30 de junho de 2012

Esqueço-me!!!

Esqueço-me de ti
Do que vi...
Do que sonhei!

Esqueço-me de mim
Do que sou...
Do que me tornei!

Esqueço-me dos amigos
Dos meu entes queridos
Para quem estou ausente!

Esqueço-me do trabalho
De cumprir o horário
O mesmo de sempre.

Esqueço-me de esquecer,
Pois já não tenho o que recordar.
Esqueço-me de viver,
O que a vida tem para me dar.

Esqueço-me...
Do que ia escrever
Das palavras certas
Para que estas linhas
Façam sentido ao ler.

29 de junho de 2012

Focar-me em ti!

Disperso-me facilmente
No que não é essencial
Esquecendo quase sempre
De viver o actual.

Penso e planeio
Tudo o que possa acontecer
É um devaneio
Que não consigo perder.

Tenho os meus objectivos
Seja para amanha ou a um ano
Podem até não ser cumpridos
Mas assim tenho um plano.

Mas esqueço-me do importante
E não devia esquecer
A tua presença constante
Que me faz querer viver.

É o teu amor
Que me faz focar
No que tem valor
No que devo aproveitar.

E deixar seguir
O rumo natural
Pois o bom há-de vir
Quando for tempo para tal.

Fica escrito, para se ler
Que em ti me vou focar
E tentar me esquecer
Onde a vida me vai levar.

28 de junho de 2012

Seguir em frente!

Rasgo
Em mil pedaços
O que tenho de ti
Para que não chore
Pelos cantos
Para não recordar
O que já sofri.

Apago
O cheiro
Do teu corpo
Que me fazia transpirar
E o sabor
Dos teus beijos
Com que me fazias voar.

Arranco
Dentro do meu peito
Aquele sentimento fugaz
Que me deixava sem jeito
Que andavas por perto
E que agora não satisfaz.

Queimo
O que resta teu
Do meu corpo e mente
Para que sejas enterrado,
Esquecido, ignorado
De agora ao eternamente
Por mim.

Choro
Para limpar meu coração
E sarar as feridas
Causadas pela desilusão
De amar e não ser amada
Por ter sido, por ti,
Conquistada
E agora não ser opção.

E que no fim
Deste enorme contratempo
Possa ter a vida que quis
Agarrando no que de mim restou,
Nas cinzas
Em que este amor se tornou
E ser ele o adubo
Para voltar a ser feliz.

27 de junho de 2012

Foste uma desilusão!

Cada dia que passa
Muda um pouco o sentimento
Que tinha por ti
Até à pouco tempo.

Foram anos de vida
Em que julgava te conhecer
Nada me preparava
Para o que veio a acontecer.

De ti conheço zero.
E o que conheço, dispensava
Já não és quem conhecia
Não és quem eu gostava.

Tratei-te como irmão
Quando não és nem amigo
Foste e és uma desilusão
Perceber-te, já não consigo.

O que pensava sentir
Tem-se aos pouco alterado
Sinto raiva a surgir
Quando estou ao teu lado.

Como podes ser tão frio?
Tratar mal quem te quer bem
Quando não és afinal
Nem um homem, nem ninguém.

Um pouco de coragem
Um pouco de determinação
Já tinham acabado com a imagem
Que és um fraco de coração.

Que não sabe o que quer
Nem que caminho optar
Apenas fazer sofrer
Quem continua a o amar.

26 de junho de 2012

Escutar o coração...

Sem nada para fazer
Deitado no meu quarto
Ponho-me a pensar
Olhando para o teu retrato.

Recolho-me na minha mente
Para um momento de observação
Onde escuto atentamente
O que me diz o coração!

Oiço a sua batida
Num ritmo lento
Que acelera ao pensar em ti
Como se fosse o vento.

Retiro a tua imagem
Privo-me de qualquer sentimento
Acalmando o ritmo
Nesse preciso momento.

Fico mais atento
Ao que ele quer dizer
E oiço a dizer para não desistir
Para fazer o que tenho de fazer.

Como pude não perceber
O que estava a sentir
Fui errando nas escolhas
No caminho que estava a seguir.

É altura de enfrentar
Adversidades e problemas
E finalmente lutar
Pela musa dos poemas.

25 de junho de 2012

Amor Inacabado!

Perdido em pensamentos
Perdido em ilusões
Vivo os momentos
Que não esqueci.

Momentos de amor,
Paixão e desejo
Sentimentos que ficaram
Como o sabor do teu beijo.

