11 de outubro de 2012

Jogo de Palavras!

Fecho os olhos,
Não adormeço.
Não me consigo desligar.
A ti,
Não te mereço,
Por muito que te possa amar.

Sou feito de ilusão,
De aparência,
Bem montada.
Sou produto do meu coração
Sem coerência
Um pouco de nada.

E nessa mentira estou a viver
Levando para ela
Quem me rodeia.
Fracasso ao tentar,
Com esta vida romper
E enoja-me a ideia.

Não posso continuar assim
Escondendo quem sou
Atrás de palavras feitas
Ocultando o meu "eu"
Em suspeitas
Que nunca mais têm um fim.

Rasgo esta miragem
Queimo os guiões deste teatro
Liberto-me para o real
Neste ponto de viragem.

E esqueço as manipulações
Das palavras em meu proveito
Deixando-me sem jeito
Por finalmente me ver
Como sou, sem me esconder
De todas as reprovações.