30 de outubro de 2015

Dúvidas

Dizes que me amas
Que farias tudo por mim,
Mas será mesmo assim?

Dizes que te faço bem
Que comigo tens a felicidade,
Mas será que dizes a verdade?

Dizes que me desejas
Hoje como no primeiro dia
Mas não será pura mentira?

Dizes que és minha
Até que a morte nos separe,
Mas não quererás que isto acabe?

Dúvidas que bailam no meu peito
Que enfurecem meu coração
Que o deixam desfeito
Por estes momentos de indefinição.

Dúvidas que vão minando
O amor que por ti sempre senti
E que vão alimentando
O ódio que nasceu em mim.

Dúvidas, agora minhas companheiras
A cada momento que estás ausente.
Dúvidas, certezas algo traiçoeiras
Neste momento mais presente.

Dúvidas que destroiem
O que juntos foi construido
E que não quebram mas moem
Este amor outrora nascido.

28 de outubro de 2015

Por um fio...

Estou por um fio...
A tua partida
Foi como uma bomba
No meu coração,
Deixando-o desfeito
Aberto, sangrando
Caminhando para o incerto,
Sozinho, definhando,
Sem interessa pela vida
Que passa a direito.

Estou por um fio...
Já não penso sensatamente,
Nem confio na razão
Dentro na minha mente
Está um enorme turbilhão
De sentimentos,
De sonhos criados,
De bons momentos,
Agora rasgados.

Estou por um fio...
Só me apetece fugir
Para um lugar sem retorno
Onde não possa sentir
Esta sensação de abandono
Que invade meu peito
E me deixa desfeito
Sem conseguir resistir
A querer desaparecer.

27 de outubro de 2015

Reflexo da alma!

Resguardo-me no interior,
Vejo o reflexo da minha alma
E nele um amor
Que depressa me acalma.

Um sentimento profundo
Que é maior que imaginava
Do tamanho do mundo
O mundo no qual morava...

É nele que me refugio
Nos dias mais cinzentos
E procuro o pavio
Que me acenda por momentos.

Que me faça perceber
Que não estou sozinho,
E consiga entender
Qual o meu caminho.

Para que te consiga dar
Tudo aquilo que desejo
E se possa transformar
Num meu mundo, a cada beijo.

Só tu importas ao meu lado
Diga o mundo o que disser
Quando este amor estiver acabado
Já estarei perto de morrer.

24 de outubro de 2015

Corpo inerte e frio!

Corpo inerte e frio,
Sem medo nem receio,
Sem vontade nem desejo,
Procura no consolo de um beijo
Um luz neste olhar alheio
Ao mundo vazio.

A viva voz grito,
Como forma de expressar
Todo o ódio que sinto
E que a mim próprio minto,
Pois ele está a me matar
Tanto de corpo como de espírito.

Perco-me no negro
De uma escuridão galopante
Que invade minha alma
E que nada me acalma
A não ser a dor dilacerante
Que sofro em segredo.

Que acabe a vida em mim
E leve este sofrimento
Que guardo dentro do meu peito
Agora ferido e desfeito
Degradando-se a cada momento
Que me aproximo do fim.

23 de outubro de 2015

Desafiando-me!

Preso num medo
Dificil de explicar
Não sinto o momento
Que procuro explorar
E sem me aperceber
Deixo o tempo passar
Sem ter a hipotese
De um dia tentar...

Refugio-me no refúgio
Que criei para mim
E em casa, isolado
Solto um grito amargurado
Pela falta de confiança
De fé, de esperança
De lutar por um fim
Que tenho aguardado.

Saio a correr,
Mesmo estando a chover
E atiro-me na lama
Limpando a alma
Suja de tanto fugir
E não conseguir enfrentar
Os desafios, que ao surgir
Soube sempre evitar...

Sou um homem sem rumo
Sem destino, sem solução
Separado por um riacho
Impossível de trespassar
Que me impede de melhorar
E explorar o melhor de mim
Guardado no interior,
Com ódio e rancor
Por não se conseguir soltar...

Quebro a garrafa,
Dos medos e receios
E estilhaço cada desafio
Com força e dedicação
Elevando cada padrão
Da minha forma de ser
Levando-me a perceber
Que posso melhor
E atingir a perfeição
No que me propuser criar.

22 de outubro de 2015

Prisioneiro em mim!

