12 de dezembro de 2013

Sonhar outra vida

Fecho os olhos
Esforço-me por acreditar
Que estou a sonhar.

Abro os olhos
Vejo novamente
O mundo diferente
Do que queria ver.

Fecho-os
Com toda a força que tenho
É apenas falta de empenho
Para que tudo volte a mudar
E conseguir alcançar
O que quero.

Já não os quero abrir.
Será que algo mudou?
Será que agora acordei
E finalmente viverei
A vida que escolhi?

Estou preso a um pesadelo
Que é a dura realidade
Pois não quis encarar a verdade
Do que me está a acontecer.

E em vez de lutar
Para mudar a situação
Achei que sonhar
Seria a melhor solução.

4 de dezembro de 2013

Bate forte!

Bate forte
Sem deixar marcas
Pelo menos que se possa ver
Mas são longas
São profundas
E demoram a esquecer.

Bate forte
Loucamente
Deixam marca no coração
Cada pancada
Sem te dares conta
É uma lembrança
Uma recordação.

Bate forte
A ritmos diferentes
E tu teimas a acompanhar
Sem saberes, concretamente
Com que intensidade
Te vai marcar...

Deixas-te levar
Por cada batida,
Interiorizando cada pancada
No teu interior
A musica que te marca
Sem te causar dor.

2 de dezembro de 2013

Desmoronou...

Aos poucos
Fui criando um sonho
Construindo sem pensar
Que é preciso criar os alicerces
Para poder segurar
Tamanhos voos...

Fui crescendo
Acrescentando novos desafios
Novas metas a atingir
Sem nunca perceber
Que estava a ultrapassar
O máximo que podia suportar.

E sem esperar
Sem estar preparado
O mundo foi desmoronando
Quebrando os sonhos
Que tinham sido construídos
Sem deixar uma via
De serem atingidos.

Sem esperar
Meu mundo ficou negro
Vazio, sem razão
E terminou a ilusão
De um dia conseguir
Os sonhos alcançar.

1 de dezembro de 2013

Conhecer-me totalmente!

Numa folha em branco
Escrevo meus sentimentos
Minhas dúvidas
Meus medos
Os meus maiores segredos
E os melhores momentos.

No fim,
Vazio de tudo
O que faz ser quem sou
Olho-me e não reconheço
A pessoa por quem tenho apreço
E que o passado o moldou.

Volvo à folha em branco
E deixou de existir
Passando a possuir
Toda a informação
Que guardava no coração
Algumas até que pensava não sentir.

E estudei-me...
Dei-me ao luxo de aprender
Caminhando passo a passo
Pelo meu passado
E relembrar cada bocado
Da vida que já vivi.

Aos poucos,
Fui guardando cada lembrança
Numa caixinha de esperança
Para que no fim deste processo
Possa voltar a ser quem sou
E saber para onde quero ir.

Assim e após arrumações
De sentimentos e indecisões
Fico a conhecer-me melhor
Limpo a mágoa e o rancor
E estou pronto para viver
Nos limites das minhas opções.

Sinto frio...

Viro-me para minha mãe
E digo-lhe baixinho
Que o frio é um amigo
Indesejado
Mas que está sempre ao meu lado
Nos dias que vão passando.

Vai melhorar
Diz-me a soluçar
Com os olhos a brilhar
Olhando-me com carinho
Dando um prato quentinho
Para me poder aquecer.

Como e desfruto da refeição
Mas reparo que sou só eu
O único que comeu.

Nos meus pais,
Abraçados um ao outro,
Nota-se o desconforto
Da situação que estamos
Do local onde nos encontramos
E dizem-me baixinho
Que não tarda estarei quentinho.

Fecho os olhos
Lembro do sorriso dos dois
E do beijo de amor
Que me transmite o calor
Que estava a precisar
Para conseguir dormir
Em mais uma noite aqui
Nesta rua sem fim
A que agora chamamos lar.

Enferrujado

Trabalho
Confusão
Sem paciência
Ou inspiração.

Tenho-me afastado
Sem nenhuma intenção
Da escrita constante
Do que me vai no coração.

Sinto-me paralisado
Já não sei espontaneamente
Estou enferrujado
Como no inicio, no antigamente.

As palavras saem a custo
As ideias sempre a mudar
Uma incerteza constante
Que este poema não vai resultar

Novamente entraves
A uma escrita sem pensar
E uma ideia irritante
Que tem que sempre rimar.

Voltei ao básico
Aos poemas sem emoção
Espero que seja de estar enferrujado
E da pouca inspiração.

14 de novembro de 2013

Despida de preconceito

Despida de preconceito
Ao teu lado me deito
E entrego-me ao desejo
De receber mais um beijo
Dessa tua boca.
Aquela que me deixa louca
E faz-me entregar
Tudo o que possas desejar.

Teu toque devora
O meu corpo ardente
Deixa-me louca, impotente
Para te resistir
E assim deixo-me ir
Entregando-me ao prazer
Que me dás a conhecer,
Agora.

Pensamentos,
Voam a cada segundo
Pela minha mente
Despertando sentimentos
Que meu corpo, raramente sente
E que são de outro mundo.

A transpirar
Deixas-me cansada
Não me restando nada
A não ser recuperar
A aceleração
Normal do meu coração.

13 de novembro de 2013

Sem rodeios

Sem rodeios
Digo o que penso
Sem pensar um momento
De como vai afectar
Quem me ouvir...

O que sinto
Sai disparado
Sem filtros, nem preocupações
Apenas um chover de emoções
Em palavras.

Não consigo controlar
Nem fechar a boca
Quando sinto a injustiça
Perante o meu olhar
E ninguém a actuar
Porque não é nada consigo.

E sigo
Criticando tudo e todos
Porque não conseguem sair
Da vida rotineira que vivem
Para poder ajudar
Quem está a precisar
Mesmo ali ao lado.

Calado...
Não fico.
Nunca vou ficar
Pois calar é morrer
Ainda tenho muito para viver
E ainda mais para falar!

7 de novembro de 2013

Minha determinação!

Bem cá dentro
Uma força invulgar
Abala as minhas convicções
Brinca com as minhas emoções
E faz-me duvidar...

Terei forças para aguentar
A mudança que procuro?
Será um tiro no escuro
O caminho que escolho percorrer.

Terei eu vontade de vencer
E sair a ganhar?
Bastará isso para desafiar
Tudo o que está a acontecer?

Esta força que sinto
Faz-me acreditar que sim
E que tudo fará sentido
Após o caminho percorrido
Ter chegado ao fim.

É a minha determinação
O querer,
O acreditar,
O ter vontade de mudar
Sem deitar a toalha ao chão
Até onde quero chegar...

6 de novembro de 2013

Deixa-me morrer!

Impotente
Com medo
Sofro em segredo
Abandonada no canto
Onde fui esquecida
Tantas vezes agredida
Por quem não é gente.

Sem querer desistir
Mas sem saber como lutar
Sinto-me a entregar
Meu corpo, minha mente
Que já nada sente.

Vazia
Sem nenhuma emoção
Recordo com frustração
Os momentos vividos
E que me foram retirados
Os entes queridos
À minha frente mutilados.

Mata-me!
Acaba com este sofrimento
Agora que morri por dentro.
E deixa-me sossegada
Nesta vida, que já não tenho nada
E na qual não quero continuar a viver.

Esgotado

Esgotado
Sem força para continuar
Sinto-me derrotado
Sem nada ou ninguém para me agarrar.

Olho em meu redor
Não vejo nada importante
O ódio tomou lugar do amor
Que passou a ser inexistente.

Vazio de vontade
De forças, de intenção
Já não sei qual a verdade
Que comanda cada decisão.

Não tenho destino definido
Nem o consigo definir
Parece já destruído
Antes de começar a existir.

Alguém me pode guiar
Preciso de um caminho
Definido para me ajudar
Algo que não consigo sozinho.

Um ponto de recomeço
Que me faça querer ficar
Pequenas palavras de apreço
Para me fazer acreditar.

Um prémio não merecido!

Amar-te
É um prémio não merecido
Que tenho aprendido
A aproveitar.

Ter-te não te mereço
Quanto mais o teu apreço
Pois não sou ninguém
Faço-te mais mal, que bem
Ainda assim aqui estás
Mas por quanto tempo mais, ficarás?

Teu amor é especial
Desde o momento que o senti
E tenho agradecido
Pelo tempo que tenho vivido
Pois é mais do que mereci.

Amo-te de uma forma
Que não consigo descrever
E qualquer palavra
Que consiga escrever
Não será suficiente
Para mostrar o sentimento
Que vai cá dentro
Desde que tive a sorte de te conhecer.