Beijo sentido,
Apaixonado, sem igual
Com tanto significado
Que parecia irreal.

E veio a verdade
Que me fez acordar
No final de contas
Apenas estavas a me usar.

E quero-te esquecer
Rasgar-te do passado
Retirar-te do meu peito
Por me teres magoado.

Mas não consigo
Fazer-te desaparecer
És um amor que marcaste
Com a chama do prazer.

Não posso continuar assim
És passado, esquecida
Mas preenches-me a mente
Controlas a minha vida.

Fazes querer procurar-te
Correr riscos por ti
Viver novamente o passado
Passado esse que não esqueci.

Sinto sem forças para lutar
Lentamente vou-me render
A um amor que não existe
E que sei que me vai fazer sofrer.

Mas ficarei feliz
Por te voltar a abraçar
Por sentir novamente os lábios
De quem me ensinou a amar!

24 de junho de 2012

Aprender!

Ninguém nasce ensinado
Estamos sempre a aprender
Mas quem vai aprendendo
Não faz sempre sofrer.

Aprendemos com os erros
É o que oiço dizer
Mas nem todos aprendem
Ou não querem aprender.

Erra-se uma e duas vezes
E a culpa não é nossa
Segue-se a vida indiferente
Colocando os outros na fossa.

Vamos isolando do mundo
Vivendo noutro que criamos
Esquecendo a sociedade
E todos de quem gostamos.

E se fossemos mais humildes
Conseguiríamos perceber
Que aprendendo com os erros
Não tínhamos tanto a perder.

23 de junho de 2012

Começar do zero!

Farto de sofrer
Farto de pensar
No que fazer
Para não me magoar.

Não desisti
Mas não aguento mais
Vou viver sem ti
Chorar, jamais.

O amor não desapareceu
Continuo a te desejar
Mas algo em nós morreu
E só tenho que aceitar.

Vai ser complicado
Imaginar-me separado
Mas é melhor do que o vazio
Que tenho agora ao meu lado.

Ainda sou novo
Tenho muito para viver
Tenho esperança e fé
Que haja alguém que me quer.

Me quer por inteiro
De corpo e de me mente
Em que seja o primeiro
A dizer: Estou presente!

Presente nos bons momentos
E quando houver complicações
Presente a partilhar sentimentos,
Desejos, gostos e emoções.

Enquanto isso não acontece
Só me resta esquecer
Este amor que vivi
E que está a desaparecer.

22 de junho de 2012

Escrever!

Escrever por escrever
Não é a solução
É precisar relaxar
E deixar escrever o coração.

Colocar em palavras
O que vai dentro de nós
Expor sentimentos
Numa única voz.

Nem sempre é possível
Ser fiel ao que vai cá dentro
Complicando o poema
Por um breve momento.

Após resolvido
E deixar ir
Sem pensar no que sai
Apenas continuar expressar
Enquanto cada palavra sair.

Assim que terminar
A escrita não pensada
É ler o que foi escrito
Ver a obra criada.

Nem sempre faz sentido
O que temos como resultado
Mas escrever é assim mesmo
Um projecto inacabado.

E enquanto a inspiração
Surgir sem esperar
Vou andar de caneta na mão
Para novo poema vos dar.

21 de junho de 2012

Futebol Vs Crise

Joga-se hoje
Mais uma decisão
Para o campeonato europeu
Para a nossa selecção.

Pára o país
Para ver a equipa jogar
Esquece-se a crise
Que veio para ficar.

Venham os golos,
As minis e os tremoços
Venha mais um jogo
Que somos gulosos.

Enquanto roda a bola
Não importa mais nada
Sai-se mais cedo do trabalho
Para arranjar lugar na esplanada.

Cada jogo que se fez
É um dia de esquecimento
Dos cortes no orçamento
Que temos para o mês.

Mas isso agora não é importante
Vamos vestir a rigor
Logo é tarde de bola
E que ganhe o melhor...

Enchem-se corações de esperança
A mente de emoção
Que a melhor equipa de hoje
Seja a nossa selecção.

20 de junho de 2012

Cromos do Euro

É uma brincadeira de miúdos
E dai talvez não
Juntar os cromos do euro
Fazendo a sua colecção.

Andar a comprar carteiras
E ver o que se vai encontrar.
Saiu vários repetidos!
Fica no monte para trocar.

Só há na coca-cola
Os chamados cromos especiais
Troca-se caricas e tampas
E no fim só saem os normais.