Fico dormente,
Preso na mente
De onde não consigo fugir,
Pensar, sentir
E me perco na imensidão
De um abismo de ilusão
Constuido no meu interior
Para me proteger do exterior.

Preso em mim
Não tenho como escapar
Sem antes me enfrentar
E enfrentar meus receios,
Meus medos e devaneios
Que me fazem vacilar
Me fazer recolher
E ter medo de errar
Em vez de lutar e vencer...

Solto-me da inércia
Que controla o meu corpo
E enfrento cada batalha
No fio da navalha
Sabendo que o futuro
Poderá ser decidido
Entre enfrentar as dificuldades
Ou ser um furagido
Aprisionado no seu proprio corpo
Sem nada poder fazer.

21 de outubro de 2015

Teu calor!

Procuro-te na noite fria,
Como forma de me aquecer
Sem me aperceber
Fico vidrado
Apaixonado
Pelo teu toque quente
Que me entorpece a mente.

Deixo-me ficar,
Rodeado do teu calor
Que me aquece por completo
Quebrando por completo
Todas as minhas resistências
E as falsas aparências
Que senti ao chegar...

Relaxo,
Abraço a tua forma de estar
De me levares ao inferno,
De tomares conta de mim.
De ficares ligada
Até a madeira chegar ao fim
E me aqueceres
Em cada noite de inverno!

16 de outubro de 2015

Meu coração!

Bate meu coração,
Forte,
Apaixonado,
Acelerado,
Com a sorte
De te encontrar,
De ter te deixado entrar
E o inundares de uma nova sensação...

Amor!
Que no calor do momento
Faz nascer esse sentimento
Que alimenta meu ser
E faz-me perceber
Que quero estar a teu lado
A sonhar ou acordado
Quero sentir esse teu calor.

Sem ti,
Cresce um vazio
De ausência!
Cria-se um frio
De indiferença!
Que não quero recordar
Nem voltar a sofrer,
Uma ferida por sarar
Ainda antes de te ter.

15 de outubro de 2015

Epifania

Agarro em palavras
Para escrever poemas,
Pensando em que temas
Poderei escrever...

Vou ficando bloqueado,
Sem saber o que dizer
Sinto-me desapontado
Por não o conseguir fazer...

Mas paro e reconheço
O quando estou errado,
Não são as palavras que escrevem
Quando estou inspirado.

São sentimentos vividos
Sensações experimentadas
Que têm de ser convertidos
Para serem partilhadas...

Escolhi a poesia
Para o conseguir fazer
E as palavras são um meio
Para o que tenho a dizer.

Não é fiel ao que sinto
Mas tento ao máximo descrever
Todas as coisas que me dão forma
E me fazem viver.

Vazio da Mente

Encaro a folha vazia,
Tremo, sem me aperceber
Pois a escrita que tive um dia
Parece desaparecer...

Fico parado, quieto,
Tentando um tema arranjar,
Não sei nada concreto
Mais uma folha para rasgar...

Rabisco uma e outra frase
Qualquer coisa sem sentido
Continuo neste impasse,
Em busca de um poema perdido.

Concentro-me no vazio
Para focar a atenção,
Mas deve estar frio
Pois congelou minha inspiração.

Sou um vazio da mente
Sem nada para escrever.
Um poeta sem semente
Para o poema florescer.

Mas logo me recordo
Que a escrita vem de coração,
E assim acordo
Com vários poemas escritos na mão.

13 de outubro de 2015

Percorre...

Percorre o meu ser
Com o teu toque,
Deixa que o prazer te sufoque
E solte a chama inibida
De uma paixão esquecida
Que se deixou morrer...

Percorre o meu corpo
Com cada beijo,
Desperta este desejo
Que guardo no interior.
Solta este amor
Que por ti tenho guardado,
Faz este corpo ser desejado
Faz-me ser o teu porto...

Percorre cada recanto
Satisfaz minhas loucuras,
Faz-me viver as aventuras
Que tenho no pensamento
Transforma-as num momento
Que possa recordar
E voltar a experienciar
Sozinho no meu canto.

Percorre...
Não deixes nada por descobrir!
Faz-me apenas sentir
Que pertences a mim
E desejar no fim
Que este momento seja eterno.
Se o pensamento for efémero,
Ficará gravado na alma,
Que este fogo não acalma
Até que esta morra...