Apesar de não acreditar
Que este amor era para mim
Lutarei até ao fim
Para o poder viver
E tentar melhorar
Para que possa merecer
Tudo o que tens para me oferecer.

5 de novembro de 2013

É agora

É agora
A altura de mudar
De dar o salto,
De arriscar
E prosseguir o sonho
Que tenho procurado.

É agora,
O momento ideal
Para seguir um novo rumo
E colocar o meu destino
Nas minhas mãos.

É agora
A altura de guardar
Os receios acumulados
Ouvir os desejos guardados
E rasgar com a zona de conforto.

É agora
Ou nunca mais
A mudança de página
Para um capitulo diferente
E passar a ser exigente
Com o que quero viver
Com o que desejo conhecer
No futuro.

31 de outubro de 2013

Descobrir Portugal

À beira mar esquecido
Com tanto potencial
Está meu país sentido
Está meu Portugal.

Um país de aventuras
Com tanto para dar
De amores, de amarguras
De saudades de lá voltar.

Cantinho escondido
Poucas vezes desbravado
Um mundo para ser vivido
Um mundo para ser contado.

Desde a gastronomia
Com tanto para experimentar
Até às paisagens únicas
Que nos fazem apaixonar.

Um país especial
Onde há tanto para oferecer
Com um povo sem igual
Que gosta de receber.

Vale a pena descobrir
Cada recanto
Do sul ao norte
E sair de cá a sorrir
Por termos tanta sorte
De vivermos neste encanto.

30 de outubro de 2013

Puro egoismo

Perdi-me a meio do caminho
Que não me consigo lembrar
Já não sei qual o destino
Onde ele me iria levar.

Deixei tudo para trás
O que pensei não ter valor
E esqueci-me das pessoas
De quem tinha o seu amor.

Agora estou perdido
Sem caminho para voltar
E mesmo que um dia volte
Talvez não tenha quem queira me amar.

Fiquei cego pelo egoísmo
Onde só um tinha importância
E agora pago o preço alto
Por tamanha ignorância.

Escolhi a vida
Que não desejava para mim
E sofro cada dia
Esperando que chegue ao fim.

19 de outubro de 2013

Politica Nacional

Bandidos
Eleitos para roubar
Sem nenhum pudor
Sem um pingo de rancor
Pelo mal que fazem.

Sanguessugas
Que não deixam o poder
Mais vale para isso morrer
Do que largar o vício.

Parece um desperdício
Sair de casa para votar
Pois calhe quem calhar
A conversa será igual
Mas o resultado final
Será gastar o que não tem
Colocar no bolso, o que convém
E ainda ficar a rir.

O sacrifício
Todos os dias falado
É sempre para outro lado
Que não seja o seu.
Vindo os políticos de antigamente
Queixarem-se que é indecente
Cortar nas pensões
Quando a têm sem nenhuma das razões.

15 de outubro de 2013

Relembrar o teu amor

Cansado
Mantenho-me acordado
Para de novo escrever
E explorar os sentimentos
Descrito em breves momentos
Para mais tarde poder ler.

Escrevo
E rescrevo palavras
Não por engano
Mas por não conseguir descrever
A exactidão com que o meu ser
Está a sentir o que transmito.

E apago
Desistindo de explorar
Mais a fundo o meu coração.

O sentimento que sinto
A cada beijo teu
É impossível de transmitir
Só o saberá, quem o sentir
E por isso desisto de o colocar
Em palavras ou em rimas.

Assim,
Guardo o sentimento para mim
E se um dia chegar ao fim
Tentarei transmitir
Tudo o que me fazes sentir.

E se por acaso falhar
Na veracidade dos sentimentos
Restarão os momentos
Para me fazer relembrar
Como é / foi te amar.

14 de outubro de 2013

Triste Figura

Olho para o espelho
E vejo-me diferente
Com um sorriso estranho
Com um olhar ausente.

Não me reconheço
Já não sei quem sou
A alegria que transmitia
A vida que sentia
Desapareceu, acabou.

Os dias passam cinzentos
Mesmo com o sol bem alto
E percorro o asfalto
Como quem procura o fim
Não tinha que ser assim
Mas já nada me importa
Não aguento esta derrota
De ter ficado sem ti.

Agora,
Sou um fantasma do meu ser
Um corpo sem alma
Uma dor que não acalma
Que já não sabe viver.

Vou vivendo dia a dia
Sem nenhuma alegria
E em cada reflexo
Vejo uma figura sem nexo
Que já não vive,
Apenas sobrevive...

24 de setembro de 2013

Desejo em forma de sonho

Sonhei
E pedi um desejo
De te voltar a ver
E te roubar um beijo.

Sorri
Por sentir o teu sabor
E nele o teu amor
Que pensei não existir mais.

Acordei
E triste fiquei
Por ter sido ilusão
Um sonho do meu coração
Que não aconteceu

Chorei
Por não te ter aqui
E novamente sofri
Com a tua ausência.

Percebi
Que nada mais importa
Se não passares por aquela porta
E estiveres aqui novamente.

E lutei
Para que isso acontecesse
Nem que fosse a ultima coisa que fizesse
Antes de voltar a dormir.

13 de setembro de 2013

Sombrio

Sombrio,
No negrume da madrugada
Meu coração chora
E em surdina, implora
Que o deixe sarar
Que o pare de magoar
Em troco de quase nada.

Doentio,
Este amor que me prende
Não me deixando pensar
Cortando a razão
À minha forma de estar
Deixando minha mente
Sem ter forma de controlar
Esta louca emoção.

Desafio,
Tudo o que é racional
Por um amor envenenado.
Entre o bem e o mal
Já não consigo distinguir
O ser equilibrado
Deixou de existir.

Frio,
Me tornarei com o tempo
Como consequência do sofrimento
Que este amor me causou
Pois amei, quem não me amou
E me feriu sem piedade
Trazendo à superfície a humilde verdade
Que este amor não existiu.

12 de setembro de 2013

À beira do abismo

À beira do abismo
Dos meus sentimentos
Penso na vida
Na mistura de sentimentos.

Peso numa balança
Cada lembrança bem passada
Vendo do outro lado
As noites tristes, abandonada.

Pouco me segura aqui
Me faz querer ficar
Continuando esta vida
Que em vez de ser vivida
Apenas se está a arrastar...

Sinto-me a consumir
Toda a força no meu interior
A alegria, o meu amor
Para mais nada restar
Para vazia ficar
Até algo me partir.

Agarro a momentos felizes
Que parecem não ter existido
Momentos fugazes
Que tenho dúvidas ter merecido.

Olho em frente
E vejo um vazio de alma
Que de certo modo
Me acalma
E me puxa para si.

No vazio à minha frente
Corre a liberdade, indiferente
Com a certeza da mudança
Com a morte da esperança
De ter uma diva melhor.

À beira do abismo
Dou mais um passo adiante
E da vida que fui amante
Me despeço sem hesitar.

Coração despedaçado

Onde está meu coração
Que não o sinto a bater no peito
Desde a desilusão
Que o deixaste desfeito.

Acreditei em ti
E no que dizias sentir
Até que descobri
Que me estavas a mentir.

A tua vida um mistério
Que não sonhava existir
Já tinhas outra vida
Com a qual estava a competir.

Uma família formada
Com filhos incluídos
A todos os que me avisavam
Devia ter dado ouvidos.

Mas o medo de estar sozinha
Foi mais forte que a razão
E apesar de ir vendo as coisas
Não conseguia tomar a decisão.

A decisão de te deixar
E fazer sofrer novamente
Este coração que só sangra,
Que leva pancada, que está doente.

Minha cabeça não tem controlo
Sobre um coração despedaçado
Que tenta a ferro e fogo
Ser novamente amado.

E com tanta procura
Sem estar recuperado
Entrego-o sem pensar
Para ser novamente magoado.

É um destino que me segue
Do qual não consigo fugir
Até encontrar alguém que o leve
E que não o deixe partir.

Alguém que me ame
E não queira apenas brincar
Que queira uma vidas a dois
Dure o tempo que durar.

10 de setembro de 2013

Ferido de morte

Refugio-me no meu mundo
Rodeada de solidão
Para resolver uma vez mais
A dor de uma desilusão.

Como pude acreditar
Em tudo o que dizias
Quando da tua boca
Apenas saíram mentiras.

Feriste-me de morte
Meu orgulho foi ferido
Atirei meu coração à sorte
Numa batalha
Que não podia ter perdido.