São novos e crescidos
Em todo lado a verificar
Quais os cromos das suas listas
Outros têm para trocar.

A pouco e pouco vai ficando
A caderneta mais completa
Com todos os estádios e equipas
Símbolos, troféus e cada atleta.

Caminho sombrio

Escuro
Sombrio
É assim o caminho
Que tenho para percorrer.

Foi este que escolhi
E não vou voltar atrás
Por muito que o instinto
Diga que não sou capaz.

Capaz de aguentar
Os problemas que se adivinham
Capaz de resistir
Aos obstáculos que se aproximam.

Não sou de desistir
E nada vai fazer mudar
O caminho para mim
Custe ele o que custar.

No meio da escuridão
Oiço sons de arrepiar
Obrigando a maior concentração
Para não me perder.

Vou seguindo, passo a passo
Sem nunca vacilar
Vejo uma luz
Já não estou no escuro
A algum lado estou a chegar.

Chego ao meu futuro
E olho para o passado
E sinto um orgulho
Pelo percurso marcado
Por desafios aliciantes.

Acabou-se o lado negro
Deste período da minha vida
Fica guardado para recordação
Num cantinho do coração
Para me lembrar do que sofri
Para estar agora aqui
Ao teu lado!

19 de junho de 2012

És quem eu quero!

És quem eu quero
De hoje em diante
De quem eu espero
Ser amigo, marido e amante.

És quem eu quero
Ao meu lado todos os dias
Partilhar contigo
As tristezas e alegrias.

És quem eu quero
Em casa ao chegar
Para quando for necessário
O apoio necessário me dar.

És quem eu quero
Não é de agora, sempre quis
É de ti que preciso
Para ser completamente feliz.

És quem eu quero
E por quanto tempo será?
Não te sei dizer
Mas uma vida não bastará.

Perdi-te por orgulho!

Fui longe neste orgulho
Que só me fez sofrer
Por não compreender
Que te perdia aos poucos.

Não é difícil perceber
Quando deveria ceder
Para que se possa continuar
Um projecto a dois.

Mas não quis ver
Nunca quis saber
E o resultado foi o fim
Um futuro sem ti.

E tudo porquê?
Para poder dizer que tinha razão?

O que ganhei eu?
Se agora estou só
Quando apenas bastaria
Ceder num ou noutro dia.

Para não aumentar
A tensão que andava pelo ar
E rebentar mais uma discussão
A última da nossa relação
Por mais não se aguentar.

E assim vi-te partir
Não por não nos amarmos
Mas apenas por sentir
Que não havia caminho a seguir
Nesta luta de orgulhos.

18 de junho de 2012

Lutar por Portugal!

Cheio,
De vontade!
De força!
De querer lutar!
De agir!

Mas para quê?

Sou apenas mais um
A lutar contra o impossível
Contra o que está destinado
O que é mais acessível.

A força vai desaparecendo
Por não dar resultado
Juntamente com o alento
Por nada ser mudado.

A luta continua!
Mas continua por quem?
Se não existe ninguém
Disponível a arriscar
Para que algo possa mudar
E ser mais justo para todos.

Agir com ideias
Com certezas do que se quer
Mas sem com isso dizer
Que tudo terá que ser abandonado
Pois algo pode ser aproveitado
Do nosso anterior passado.

O que de bom foi feito
Pode-se voltar a utilizar
E os nossos erros
Terão de servir
Como base para não se repetir
No que está para chegar.

Não sou apenas um,
A lutar para o que se passa
Sou mais um
Que esta aventura abraça
Que sonha um Portugal melhor
Onde se tenha orgulho de viver
Onde se possa dizer
Que é o local certo para se estar.

Chorei por ti!

Chorei ao partires
Por não acreditar
Que o meu único amor
Me estava a deixar.

Não consigo perceber
O porquê da decisão
Sabendo que assim
Partirias meu coração.

Onde errei?
O que posso mudar,
Para que um dia
Tu possas voltar?

Não digas que é para sempre
Não quero aceitar
Pois dediquei a minha vida
Inteira para te amar.

Sem ti ao meu lado
Como vou percorrer o caminho
Se não sei para onde vou
Se já não tenho um destino?

Foi duro ver-te a afastar
Decidida no que querias
Não olhaste para trás
Quando estava certo que o farias.

Assim vi-te afastar
Até já não te conseguir ver
Sentado aqui, vou ficar
Até forças conseguir ter.

