos comigo
Deste-me aos poucos estes poderes
Para um dia poder acabar contigo.

Hoje é o momento
Nada me vai controlar
Solto esta raiva, este sentimento
Que lentamente te vai matar