O sentido da vida
Deixou de existir
A partir do momento
Que te vi partir.

Neste enigma do amor
Saio sempre a perder
E sempre que me entrego
Acabo uma vez mais a sofrer.

Até ter o coração curado
Serei gelo, duro de quebrar
Fechando-me em qualquer lado
Para que nunca mais volte a amar.

(Desafio lançado por uma amiga)

4 de setembro de 2013

Perdi-te quando te tive...

Perdi-te quando não te tinha
Por nunca te ter encontrado
Tive-te quando não mereci
Por nunca ter amado.

Perdi-te por não saber
Como expressar o meu amor
Tive-te quando não queria
Quando meu coração era só dor.

Perdi-te sem querer
Por ter sido impotente
Tive-te sem o saber
Quando era para ti, indiferente.

Perdi-te quando mais precisei
Mas já te tinha afastado
Tive-te como ninguém
Nunca esteve ao meu lado.

Perdi-te por fim
Quando te queria por perto
Tive-te por pouco
Quando não o sabia ao certo.

Perdi-te...
Até quando?
É o que vamos ver
Pois se alguma vez já foste minha
Minha voltarás a ser.

Não te dei valor
E tarde percebi estar errado.
Agora quero-te, meu amor
Desculpa por tudo, pelo meu pecado.

Pecado por não ter visto
O valor que tinhas para mim
Pecado por ter-te deixado ir
Quando sem ti, é o meu fim.
Pecado por amar-te
Apenas quando te perdi
Pecado por só agora
Dar valor a ter-te aqui.

27 de agosto de 2013

Excessos

Tudo em meu redor
Me avisava constantemente
Mas estava preso em mim
Preso na minha mente.

Vivia no meu mundo
Sem me aperceber
Julgando que todos
Só me queria fazer sofrer.

Ignorei tudo
Menos o que pensava
E aos poucos fiquei sozinho
Sem ninguém que amava.

Não preciso de ninguém!
Foi o primeiro pensamento
Mas não me sentia bem
Vazio de qualquer sentimento.

Meu mundo desabava
Não era mais real
E aos poucos acordava
Desta experiência surreal.

Não sei onde estou
O que fiz nos últimos dias
Só me lembro da noitada
Bebidas, drogas e orgias.

Apercebo-me agora
Que por pouco escapei
A uma mistura explosiva
Que eu próprio criei.

Sucumbir ao desespero

Jurei mudar
Seguir os meus instintos
Esquecer os receios
E não andar em rodeios...

Cumpri...
Por breves momentos
Até me deixar
Levar para o passado
E o trabalho efectuado
De novo se evaporar.

Voltei aos velhos tempos
E de novo os sentimentos
De mágoa e de dor
Voltaram ao presente.

Chamaste-me à razão
Não te quis ouvir
E o teu coração
Aos poucos fiz sucumbir.

Controlado pelo medo!

Sinto-me sozinho
No meio da multidão
Abro os olhos e procuro
Mas só vejo escuridão.

Oiço vozes, sorrisos
Mas não consigo encontrar
Fecho os olhos e respiro
Sinto falta de ar...

Desamparado, desmaio
Sem ter tempo de me proteger
Acordo mais tarde
Sem me conseguir mexer...

Sinto-me paralisado
Meu corpo não obedece
Grito por socorro
Mas ninguém aparece.

Atraiçoado pela mente
Sinto pessoas em meu redor
Abro os olhos novamente
Nada vejo, apenas dor...

A dor vai-me consumindo
Sem conseguir controlar
E sinto meu corpo ceder
Meus olhos a chorar.

Não sei que vai acontecer
Não consigo sair daqui
Só quero adormecer
E desejar que seja o fim!

21 de agosto de 2013

Batalha terminada

É tempo de descansar
E olhar em redor
Percebendo o resultado
Conquistado com suor.

Altura de limpar as armas
De recuperar os feridos
De fazer novos aliados
Nos antigos inimigos.

Dormir sossegado
Afastando do pensamento
O pesadelo, o cansaço,
A tortura e sofrimento.

É um novo começo
Que está a começar
Acabaram-se os motivos
Que existiam para batalhar...

Aproveite-se este momento
Para se por em acção
Todos os planos traçados
Anteriormente ignorados.

É um novo rumo
Numa vida atribulada
Um novo caminho
Nessa imensa estrada.

Percorrer é a resposta
E mostrar que estavam certos
Nesta nova aposta
Onde podes demonstrar
O potencial que tens para dar.

16 de agosto de 2013

Desligar do trabalho!

Deito-me cansada
Só quero descansar
Onde está o interruptor
Para poder desligar?

Desligar a cabeça
Que só me faz pensar
No que ficou por fazer
Quando estive a trabalhar...

Tento o impossível
Não estou a conseguir
Desligar-me de tudo
E deixar-me ir!

Quero relaxar
Desaparecer no sofá
A ao sono me entregar
Sem nada a atrapalhar.

Lembrar dos dias
Na praia a passear
Nos momentos de férias
Que tardam em chegar.

Finalmente descanso
Por um momento fugaz
Esquecer-me por completo
Julgo não ser capaz.

E entro em desespero
Por já estar a acordar
Começou novo dia
Hora de ir trabalhar.

14 de agosto de 2013

Fecho os olhos

Fecho os olhos
E reconheço
Que esta vida é só o começo
Para o que há de vir.

Fecho os olhos
E entrego-me ao silêncio
Afundando-me nos pensamentos
Onde recordo os momentos
Que me fazem ser quem sou.

Fecho os olhos
E revejo na minha mente
Toda a vida que já vivi
Com quem cresci
Com quem aprendi
E quem não me é indiferente.

Fecho os olhos
E oiço meu coração
Recordando sentimentos
Que jamais vou esquecer
Criando cicatrizes
Que me ajudaram a crescer.

Fecho os olhos
E sonho com o que virá
Batalhas para travar
Objectivos a atingir
Quais conseguirei conquistar
De quantos terei de desistir?

Fecho os olhos
E não voltarei a abrir
Por muito que desejasse
Por muita vida que me sobrasse
Fechei os olhos para partir.

13 de agosto de 2013

Traído!

Pensei conhecer-te
Mas estava errado
E apenas descobri
Quando fui enganado.

Novamente traído
Sem nenhuma razão
Criando nova ferida
No meu coração.

Dei-te tudo de mim
Mais do que podia dar
Pois por ti, tudo
Apenas por te amar.

Como foi possível
Nunca ter percebido
Que apenas me utilizavas
Curtindo com o meu amigo.

Desaparece para sempre
E leva-o também
Algo assim não merecia
Nem desejo a ninguém.

Estão bem um para o outro
Escusam de semear mais dor
Espero que fiquem sempre juntos
Mas nunca com amor...

9 de agosto de 2013

Mulher solitária

Debaixo da tua beleza
Que faz-te estar rodeada
Por homens que só te querem ter
Sem te querer para nada...

Está uma mulher solitária
Independente
A precisar de atenção
De alguém que a oiça
Sem ser exigente
Sem uma segunda intenção.

Mas ninguém vê isso
Apenas um pedaço de carne
Que todos querem conquistar
Que todos querem provar
Sem se aperceber
Que essa maneira de te ver
Só te faz magoar.

Serei diferente
Verei mais à frente
Não o que mostras para o exterior
Mas o teu interior
Tantas vezes desfeito
Por teres sido usada
Mas sem nenhum defeito
Se fores bem tratada.

É isso que te prometo
Carinho e protecção
Amizade e compreensão
Sem pedir nada em troca
Sem esperar nenhum retorno
Apenas ver-te sorrir
E aos poucos recuperares.

8 de agosto de 2013

Transformas-me!

Fecho os olhos
E oiço...
A batida do teu coração
Onde encosto meu ouvido
Um doce som
Que merece ser ouvido.

Bate descompensado
A cada beijo que trocamos
Esperando os acontecimentos
Para expressar os sentimentos
Neles associados.

Encosto
Meu ouvido à tua boca
E de um forma louca
Dizes o que quero ouvir
E começo a sentir
O calor a aumentar...

Dentro de mim
Meu coração acelera
Até acompanhar o teu
Num bailado sem igual
Num desejo carnal
Como nunca antes aconteceu.

Desaparece este mundo
Para um apenas nosso
Onde nos podemos entregar
Sem nenhuma restrição
Até sermos apenas um coração
A bater em sintonia
A amar com toda a energia
Que temos para dispensar.

7 de agosto de 2013

Preso ao sofrimento

A noite chegou?
Deve ter chegado
Não que veja o céu
Aqui, onde estou amarrado.