Forças para me levantar
E seguir em frente
Sabendo que a partir de hoje
Estarás para sempre ausente.

17 de junho de 2012

Desorientado

Não sei o que pensar
Não sei o que sentir
Não sei onde estar
Só quero fugir!

Fugir deste mundo
E levar-te comigo
Fugir do pesadelo profundo
Que me tem consumido.

Mas ir para onde?
Nenhum lugar serve
Para acalmar a sensação
Desta desilusão.

Tento pensar
O que é melhor para mim
Mas sinto-me bloqueado
Porque me sinto assim?

Tento arranjar uma explicação
Meus amigos dão ideias
Mas não tenho a certeza
Se serão totalmente certeiras.

Sei que estou a chegar
A um ponto sem retorno
Em que sinto cada vez mais
O peso do teu abandono.

Por isso vou atrás de ti
E levar-te para onde for
Pois só serei feliz
Se tiver o teu amor.

E se não me quiseres
Não tenho porque ficar
Vou onde o tempo me levar
E lá sozinho, vou acabar.

16 de junho de 2012

Regresso ao trabalho!

Não quero nem pensar
Mas terá de ser
Tenho que voltar
Ao que tentei esquecer.

Acabaram-se as férias
Vou voltar à realidade
Na 2ª espera-me trabalho
É a dura verdade!

Soube bem esta semana
Deu para recuperar energias
E pelo meio tive sorte
De viver algumas alegrias.

Sem vontade de regressar
Mas sem hipótese de fugir
Vou começar a mentalizar
Que o trabalho está a vir.

Venho mais contente
E também mais sereno,
Mas o que se vai notar bem
É que venho bem moreno.

14 de junho de 2012

Slide & Splash

Um dia para recordar
Não podia ser melhor
O vento a soprar
Para afastar o calor.

É dia de brincadeira
Vamos lá escorregar
Hoje não há maneira
De conseguir parar.

Ida ao Slide & Splash
Passar o dia a descer
Os milhares de escorregas
Que há para conhecer.

Do Black Hole ao Tornado
Tudo foi excelente
Bem escolhido foi a altura
Pois não havia muita gente.

Poucas foram as filas
Ainda assim teve que se esperar
Para nalgumas alturas
A chapa na água conseguir dar.

Foi até ao limite
Quase à hora de fechar
Que se veio embora
O calor estava a apertar.

Ainda assim para valer
E ficará na lembrança
As escadas para subir
Para poder ser "criança".

Descer como um maluco
Em cada escorrega diferente
Dobrado ou estendido
De costas ou de frente.

Acabo o dia com um sorriso
Assim bem rasgado
Depois o que preciso
É descansar um bom bocado.

13 de junho de 2012

Santo António

De Alfama à Ajuda
Da Madragoa à Mouraria
São os santos populares
Que trazem festa e alegria.

Enquanto o manjerico
Traz no verso a sua graça.
A sardinha assada
Para acompanhar a marcha.

Deitada numa fatia de pão
Regada apenas com azeite
Comida com a mão
É um enorme deleite.

E pela avenida abaixo
Todos os bairros a marchar
Em plena festa, um concurso
Quem será que ai ganhar?

É também dia especial
Para vários casais apaixonados
Que com as Noivas de Santo António
Já vêem as marchas casados.

É um feriado lisboeta
Uma festa popular
A um grande poeta
Que fez os peixes o escutar.

Assim é lembrado
Todos os anos em Lisboa
Desejando boas marchas
E sardinha da boa.

12 de junho de 2012

Encontro-te na praia!

Chinelo no pé
Pronto para partir
Vou caminhar por ai
Até o destino surgir.

Vou dirigindo-me à praia
Chamado pelo mar
Talvez seja o que preciso
Para me voltar a encontrar.

Ao vê-lo sinto-me melhor
Sei o que quero e o que sinto
Lembro-me de ti, meu amor
E do tempo que já passou.

E voltam as borboletas
A habitar o meu peito
Que tinham partido
Por estares longe de mim.

Gravo no telemóvel
A paisagem, o momento
Envio mensagem para ti
Cheio de saudades e sentimento.

Recebo a tua resposta
Estamos juntos, novamente
Vives de novo em mim
No coração e na mente.

Volto a casa, exausto
Tomo banho para acordar,
Nos lábios tenho um sorriso
Apesar de estar a chorar.

Choro de felicidade
Por te continuar a ter
Sei hoje o que já sabia
Não te quero perder.

