25 de fevereiro de 2015

Ritmo acelerado!

Fecha os olhos
Sente a batida do teu coração
Que acelera sem quereres
Apenas com o meu toque.

Foca-te na minha mão
E sente a tua respiração
A acelerar
Enquanto te toco
Enquanto te procuro
Num abraço, num beijo
Num aumento de desejo
Que não consigo evitar.

Beija meus lábios
Sedentos do teu sabor
Dá-me o teu amor
E a tua paixão desmedida.
Deixa-me perdida
Nos teus braços.

Controla o meu ser
E faz-me esquecer
Os últimos momentos
Dá-me novos sentimentos
Para que possa desfrutar
Do teu toque
Da tua vontade
Que esta noite seja uma realidade
Que eu possa recordar.

19 de fevereiro de 2015

Morto por dentro!

Destroçado,
Pisado
Magoado
Com o passado
Que o consumiu
E lhe retirou o amor
Que sem pudor
O fez definhar
E assim mirrar
Para algo insignificante.

Quebrado
Como um galho seco
Que sem afecto
Mergulhou na escuridão
De uma louca solidão
Que se alimentou da angustia
Da tristeza
Da amargura
Pela ideia da aventura
Nunca concretizada.

Rasgado
Por fora e por dentro
Esvaziou-se de sentimento
Sendo apenas algo oco
Onde me prendo num sufoco
Sem conseguir respirar,
Me soltar,
Gritar
O quanto me sinto preso aqui
O quanto, em silêncio, sofri
Que sem saber como viver
Já por dentro morri.

14 de fevereiro de 2015

Efémera existência

Vazio
De corpo e de mente
Fico dormente
Num escuro sombrio.

Quieto
Sem qualquer reacção
Desacelera meu coração
Desfeito...

E afundo-me
Nas profundezas da escuridão
Marcadas por ódio e dor
Onde qualquer réstia de amor
É usada como "carvão"
Neste fogo que me queima por dentro
E deixa o meu ser cinzento
Sem ar para respirar,
Sem forças para viver.

Um último suspiro de luta
Um esforço para manter-me à tona
Lúcido de quem sou
Conhecedor de quem me amou
E continua a amar
Sejam as escolhas que fizer
Dê as voltas que a vida der
Em qualquer lado onde morar...

Mas não é suficiente
Para quebrar a corrente
Que me vai atirando ao fundo
Para um vazio sem retorno
Sem qualquer iluminação
Deixando negra a minha essência
Tornando efémera a minha existência.

12 de fevereiro de 2015

E era eu...

E era eu desaparecer
Esquecer tudo
E partir...
Sem nenhum plano
Sem nenhum destino
Meter-me ao caminho
Ano após ano
Até parar de fugir.

E era a noite chegar
Para me abraçar ao dormir
E ver a ideia surgir
E coloca-la em acção
Transformando um plano em carvão
Numa forma de estar.

E fosse eu mais confiante
Estaria num outro local
Quem sabe, distante
Onde pudesse experimentar
Desenvolver, errar
E ir crescendo pessoalmente
Ser ser travado constantemente
E chamado à realidade.

E fosse um mundo diferente
Sem regras instaladas
E pressuposto errados
Estaríamos mais determinados
Em mudar de rumo
Em encontrar uma orientação
Para a vida que desejamos
E não apenas sujeitarmo-nos
Ao que nos dão.

10 de fevereiro de 2015

Barreira Fictícia

Abre os olhos,
Desperta!
E liberta
Os demónios
Que habitam o teu ser
Deixando teu corpo habitado
De um sentimento carregado
De ódio e vingança
Que corroí a esperança.

Solta os receios
Enfrenta os devaneios
Que bailam no teu pensamento
E aproveita o momento
Para te livrares do ser ruim
Que habita em ti
E colocar um fim
A todo o sofrimento
Que tem causado.

É hora de reagir
De tomar conta do corpo
Que é teu por direito!
Tempo das tuas emoções
Controlarem as tuas acções
E mostrares à tua mente
Que não te pode conter
E que jogos psicológicos
Já não te farão temer.

Hora de trilhar o caminho
Para não voltares a ficar preso
Num mundo de escuridão
Onde a força e a razão
A vontade e a garra
Se esfuma,
Se esbarra
Numa barreira de ficção.

