6 de agosto de 2013

A dúvida persiste

Estou doente...
Não o quero admitir,
Mas estou a sentir
A ficar impotente!

Impotente para combater
Esta degradação
Que a cada dia que passa
Nota-se na minha expressão.

Já não como,
Já não durmo, 
Nem me dou com ninguém
Esperando sozinho
Que a noite venha
E me leve consigo.

Já não quero um ombro amigo
Quero é desaparecer.
Em palavras cruas,
Quero morrer!
E acabar com esta dor
Que transforma em rancor
Tudo o que cheguei a ser.

Sinto-me desesperado
A morte já devia ter chegado
Mas teima em adiar
Fazendo-me desesperar
E arranjar uma saída.

Tremo só de pensar
Mas no fundo, tem de ser
Será que vou saltar,
E se saltar, vou morrer?

Talvez comprimidos
Sejam a melhor solução
Ou cortar os pulsos
Até parar meu coração...

Não sei qual a opção
Que eu irei tomar
Apenas tenho a certeza
Amanha já não irei acordar.