Deito-me e adormeço
Nos lençóis com o teu cheiro
Sonho contigo e estremeço
Ao receber o teu beijo.

11 de junho de 2012

Desapareceste!

Sinto um arrepio
Quando penso em ti
Tornaste-te distante
Agora que te queria aqui.

Não sei por onde andas
Nem como te encontrar
Desapareceste do mapa
Sem estar a contar.

Deixei-te desaparecer
Levando contigo a paixão
O arrepio tornou-se gelo
Alojado no meu coração.

Já não te conheço!
Voltou tudo a acontecer.
A pessoa que és no presente
Não é quem esperava ser.

Pensei que tivesses mudado
Quando apareceste novamente
Mas foi por pouco tempo
Que te mostraste diferente.

Jamais te esquecerei
Como nunca te esqueci
Mas já amo outro alguém
Por quem nunca sofri.

O sofrimento que causaste
Abriu um buraco no peito
Partiste e eu deixei-te ir
Pois era o único jeito.

Jeito de não sofrer mais
De podermos viver
Apesar de sabermos
Que não poderei te ter.

Assim num canto de mim
Ficarás adormecida
Para quem sabe ficarmos juntos
Se não agora, noutra vida.

10 de junho de 2012

Semana de férias!

A precisar de descansar
E repensar no que se quer
Uns dias de férias tirar
É o melhor que se pode fazer.

Tudo organizado
Malas prontas para a viagem
Às 7h estou acordado
Falta arrumar, no carro, a bagagem.

Para o Algarve, vou a caminho
Com a chuva como companhia
Não começa como queria
Mas compõe-se devagarinho.

Chego na hora de comer
É altura de cozinhar
Os hambúrguer já estão a fazer
Com massa e salada a acompanhar.

Finalmente o sol a abrir
Tarde de praia garantida
Durante a semana pode continuar a vir
Pois será a minha vida.

8 de junho de 2012

Encontro-te na ilusão

Acordo sem ti ao meu lado
Sem sinal de estares presente
Levanto-me preocupado
Por só te ter na minha mente.

Procuro vestígios teus
Nada existe para provar
Que estiveste junto a mim
Na noite passada, ao luar.

Procuro pelos locais
Onde íamos de mão dada
Coloco fotos tuas nos jornais
Após um mês ainda nada.

O lugar que ocupavas
Na minha vida, no coração
Desapareceu por completo
Como se fosses uma ilusão.

Desapareceste com completo
Nada aponta a seres real
Apenas os momentos que vivemos
Sob o mesmo tecto.

Não tenho de ti noticias
Ninguém ouvi falar de ti
Tenho saudades das tuas caricias
E dos sonhos que contigo vivi.

Não podes ter sido um sonho
O que tivemos era verdade
Já não consigo perceber
Onde acaba a minha realidade.

Exausto e derrotado
Adormeço para esquecer
Sinto-te ao meu lado
Na ilusão de te ter!

7 de junho de 2012

Sonhos a seu tempo!

Sonho em crescer
Para aproveitar
O que não posso ter
Enquanto não lá chegar.

Começo a aproximar
Do tempo que desejava
E agora que estou a chegar
Não é o que pensava.

Parecia uma diferença grande
Ao entrar para a faculdade
Mas chegou a minha vez
E não senti nenhuma novidade.

Trinta anos era ser "cota"
É o que parecia na altura
Essa idade está a bater-me à porta
E ainda só vou a meio da aventura.

Por isso temos sempre a ideia
Que ser mais velho é diferente
Mas quando chega a nossa hora
Estamos como antigamente.

Penso no que já passei
E no que fiz no passado
Apesar de pouco, aproveitei
Mais do que tinha imaginado.

Estou a seguir o caminho
Novos sonhos a surgir
Um com mais carinho
Que desejo mesmo seguir.

A presença de sobrinhos
Faz esse sonho aumentar
Mas sei que ainda é cedo
E que terei de esperar.

Mas sonho pelo dia
Em que saberei que vou ser pai
Irei chorar de alegria
Por o sonho se concretizar.

6 de junho de 2012

Não vás embora!

Sei que não é injusto
Pedir que esperes por mim
Quando não dou sinal de querer
Ficar junto a ti.

Sei que sou um cobarde
Por não ficar contigo
Já pensei em deixar-te ir
Mas também não consigo.

Queria arranjar coragem
Para tomar uma decisão
Mas não tenho certezas
Do que vai no meu coração.

E no meio desta loucura
Vou ficando sozinho
Por não assumir o que sinto
Por ter medo de sofrer.