Preso a correntes
Que me tentam prender
Correntes que não vejo
Mas que não deixam mexer.

Fechado numa cave
Numa casa que não conheço
Sem ter como me localizar
Uma indicação,
Algo conhecido,
Um endereço...

Longe oiço passos
Mas que não são para mim
Abandonado,
Fui esquecido aqui
E não consigo sair...

Tento me concentrar
Lembrar-me de algo
Que me possa ajudar.

E noto,
Ainda que ligeiramente
Que estou preso na minha mente.

Encontro-me no meu quarto
Na cama encolhido
Sem conseguir quebrar
Esta prisão doentia
Que com pura mestria
Me mantém sobe controlo.

Nem com todas as forças
Consigo escapar
E preso ao sofrimento
Que foi crescendo cá por dento
Parece que vou ficar.

6 de agosto de 2013

A dúvida persiste

Estou doente...
Não o quero admitir,
Mas estou a sentir
A ficar impotente!

Impotente para combater
Esta degradação
Que a cada dia que passa
Nota-se na minha expressão.

Já não como,
Já não durmo, 
Nem me dou com ninguém
Esperando sozinho
Que a noite venha
E me leve consigo.

Já não quero um ombro amigo
Quero é desaparecer.
Em palavras cruas,
Quero morrer!
E acabar com esta dor
Que transforma em rancor
Tudo o que cheguei a ser.

Sinto-me desesperado
A morte já devia ter chegado
Mas teima em adiar
Fazendo-me desesperar
E arranjar uma saída.

Tremo só de pensar
Mas no fundo, tem de ser
Será que vou saltar,
E se saltar, vou morrer?

Talvez comprimidos
Sejam a melhor solução
Ou cortar os pulsos
Até parar meu coração...

Não sei qual a opção
Que eu irei tomar
Apenas tenho a certeza
Amanha já não irei acordar.

5 de agosto de 2013

Entrego-me ao silêncio

Entrego-me ao silêncio,
Ao isolamento, à dor.
E deixo ser consumido
Pela tristeza que sinto
Até não sobrar nada...

Em cinzas
Fica meu coração
Após a desilusão
Que enfrentei.

No olhar
Um ódio crescente
Que me vai toldando a mente
Diz-me para avançar
Para aos poucos sacrificar
Tudo o que acreditava
Todos os que amava
Até a dor passar.

E sigo...

Vazio como nunca antes
Vou pela escuridão
Sem outro caminho
Ou opção
Até fazer desaparecer
Toda a réstia de bondade,
De alegria, de amizade
Que existem no meu ser.

E por fim,
Tomado pelo rancor
E o desejo de vingança
Sigo, sem esperança
Até acabar com este amor
Que no passado acabou comigo.

2 de agosto de 2013

Recordar...

Recordar...
Momentos passados
Outrora esquecidos
Por muitos relembrados
Muitos deles revividos
Em noites calmas
Que permitem...

Sonhar...
Abrir horizontes
Escalando montes
Ou simplesmente voar
Basta para isso...

Acreditar...
Que tudo é possível
Desde que nos empenhemos
Saibamos o que queremos
E o que vale a pena...

Lutar...
Para atingir os objectivos
Que nos vamos propondo
Sem nunca esquecer
Quem somos
O que queremos
E para onde vamos caminhando.

29 de julho de 2013

Pesadelo sem ti!

Passageiro
Como uma brisa
Teu som
Suaviza
A minha dor...

Lembrar o teu sorriso
Trás de volta o paraíso
Que não quero esquecer
Que perdi por não te ter
Dado todo o meu amor...

Teus olhos brilhantes
Apaixonados por mim
Outrora penetrantes
Mostram um olhar triste
Desde o dia em que fugiste.

Não te mereço
Nunca o mereci!
Resolvi ficar
Em vez de juntar-me a ti.

E agora separados,
Algo me consome
Toda a alegria
E aquela energia
Que conseguias me transmitir
Que me fazias sentir
Através de um beijo.

Aquele nosso desejo
Vai morrendo a cada noite
Passado sozinho
No escuro, num cantinho
Que me escondo
Para esquecer
Que este pesadelo está a acontecer.

25 de julho de 2013

Até voltar a sentir!

Fugir...
Esconder
E não mais aparecer
Até voltar a sentir.

Sentir-me necessário
E não apenas mais um.
Sentir-me especial
E não um ser comum.

Desaparecer do mapa
Sem GPS activado
Não estar em lado nenhum
E contudo, estar em todo o lado.

Poder desaparecer
De corpo e de mente
Até conseguir aceder
A um estado diferente.

Por fim aparecer
E recomeçar do inicio
Fazendo um longo caminho
Em sentido contrário do precipício.

Se ao longo da caminhada
Voltar tudo ao começo
Deixo tudo para trás
E novamente desapareço.

24 de julho de 2013

Pequena Epopeia!

Exponho meu coração a nu
Para que todos possam conhecer
O que corre dentro de mim
O que faz meu coração bater.

Em tudo o que se vê
É impossível não reparar
Que estás em todo o lado
Que és quem faz tudo funcionar.

És a única que não vês?
Ou apenas não queres ver
Que tu és a razão
Para querer viver...

Porque tornas complicado
O que poderia ser tão simples
E mesmo estando ao meu lado
Pareces estar distante.

Liga-te a mim
Esquece o mundo que nos rodeia
Ou em breve será o fim
Desta pequena epopeia.

Ser errante...

Minha mente
Vagueia na escuridão
Sem encontrar o caminho
Da salvação...

Pensamentos turvos
Envoltos em dor
Fazem alimentar as reservas
Do ódio e do rancor.

Que mal fiz eu
Para me tornar tão frio?
Meu "Eu" morreu
E outro ser surgiu.

Deixei os sentimentos
Que antes idolatrava
Mas que a toda a hora
Apenas me magoava.

E agora de pedra
Transformou-se meu coração
Onde não entra luz
Onde não reina a razão.

Aos poucos e poucos
Sem nunca suspeitar
Fui criando um monstro
Que já mais irei controlar.

De agora em diante
Estarei para sempre aprisionado
Neste ser errante
Que nunca antes foi amado.

23 de julho de 2013

Frustração!

Frustração!
É tudo o que consigo
Quando tento escrever...

Onde anda a inspiração
Que me fez escrever poemas
Sobre os mais diversos temas
Que me chamaram a atenção?

Onde andam as palavras
Que já não as consigo encontrar
Como se a minha língua mãe
Me estivesse a atraiçoar...

Palavras básicas
É tudo o que consigo escrever
E nenhum sentimento
Já consigo descrever.

É tudo um vazio
Sem mais pequena ligação
A qualquer coisa que sinta
A qualquer emoção.

Porque me sinto impotente
De conseguir transformar
O que tenho em mente
Para que possam ler?

O que me prende?
Será que sou eu?

Terei que parar...
De pensar
Ou de escrever
Até perceber
Uma forma de acabar
Com este problema...

E assim que conseguir
Voltarei a escrever
Sobre qualquer tema
Que surgir!

19 de julho de 2013

Dor na tua ausência!

Esqueci,
Do que ia escrever.

Cada palavra
Perdeu o sentido
Desde que foste embora.
Porque chegou a tua hora?

O que fiz
Para te perder
Desta maneira
E continuar a viver...

Palavras não chegam
Para descrever a dor
Que sufoca meu coração!

Lágrimas vão caindo
Chorando tua ausência
Aumentando este sofrimento
Esta minha penitência...

Leva-me desta vida
Não quero ficar cá sozinho
Diz-me onde andas...
Mostra-me o caminho!

9 de julho de 2013

Sonhei que te perdi

Sonhei que te perdi
E chorei...

Acordei
Com as lágrimas a cair
E mesmo vendo-te ao meu lado
Não consegui acalmar.

Algo no pesadelo
Tornava-o real
E o medo de te perder
Tornou-se irracional...

Tentei manter-me indiferente
Esquecer o sucedido
Mas ao fechar os olhos
Tinhas desaparecido.

Já não éramos um só
Estava numa casa vazia
Assim como a minha vida
Após tu partires...

Quis acordar
Mas não conseguia
E quanto mais te tentava agarrar,
Mais te perdia.

Pensei ser novo sonho
Só esperava ele acabar
E o tempo foi passando
Sem nada mudar.

Quando finalmente acordei
Tudo percebi
O que achava real, era mentira
E nos "sonhos" realmente te perdi.

4 de julho de 2013

Confusão!

