12 de junho de 2015

Era um corpo vazio...

Pegaste no meu corpo vazio
E encheste-o de paixão
Tornando algo que era frio
Num ardente caldeirão...

Fizeste desaparecer o rancor,
A raiva, o ódio, a desilusão,
Trocando por amor,
Por carinho e compreensão.

Deixei de ser transparente
Para o que a vida tinha para me dar
Fundi meu corpo à mente
Para um dia conseguir amar.

E da tua amizade
Nasceu a minha atração
Eras a realidade
Nascida da ficção...

Quero apenas ter-te por perto
Mais não te posso pedir
Não te quero num aperto
Em que possa fugir...

Estarei sempre ligado a ti
E espero ter-te a meu lado
Quando esta luta chegar ao fim
Espero deste sonho não ter acordado.

Arranco-te...

Arranco-te...
Da minha alma, 
Que sem pudor
Fizeste abanar
Retirando a calma
Que com tanto ardor
Demorou a montar!

Arranco-te...
Do meu pensamento
Que por instinto
Só pensa em ti
E nutre um sentimento
Que nem sei como o sinto
Mas que tem de ter um fim!

Arranco-te...
Do meu peito
Onde em silêncio
Te alojaste
E o deixaste desfeito
Por um desejo imenso
Que lá plantaste!

Arranco-te...
Das memórias
Onde vagueias em liberdade
Sem a mínima preocupação
Escrevendo historias
De uma vontade
No meu coração!

Arranco-te e apago
Cada lembrança de ti
E fecho o olhar
Para uma vez mais recordar
O teu corpo refinado
O teu beijo desejado
Que para sempre eu trago
Gravado dentro de mim.

Desejo incontrolável!

Tento acalmar meu espírito
Que baila sem controlo,
Desafogado por um desejo
Que tomou conta da minha vida!

Apareceu,
Sem dar conta que existia
E sem qualquer respeito
Alojou-se no meu peito
Fazendo-o acelerar
Tanto de noite como de dia.

Um desejo louco
Que me acelera o batimento
E me deixa num sufoco
Por não controlar um sentimento
Que me tolda a razão
E desperta a mente
Para toda a tensão
Acumulada...

Quero desbravar caminho
Quebrar muros e barreiras,
Tentar atingir o pretendido
De qualquer uma das maneiras.
Quero viver intensamente
O desejo descoberto
Quero grita-lo bem alto,
A todo o mundo, a céu aberto...

Quero perder a vergonha
E descobrir novas limitações
Quero viver o que a mente sonha
Sem contemplações...
Quero o que tenho direito
E o que não me for permitido
Que este desejo realizado
Intenso, real, vivido...