Queres-me?

Se te mostrar os meus medos,
Meus receios e fraquezas,
Será que continuarás a me querer?

Se souberes os meus segredos,
Se não tiveres certezas,
Estarás ao meu lado enquanto viver?

Se quiser ir embora,
Para um local distante,
Irias querer ir comigo?

Se achares que não está na hora,
E duvidares por algum instante,
Quererás apenas como amigo?

Mostro-me sem nenhum plano
À espera da tua aprovação,
Sem medo do teu olhar,
Sem dúvidas que me façam duvidar
Que quero estar ao teu lado
Ser teu futuro e presente,
Esquecer o nosso passado
Para que possamos seguir em frente
E sem nenhuma hesitação
Mostrar como te amo.

Amarás da mesma forma?

Acreditarei que sim
Estarei a aguardar por ti
E se no fim
Decidires que não te mereço
Espero que guardes o que te ofereço
Pois já não preciso para mim.

12 de outubro de 2015

Entrego-te a alma!

Entrego-te a alma,
Com a calma
Que me soubeste dar
Sem nunca procurar
Tirar partido
De um coração sofrido.

Entrego-te a alma,
Pois o coração já é teu
Aquele que já sofreu
E que agora bate descompensado
Por se sentir amado
De forma especial.

Entrego-te a alma,
Faz dela o que entenderes
Mas se me fizeres
Sofrer,
Regista o que te disser:
Te causarei sofrimento,
Mesmo que mostres arrependimento
E pedirás ajoelhado
Que sejas perdoado
E que te deixe viver...

Mas já não terei alma,
Nem alguma compaixão
Pois a alma foi-te entregue
Assim como meu coração
Por isso podes pedir,
Podes até implorar
Que o que virá a seguir
Nada poderá travar...

4 de outubro de 2015

Labirinto!

Sinto-me perdido!
Procuro uma saída,
Corro em várias direções
Mas só encontro ruelas
Sem nenhumas soluções.

Tento desesperado
Encontrar um caminho
Que me permita sair
Desta confusão onde me meti
Deste presente sem ti
Sem amor e carinho.

Viro para um lado
Novo caminho sem saída
Volto para o outro
E vejo a minha vida
Numa encruzilhada sem resolução
Onde cada movimentação
Parece ser antecipada
Criando uma barreira
Que não pode ser ultrapassada...

Subo bem alto,
Para o muro que me prende
E algo me surpreende
Por perceber
Que me estou a perder
Num Labirinto da minha mente
Que não existe sequer.

2 de outubro de 2015

Desejo Negro

Deixas-me louco!
Por ti esqueço do que prometi
Do que quero para mim,
De onde quero chegar,
Ficando apenas cego,
Para te ter
E te poder tocar,
Saborear o teu prazer
Que me faz perder o controlo.

Deixas-me ansioso!
Por sentir o teu toque
O teu sabor intenso,
Que me faz viajar
Por um mundo de sensações
Apagando um desejo
Guardado dentro de mim
Que graças a ti
Chegou ao fim...

Abuso da tua companhia
Mato essa vontade
Dissipando a ansiedade
De te ter novamente
Mas após te largar,
Não consigo evitar
Que na minha mente
Já te esteja  a desejar...

Quero manter-te longe...
Quero manter-te por perto
Mas neste momento incerto
Apenas consigo dizer
Que és a minha tentação
És quem me leva ao desespero
Por ti acelera meu coração
Meu pecado... Chocolate Negro!

1 de outubro de 2015

Tento esquecer-te...

Tento esquecer-te!
Tirar-te do pensamento
Onde por um momento
Pensei que pudesses viver,
E no meu coração mandar
Para que conseguisse dizer
Que um dia soube o que era amar...

Tento ignorar-te!
Não me lembrar que existes,
Esquecer recordações
De dias passados ao teu lado
Ocultar sentimentos
Que me deixam acordado
Por não te ter por perto...

Tento apagar-te
De cada pedaço do meu passado
Que conseguiste deixar marcado
Mas que faz doer
Apenas por recordar
Que por não te ter
Não consigo evitar
Que já fui feliz
E não soube aproveitar...

Tento não te ter,
Mas será que tento de verdade?
É que na realidade
Queria ter-te por perto
E num suave aperto
Dizer-te ao ouvido
Que é apenas contigo
Que quero partilhar um futuro.