Uma confusão
Assim está minha cabeça
Não sei do travão
Para parar...

Vou a abrir
Já nem vejo sinalização
Levo tudo à frente
Tipo furacão.

Estudo as opções
Que parecem existir
Mas são puras ilusões
Com que me estou a iludir

E vou me consumindo
A pouco e pouco
Transformando minha mente
Na de um louco.

Já não penso direito
Não consigo separar
Levo tudo a peito
Até arrebentar.

Não consigo continuar
Neste triste estado
Pois no fim de contas
Alguém sairá magoado.

Preciso de parar
Resfriar meu pensamento
Pensar com calma
Deixar passar o mau momento.

2 de julho de 2013

Escrever sem pensar...

Tenho de escrever
Sem ter que pensar
Se o texto vai rimar
Ou apenas dizer
Aquilo que eu quiser...

Apenas ficar sentado
Com papel e lápis
Ao meu lado
E após longas horas, acordado
Escrever, como sempre quis
Sem ficar incomodado.

Longo vai o tempo
Das folhas amarrotadas
Por tentativas falhadas
Ao me forçar a escrever
Esquecendo o sentimento
Que cada poema deve ter.

Por isso no quarto fechado
Regresso ao passado
E escrevo sem pressões
Libertando as emoções
Que apenas vou sentindo
E vos tento passar
Em cada linha escrita
De cada poema que vos faço chegar.

Quando chego ao fim
Paro para reler
O que escreveu minha mão
Directamente do coração
E que nem sempre consigo entender.

1 de julho de 2013

Nunca te mereci!

Chorei,
Por ti!
Não por te ter perdido
Mas porque nunca te mereci.

Não te dei o valor
Que tanto merecias
E fugi do compromisso
Que tanto me pedias.

Não tive coragem
De aceitar
Que eras a mulher certa
Por quem me estava a apaixonar.

Deixei-te à deriva
Sem nenhuma explicação
Apenas por ter medo
De abrir o meu coração.

Agora sozinho
Olho para o que perdi
E os gestos de carinho
Que nunca te devolvi.

Se de alguma forma pudesse
Voltar ao passado
Não te deixava fugir,
Não sem ter lutado.

Já não sei escrever...

Raiva
Frustração
É o que mora
No meu coração.

Já não sei escrever
Já não sei rimar
Escrevo poucas linhas
Para de novo apagar.

Perdi o jeito
Ou apenas a inspiração
Ou apenas o defeito
Está na minha mão.

Neste mão que treme
A cada palavra desenhada
E que apaga, que risca
A cada nova rima falhada.

24 de junho de 2013

Esvazio a mente

Esvazio a mente
Mas percebo a confusão
Vazia é como ela se encontra
Assim como o coração.

Vazio de sentimentos
De boas lembranças
Vazio de momentos
Que criam esperanças...

Vazio
Oco
Como não pensei ficar
Preso num sufoco
Por não conseguir libertar.

Libertar da dor
Que me atirou ao fundo
Atingindo-me em força
Segundo após segundo.

A assim fico em branco
O mais vazio que posso ficar
Até uma mão amiga
Me ajudar a recuperar.

E se ela não aparecer
Não esperam muito de mim
O vazio irá me corroer
Consumindo-me até ao fim.

18 de junho de 2013

Adeus... Vou partir!

Adeus...
Vou partir!

O destino,
Não sei
Nem sei mesmo
Se voltarei

Vou partir
Para parte incerta
Onde o caminho
Será uma descoberta.

De onde vou
De onde quero estar
De quem sou
E de com quem quero ficar.

Uma descoberta única
Que não posso recusar
Vou partir sem demora
Sem prometer voltar.

Despeço-me com tristeza
Mas tenho que a fazer
A viagem da vida
Que me fará crescer.

E se tudo resultar
Ao contrario do esperado
Um dia vou voltar
Para ficar a teu lado.

12 de junho de 2013

Amei

Amei
Mas tive que partir
E te abandonar
Naquele dia à beira mar
Para que não pudesses me seguir

Amei
Mas deixei tudo para trás
Por uma paixão fugaz
Que não consegui esquecer
Que me fez enlouquecer
Em cada momento

Amei
E vou voltar a amar
Nesta noite de luar
Onde encontro teu sorriso
A porta do paraíso
Onde quero morar.

Amei
E amo novamente
Contigo sempre presente
Como um sol que me guia
Que me enche de energia
Para continuar.

Amei
Enquanto o amor foi regado
Com toda a "agua" que encontrei.

Agora por fim
Ele está terminado
Mas o amor que senti
Irá comigo, a qualquer lado.

5 de junho de 2013

Saudades do tempo...

Saudades do tempo
Que o tempo apagou
Onde havia o sentimento
Que agora terminou.

Saudades do tempo
Que dizias me amar
Em que dizia ao tempo
Para ele parar.

Saudades do tempo
Que por nós passou
Deixando um vazio
Onde nada ficou.

Saudades do tempo
Onde dei a vida por ti
E dia após dia
Nada de ti recebi.

Saudades do tempo
Em que aprendi o amor
Dos teus braços meigos
Que me davam calor.

Saudades do tempo
Que deixou de existir
Desde o momento
Que resolveste partir.

Saudades do tempo
Que não volta mais
Onde nossos corações
Eram partes iguais.

Saudades do tempo
Saudades de ti
Saudades da vida
Agora que morri...

Dívida!

Não sei como pagar
Não sei o que fazer
Mas até me lembrar
Sei que te estou a dever.

Devo-te a vida
Tudo o que consegui
Pois tudo o tenho
Foi graças a ti.

Por teres aparecido
Por teres ficado
Por nos momentos difíceis
Não me teres abandonado.

Por acreditares em mim
E num futuro a dois
Por não pensares no antes
Mas sempre no depois.

Devo-te muito
E não sei como pagar
Espero que baste
Simplesmente te amar.

4 de junho de 2013

Amor de cão!

Passo horas a latir
Com saudades do seu olhar
Só penso em partir
Se ela não voltar

Ela faz-me feliz
Apesar de não o saber
Fiz tudo o que ela quis
Apesar de não o merecer.

É uma dona, como já não há
Amiga para conversar
Apesar das saudades que me dá
Sei que vale a pena ficar.

Ficar à espera, na esperança
Por mais um momento de atenção
Para juntar mais uma lembrança
Num cantinho do coração

29 de maio de 2013

Escolha errada!

Não consigo pensar
No quanto estava errado
Não por te amar
Mas por te por de lado.

Fui egoísta
Não pensei em ti
Segui o trilho
Que para mim defini.

Não consegui ver
O que estava a perder
Ao não te incluir
No que estava a viver.

E agora a meio caminho
Procuro teu coração
Que deixei sozinho
Sem nenhuma razão.

Agora sou eu
Que fico abandonado
Fiz a escolha errada
Em não te manter ao meu lado.

Peço perdão
Por te deixar para trás
Não foi com intenção
Não sei como fui capaz.

E agora te procuro
Agora te quero
Agora não te tenho
E por isso desespero.

Escolhi o meu caminho
Sem duas vezes pensar
Tenho tudo o que queria
Mas não sei o que é amar!

28 de maio de 2013

Escrevo o meu amor!

Numa folha em branco
Escrevo o que sinto...

Horas vão passando
Sem nada escrever
Até que me percebo
O que está a acontecer.

O que sinto por ti
É algo especial
Que qualquer palavra dita
Será banal.

O que me fazes sentir
Que faz bater meu coração
Não se descreve
Não se explica
Apenas se sente
Em cada ocasião.

É um sopro de ar
Que me mantém a respirar
É uma energia positiva
Que me faz guiar.

Pelo caminho certo
Sempre até ti
Um sentimento único
Que nunca antes senti.

E por tudo isso
A folha em branco vou deixar
Não por não conseguir escrever
Mas simplesmente por te amar...

25 de maio de 2013

Alma Perfeita!

Olho-te sem desconfiares
Apenas para recordar
A sorte que tive
Em te encontrar.

Ver-te a dormir
Sossegada, ao meu lado
Era o que queria sentir
Quando te conheci, no passado.

Já passou algum tempo
Criamos nossas lembranças
Que guardam momentos
E algumas esperanças.

De repetir passeios
De melhorar opções
Reduzir os anseios
Dos nossos corações.

Ter-te comigo
Fez-me alguém melhor
Que só foi possível
Com o teu amor.

És o meu porto seguro
Onde posso voltar
A pessoa quem procuro
Quando quero desabafar.

Minha cara metade
Minha alma perfeita
A alegria dos meus dias
Que não pode ser desfeita.