E sem tomar conta
Vou-te perdendo lentamente
E quando me decido
Estás longe, ausente.

Não vás embora
Peço-te enlouquecido
Não quero acreditar
Que te tenha perdido.

Penso agora em nós dois
No que queria, no que perdi
Só me resta seguir em frente
Infelizmente, sem ti.

Talvez sirva para aprender
Que no meio de tanta indecisão
Deve-se ligar aos sentimentos
E menos à razão.

Recipiente vazio

No silêncio,
Na escuridão
Sinto frenético
O bater do meu coração.

Tento me acalmar
Respirando lentamente
Mas não consigo esvaziar
O que me vai na mente.

Sou controlado
Por sentimentos opostos
Que não me deixam relaxar
E levam-me a perder.

Não consigo estabelecer
Pontos seguros para voltar
Meu coração a testar
Novos limites.

Sinto-me a desaparecer
Já não controlo quem sou
Está em modo automático
A caminhar para o vazio.

E assim sigo em frente
Sem ligação do corpo à mente
Agindo sem pensar
Com o ritmo a acelerar.

Não aguenta este ritmo
Chegou ao fim este caminho
Tornei-me um recipiente vazio
Aqui no escuro, sozinho.

5 de junho de 2012

Procuro por ti...

Procuro o teu sorriso
Uma paz, um conforto
Para regressar ao estado
De que saí sem razão.

Procuro o teu olhar
Que me dá toda a atenção
Para me consolar
De mais uma desilusão.

Procuro os teus braços
Que me recebem sem perguntas
Dando o carinho que preciso
Para voltar a acreditar

Procuro o teu afecto,
Tua alegria e boa disposição
Para ser a ignição
De um novo dia.

Procuro o teu saber
Como forma de me indicar
Qual o caminho a caminhar
Para chegar onde desejo

Procuro o teu beijo
Para em ti me perder
E por completo me restabelecer
Para partir em novo desafio.

4 de junho de 2012

As crianças!

Elas são nossa alegria
Nossos momentos de prazer
A juventude que dia para dia
Vemos a evoluir, a crescer.

São o nosso futuro
A semente que cá deixamos
Pequenos seres vivos
Que instantaneamente, amamos.

Não dá para explicar
O poder que têm nas mãos
Pois conseguem cativar
Todas as nossas atenções.

Com eles tudo é brincadeira
Todos regredimos na idade
A opinião deles é verdadeira
E são fonte de curiosidade.

Euro 2012

O Europeu a começar
Começa a tensão
Momentos para vibrar
Ou de profunda desilusão.

Serão milhões a torcer
Para a vitória final
Os mesmos milhões a sofrer
Quando algo correr mal.

Futebol de ataque ou defensivo
Muita alma e sofrimento
O nível de entrega será decisivo
Do inicio até ao último momento.

Duelos interessantes
Para ver na televisão
Momentos stressantes
Onde impera a paixão.

Paixão desmedida
Que nestes dias se vai viver
Um campeonato de uma vida
Que todos vão querer vencer.

2 de junho de 2012

Momentos do passado

Ao som do mar
Sentado na areia
Faço-me regressar
Aquele lugar
Que resta apenas uma ideia.

Momentos do passado
Onde se vivia em alegria
Com amigos ao meu lado
Entre o correcto e o pecado
A fazer o que se queria.

Locais envoltos em nevoeiro
Que não me consigo recordar
Mas que me completavam por inteiro
Fazendo-me sentir verdadeiro
Na minha forma de estar.

Regresso à praia, lentamente
Após uma onda me molhar
E fica a pairar na mente
Que para o futuro e presente
Ideias do passado posso usar.

1 de junho de 2012

Será que gostas de mim?

Será que gostas de mim
Quando me sinto perdido
Sozinho, esquecido
Sem saber para onde ir?

Será que gostas de mim
Quando estou no meu lado negro
Quando a minha vida é um segredo
Que não consigo partilhar?

Será que gostas de mim
E me deixas entrar na tua vida
Quando a minha já foi esquecida
Várias vezes no passado?

Será que gostas de mim
Quando do mundo me refugiu
E me torno num animal vadio
Sem ter para onde voltar?

Será que gostas de mim
Quando tudo o que faço
Se perde no tempo e no espaço
E deixa de ter importância?

Será que gostas de mim???

Quero pensar que sim
E mesmo no lado escuro
Vejo-te comigo num futuro
Que pretendo explorar.