24 de abril de 2012

Nada sei...

Humilhado!
Sozinho!
Abandonando,
A meio do caminho.

A caminho de onde?
Nem eu sei responder
Pois não sei onde estou
Nem onde esta estrada vai ter...

Caminho pela escuridão...
Permitem-me discordar!
Pois estou antes a vaguear
No meio desta podridão.

Quero poder apenas caminhar
Sem escolher direcção
Deixar-me guiar
Pelo impulso, pela intuição.

E nesse percurso turbulento
Encontro-me novamente
Ganhando um novo alento
No coração e na mente.

Adeus!

Não estou bem,
Só me apetece chorar
Não digam a ninguém
Mas quero me matar.

Acabar com o sofrimento
Que me está a consumir
Devido ao sentimento
Do qual não soube desistir.

Já não tenho cá lugar
Nem razão para viver
Peço desculpa a quem ficar
Por vos fazer sofrer.

Espero que um dia
Possam me desculpar,
Mas fugiu-me a alegria
A dor tomou o seu lugar.

Não consigo viver assim
Na angustia, na saudade.
Vou à procura do meu fim
Do meu caminho, da liberdade.