Quero-te junto a mim
Enquanto te apetecer
Se não for até ao fim
Que seja até morrer...

21 de maio de 2013

Expulso!

Expulso de emoções
Sem direito a recurso
Num caminho de ilusões
Que não detectei...

Expulso das palavras
Que para escrever uso
Preso às amarras
Do que nunca direi...

Expulso do amor
Que julgava existir
Quando afinal havia dor
À espera de mim...

Expulso da liberdade
Que julgava sentir
E de uma amizade
Que chegou ao fim...

Expulso de uma existência
Que pensava viver
Sem ter a consciência
Do que acontecia...

Expulso para a morte
Que não devia acontecer
Acabando a sorte
Que me seguia.

20 de maio de 2013

Benfica Campeão... ou não!!!


Benfica Campeão
Já dá para o sentir
Não da taça, do melão
Que a primeira não vão conseguir.

A jogar era a melhor
Não havia como perder
Mas receando o pior
A derrota veio a aparecer.

Nada a desanimar
Vem a final da taça europeia.
Esta é para ganhar
De qualquer maneira!

Ups, não conseguiram
Perderamos novamente
Mas a forma como reagiram
Foi uma injustiça, realmente.

Enquanto hipótese existir
Tem de se acreditar
Ganhar em casa e garantir
Que o porto vá escorregar.

Isso não aconteceu
Perdemos injustamente
O Campeonato que era “meu”
Foi para o Porto, novamente!!!

15 de maio de 2013

Viver no passado!

Nunca mais olhar para trás
Nunca voltar ao passado
Pensar de uma vez por todas
O que acabou, está acabado.

Mas é mais forte do que eu
Do que tinha imaginado
E quando dou por mim
Estou de regresso ao passado.

Ao que já esqueci
Ao que estava adormecido
Aos desamores que já sofri
E que não devia ter sofrido.

Aos erros cometidos
Que me fizeram aprender
Mas que relembrados novamente
Só me fazem sofrer...

Regresso aos tempos
Que não queria recordar
E tento apaga-los
Sem nunca resultar.

Sem me aperceber
O passado molda o meu presente
Voltando a cometer os erros
Que já tinha seguido em frente...

14 de maio de 2013

Parar para pensar...

Parar...
Deixar o tempo passar
E pensar...

Pensar no futuro
Que teima em fugir
Pensar no orgulho
Que me fez ver-te partir.

Parar de cometer erros
De magoar corações
Parar com os enterros
De alegrias e emoções...

Dizer que já basta
De fingir de viver
É agora, é a hora
De lutar, de querer...

Vou seguir teu trilho
Guiar pelo meu sentido
Encontrar o brilho
No teu olhar escondido.

E ver o teu sorriso
Noutros tempos deslumbrante
Pegar-te de novo em meus braços
Meu amor, minha amante.

Mostrar-te como realmente sou
E não a criança que mostrei
Mostrar-te o homem que te amou
Que te ama e que amarei.

Esperar calmamente
Que não chegue atrasado
E se não eternamente
Que fique longo tempo a teu lado.

8 de maio de 2013

Desamor

Procuro
Sem nunca encontrar
A pessoa certa
Para amar...

Entrego-me
De corpo e alma
Ao som que embala
O meu coração...

E estremeço
Quando o teu apreço
Começa a desaparecer

Levando meu amor
Contigo
Deixando-me desprotegido
E a sofrer...

Resguardo-me
Uma vez mais
Jurando nunca mais
Me entregar por completo.

Mas dura pouco
E novamente louco
Entrego-me a alguém
Que não me levará além
De um novo desgosto.

6 de maio de 2013

No vazio...

Vazio!
De alegria
De sentimentos
De energia
De momentos...

Vazio!
Como nunca me senti
Parece que morri
Mas ainda me vejo
Na doçura de um beijo
Que nunca mais senti...

Vazio!
Caído no esquecimento
Numa lembrança de momento
Que parece não existir
Que não se tornará a repetir
Até ao final do tempo.

Vazio!
E isolado
Na mais perfeita escuridão
Deixa bater meu coração
Quebrado...

2 de maio de 2013

A fuga possível!

Gritei...
Exprimi com raiva
Todos os meus sentimentos
Recordando os momentos
Que contigo vivi.

Chorei...
E deixei-me cair
No chão molhado.

Deixei-me ficar
Quieto,
Sem respirar
À espera que a morte
Me viesse buscar
Para acabar com o sofrimento.

Meu coração
De rastos como o meu corpo
Pede descanso.

Já não quer bater
Teima em parar
Ajudando o corpo
Para que possa repousar.

E solto um ultimo grito
De raiva e frustração
E salto, para o abismo
Juntando a realidade, à ficção.

Sinto-me a pensar
Na decisão que tomei
Já não há volta a dar
Em breve, lá em baixo,
Morrerei...

30 de abril de 2013

Ciclo!

Nascer
Crescer
Viver
Morrer

Ciclo da vida
Que não podemos controlar
E mesmo assim teimamos
Em deixar o tempo escapar.

Perder tempo em discussões
Sem razão aparente
Em vez de o gastar
De uma forma diferente.

Ser quem queremos alcançar
Sem haver hesitações
A vida é um acto único
Sem hipótese de treinar.

Temos que dar o melhor
Em tudo o que se conseguir
Aproveitar família, amigos e o amor
Antes de os ver fugir.

É não deixar para depois
O que poderia ser feito
Um momento de dúvida
Significa um sonho desfeito.

Nunca sabemos
Qual será o ultimo dia
Por isso aproveitem
Para viver com alegria.

29 de abril de 2013

Algo se perdeu!

Vejo,
Mas já não sinto!
Desejo,
Mas a mim minto!

O que sentia desapareceu
O amor morreu
Não sei em que momento
Morreu... sem um lamento,
Já não sou teu.

Minto para não fazer sofrer
Para continuar a tua lado
Mas estou mudado
E não consigo viver
A teu lado sem te amar
E sentir-me a sufocar
Por não ter arriscado.

Desejo mudança
Desejo nova vida
Agarrar a esperança
De uma nova historia, vivida.

Quero sair
E desculpa por te magoar
Mas isto tem de acabar
Para outro amor surgir.

18 de abril de 2013

Acabou...

Acabou...
Desisto!
Já não sei porque existo
Neste mundo cruel,

Este cheiro podre,
O sabor a fel
Que me faz vomitar
Faz-me não acreditar
Que ainda estou aqui
Que alguma vez existi
Neste inferno...

Porquê respirar?
Porquê manter o coração a bater
Se já não vale a pena viver.

Porquê manter a agonia
Se por alguma ironia
Perdi todo o presente
E o futuro? Certamente
E não sei como continuar...

Quero desistir!!!
Deixem-me morrer
Já não quero sofrer
Nem causar sofrimento
Chegou o meu momento
De partir...

Acabou...
E acabei por fim
Não chorem mais por mim
Pois finalmente acabou!

15 de abril de 2013

Deixa-me entrar...

Deixa-me entrar
Conhecer a tua mente
Perceber o que realmente
O teu coração sente.

Escondes-te em mentiras
Numa mascara de rancor
Isolando-te aos poucos
No teu interior...

Deixa-me entrar
E resgatar-te da solidão
Confia em mim
E dá a tua mão.

Deixa o ódio de lado
Aprende a confiar
Nos que te rodeiam
E te querem ajudar.

Deixa cair
Esse teu lado escuro
E prepara o caminho
Para o teu futuro.

Ergue muralhas
Que eu as destruirei
Em todas as batalhas
Que travarei...

Quero-te ajudar
Quero uma vida contigo
Por favor deixa-me entrar
Sou eu, um amigo!

8 de abril de 2013

O momento...

Chegou o momento
E não sei como descrever
Este sentimento
Que tu fizeste nascer.

Foi desde que te vi
Desde o primeiro olhar
Nesse dia eu nasci
Apenas para te amar.

Agora sou feliz
Tenho-te ao meu lado
Às vezes pergunto-me:
Será que estou acordado?

Sinto que sim
Conheço o que sou capaz
Desde que esteja ao teu lado
Estou em casa, estou em paz.

Por isso aqui te digo
Com todo o meu coração
Que sou mais que um amigo
Sou chama ardente de paixão.

2 de abril de 2013

Pequenas coisas...

Pequenos momentos
Fazem sorrir
Criando sentimentos
Que não sabíamos existir.

Pequenas sensações
Em determinadas alturas
Criam emoções
Despertam loucuras.

Pequenos desejos
Para satisfazer
Como a troca de beijos
Ao te conhecer.

