5 de agosto de 2013

Entrego-me ao silêncio

Entrego-me ao silêncio,
Ao isolamento, à dor.
E deixo ser consumido
Pela tristeza que sinto
Até não sobrar nada...

Em cinzas
Fica meu coração
Após a desilusão
Que enfrentei.

No olhar
Um ódio crescente
Que me vai toldando a mente
Diz-me para avançar
Para aos poucos sacrificar
Tudo o que acreditava
Todos os que amava
Até a dor passar.

E sigo...

Vazio como nunca antes
Vou pela escuridão
Sem outro caminho
Ou opção
Até fazer desaparecer
Toda a réstia de bondade,
De alegria, de amizade
Que existem no meu ser.

E por fim,
Tomado pelo rancor
E o desejo de vingança
Sigo, sem esperança
Até acabar com este amor
Que no passado acabou comigo.