3 de março de 2015

Invisível

Escuridão
Inunda-me os sentidos
Atirando-me ao chão
Frio,
Sombrio,
Que me prende
Com uma força sobrenatural.

Solto um grito animal
De raiva,
Frustração
Para chamar a atenção
De quem me possa ouvir.

Invisível,
Ninguém me vê
Mesmo que passem ao meu lado
E nem um cuidado prestam
Nem um estender de mão
Para me retirar do chão
Onde me encontro abandonado
Isolado do mundo
Num silêncio ensurdecedor
Profundo...

Tento-me levantar
Sair desta agonia
E retomar o meu caminho
Mas sem forças para o conseguir
Deixo-me ficar onde me encontro
E desligo-me da vida
Sendo pisado
Por quem não me ajudou.