Pequenos presentes
Com grande valor
Criando sementes
Para este amor.

Pequenas partilhas
De um tempo em comum
Faz-nos ser diferentes
E não apenas mais um.

Pequenas cedências
Para tudo funcionar
Faz.nos seguirmos em frente
E a estabilidade alcançar.

26 de março de 2013

Deprimente

Acordo um dia mais
Sem vontade de o fazer
Pois já oiço na janela
A chuva a bater.

Acordo deprimido
Sem razão para levantar
Tomo mais um comprimido
Para me alegrar.

Estes dias cinzentos
Tomam conta de mim
E escurecem minha alma
De um negrume sem fim.

A cada dia deprimente
Me sinto mais negativo
Transformando minha mente
Num ácido corrosivo.

Passo os dias sombrio
Sem vontade de sorrir
Pensando ao segundo
No dia que estará para vir.

Será que vai abrir
Um sol maravilhoso
Ou continuará a surgir
Mais um dia chuvoso?

Espero que isto termine
Para que possa melhorar
Pois a cada dia que passa
Me sinto mais a afundar...

Esquecimento!

Sigo por caminhos escuros
Na esperança de me perder
A vida que deixo para trás
Já não a quero viver...

Quero mudar de rumo
Caminho nesta estrada
Para o conseguir
Apenas não sei a direcção
Que deveria de seguir.

Vou por impulso
Esquecendo a razão
Vou pelo caminho comprido
Para preparar meu coração.

No fim quero ser outro
Quero esquecer quem deixei
Esquecer o meu passado
O que fiz, quem amei

Quero esquecer que já existi
Acreditar que acabei de nascer
Apagar da memória o que vivi
Para voltar a viver!

Quero poder ser gente
Num mundo estranho
Quero seguir em frente
Com força, vontade e empenho.

Quero subir cada degrau
Com a minha dedicação
E no fim deste percurso
Voltar a pertencer ao chão...

22 de março de 2013

Sofrer em silêncio!

Sais sem dizer nada
Não me dás explicações
Vais para o café com amigos,
Deixando-me só nos serões...

Voltas acompanhado
Com o alcool a comandar
Bruto e mal educado
Vens pronto a atacar...

Certificas que estás sozinho
As crianças a dormir
Impedes-me o caminho
Ao tentar fugir...

Começo a me preparar
Desta historia já sei o fim
Descarregas a tua fúria
Em pancada sobre mim.

Não poupas à força
Nem às zonas onde bater
Já não te importas
Com o que vão dizer.

Grito para me ouvirem
Para que alguém possa ajudar
E levo um soco na boca
Mais outro até me calar.

Vou desmaiando por momentos
Onde consigo relaxar
De todos os sofrimentos
Que me estas a causar.

Já cansado ou sem ideias
Terminas de me bater
Dizendo que a culpa é minha
Para o que acabaste de fazer.

Vais embora, sem interesse
Não tenho forças para levantar
Vejo poças de sangue no chão
Não paro de chorar...

Sei que vai mudar
Ele não é tão ruim
É o que me oiço a pensar
É o que digo para mim...

Assim vou vivendo
Em sofrimento, sem falar
Desejando o momento
Em que tudo possa terminar.

21 de março de 2013

Dia Mundial da Poesia!

Escrever por se gostar
Por ter jeito com as palavras
Escrever para expressar
As alegrias e mágoas.

Escrever o que se sente
À espera de ser sentido
No momento em que se escreve
E no momento em que é lido.

Libertar os sentimentos
No coração aprisionados
Juntando aos pensamentos
Para criar poemas inacabados...

É a melhor liberdade
Que temos ao dispor
Uma escrita de verdade
Sem limites a impor.

19 de março de 2013

Lutar contra a morte!

Prefiro ignorar
A encarar a realidade...
Prefiro me enganar
A saber toda a verdade...

Não quero acreditar
Que o que dizes é sincero
Não vou aceitar
Te perder neste inverno.

Como é possível
Acontecer-te esta desgraça
Com tanta gente desprezível
Que é apenas uma ameaça.

Preciso de ti
E querem-te levar
Não vou desistir
Sem pelo menos lutar.

Iremos conseguir
Travar esta doença
E se a dúvida surgir
Restará a minha crença...

És o meu mundo
E não o posso perder
Se mergulhares no sono profundo
Até ti irei ter...

Não posso ficar sozinho
Sem te ter ao meu lado
Sem ti, não há caminho
Não há razão de ficar acordado!

14 de março de 2013

Desafio II

Quero-te tocar...
Sentir o teu corpo
Que me deixa louco
E me faz vibrar!

Quero entregar-me a ti
E saborear o teu sabor
Numa noite de amor
Como nunca mais senti

Desapareceste do meu mundo
Tal como tinhas aparecido
De um momento para o outro
Como se não tivesse acontecido.

Mas reconheço o teu cheiro
Teu perfume ficou marcado
E por ele tenho procurado
Sem nunca ter sucesso.

As saudades vão destruindo
Os pilares antes criados
Quebrando a já pouca força
Em mil bocados.

Mas não vou desistir
Até voltar a te ter
E novamente sentir
O êxtase do teu prazer

(Desafio proposto por anónimo)

9 de março de 2013

Viver a vida!

Acordar
Olhar ao espelho
E sentir-se motivado
Por mais um dia acordado
E viver...

Agarrar nessa oportunidade
E dar alguma utilidade
Às horas que tem pela frente
Deixar de ser intransigente
Apenas por maldade...

Deixar-se levar
E ver o que a vida nos trás
E de alguma forma ser capaz
De se superar
De continuar a procurar
A mudança...

Não se deixar prender
E viver na zona de conforto.

Arriscar
Para aprender
E mesmo que errar
Seguir em frente,
Sem se arrepender
Até ao ultimo fôlego
Até ao ultimo sorriso
E ai... Morrer!

5 de março de 2013

Arriscar e ir à Luta

Arriscar
Deixar tudo para trás
Mostrar que o que tens
Não satisfaz
Que não tens medo de mudar.

Lutar
Por um caminho diferente
Que te faça seguir em frente.

Não te deixes desanimar
Um novo rumo espreita
Uma linha torta,
Que endireita
A cada avanço que fizeres.

Nunca recuar,
Por aquilo que acreditas,
Para a vida enfrentar,
Sem nunca virares as costas.

Segue o que sentes,
Sem duvidar da razão,
Das decisões permanentes,
Que mandam no coração,

Porque viver,
Sem intensidade,
É sofrer sem saber,
O porquê de morrer!

(com a colaboração de Nikita Goulart)

25 de fevereiro de 2013

Ama-me? Não sei...

Noite sombria
Envolve-me a alma
Que no silêncio me acalma
E me devolve e energia
Por ti procurada
Por ti retirada
Quando foste embora...

E agora choro
De noite ou de dia
Pois a alegria
Desapareceu de vez
E teima em não voltar
Coração não consegue sarar
Contigo fora...

Fizeste-me acreditar
Que voltavas por mim
E ainda assim
Deixaste de falar.

Não sei por onde andas
Nem o que estás a fazer
Só sei que esta incerteza
Aumenta o meu sofrer...

Já te quis arrancar
À força do meu coração
Mas contra mim ele se vira
Por tomar essa opção.

Diz que chegou ao fim
Acaba com este sofrimento
Ou volta para mim,
Neste instante, agora, neste momento.

Não me faças mais esperar
Por um amor inexistente
Se meu coração não parar
Paro eu...Para sempre!

21 de fevereiro de 2013

Amor escondido

Escrevo-te por timidez
Por não me saber expressar
Porque estar ao teu lado
Me faz gaguejar...

Tens um efeito em mim
Que não consigo explicar
Por isso tento por em palavras
O que me fazes passar...

Fico horas parado
A olhar para teu sorriso
Pois quando olhos teus olhos
Me sinto no paraíso.

Perco-me nos pensamentos
Ao sentir o teu perfume
Despertando em mim sentimentos
Onde nas chamas se funde.

Conto cada segundo
Para te voltar a ver
Desprendo-me deste mundo,
E da necessidade de comer...

O que sinto por ti
E não consigo te dizer
É um amor que nunca senti
Que me faz enlouquecer.

Pena não o conheceres
Nem ter coragem para te dizer
E apenas o saberes
Por este poema escrever.

19 de fevereiro de 2013

Construir novo caminho

Anima-te...
E aproveita o momento.

Esquece o sentimento
Que te sufoca
E esgota
As energias que tens...

Reencontra-te
E faz acontecer
Faz por merecer
Uma nova mudança.

