8 de maio de 2012

Enlouquecerei?

Acho que vou enlouquecer
Se é que já não sou louco
Já não consigo viver
No meio deste sufoco.

A cada dia que passar
Vou-me tornando mais instável
Não sei como me tratar
No meio de tanta variável.

São tantas as razões
Que me levaram a esta loucura
Quebrando sentimentos, emoções
Transformando em raiva, a ternura.

Deixei de ser o ser amável
Brincalhão, divertido.
Sou agora um ser odiável
O meu próprio inimigo.

Não sei como me soltar
Deste monstro que me aprisionou
Quando me sinto a recuperar
Acordo e vejo que ele voltou.

Já perdi meus amigos
Minha família me afasta
Vivo com medos antigos
Que para o escuro me arrasta.

Não sei se algum dia vou conseguir
Deste inferno libertar
Tenho que lutar, não desistir
Tenho quem me esteja a esperar.

Agarro-me a essas recordações
E ganho forças no meu interior
Para rasgar com as ilusões
Que me causam tanta dor.

Se irei recuperar?
Não sei responder
Mas espero melhorar
Para voltar a viver!

Iludi-me!

Ouvi-te!
Acreditei!
Iludi-me!
E errei...

Errei ao acreditar
Cegamente no que falavas
Para depois verificar
Que não era eu quem amavas.

Sofri nesse dia
Sofri dai adiante
Desapareceu toda a alegria
Nesse momento, nesse instante.

E olho para o passado
Vejo o tempo que perdi,
Num amor condenado
Aquele que senti por ti.

Sinto raiva a crescer
E pelo meu corpo se espalhar
Sinto um desejo de morrer
Para esta dor terminar.

Não suporto ter-te perdido
Foi tudo mentira, ilusão
Mas tudo o que foi vivido
Está marcado no coração

Tenho que te esquecer
Hoje é o dia, o momento
Hoje de noite já não quero ter
Nenhuma lembrança, sentimento.

Quero que sejas uma miragem
Algo que não me lembre que vivi
Hoje é o dia de viragem
O dia que eu te esqueci.