6 de fevereiro de 2015

Desiste...

Desiste...
Oferece teu corpo ao mundo
E entrega-te a um sono profundo
Que te faça esquecer
Esse sentimento
Que te corroí por dentro
Como um parasita vulgar
Que te acabará por matar
Sem que tenhas noção.

Desiste...
Entrega o teu coração
Que parará de bater
E deixará de sofrer
Num mundo egoísta
Onde ninguém olha por ninguém
Onde se venderia a própria mãe
Para se ser protagonista
Num ou noutro momento
Sem qualquer ressentimento
Da dor que possam causar.

Desiste...
Desliga a tua mente
Para que não possa sonhar
Para que não possa pensar
E assim sentir dor
De perder um grande amor
Ou de não saber o que é amar
E sozinho acabar.

Desiste...
Despede-te da Vida
E da felicidade prometida
Por alguém que não soube viver
Não soube experimentar
E sem querer arriscar
Foi-se deixando magoar
Sem nunca se aperceber
Que o tempo estava a passar
E que se desligou de tudo
Sem nada conseguir mudar.

4 de fevereiro de 2015

Desafio constante

Preciso de me desafiar
Quebrar qualquer barreira
Não ter medo de arriscar
Não sabendo onde vou chegar
Partir de qualquer maneira.

Encontrar um desafio constante
Que me preencha a mente
E me faça sentir motivado
Por cada passo dado
Estar mais perto da solução.

Quero dar tudo por tudo
Buscar forças quando não as tiver
Agarrar-me a que acredito
E soltar um grito
Por cada frustação
Que me causar a sensação
Que vou ser mal sucedido.

Quero apenas acreditar
Escolher um novo caminho
Sem guia nem apoios
Apenas força e determinação
Para deixar este lugar sombrio
E erguer-me desta escuridão
Onde sem querer me enfio.

3 de fevereiro de 2015

Consumido por dentro!

Respiro fundo
Tento me acalmar
Afogando o ódio
Num sono profundo
Para não me afectar...

Inspiro
E aguardo
Só mais um bocado
Para garantir
Que a raiva não vai surgir
Quando não estiver preparado.

E expludo
Não consigo controlar
A raiva e o ódio
Teimam a aumentar
E controlar minha mente
Minha determinação
Deitando pelo chão
Qualquer tentativa
De parecer indiferente
A esta decisão.

Não consigo esquecer
Nem vou perdoar
E enquanto nada mudar
Vou me consumir por dentro
Criando uma acidez
Que terá de sair
E poderá atingir
Quem não merecer.

2 de fevereiro de 2015

Solta a raiva!

Arranca a raiva
Que te consome o peito
E te deixa desfeito.

Enterra o ódio
Que te tolda o discernimento
E confronta o momento.

Solta a revolta interior
Que vai tomando conta de ti
Expulsa a dor,
Que vai povoando
Cada pedaço da tua mente
Deixando-te indiferente
Ao que te rodeia.

Reage
Não te deixes afundar
Nessa magoa que te arrasta
E te impede de pensar
Na melhor solução
Para sair desta confusão
Onde te estão a colocar...

Reúne as tuas forças
Ergue-te da escuridão
Onde te encontras adormecido.

Luta pelo teu presente
Cria o teu caminho
E escuda a mente
Para aprender a não sofrer
A não temer a mudança
E cria a tua própria esperança
De atingires o teu objectivo.

Dança de cadeiras!

Anos a estudar
Para ganhar conhecimento
Onde não vou trabalhar
E acaba tudo no esquecimento.

Começo então de novo
Em algo diferente
E avanço, a pouco e pouco
Trabalhando como um louco
Para aprender novamente.

Sinto confiante
Com o que foi aprendido
E eis que de repente
Sou surpreendido.

Uma mudança de trabalho
Para algo desconhecido
Um novo desafio pela frente
Mais conhecimento acrescido.

E quando tudo encaminha
Para que possa estabilizar
Vão mais três anos de aprendizagem
Deitados ao ar...

Nesta dança de cadeiras
Volto ao ponto inicial
E tenho que ter boas maneiras
Para não reagir mal.

Deixo algo que gosto
Algo em que estava a evoluir
Para um sitio que já esqueci
E de onde quis sair.