E tem esperança
Por um rumo diferente
Ao que estás a imaginar.

Ergue-te
E luta
Não vires a cara à disputa
E faz outros acreditarem
Que tens valor
Trabalho e rigor
E assim vais conseguir
Decerto atingir
O caminho desejado.

Põe a mágoa de lado
E todas as desconfianças
Cria alianças
Que te façam crescer
Neste caminho desconhecido
A pouco e pouco amigo
Para quem o quiser desvendar.

15 de fevereiro de 2013

Pedido

Envergonhado,
Cheguei ao teu lado
E meio assustado
Disse: Amo-te!

Não sabia tua reacção
E o meu coração
Acelerava
Enquanto a resposta esperava.

Sorriste para mim
Disseste que sim
Que o amor que eu sentia
Em ti ele correspondia.

Pulei de alegria
Nem queria acreditar
Senti a magia
Do amor, pelo ar.

Dei-te um beijo apaixonado
Para demonstrar minha emoção
E aquele olhar envergonhado
Desapareceu...

Pegaste-me na mão
Assim fomos passear
E esse amor, que agora é meu
Notava-se no olhar.

Desde esse dia sou teu
E não paro de agradecer
Pelo coração que é meu
E que tu quiseste receber.

6 de fevereiro de 2013

Estou pelas costuras!!!

Sinto-me a arrebentar
Já não sei o que fazer
Não consigo aguentar
Já não me consigo conter...

Tudo me enerva
Tudo deixa fora de mim.
O que aconteceu
Para que esteja assim?

Não consigo perceber
Nem consigo pensar
O que devo fazer
Para isto passar...

Só quero que os dias passem
E para casa voltar
Para novamente dormir
E não mais acordar...

Mas no dia seguinte
Acordo novamente
E acontece tudo de novo
Simplesmente...

É um ciclo viciante
Que teima em não largar
Levando-me à loucura
Lentamente, sem parar...

Preciso de um pausa
Ir para zonas bem distantes
Para dar volta a isto
E ser tudo como antes...

1 de fevereiro de 2013

Sofro sem ti!

Como é possível
Algo assim acontecer
Estar rodeado de tanta gente
E tanta gente não me ver...

Sinto-me sozinho
Na completa solidão
Já não encontro o caminho
Para sair desta escuridão.

Estou abandonado
Desde o dia que foste embora
Meu relógio ficou parado
Relembrando-me
Do dia e da hora...

Estou rodeado de amigos
Mas eles não me fazem viver
Apenas sofrer
Um pouco mais pela tua ausência
A razão da minha existência
Deixou de ser.

E o que sou agora?
O que ainda faço aqui?
Se por dentro já morri
Por não te ter a meu lado.

O que faço acordado,
Quando meus olhos pedem para dormir
Um sono interminável
Que faça desaparecer
Esta dor de viver.

28 de janeiro de 2013

O que quero para mim?

Livre,
De pensamento.
Sigo,
O sentimento
Que me liga a ti
Que me trouxe até aqui
A este momento...

E agora?
Qual o próximo passo a dar
O que fica a faltar
Nesta vida?

Para onde devo ir?
Qual o caminho a seguir?
E que decisões tomar?

Não me canso de pensar
Mas não consigo escolher
Tenho medo de errar
Tenho medo de morrer
Sem conseguir atingir
O que tinha pensado para mim...

E se agora chegou o fim?
Se isto era tudo o que era destinado
"Apenas" ter-te ao meu lado
Será assim tão mau?

Sorrio bem alto
Vendo de repente
O que me esconde a mente
E sinto que ao meu redor
Tenho-te a ti, meu amor
E tudo o que já preciso...

23 de janeiro de 2013

Teu mundo!

Liberta o pensamento
Das correntes
Da repressão
E deixa a imaginação
Soltar-se...

Deixa que o sentimento
Venha directamente do coração
Para a mão
E escreva
Sem nenhuma inquisição
Da mente
Ou da razão.

Escreve,
Pelo escrever.
Escreve,
O que vai na alma.
Pois o escrever,
Acalma.

E não sejas intransigente
Não és uma máquina,
És gente
E terás os teus defeitos
Os teus poemas, refeitos
Ou talvez desfeitos
Porque és exigente.

Liberta-te de tudo
E entra no teu mundo
Onde não há limites
Para o que podes pensar
Para o que podes criar.

16 de janeiro de 2013

Difícil explicar!

Profundo...
É o sentimento
Que tenho cá dentro
E não o consigo expressar.

Palavras vão-me faltando
Quando o tento descrever
Por parecer
Que vou simplificando
Aquilo que sinto
O que estou a viver.

Tento demonstrar-te
Mas não consigo atingir
A perfeição
Do que existe no meu coração
E te quero transmitir.

Só se sabe vivendo
E mesmo sabendo
Que não se pode ensinar
Não vou desistindo
Pois, de alguma forma, pressinto
Que te consigo demonstrar...

Escrevo declarações
Repletas de emoções
E ainda assim vazias.
Por não conseguir explicar
O que me fazes sentir
Todos os dias...

14 de janeiro de 2013

Quero soltar-me!

Quero soltar-me
Fugir às amarras
Do meu pensamento,
Libertar o sentimento
À tanto reprimido,
Por vergonha,
Escondido
De quem o deveria sentir.

Quero soltar-me
Mas não consigo
Tenho medo
Do perigo
Que é pensar por mim
De decidir e no fim
Ver que errei
E o que sonhei
Não é realizável.

Quero soltar-me
Deixar as barreiras
Para trás
Sentir do que sou capaz
Sem nada a controlar
Sem ninguém a julgar
O que faço
O que quero
Pela liberdade, desespero
Mas não me consigo soltar...

Quero soltar-me...
Mas já não tenho forças
Já não me consigo erguer
Ficarei preso até morrer
Nesta teia criada
E por mim alimentada
Sem sequer saber!

10 de janeiro de 2013

Decidir...

Múltiplas opções
Caminhos
Decisões
Sem nenhuma orientação
Um sinal
Uma direcção
Para o que temos de fazer.

Como pode ser
Como podem exigir
Não errar
Não mentir
Se no meio da confusão
Qualquer opinião
Leva-nos a um caminho diferente

O que fazer
Quando se perceber
Que estamos enganados
Que os passos traçados
Não eram os que queria
Não segui o caminho que devia
E não me revejo onde estou.

Como podemos ser largados
Neste mundo, abandonados
E no fundo pedir
Que consigamos definir
O caminho a seguir
Para sermos bem sucedidos.

9 de janeiro de 2013

Respira...

Respira...
Com calma!
E no interior da alma
Procura a inspiração
Que faz bater teu coração
E te leva a escrever.

Respira...
Bem fundo!
E desperta
Desse sono profundo
Onde te encontras sozinho
Sem certeza do caminho
Que percorres...

Respira...
E deixa o ar entrar
Acompanhado de coragem
Para seguir a viagem
Em direcção aos sonhos
Que tens vindo a desistir.

Respira...
Deixa a força regressar
E te fazer levantar
Para que possas prosseguir
O caminho que te surgir
Sem nunca duvidar.

Respira...
Para que não deixes morrer
Para que não faças desaparecer
O que tens de melhor
Na amizade e no amor
Que tens ao escrever.

7 de janeiro de 2013

Sonho terrível

Sonho,
Acordo
E com medo
Recordo
Do que acabei de sonhar.

Estavas tão presente
Ao mesmo tempo ausente
E vi-te partir
Sem te poder seguir
Sem te poder travar.

Não tenho sinais de ti
E nesse dia sofri
Por ouvir no jornal
De um acidente brutal
Onde seguias tu.

Meu coração,
Parou
Meu corpo,
Se revoltou
E fez-me desmaiar.

Acordei sobressaltado
Meio revoltado
Com a tua morte prematura.

A vejo que sonhei
Estás ao meu lado,
Onde te deixei
Foi um sonho mal sonhado.

2 de janeiro de 2013

Descoberta!

Sozinho
Perdido
Pelo caminho
Escondido
Que tenho que trilhar.

Medo
Do escuro
Em segredo
Procuro
Como me encontrar.

Anseio
Uma resposta
Receio
Pela pergunta
Que tenho de fazer.

Estremeço
Com a caminhada
Não reconheço
A estrada
Que estou a percorrer.

Meu corpo estremece
Teima em rejeitar
A verdade que lhe aparece
De quem sou
Do que vou ser
E recusa perceber
Que só resta aceitar
E tentar remediar
No tempo de vida que lhe restou.